USANDO PALAVRAS PRETENSAMENTE BONITAS, CHICO XAVIER QUERIA ABAFAR O CASO HUMBERTO DE CAMPOS PEDINDO PARA ESQUECER QUESTÕES DE IDENTIDADE AUTORAL.
Francisco Cândido Xavier agiu em profundo desrespeito e desprezo total à individualidade humana. Nós somos seres racionais, mas somos convidados a raciocinar não com o cérebro, mas com o coração e, nos momentos mais difíceis, com o fígado. Tudo isso é feito com um verdadeiro balé de palavras bonitas, mas elas demonstram não a sabedoria que muitos acreditam, mas a leviandade e a hipocrisia que muitos se recusam a admitir.
Como um falso sábio, o arrivista Chico Xavier queria os aplausos da terra. Fingia humildade, e botava palavras bonitas para disfarçar pontos de vista cruelmente reacionários. Quando não dava para esconder, botava na conta de autores mortos, tanto para se livrar de ser acusado de posturas incômodas, quanto para tornar algumas opiniões, de caráter ultraconservador, "menos pessoais".
No final do julgamento do caso do escritor maranhense Humberto de Campos, a pior apropriação que um homem pôde fazer a um autor morto, Chico escreveu um texto, juntamente com o presidente da FEB, Antônio Wantuil de Freitas, e orientados por seu advogado de defesa, Miguel Timponi Jr., também integrante da Federação "Espírita" Brasileira.
Esse texto mostra o cinismo de Chico Xavier na apropriação do nome do autor maranhense, uma revanche que ele provavelmente deu por não ter gostado da resenha que Humberto fez de Parnaso de Além-Túmulo. O texto aparece aqui analisado minuciosamente, como prova de que a "mensagem" atribuída ao autor maranhense aos seus herdeiros é, na verdade, um texto hipócrita escrito pelo próprio Chico e por Wantuil, e tem amostras dos estilos pessoais de cada um.
Um trecho revela esse cinismo, no qual o suposto Humberto, de maneira muitíssimo estranha, aceita sua própria anulação como indivíduo, através de um depoimento vitimista que não tem a menor semelhança com o estilo pessoal que marcou sua breve vida. Não raro, o texto conta com algumas caraterísticas típicas dos depoimentos pessoais de Chico Xavier, como nesta passagem em que o tal cinismo de desprezar a identidade autoral revela:
"Eis, porém, que comparecem meus filhos diante da justiça, reclamando uma sentença declaratória. Querem saber, por intermédio do Direito Humano, se eu sou eu mesmo, como se as leis terrestres, respeitabilíssimas embora, pudessem substituir os olhos do coração. Abre-se o mecanismo processual, e o escândalo jornalístico acende a fogueira da opinião pública. Exigem meus filhos a minha patente literária e, para isso, recorrem à petição judicial. Não precisavam, todavia, movimentar o exército dos parágrafos e atormentar o cérebro dos juízes. Que é semelhante reclamação para quem já lhes deu a vida da sua vida? Que é um nome, simples ajuntamento de sílabas, sem maior significação? Ninguém conhece, na Terra, os nomes dos elevados cooperadores de Deus, que sustentam as leis universais; entretanto são elas executadas sem esquecimento de um til".
Vejam que cara-de-pau. Chico Xavier, usando o nome de Humberto de Campos, cria uma tese delirante de que o suposto espírito do autor está incomodado com a preocupação dos herdeiros de que a obra espiritual é ou não do finado escritor. O cinismo, altamente deplorável, se manifesta quando se mistura alhos com bugalhos.
Dessa forma, Chico Xavier reprova a exigência de patente literária, mas a omissão da identidade autoral é confundida com o anonimato da caridade, misturando coisas que não têm a ver. A suposta mensagem do autor maranhense, divulgada em 15 de julho de 1944, junta então essas incoerências. Recortemos dois trechos do parágrafo, para entender o absurdo dessa imoralidade:
"Exigem meus filhos a minha patente literária e, para isso, recorrem à petição judicial".
"Que é um nome, simples ajuntamento de sílabas, sem maior significação? Ninguém conhece, na Terra, os nomes dos elevados cooperadores de Deus, que sustentam as leis universais; entretanto são elas executadas sem esquecimento de um til".
Com a máxima e absoluta certeza, Humberto de Campos não teria escrito essa carta de 15 de julho de 1944, lançada no calor do processo judicial movido pelos herdeiros. A carta, portanto, tem sinais de obra fake porque Humberto, como um intelectual membro da Academia Brasileira de Letras, teria maior zelo por sua identidade autoral, e seria o primeiro a defender a sua patente literária. Não seria no além-túmulo que Humberto se transformaria num idiota a desprezar o seu próprio legado cultural.
Além do mais, usar o anonimato da caridade como desculpa para se permitir a fraude literária sob o pretexto de "omitir a patente literária do autor original", é uma permissividade de notável irresponsabilidade, e mostra mais um aspecto deplorável do sr. Chico Xavier.
Chico hoje ganhou um tolo e ridículo musical baseado na sua imagem piegas e adocicada trabalhada pela Rede Globo, intitulado Um Cisco (o que mostra que cisco está nos olhos dos chiquistas em não ver o lado obscuro do reacionáiro "médium", tão tomados eles estão de fascinação obsessiva). O musical será exibido em Curitiba, um dos maiores redutos do bolsonarismo no Brasil, e onde Lula é mantido preso para deleite dos reacionários mais doentios.
Daí que vemos o quanto se permite obras fake, quando elas são muito agradáveis. Criou-se uma permissividade tamanha que fez do Brasil o paraíso das fake news que ameaçam colocar um fascista para governar o país, através de um lema muito idêntico ao de Chico Xavier, "Brasil, acima de tudo, Deus acima de todos" (tradução mais simplificada do lema "Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho").
Francisco Cândido Xavier agiu em profundo desrespeito e desprezo total à individualidade humana. Nós somos seres racionais, mas somos convidados a raciocinar não com o cérebro, mas com o coração e, nos momentos mais difíceis, com o fígado. Tudo isso é feito com um verdadeiro balé de palavras bonitas, mas elas demonstram não a sabedoria que muitos acreditam, mas a leviandade e a hipocrisia que muitos se recusam a admitir.
Como um falso sábio, o arrivista Chico Xavier queria os aplausos da terra. Fingia humildade, e botava palavras bonitas para disfarçar pontos de vista cruelmente reacionários. Quando não dava para esconder, botava na conta de autores mortos, tanto para se livrar de ser acusado de posturas incômodas, quanto para tornar algumas opiniões, de caráter ultraconservador, "menos pessoais".
No final do julgamento do caso do escritor maranhense Humberto de Campos, a pior apropriação que um homem pôde fazer a um autor morto, Chico escreveu um texto, juntamente com o presidente da FEB, Antônio Wantuil de Freitas, e orientados por seu advogado de defesa, Miguel Timponi Jr., também integrante da Federação "Espírita" Brasileira.
Esse texto mostra o cinismo de Chico Xavier na apropriação do nome do autor maranhense, uma revanche que ele provavelmente deu por não ter gostado da resenha que Humberto fez de Parnaso de Além-Túmulo. O texto aparece aqui analisado minuciosamente, como prova de que a "mensagem" atribuída ao autor maranhense aos seus herdeiros é, na verdade, um texto hipócrita escrito pelo próprio Chico e por Wantuil, e tem amostras dos estilos pessoais de cada um.
Um trecho revela esse cinismo, no qual o suposto Humberto, de maneira muitíssimo estranha, aceita sua própria anulação como indivíduo, através de um depoimento vitimista que não tem a menor semelhança com o estilo pessoal que marcou sua breve vida. Não raro, o texto conta com algumas caraterísticas típicas dos depoimentos pessoais de Chico Xavier, como nesta passagem em que o tal cinismo de desprezar a identidade autoral revela:
"Eis, porém, que comparecem meus filhos diante da justiça, reclamando uma sentença declaratória. Querem saber, por intermédio do Direito Humano, se eu sou eu mesmo, como se as leis terrestres, respeitabilíssimas embora, pudessem substituir os olhos do coração. Abre-se o mecanismo processual, e o escândalo jornalístico acende a fogueira da opinião pública. Exigem meus filhos a minha patente literária e, para isso, recorrem à petição judicial. Não precisavam, todavia, movimentar o exército dos parágrafos e atormentar o cérebro dos juízes. Que é semelhante reclamação para quem já lhes deu a vida da sua vida? Que é um nome, simples ajuntamento de sílabas, sem maior significação? Ninguém conhece, na Terra, os nomes dos elevados cooperadores de Deus, que sustentam as leis universais; entretanto são elas executadas sem esquecimento de um til".
Vejam que cara-de-pau. Chico Xavier, usando o nome de Humberto de Campos, cria uma tese delirante de que o suposto espírito do autor está incomodado com a preocupação dos herdeiros de que a obra espiritual é ou não do finado escritor. O cinismo, altamente deplorável, se manifesta quando se mistura alhos com bugalhos.
Dessa forma, Chico Xavier reprova a exigência de patente literária, mas a omissão da identidade autoral é confundida com o anonimato da caridade, misturando coisas que não têm a ver. A suposta mensagem do autor maranhense, divulgada em 15 de julho de 1944, junta então essas incoerências. Recortemos dois trechos do parágrafo, para entender o absurdo dessa imoralidade:
"Exigem meus filhos a minha patente literária e, para isso, recorrem à petição judicial".
"Que é um nome, simples ajuntamento de sílabas, sem maior significação? Ninguém conhece, na Terra, os nomes dos elevados cooperadores de Deus, que sustentam as leis universais; entretanto são elas executadas sem esquecimento de um til".
Com a máxima e absoluta certeza, Humberto de Campos não teria escrito essa carta de 15 de julho de 1944, lançada no calor do processo judicial movido pelos herdeiros. A carta, portanto, tem sinais de obra fake porque Humberto, como um intelectual membro da Academia Brasileira de Letras, teria maior zelo por sua identidade autoral, e seria o primeiro a defender a sua patente literária. Não seria no além-túmulo que Humberto se transformaria num idiota a desprezar o seu próprio legado cultural.
Além do mais, usar o anonimato da caridade como desculpa para se permitir a fraude literária sob o pretexto de "omitir a patente literária do autor original", é uma permissividade de notável irresponsabilidade, e mostra mais um aspecto deplorável do sr. Chico Xavier.
Chico hoje ganhou um tolo e ridículo musical baseado na sua imagem piegas e adocicada trabalhada pela Rede Globo, intitulado Um Cisco (o que mostra que cisco está nos olhos dos chiquistas em não ver o lado obscuro do reacionáiro "médium", tão tomados eles estão de fascinação obsessiva). O musical será exibido em Curitiba, um dos maiores redutos do bolsonarismo no Brasil, e onde Lula é mantido preso para deleite dos reacionários mais doentios.
Daí que vemos o quanto se permite obras fake, quando elas são muito agradáveis. Criou-se uma permissividade tamanha que fez do Brasil o paraíso das fake news que ameaçam colocar um fascista para governar o país, através de um lema muito idêntico ao de Chico Xavier, "Brasil, acima de tudo, Deus acima de todos" (tradução mais simplificada do lema "Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho").
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