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Mostrando postagens de outubro, 2019

Internauta comenta absurdos noticiados neste blog

O internauta Célio Albuquerque Neiva, "de algum lugar" do Estado do Rio de Janeiro - ele tem consciência de que quer evitar incômodos diversos - , nos pediu para publicar uma carta na qual ele fica abismado com uma série de absurdos que acontecem na vida. Vamos lá: Prezados amigos, Fico assustado e um tanto abobalhado diante dessa tragicomédia a que se transformou o Brasil. Ver as pessoas ditas "normais" elegendo um sujeito como Jair Bolsonaro mostra o quanto as pessoas estão tomadas de um moralismo tóxico que, entre tantos absurdos, encara a Morte apenas como um privilégio de pessoas admiráveis e até especiais. Cara, na boa, você acha mesmo que um feminicida, que mata a mulher depois de acumular tensões em sua mente e corpo, que depois do crime sofre pressões emocionais graves, que abalam o organismo, e ainda há casos de feminicidas que no passado usaram cocaína, fumaram demais, se embriagaram e ainda ingerem um coquetel de remédios tarja-preta, e o pessoal

José Medrado tenta tirar direitismo do ideário "espírita" brasileiro. Inútil

Reagindo à polêmica causada por Divaldo Franco, que tornou-se amigo de João Dória Jr., definiu Jair Bolsonaro como uma "esperança para o Brasil", rejeitou a comunidade LGBTQ e o marxismo e definiu Sérgio Moro como "enviado do Plano Superior Divino", o "médium" baiano José Medrado procurou blindar o amigo conterrâneo da melhor forma que lhe é possível. Em artigo publicado no dia 23 de outubro de 2019, no jornal A Tarde, de Salvador, respondendo a uma matéria da Veja de São Paulo creditada a 24 de outubro, mas lançada com cinco dias de antecedência, José Medrado desmentiu que o direitismo de Divaldo Franco tivesse valor doutrinário para o "espiritismo" brasileiro. Diz um trecho do artigo: "Tem causado no meio espírita repercussão com controversas, as declarações do médium Divaldo Franco, no último fim de semana à revista Veja São Paulo, como vemos no site, com a manchete: “Médium de direita”. Ali afirmou, segundo as informações de Ana Ca

Funkeiros e "espíritas" assediaram as esquerdas para evitar investigação jornalística

CHICO XAVIER E O "FUNK CARIOCA" - Mostrar pobres sorrindo é uma boa maneira para silenciar as esquerdas. Expressões de um Brasil profundamente conservador, o "espiritismo" brasileiro e o "funk carioca", embora atuem em direções morais aparentemente opostas - a religião segue uma "limpidez" na conduta e o ritmo, uma libertação dos instintos - , são iguais no assédio feito às esquerdas para evitar que fossem, destas, vítimas de alguma investigação jornalística mais séria. Tanto um fenômeno quanto outro têm o mesmo DNA midiático, a Rede Globo de Televisão, mas com permeabilidade em outros veículos da mídia hegemônica, como SBT, Bandeirantes, Folha de São Paulo, Estadão e Grupo Abril. O "médium" Francisco Cândido Xavier e o "funk" não são fenômenos a serem considerados alternativos ao poder midiático, porque na verdade se desenvolveram dentro de um sistema de valores comandado pela mídia hegemônica durante a ditadura militar.

A batalha criptografada das confusões de Chico Xavier

O "médium" Francisco Cândido Xavier, vulgo Chico Xavier, nunca foi um sujeito de trajetória limpa e marcada por coerência, e nem por façanhas de cunho humanista e ativista que apenas tenham causado oposição de setores reacionários da nossa sociedade. Devemos ver as coisas com discernimento e vamos dar os exemplos de como Chico Xavier se envolveu em confusões para criar a bomba semiótica do vitimismo. Vamos pensar em três personalidades consideradas humanistas às quais Chico Xavier tenta ser associado ou comparado: o famoso ativista da Judeia, Jesus de Nazaré, o codificador do Espiritismo, Allan Kardec, e a hoje Santa Dulce dos Pobres, a freira baiana Irmã Dulce. Jesus de Nazaré, ou popularmente Jesus Cristo - alcunha obtida na cerimônia de batismo dada pelo seu primo João Batista - , sempre teve sua trajetória marcada por uma atuação coerente de transmitir palavras esclarecedoras a todos aqueles que visitava em suas casas. Jesus era um andarilho e suas pregações nem se

Mais bomba semiótica: "Espiritismo" brasileiro faz do futuro um ente inacessível

Por que as esquerdas se iludem com o "espiritismo" brasileiro? Uma religião ultraconservadora, embora com embalagem "progressista", que vende gato por lebre depois de trair os postulados originais de Allan Kardec - esses sim, bastante progressistas - ao acolher conceitos originários do Catolicismo da Idade Média, não pode ter o respaldo das esquerdas no Brasil. Agindo como o nerd da escola, que teima em acreditar que a chefe da torcida esportiva da turma está apaixonada por ele, apesar da garota namorar o atleta do time, as esquerdas tentam em vão acreditar em Francisco Cândido Xavier e companhia, mesmo com um vasto currículo de defesa de ideais reacionários e conselhos moralistas de cunho severamente conservador. Elas teimam, com seu pensamento desejoso, seguindo o "efeito manada" dos que, tentando proteger suas fantasias religiosas em torno de Chico Xavier, minimizassem, mesmo brigando com os fatos, seu apoio mais do que convicto e muito mais do qu

Não dá para ser esperançoso com os retrocessos galopantes no Brasil

EDUARDO BOLSONARO, MILITANTE FASCISTA E FILHO DO PRESIDENTE JAIR BOLSONARO, FAZENDO CHACOTA COM A SIGLA LGBT. Somos oito ou oitenta. Ou teremos que aderir a um reacionarismo acima de limites, ou teremos que adotar um otimismo fantasioso do nada. Se nos ferirmos gravemente e sentirmos dor, em vez de gemermos naturalmente, teremos que gritar "Graças a Deus! Muito obrigado pela desgraça obtida!". As pessoas fogem de páginas realistas na Internet por um dos dois motivos: um, porque afronta valores estabelecidos na nossa sociedade que, mesmo decadentes, precisam, segundo muitos, ser mantidos. Outro, porque parece contrariar as sensações de otimismo surreal que outra parcela da sociedade defende. O Brasil se afunda num atraso e em retrocessos galopantes que, de retrocesso em retrocesso, até o que parecia antes uma vantagem banal soa um privilégio, e um pequenino progresso já é considerado uma revolução. Na cegueira extrema de nosso país, até mesmo a miopia soa como uma visão

Brasil e a desigualdade entre casadas e solteiras

O ANEL DE CASAMENTO E O CÉREBRO. "Quem pensa, não casa", diz o ditado popular. Mas o sistema de valores tenta inverter o ditado e reservar o casamento, pelo menos no que se refere ao sexo feminino, como um privilégio de moças emancipadas que não sucumbem à erotização gratuita nem ao hedonismo compulsório. No último Rock In Rio 2019, um grande contraste se observou. De um lado, uma das apresentadoras do Multishow, Didi Wagner (que aniversaria amanhã, 16 de outubro, fazendo 44 anos), reafirmando a estabilidade de seu casamento com o empresário Fred Wagner, com quem tem três filhas, e acrescentando o apoio que o marido dá à carreira dela. De outro lado, vemos a funkeira Valesca Popozuda, que não foi atração do festival - ela apenas teve alguns sucessos dela tocados no evento da Funk Orquestra - , circular na plateia durante a apresentação da banda de rock Paralamas do Sucesso aparentemente como uma "solteira desesperada", que pede aos homens "não fugirem de

Chico Xavier está mais para Luciano Huck do que para Irmã Dulce

A SOROR BAIANA IRMÃ DULCE FOI CANONIZADA NO VATICANO. O que é caridade? É deixar uma meia-dúzia de pobres e doentes alojados como se fossem animais em cativeiro? É doar roupas velhas e algumas mofadas ou rasgadas, ou mantimentos de marcas ruins, através de uma caravana ostensiva? É encher de palavrinhas hipócritas na desculpa de consolar famílias em tragédias e faturar em cima com livrinhos e supostas cartas espirituais? E o sentido da caridade está mais no prestígio do "benfeitor" do que nos efeitos aos mais necessitados? Muitas dessas questões são enigmas, porque muita gente não consegue enxergar a caridade de maneira racional. Tomados de cegueira emotiva das mais perigosas, as pessoas veem o sentido da caridade pelo prestígio do suposto benfeitor. Os mais necessitados são só um "detalhe", eles podem até morrer de inanição, o que não pode é derrubar a reputação do "filantropo" de ocasião, alvo de adoração das mais exageradas, mesmo quando "isen

Bomba semiótica no visual de Chico Xavier no seu auge

Os brasileiros têm muito medo de questionar Francisco Cândido Xavier. Muito, muito medo. Preferem que suas casas sejam completamente destruídas em um incêndio do que abrir mão de suas convicções em favor do anti-médium (termo que se justifica porque nossos "médiuns" se recusam a ter a função intermediária própria do aparente ofício). O medo atinge até mesmo pessoas com determinado grau de esclarecimento, que chegam a ser brilhantes em análises difundidas em seus espaços diversos na Internet, mas quando se chega ao mito de Chico Xavier, se congelam, como se Ulisses, da Odisseia, tivesse se rendido ao canto das sereias. E olha que o pior canto de sereia no Brasil não vem de moças bonitas, mas de velhos feiosos. É preocupante essa situação e essa zona de conforto que as pessoas, presas em paradigmas de 40 ou 45 anos atrás, se apegam de maneira neurótica, um padrão medíocre, porém organizado, de vida, na qual as pessoas desesperadamente não querem abrir mão e até se enfure