Pular para o conteúdo principal

Chico Xavier usava "cartas mediúnicas" para forçar o apoio à ditadura militar



Tenho pena de setores das esquerdas, muitíssimo ingênuos, que dão alguma consideração ao reacionário Francisco Cândido Xavier. Através de ideias soltas e sem nexo, mas forçadamente unidas por uma retórica fantasiosa e agradável, imagina-se que Chico Xavier era um ativista social, um militante socialista e um pensador progressista. Grande engano.

Vendo o programa Pinga Fogo, da TV Tupi, de 1971, que revela muitos aspectos ocultos que a imagem adocicada de Chico Xavier - construída pela Rede Globo, com sutileza dramatúrgica, mas baseado na narrativa idealizadora de Malcolm Muggeridge a respeito de Madre Teresa de Calcutá, outra reaça de carteirinha - , conclui-se que ele sempre foi uma figura ultraconservadora.

Apesar de chocante, se Chico Xavier estivesse vivo, ele sem dúvida apoiaria Jair Bolsonaro. Seria um apoio "crítico", mas seria. Muitas personalidades de muita evidência no grande público sinalizaram esse apoio, como Zezé di Camargo. Chico admitiria, sim, atitudes "profundamente desagradáveis" dos apoiadores de Bolsonaro, e até algumas "ideias infelizes de doer o coração", mas veria nele o político necessário para "executar necessários sacrifícios para a população".

Chico Xavier sempre foi um anti-petista e nunca foi com a cara do ex-presidente Lula. É lamentável que setores das esquerdas combinem ideias soltas e montem uma narrativa agradável que dê a falsa impressão de que Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho, a psicografake que usava o nome de Humberto de Campos, previa a consagração do PT no poder.

Grande, grande engano. Você junta uma visão extremamente emocional do que foram os 14 anos de governo petista. Depois junta a visão idealizada de Chico Xavier, tão adocicada que faz dele uma "fada-madrinha do mundo real". Junta duas visões, uma leitura publicitária e sentimental de uma realidade, outra uma leitura idealizada e fantasiosa de um ídolo religioso.

Pronto, criou-se um "produto" para consumo religioso, Chico Xavier, duplamente idealizado, como uma "fada-madrinha marxista" feita para a adoração de setores ingênuos das esquerdas, que, por adorarem os mesmos ídolos oferecidos pela Rede Globo, Folha de São Paulo, grupo Abril e afins, praticamente entregam as chaves para quem quem arrombar a porta da democracia e do progressismo.

Sem cultivar uma perspectiva de ruptura, as esquerdas só querem participar do banquete da direita, apenas pedindo a aceitação de certas diferenças. Parece lindo: as esquerdas aceitariam o neoliberalismo econômico e apreciariam os mesmos "heróis" da direita, enquanto a direita aceitaria certas mudanças identitárias da sociedade, como negros, mulheres, a comunidade LGBT etc.

No entanto, essa esquerda, que soa muito festiva, sonhadora etc, deixa que a direita tome o poder e que, nos últimos meses, o bolsonarismo ganhasse a adesão de negros, mulheres, LGBT etc. Como, na época do governo João Goulart, havia movimentos de mulheres, estudantes e operários e até de camponeses defendendo o golpe militar de 1964.

"SE ESTÁ TUDO BEM COM MEUS ENTES QUERIDOS, MELHOR ESTÁ PARA AS VÍTIMAS DA DITADURA"

Este subtítulo mostra o jogo psicológico do "lindo trabalho" de Chico Xavier com suas "cartas mediúnicas", uma farsa que foi produzida durante a ditadura militar, que se intensificou logo quando ela estava em crise e o "milagre brasileiro" deixava de ser uma ilusão admirável.

Não vamos detalhar o caráter fake das cartas atribuídas aos anônimos mortos, assim como também não vamos detalhar a catarse que transforma essas sessões, ainda mais com o tipo pitoresco do "médium" que usava peruca e ternos cafonas, ficando aqui a ênfase no jogo psicológico de uma visão distorcida do que é a vida após a morte e da suposta esperança pela vida futura.

Em primeiro lugar, devemos nos lembrar que nossa encarnação já é limitada demais para que percamos tempo acumulando desgraças. Temos trabalho para criarmos nosso plano de vida, mas uma onda de adversidades sem controle, se não provocam uma tragédia prematura, nos faz perder muito dos nossos projetos vitais tão valiosos, adiando para a próxima encarnação aquilo que não podemos realizar, porque os obstáculos se tornaram intransponíveis.

O grande problema é que a vida futura existe, a vida após a morte existe, mas ela é ainda um enigma, que o "espiritismo" brasileiro toma como certo através de fantasias materialistas: colônias espirituais, grandes condomínios situados no além-túmulo, tão fantasiosos quanto o Paraíso católico e concebidos sem o menor fundamento científico.

Essa visão fantasiosa e sem fundamento da "vida futura", que é defendida, nas redes sociais, por "espíritas" que se acham intelectualizados mas apenas usam argumentos "intelectuais" para proteger suas fantasias e concepções pessoais (aquela mania de transformar opinião em "fato" que transforma idiotas em "filósofos" de suas fantasias), é que sustenta a farsa das "mensagens espirituais" que mais parecem propagandas religiosas.

Notemos, portanto, o que são as tais "mensagens espirituais dos entes queridos mortos":

1) Ainda que sejam fake (só a comparação entre as caligrafias das "psicografias" com as respectivas caligrafias dos respectivos mortos em documentos como carteira de identidade apontam a farsa), elas estão associadas aos entes queridos que muitas famílias perderam, devido a tragédias repentinas, o que faz haver um envolvimento afetivo, não raro sucumbindo à obsessão espiritual;

2) A ideia das supostas mensagens espirituais, que praticamente têm um começo idêntico - "Querida mamãe", "Querido papai", "Queridos Fulano, Sicrano e Beltrana" etc - e uma narrativa comum: sofrimento nos primeiros momentos de desencarnação, envio a um hospital de uma colônia espiritual, aulas informais de Cristianismo e o recado final de que "voltou" para dizer aos que estão na Terra para "orarem por Nosso Senhor Jesus Cristo" e se "unirem em torno da paz cristã". Puro mershandising religioso do "espiritismo" brasileiro.

Através desse processo, cria-se uma abordagem de "vida futura" e "vida após a morte" que são desprovidas de fundamento científico mas que agradam pelo discurso que é feito em nome de tais ideias. Isso é um apelo para as pessoas acreditarem que seus parentes falecidos "estão bem", embora as cartas sejam tão falsas quanto um trote telefônico de estelionatários fingindo serem parentes de algum familiar.

Acreditando que os mortos comuns "estão bem", cria-se então uma visão conformada da tragédia humana. Não é à toa que essa atividade "mediúnica" de Chico Xavier encontrou afinidade de sintonia com a imprensa marrom: ambas glamourizam a tragédia humana, transformam morte em "espetáculo".

Com essa visão conformada, na qual se vê a "vida futura" e o "mundo espiritual" não como certezas humanas, mas como "rotas de fuga" de pessoas "de perfil especial". E aí se faz um jogo psicológico: se os parentes mortos "estão bem", em "situação melhor" estão as vítimas da ditadura militar, assim que o grande público souber das mortes nos porões da tortura em instituições militares que aprisionam opositores da ditadura.

O "progressista" Chico Xavier lançava uma mensagem subliminar com suas "cartas mediúnicas". Com a ideia que se tem de "vida futura", tão fantasiosa que se permite desperdiçar a vida com desgraças e adversidades, mantém-se a conformação com as desigualdades sociais, que "não se recomenda", à luz (isto é, à treva) da moral religiosa "espírita", serem combatidas, mas apenas "resolvidas" conforme os "ensinamentos divinos", de preferência sob preces em silêncio.

Da mesma forma, as "cartas mediúnicas" servem para manter, também, a resignação com o momento político da ditadura militar, que, não devemos esquecer, foi apoiada abertamente pelo "bondoso médium", queiram ou não queiram seus seguidores (paciência, "médium" não é massa de modelar para ganhar a forma de quem quiser).

Quando surge uma notícia de um "condenado por subversão ao regime" que morreu "por suicídio" (mentira plantada pelos militares que o mataram nos presídios e delegacias), as pessoas que se deixaram levar pela "doçura" das "mensagens mediúnicas" e da idolatria (por fascinação obsessiva) a Chico Xavier reagiriam às mortes das vítimas da repressão com muita resignação e "fé de que eles estão bem no outro lado".

Conclui-se que a tarefa que muitos acreditam ser "a maior e mais linda caridade de Chico Xavier" foi uma perniciosa pegadinha que, além de apresentar fraudes psicográficas, promover sensacionalismo sobrenatural e religioso, também era um jogo de manipulação religiosa na qual as pessoas eram seduzidas a se conformar com a tragédia humana e, daí, se sentirem conformadas com a ditadura militar que o "médium", para desespero das esquerdas, apoiou com muito gosto.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Padre Quevedo: A farsa de Chico Xavier

Esse instigante texto é leitura obrigatória para quem quer saber das artimanhas de um grande deturpador do Espiritismo francês, e que se promoveu através de farsas "mediúnicas" que demonstram uma série de irregularidades. Publicamos aqui em memória ao parapsicólogo Padre Oscar Quevedo, que morreu hoje, aos 89 anos. Para quem é amigo da lógica e do bom senso, lerá este texto até o fim, nem que seja preciso imprimi-lo para lê-lo aos poucos. Mas quem está movido por paixões religiosas e ainda sente fascinação obsessiva por Chico Xavier, vai evitar este texto chorando copiosamente ou mordendo os beiços de raiva. A farsa de Chico Xavier Por Padre Quevedo Francisco Cândido Xavier (1910-2002), mais conhecido como “Chico Xavier”, começou a exercer sistematicamente como “médium” espiritista psicógrafo à idade de 17 anos no Centro Espírita de Pedro Leopoldo, sua cidade natal. # Durante as últimas sete décadas foi sem dúvidas e cada vez mais uma figura muitíssimo famosa. E a...

Chico Xavier apoiou a ditadura e fez fraudes literárias. E daí?

Vamos parar com o medo e a negação da comparação de Chico Xavier com Jair Bolsonaro. Ambos são produtos de um mesmo inconsciente psicológico conservador, de um mesmo pano de fundo ao mesmo tempo moralista e imoral, e os dois nunca passaram de dois lados de uma mesma moeda. Podem "jair" se acostumando com a comparação entre o "médium cândido" e o "capitão messias". O livro O Médico e o Monstro (Dr. Jekyll & Mr. Hyde) , de Robert Louis Stevenson, explica muito esse aparente contraste, que muitas vezes escapa ao maniqueísmo fácil. É simples dizer que Francisco Cândido Xavier era o símbolo de "amor" e Jair Bolsonaro é o símbolo do "ódio". Mas há episódios de Chico Xavier que são tipicamente Jair Bolsonaro e vice-versa. E Chico Xavier acusando pessoas humildes de terem sido romanos sanguinários, sem a menor fundamentação? E o "bondoso médium" chamando de "bobagem da grossa" a dúvida que amigos de Jair Presente ...

"Mediunidade" de Chico Xavier não passou de alucinação

  Uma matéria da revista Realidade, de novembro de 1971, dedicada a Francisco Cândido Xavier, mostrava inúmeros pontos duvidosos de sua trajetória "mediúnica", incluindo um trote feito pelo repórter José Hamilton Ribeiro - o mesmo que, ultimamente, faz matérias para o Globo Rural, da Rede Globo - , incluindo uma idosa doente, mas ainda viva, que havia sido dada como "morta" (ela só morreu depois da suposta psicografia e, nem por isso, seu espírito se apressou a mandar mensagem) e um fictício espírito de um paulista. Embora a matéria passasse pano nos projetos assistencialistas de Chico Xavier e alegasse que sua presença era tão agradável que "ninguém queria largar ele", uma menção "positiva" do perigoso processo do "bombardeio de amor" ( love bombing ), a matéria punha em xeque a "mediunidade" dele, e aqui mostramos um texto que enfatiza um exame médico que constatou que esse dom era falso. Os chiquistas alegaram que outros ex...

Chico Xavier e Divaldo Franco NÃO têm importância alguma para o Espiritismo

O desespero reina nas redes sociais, e o apego aos "médiuns" Francisco Cândido Xavier e Divaldo Pereira Franco chega aos níveis de doenças psicológicas graves. Tanto que as pessoas acabam investindo na hipocrisia para manter a crença nos dois deturpadores da causa espírita em níveis que consideram ser "em bons termos". Há várias alegações dos seguidores de Chico Xavier e Divaldo Franco que podemos enumerar, pelo menos as principais delas: 1) Que eles são admirados por "não-espíritas", uma tentativa de evitar algum sectarismo; 2) Que os seguidores admitem que os "médiuns" erram, mas que eles "são importantes" para a divulgação do Espiritismo; 3) Que os seguidores consideram que os "médiuns" são "cheios de imperfeições, mas pelo menos viveram para ajudar o próximo". A emotividade tóxica que representa a adoração a esses supostos médiuns, que em suas práticas simplesmente rasgaram O Livro dos Médiuns  sem um pingo de es...

Carlos Baccelli era obsediado? Faz parte do vale-tudo do "espiritismo" brasileiro

Um episódio que fez o "médium" Carlos Bacelli (ou Carlos Baccelli) se tornar quase uma persona non grata  de setores do "movimento espírita" foi uma fase em que ele, parceiro de Francisco Cândido Xavier na cidade de Uberaba, no Triângulo Mineiro, estava sendo tomado de um processo obsessivo no qual o obrigou a cancelar a referida parceria com o beato medieval de Pedro Leopoldo. Vamos reproduzir aqui um trecho sobre esse rompimento, do blog Questão Espírita , de autoria de Jorge Rizzini, que conta com pontos bastante incoerentes - como acusar Baccelli de trazer ideias contrárias a Allan Kardec, como se Chico Xavier não tivesse feito isso - , mas que, de certa forma, explicam um pouco do porquê desse rompimento: Li com a maior atenção os disparates contidos nas mais recentes obras do médium Carlos A. Bacelli. Os textos, da primeira à última página, são mais uma prova de que ele está com os parafusos mentais desatarraxados. Continua vítima de um processo obsessi...

Falsas psicografias de roqueiros: Raul Seixas

Vivo, Raul Seixas era discriminado pelo mercado e pela sociedade moralista. Morto, é glorificado pelos mesmos que o discriminaram. Tantos oportunistas se cercaram diante da imagem do roqueiro morto e fingiram que sempre gostaram dele, usando-o em causa própria. Em relação ao legado que Raul Seixas deixou, vemos "sertanejos" e axézeiros, além de "pop-roqueiros" de quinta categoria, voltando-se para o cadáver do cantor baiano como urubus voando em cima de carniças. Todo mundo tirando uma casquinha, usurpando, em causa própria, o prestígio e a credibilidade de Raulzito. No "espiritismo" não seria diferente. Um suposto médium, Nelson Moraes, foi construir uma "psicografia" de Raul Seixas usando o pseudônimo de Zílio, no caso de haver algum problema na Justiça, através de uma imagem estereotipada do roqueiro. Assim, Nelson Moraes, juntando sua formação religiosista, um "espiritismo" que sabemos é mais católico do que espírita, baseo...

Padrão de vida dos brasileiros é muito sem-graça e atrasado para virar referência mundial

Pode parecer uma grande coincidência, a princípio, mas dois fatores podem soar como avisos para a pretensão de uma elite bem nascida no Brasil querer se tornar dominante no mundo, virando referência mundial. Ambos ocorreram no âmbito do ataque terrorista do Hamas na Faixa de Gaza, em Israel. Um fator é que 260 corpos foram encontrados no local onde uma rave  era realizada em Israel, na referida região atingida pelo ataque que causou, pelo menos, mais de duas mil mortes. O festival era o Universo Paralello (isso mesmo, com dois "l"), organizado por brasileiros, que teria entre as atrações o arroz-de-festa Alok. Outro fator é que um dos dois brasileiros mortos encontrados, Ranani Glazer (a outra vitima foi a jovem Bruna Valeanu), tinha como tatuagem a famosa pintura "A Criação de Adão", de Michelangelo, evocando a religiosidade da ligação de Deus com o homem. A mensagem subliminar - lembrando que a tatuagem religiosa não salvou a vida do rapaz - é de que o pretenso pr...

Propagandista de Chico Xavier, família Marinho está na lista de mais ricos do país

Delícia promover a reputação supostamente inabalável de um deturpador da Doutrina Espírita como Francisco Cândido Xavier. As Organizações Globo (Rede Globo, O Globo, Época, Globo News) é propriedade dos irmãos Marinho, que estão no grupo seleto dos oito brasileiros mais ricos do mundo. Numa lista que inclui nada menos do que três sócios da Ambev, uma das maiores empresas fabricantes de cerveja no Brasil, os irmãos João Roberto, José Roberto e Roberto Irineu, filhos do "lendário" Roberto Marinho, somam, juntos, cerca de R$ 41,8 bilhões, cerca de um sétimo da fortuna total dos oito maiores bilionários do Brasil: R$ 285,8 bilhões. Sabe-se que a Rede Globo foi a maior propagandista de Chico Xavier e outros deturpadores da Doutrina Espírita no Brasil. As Organizações Globo superaram a antiga animosidade em relação ao anti-médium e resolveram reinventar seu mito religioso, baseado no que o inglês Malcolm Muggeridge fez com Madre Teresa de Calcutá. Para entender esta histór...

Chico Xavier cometeu erros graves, entre os quais lançar livros

PIOR É QUE ESSES LIVROS JÁ SÃO COLETÂNEAS QUE CANIBALIZARAM OS TERRÍVEIS 418 LIVROS ATRIBUÍDOS A FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER. Chico Xavier causou um sério prejuízo para o Brasil. Sob todos os aspectos. Usurpou a Doutrina Espírita da qual não tinha o menor interesse em estudar e acabou se tornando o "dono" do sistema de ideias lançado por Allan Kardec. Sob o pretexto de ajudar as famílias, se aproveitou das tragédias vividas por elas e, além de criar de sua mente mensagens falsamente atribuídas aos jovens mortos, ainda expôs os familiares à ostentação de seus dramas e tristezas, transformando a dor familiar em sensacionalismo. Tudo o que Chico Xavier fez e que o pessoal acha o suprassumo da caridade plena é, na verdade, um monte de atitudes irresponsáveis que somente um país confuso como o Brasil define como "elevadas" e "puras". Uma das piores atitudes de Chico Xavier foi lançar livros. Foram 418 livros fora outros que, após a morte do anti-médium m...

Dr. Bezerra de Menezes foi um político do PMDB do seu tempo

O "espiritismo" vive de fantasia, de mitificação e mistificação. E isso faz com que seus personagens sejam vistos mais como mitos do que como humanos. Criam-se até contos de fadas, relatos surreais, narrativas fabulosas e tudo. Realidade, que é bom, nada tem. É isso que faz com que figuras como o médico, militar e político Adolfo Bezerra de Menezes seja visto como um mito, como um personagem de contos de fadas. A biografia que o dr. Bezerra tem oficialmente é parcial e cheia de fantasia, da qual é difícil traçar um perfil mais realista e objetivo sobre sua pessoa. Não há informações realistas e suas atividades são romantizadas. Quase tudo em Bezerra de Menezes é fantasia, conto de fadas. Ele não era humano, mas um anjinho que se fez homem e se transformou no Papai Noel que dava presentinhos para os pobres. Um Papai Noel para o ano inteiro, não somente para o Natal. Difícil encontrar na Internet um perfil de Adolfo Bezerra de Menezes que fosse dotado de realismo, most...