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"O pacifista": mais um possível roteiro de distopia surreal brasileira



A fábrica de bombas semióticas não para de funcionar. Ainda mais quando vemos que Francisco Cândido Xavier é um paiol de bombas semióticas que ninguém, nem mesmo os semiólogos, tem a mínima coragem de desmontar.

Como os brasileiros mergulharam nas profundezas da ilusão ao se fascinarem por um "canto de sereia" que foi dado não por lindas meninas com rabos de peixe, mas por um velho feio de aparência bizarra que nasceu bem longe de qualquer praia, é algo que os brasileiros, se tivessem coragem de identificar e repudiar seus próprios vícios, poderiam muito bem explicar.

Não basta dizer que o pessoal "só admira" Chico Xavier "de maneira equilibrada e saudável". Sabemos que isso não é verdade, é fanatismo enrustido que o pessoal tem vergonha em assumir, porque pega mal. Daí que tem muita gente dizendo, com alarde e frequência maior que a necessária, que "não são espíritas", como se isso dissesse alguma coisa de despretensioso, o que é discutível.

Também não adianta dizer que Chico Xavier era "imperfeito" e "endividado", porque isso é uma desculpa de preguiçosos que ficam passando pano nos defeitos dos outros. Fácil dizer que todo mundo erra, todo mundo é imperfeito, todos têm defeitos etc, porque isso cria uma zona de conforto bem de acordo com o "complexo de vira-lata" que inspira esses bordões morais.

Dito isso, vamos então para um possível roteiro de filme que mistura as obras distópicas do cinema e dos seriados de streaming com um certo surreliamo á-la manière do grupo Monty Python, intitulada "O pacifista". Vejamos então o resumo desse roteiro.

O PACIFISTA (DRAMA DISTÓPICO SURREAL)

Um país em séria crise política e sanitária, o Brasil, dominado por um presidente alucinado, com ares mistos de tirano e trejeitos humorísticos, sofre seus piores dias, sem que boa parte da população perceba o teor real de sua enorme gravidade.

A tragédia, como sempre, ceifa muitas pessoas, intervindo de maneira dramática em vários grupos familiares. Não se trata apenas da morte natural das leis da Natureza, mas de mortes prematuras que levam pessoas que poderiam trazer alguma contribuição valiosa, alguma solução.

Mesmo assim, essas tragédias são aceitas com a resignação sombria dos zumbis. As tragédias que incomodam a população são as que levam pessoas que cometeram assassinatos, mesmo com a vida tóxica que estas cometeram contra si mesmas.

As pessoas tentam digerir e com dificuldade são informadas da possível morte de um velho e rico feminicida, apesar de sua masculinidade tóxica extrema. A morte nunca é noticiada pela imprensa. O Wikipedia o trata como uma pessoa ainda viva, e bloqueou a edição do perfil do feminicida depois que um internauta tentou informar a possível data do seu óbito.

Um assessor do feminicida usa as redes sociais para representá-lo e se passa por ele, enquanto técnicos do NVidia, montando fotos de Deep Fake - que também conta com editores de vídeo - forjam "imagens inéditas" do feminicida morto (a morte ocorreu, mas é desconhecida por todos), inclusive com o processamento digital da voz parecida com a dele.

A imprensa não noticia mortes de feminicidas porque não pode dar a futuros autores de feminicídio a consciência de sua própria morte. Os feminicidas são abominados oficialmente, mas são tratados como "mal necessário" pelos illuminati comprometidos com o projeto de necropolítica, que matam as mulheres para evitar que elas gerem novos filhos e, portanto, novos habitantes, antecipando a fúria sanguinária de Herodes na Antiguidade, que mandava matar crianças já nascidas. Herodes matava os filhos e a necropolítica brasileira mata as mães, por adiantamento.

É um país distópico e em processo crescente de convulsões sociais. Falar em polarização é ser simplista demais. Temos uma direita furiosa, engajada e atuante, não tão numerosa assim, mas legitimada pelo silêncio consentido da já silenciosa massa de pessoas "normais" e "isentas" que dizem estarem alheias a ideologias e outras questões profundas humanas.

Dado surreal: as esquerdas, que deveriam ter uma atuação combativa e enérgica, parecem infantilizadas e sonhadoras. Acham que estão ganhando o jogo quando se fala de uma trapalhada do presidente do país, Jair. E o socialismo, normalmente um reduto do ateísmo, tornou-se, no Brasil, o paraíso da beatitude religiosa que nem os beatos católicos das cidades do interior praticam.

A pessoa que os habitantes do país acolhem como "símbolo maior do pacifismo" é um homem que se promoveu fazendo literatura fake, por sinal mais deep fake que todos os deep fakes, por evocar autores mortos, e por fazer todo mundo acreditar que os mortos mudam de personalidade, deixam a individualidade no túmulo e passam a ser, invariavelmente, pregadores igrejeiros e beatos.

O homem, chamado Francisco, o suposto médium, é entendido como a "antítese" de Jair, o presidente, apesar dos dois terem tido a mesma ascensão arrivista e compartilharem as mesmas ideias reacionárias. Francisco está morto, mas "vive" no imaginário dos seus seguidores não através de uma figura realista, mas de um perfil idealizado que atribui, a ele, a "doçura" e a "inocência" dos personagens bonzinhos de estórias infantis.

As pessoas recorrem a Francisco quando, nas redes sociais, publicam as frases que nem mesmo entendem, e apenas acolhem pelo apelo superficial da forma, com frases dóceis que, no entanto, são apologias perversas ao sofrimento humano, dissolvidas pela promessa de que "algo melhor virá" depois de uma fase de adversidades em doses e dimensões traumáticas. As pessoas se sentem anestesiadas por tais mensagens, sem perceber a inutilidade leviana e a crueldade das mesmas.

Francisco é o único homem que a Verdade não pode tocar. A Verdade lhe é escrava, ela só pode vê-lo com olhos complacentes. Uma mentira a favor de Francisco tem que ser entendida como verdade indiscutível. Uma verdade contra Francisco, mesmo com farta comprovação de fatos, é tida como "mentira descarada".

É um dado surreal que faz Francisco ser um "dono da verdade", embora seus seguidores digam o tempo todo de que a Verdade "não tem donos". Mas nada pode deter Francisco, que sobrevive através das fantasias, das quais até se admite que ele era "imperfeito" e "errava muito", mas seus erros são sempre relativizados pelo pensamento desejoso. As fantasias agem como se fossem cães de guarda do suposto médium, quando a realidade ameaça sua reputação.

Ele é considerado o "pacifista", com suas frases que nem são pacifistas assim, são apenas jogos de contrastes. "É estando calado no sofrimento que Deus ouvirá a voz de suas preces silenciosas", pregava ele, com um teor obscurantista e conservador que poucos percebem.

Como que tomados pelo "efeito Forer" - espécie de falta de discernimento às avessas, sob a qual se vê, em coisas absolutamente iguais, diferença onde não existe - , os seguidores de Francisco, mesmo os de esquerda, veem diferença entre as ideias de um direitista explícito e o suposto médium, quando falam as mesmas frases e as mesmas ideias claras.

Um ministro ultraliberal, Paulo, que atuou numa ditadura do Chile, fala o seguinte:

"É necessário que os brasileiros enfrentem sacrifícios pesados. Perder direitos trabalhistas. Trabalhar mais e ganhar menos, para combater a crise, e abrir mão, se preciso, do que é necessário e fundamental, se limitando apenas ao que é mais preciso para manter a sobrevivência. Já não é mais questão de viver, mas de sobreviver, de ter o mínimo do mínimo para evitar a miséria".

Ouvindo este discurso, a população se enraivece e chama o ministro de reacionário, obscurantista, medieval. Eis que Francisco, o suposto médium, parecendo fazer como em seus habituais plágios literários, mas aqui se identificando completamente com as ideias de Paulo, afirma, de maneira evidente e taxativa:

"Sim, os brasileiros devem enfrentar os sacrifícios mais pesados. É necessário. Abre-se mão de direitos trabalhistas, para que tantas regalias materiais? É preciso trabalhar mais, servir ainda que se ganhe menos por isso, para superarmos a nossa crise. Deve-se preparar até para renunciar ao mais necessário, apenas ficando com o mínimo para nossa sobrevivência, para assim evitar, ao menos, a sina trevosa da miséria extrema".

As mesmas pessoas que vaiaram Paulo aplaudiram Francisco, ignorantes da similaridade das mensagens, enxergando, nelas, uma diferença inexistente, que é apenas uma diferença de reputação de quem disse. As mensagens são as mesmas, mas sua interpretação tornou-se diferente pelo mensageiro que transmitiu o mesmo recado, e aí as pessoas definem Francisco como "libertário" e "progressista", mesmo expressando as mesmas ideias do reacionário Paulo.

Quem poderia investigar Francisco se sente subjugado, evitando qualquer questionamento. Quando é obrigado a questionar, faz o freio da relativização, montando uma narrativa duvidosa, mas convincente - pelo menos toca na emoção das pessoas, ainda que trave o raciocínio - , que sempre zele pela "boa imagem" do suposto médium.

Acadêmicos criam teorias escalafobéticas para relativizar os piores erros de Francisco. Se ele apoiou governos ditatoriais, ele o fez por "questão de santidade". Se ele cometeu fraudes literárias, devemos passar pano em tudo isso e esperar (talvez até nunca mais) que os "espíritos" expliquem por que as pessoas, quando morrem, perdem a individualidade e passam a mandar mensagens com o estilo do "médium".

Jornalistas aceitam que a suposta caridade de Francisco não tenha fundamentação e seja "confirmada" por fofocas "positivas" de práticas assistencialistas supervalorizadas. Meros atos envolvendo donativos, que são glorificados não pela ajuda meramente paliativa que significam, mas porque partem de um suposto filantropo, o verdadeiro beneficiário da "filantropia".

E aí temos mais uma bomba semiótica: a "caridade" cujo valor está somente no prestígio do "benfeitor". Os pobres são apenas um detalhe. Os seguidores de Francisco não veem sequer as caras dos miseráveis, desviam as suas faces com horror extremo, mas nunca assumido. Esses seguidores sentem horror por pobres, sentem horror por idosos, mas veem em Francisco um repositário de falsa humildade e falsa luminosidade.

Assim, eles adoram alguém que também nem fez a caridade que se imagina ter feito, e simboliza virtudes que as pessoas não querem assumir por conta própria. Ou seja, ele se torna também um escudo que esconde o egoísmo humano, numa falsa simbologia de humildade e altruísmo.

Para piorar, as pessoas se tornam reféns de Francisco, um "pacificador" que precisa ter seus crimes consentidos e relativizados o tempo todo. Ele criou fraudes literárias, arruinando com a memória dos mortos usurpados pelo suposto médium. Ele era reacionário e defendeu regimes tirânicos. Ele está associado a uma "caridade" fajuta cujos resultados, se houveram, foram meramente paliativos.

No entanto, ele é visto como "salvador", mesmo que essa atribuição seja desmentida, dentro de uma narrativa "mais humana" que dissimula idolatrias, fanatismos e beatitudes por atitudes e posturas supostamente mais "realistas". É como se, nesta bomba semiótica, se entendesse que Francisco, contraditoriamente, não pode ser visto como "salvador da pátria", mas também compreendido que, sem ele, "ninguém terá salvação".

Este é um sentimento obsessivo que cria "zumbis" de roupas brancas e discursos de aparente mansuetude. É uma "uberização" do "pacifismo", dentro de um círculo vicioso distópico, no qual desfazer-se do mito de Francisco deixa tudo na pior, embora sua figura só fizesse piorar as coisas, devido às suas ideias obscurantistas e medievais.

Até mesmo a ideia de "paz" se segue numa bomba semiótica. Uma "paz" que conforta a todos, mas ela é uma "paz sem voz", uma paz "passiva" (ou "paz-siva") que mantém o oprimido na sua desgraça e o opressor nos seus abusos, criando uma conciliação que não supera as desigualdades sociais, porque estas se baseiam em estruturas sociais que, em tese, são vistas como "igualitárias", dentro de valores da chamada meritocracia, defendida por Francisco.

E aí a tragédia de "O pacifista" mostra o quanto esta "paz" mantém todo um cenário de opressão que vai acima dos limites. A cada perdão, se dá licença para o opressor fazer coisas ainda mais cruéis. A cada pregação pela aceitação do sofrimento, os retrocessos avançam até que as pessoas percam, ainda mais, o direito de respirar.

E, aí, Francisco torna-se alvo de uma desesperada dependência psicológica de seus seguidores que, quando muito, apenas se esquecem momentaneamente de seu ídolo e evitam falar dele. Mas, quando a situação permite, sempre voltam à mesma idolatria, mesmo sob o verniz de falsos realismo e simplicidade.

Dessa forma, cria-se um círculo vicioso fatal. Descartar Francisco seria deixar as coisas piores como estão, mas recorrer a ele, sendo o suposto médium um obscurantista medieval, deixa as coisas ficarem piores ainda. E assim a humanidade, na terra arrasada de "O pacifista", se rebaixa a uma multidão de zumbis louvadores...

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