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Carlos Baccelli era obsediado? Faz parte do vale-tudo do "espiritismo" brasileiro


Um episódio que fez o "médium" Carlos Bacelli (ou Carlos Baccelli) se tornar quase uma persona non grata de setores do "movimento espírita" foi uma fase em que ele, parceiro de Francisco Cândido Xavier na cidade de Uberaba, no Triângulo Mineiro, estava sendo tomado de um processo obsessivo no qual o obrigou a cancelar a referida parceria com o beato medieval de Pedro Leopoldo.

Vamos reproduzir aqui um trecho sobre esse rompimento, do blog Questão Espírita, de autoria de Jorge Rizzini, que conta com pontos bastante incoerentes - como acusar Baccelli de trazer ideias contrárias a Allan Kardec, como se Chico Xavier não tivesse feito isso - , mas que, de certa forma, explicam um pouco do porquê desse rompimento:

Li com a maior atenção os disparates contidos nas mais recentes obras do médium Carlos A. Bacelli. Os textos, da primeira à última página, são mais uma prova de que ele está com os parafusos mentais desatarraxados. Continua vítima de um processo obsessivo que se tornou intenso a partir de 1993, ano em que Chico Xavier se viu obrigado a romper o relacionamento com ele por medida de precaução. Dir-se-ia que Carlos Bacelli sofrera um desvio mórbido que o leva, inclusive, a redigir textos que contrariam, frontalmente, ensinamentos transmitidos a Allan Kardec pela excelsa Falange do Espírito Verdade.

Nesse mesmo ano de 1993, estando já cerca de dois meses excluído das sessões mediúnicas ao lado de Chico Xavier, eis que Bacelli enviou-lhe uma carta no dia primeiro de fevereiro, da qual divulgaremos alguns trechos (temos em mãos cópia xerocada da carta. Mas os leitores poderão lê-la, integralmente, na reportagem histórica assinada por Gislene Martins e estampada no “Jornal da Manhã”, de Uberaba, edição do dia cinco de julho de 1997 e intitulada “Correspondência confirma rompimento de Carlos Bacelli e Chico Xavier”).

É, realmente, incrível que esse fato de importância histórica (por envolver o nome glorioso de Chico Xavier) haja sido ocultado do Movimento Espírita Brasileiro pelos confrades de Uberaba e cidades vizinhas.

Escreve Carlos Bacelli:
“Não sei o que aconteceu (ele finge não saber) que, desde dezembro, não temos tido oportunidade de visitá-lo e abraçá-lo pessoalmente. Sinceramente, de minha parte, creio não ter feito nada para magoá-lo. Se algo fiz que o aborreceu, foi de forma inconsciente. Eu jamais o feriria no que quer que seja. ”

E acrescenta:
“Sempre existiram “forças” tentando distanciarmos... Quantas intrigas foram urdidas com tal objetivo, eu não saberia dizer...” (Bacelli sugere aqui que Chico Xavier acreditou nas intrigas).

E mais:
“Na semana passada, fui ao consultório do Eurípedes (filho adotivo de Chico Xavier) e pedi a ele que perguntasse a você sobre a possibilidade de nos reencontrarmos. Permaneço na expectativa de uma resposta positiva. Se não der para ser como antes, ou seja, toda semana, que pelo menos possa ser de vez em quando...” (Como nota o leitor, algo de muito grave acontecera...)

Chico Xavier, dotado que era, inclusive, da capacidade de ler o pensamento alheio, acautelou-se, alegou que estava adoentado. Sua resposta foi, como não podia deixar de ser, amável, mas incisiva:
“Espero que você e a Márcia (esposa de Bacelli) me desculpem se não posso reatar agora os nossos encontros doutrinários das quartas-feiras e esperemos o tempo. Como sempre confiamos em Deus. Peço-lhes perdoar-me”, etc.

E, desde então, Carlos A. Bacelli (atenção redobrada, leitores) NUNCA MAIS esteve com Chico Xavier. Nunca mais. Nove anos e alguns meses sem vê-lo, embora vivessem na mesma cidade. Oportuno acrescentar que livros seus relatando casos atribuídos à vivência com Chico Xavier perderam totalmente a credibilidade, inclusive, por outras razões também graves que apontaremos no decorrer deste trabalho.

Carlos Bacelli é médium, mas os Espíritos que fazem uso de seu dom psicográfico não são confiáveis. Chico Xavier deu-lhe conselhos, que caminhasse em linha reta com o Cristo, mas Bacelli deixou-se fascinar pelos desocupados do Além (como diria Leon Denis) e com eles rolou ladeira abaixo.

Dizia Herculano Pires com sua providencial sabedoria kardeciana que os médiuns não são luminares, nem santos, mas criaturas falíveis que podem cair a qualquer instante de seus falsos pedestais.  E podem cair (acrescentemos) mesmo conhecendo as características psicológicas dos delinquentes desencarnados e suas técnicas para iludir os médiuns.  Bacelli fez parte da Mocidade Espírita de Uberaba, mas em 1994 – um ano após ser impedido de participar das sessões do Grupo Espírita da Prece ao lado de Chico Xavier, lançou o livro “Irmãos do Caminho”, em cujas páginas incluiu mensagens primárias, com um só estilo (o seu), paupérrimas do ponto de vista doutrinário, que ousou atribuir, inclusive, a três notáveis mestres da literatura espírita brasileira – Carlos Imbassahy, Deolindo Amorim e José Herculano Pires.

Importante ressaltar que os jornalistas e escritores espíritas não perceberam a mistificação. Ou, se alguns perceberam, colocaram sobre a face a máscara da hipocrisia fraterna e... Silenciaram. Diante da indiferença das nossas “lideranças” continuou Bacelli com seu sinistro comportamento, agora mais ousado. Recordam-se os leitores que a partir do ano de 1993 teve ele vetada a entrada no Grupo Espírita da Prece, mas Chico Xavier desencarnara em 2002 e, então (perguntará alguém), que atitude tomara Bacelli?

De início, plagiou o texto de autoria de Marlene Nobre publicado no jornal “Folha Espírita” sobre a desencarnação de Chico Xavier. E, posteriormente redigiu um texto melífluo, meloso, que divulgou como sendo “mensagem” do Espírito Chico Xavier, mas... sem citar o código que o saudoso e inesquecível médium deixara para identificação do seu Espírito. Quem faz essa denúncia é o filho adotivo de Chico Xavier, o dentista Eurípedes Higino dos Reis.

E ainda mais fez Carlos A. Bacelli. Mistificou os Espíritos André Luís e o célebre psiquiatra Inácio Ferreira, desencarnado em setembro de 1988 aos oitenta e quatro anos de idade após dirigir com grande competência e extrema dedicação o Sanatório Espírita de Uberaba durante cinquenta e cinco anos consecutivos.

Causam indignação os textos bestializantes atribuídos aos dois grandes médicos do Além. Citemos, para a comprovação dos leitores, alguns colhidos nos livros psicografados por Carlos Bacelli. O primeiro, inegavelmente tem por objetivo aterrorizar os leitores. Eis o que está escrito na página 148 de “Infinitas Moradas”:
“Muitos irmãos encarnados, durante o sono (...) podem, nas dimensões espirituais, sofrer determinadas lesões perispirituais que lhes comprometem a saúde, inclusive, podendo levá-los à desencarnação em consequência. ”

E o terrorista (na verdade, galhofeiro) insiste, ocultando um sorriso sarcástico:
“Muitos do que, por exemplo, sofrem parada cardíaca durante o sono, não foram simplesmente vítimas de um problema arterial...”

Os leitores notaram que o vadio do Além escreve como se não existissem leis na Espiritualidade criadas pelo Senhor da vida e dos mundos e, nem sequer, Espíritos Superiores.

Examinemos outra aberração, desta vez contida nas páginas 215-216. Abro aspas e transcrevo:
“O sexo além da morte é instrumento de sublimação”. E os obsessores de Bacelli acrescentam que nas colônias espirituais os Espíritos engravidam... e dão à luz!

Ideia bestialógica, que agride e nega os ensinamentos contidos em “O Livro dos Espíritos”, de Allan Kardec.

Não pretendo comentar todas as tolices que recheiam os livros de Carlos Bacelli porque nosso companheiro Cirso Santiago já prestou tal serviço. Quanto a este meu artigo divulgo-o mais uma vez porque – conforme acentuou o saudoso filósofo Herculano Pires – “diante de um patrimônio cultural assim sólido (como é o Espiritismo), até hoje inabalável em todas as suas dimensões, não podemos admitir que pessoas ou grupos inscientes se atrevam a alterar, modificar, corrigir pretensiosamente aquilo que não estão sequer à altura de bem compreender” (vide a obra “Na Hora do Testemunho”, edições Paidéia).

O caso Bacelli é constrangedor, mas os leitores hão de compreender que o Movimento Espírita não podia continuar a ignorar que esse nosso confrade ficara dez anos impedido de participar das sessões mediúnicas ao lado de Chico Xavier – a pedido, aliás, do próprio Chico Xavier, conforme atestam as cartas de ambos publicadas com destaque no “Jornal da Manhã”, de Uberaba.

Jorge Rizzini está equivocado ao dizer que apenas Baccelli publicou ideias contrárias aos ensinamentos espíritas originais. E Chico Xavier, não publicou? Sua bibliografia é totalmente contrária aos ensinamentos originais do pedagogo francês, de maneira das mais vergonhosas, das mais deploráveis, de grande e tamanha irresponsabilidade.

Carlos Baccelli estava obsediado? Sim, mas os espíritos obsessores são só responsáveis por isso? E a falibilidade dos "médiuns", não lhes fará deploráveis e irresponsáveis sobretudo porque, ao caírem, eles não se levantam com dignidade, só o fazendo mais para serem recolocados nos seus pedestais?

A influência de Chico Xavier é tão maligna que, durante muito tempo, ele apresentava um semblante maligno no rosto, uma postura arrogante e gananciosa. Como conquistou tudo isso e, na velhice, tornou-se frágil e doente, ele passou a ter uma postura "dócil" que passou a ser um falso consenso, porque Chico foi fazer o papel encenado do "religioso bondoso e sensível", apesar de "imperfeito", seguindo o "abençoado" roteiro importado do inglês Malcolm Muggeridge.

As energias malignas de Chico Xavier são tantas que vários de seus devotos veem, de repente, seus filhos morrerem prematuramente, interrompendo drasticamente seus projetos de vida - que, com absoluta certeza, terão que ser refeitos totalmente na próxima encarnação, o que não é tarefa fácil - , o que é conhecido como "maldição dos filhos mortos".

Chico Xavier tem fama de "médium gabaritado", ainda que "falível" e blablablá, e muitos fazem elogios exaltados à sua pessoa. Mas ele fez literatura fake, cometeu juízos de valor cruéis, expressou comentários reacionários, cometeu barbaridades que deveriam desfazer todo tipo de adoração ao "médium", e não condicioná-la no "limite de suas imperfeições".

O "espiritismo" brasileiro virou um vale-tudo. Por isso é muito estranho esse discurso dos "médiuns falíveis", porque a idolatria continua a mesma. É uma permissividade tremenda, porque se confunde perdão com permissividade. A "misericórdia de vale-tudo" é que faz com que Chico Xavier seja aceito mesmo em seus atos abusivos.

A propósito, ninguém se deu conta de quantos (e gravíssimos - quando se fala "gravíssimo", é gravíssimo mesmo) prejuízos Chico Xavier fez em sua trajetória? Usurpação dos nomes dos mortos - há fortes indícios de que o caso do escritor Humberto de Campos foi uma revanche contra uma resenha que Chico não gostou - , exploração e promoção sobre a tragédia alheia, concepção do mundo espiritual sem fundamento teórico algum etc.

E Chico Xavier não fez textos contrários aos ensinamentos espíritas? E o que é Nosso Lar, "cidade espiritual" concebida sem o menor fundamento científico, senão um acinte aos postulados espíritas? E as suas "profecias", das quais supõe uma delirante operação missionária de extraterrestres, também concebida sem o menor fundamento, feito mais para promover sensacionalismo e mistificação?

Tudo isso é a obra de insanidades e imoralidades de Chico Xavier, que no entanto sobrevive sob a imagem de "fada madrinha do mundo real" que sua aparência frágil sugeriu. As pessoas que agora dizem admirá-lo "dentro do limite de suas condições falíveis" deveriam olhar para si mesmos, porque eles estão na verdade demonstrando complacência ao erro.

Se Carlos Baccelli, João de Deus, Divaldo Franco e José Medrado, entre outros, cometem seus erros vergonhosos, tudo isso faz parte desse vale-tudo "espírita". Chico Xavier foi o primeiro a atirar pedra na vidraça kardeciana, e, como fugiu, deixou que o "resto da gangue" seja responsabilizado pelo ato. Mas é justamente o primeiro que merece ser repudiado, mais do que os outros, e Chico Xavier é o primeiro que merece ser rejeitado como médium e como espírita, pelas desordens que fez em sua trajetória.

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