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Amauri Xavier e Marielle Franco: dois cadáveres na vida de dois arrivistas



Finalmente uma reportagem sobre a trajetória de Amauri Xavier, sobrinho de Francisco Cândido Xavier trouxe a luz um aspecto bastante sombrio no "movimento espírita", que durante um tempo demonstrou que sente também um ódio bolsonarista, pondo em xeque o mito de que os "espíritas", sobretudo chiquistas, nunca sentem ódio e são incapazes de rogar violência e vingança.

A religião que traiu Allan Kardec com igrejismo católico-medieval e que tem na Teologia do Sofrimento sua profissão de fé tem em Chico Xavier seu maior manipulador de corações e mentes, atuando mesmo postumamente, através da influência que seu legado, apoiado por "técnicas" como "bombardeio de amor" e fascinação obsessiva, exerce na população.

A religião é tão dissimulada que a maioria dos seguidores de Chico Xavier se esquece que defende valores ultraconservadores, é reacionária e adora mistificação religiosa. A dissimulação é tanta que, sem poder provar o que realmente são, os chiquistas agora vestem a capa da "imperfeição", pois ultimamente andam dizendo, com estranho alarde, que "são imperfeitos" e que "são as pessoas que mais erram na vida".

Isso até está de acordo com o cenário político, social e cultural que temos. Estamos tomados da tirania da mediocridade. O governo Jair Bolsonaro é uma preocupante coleção de erros graves e desastrosos. As redes sociais são um antro de mensagens abusivamente ofensivas ou de mensagens precipitadas que depois são apagadas (não sem antes viralizarem em poucos minutos). Nossa "cultura", sobretudo musical, é cheia de gente canastrona e incompetente fazendo sucesso o tempo inteiro.



O que se observa é que muitos acreditam que Chico Xavier seria o "posto Ipiranga" que resolveria todo cenário de ódio e "caneladas" e que, por isso, seria evocado como "exemplo de paz e fraternidade" e um suposto remédio para resolver as explosões de ódio e as crises causadas pela ganância humana.

Muitos brasileiros de mente progressista caíram nessa falácia, nessa imagem adocicada construída com base nos métodos de Malcolm Muggeridge que fizeram o maior deturpador do Espiritismo um sujeito mitificado à maneira de uma fada-madrinha nos contos de fadas.

ATENÇÃO, PROGRESSISTAS!! CHICO XAVIER REPROVAVA O ESQUERDISMO

Teve jornalista histérica que ficou com raiva quando se fala em "espíritas" bolsonaristas, se esquecendo que os princípios da Teologia do Sofrimento explicitamente presentes no pensamento de Chico Xavier - que apela para a aceitação resignada do sofrimento, por piores e excessivas forem as desgraças vividas - se afinam com pautas ultraconservadoras defendidas, de uma forma ou de outra, por partidários de Jair Bolsonaro.

A articulista deve imaginar que o espírito do "médium" pousará em Curitiba para obsediar o carcereiro da Polícia Federal e fazê-lo soltar Lula e levá-lo a assumir a Presidência na marra. Deve imaginar que a profecia do suposto André Luiz, de 1952, tivesse citado um "nordestino meio roliço, inteiramente barbudo" que iria governar a tal "Pátria do Evangelho".

Será preciso desenhar duas mil, dez mil vezes, para lembrarmos que Chico Xavier foi um reacionário e que essa constatação é comprovada por suas ideias, suas declarações e suas raízes sociais, e que ele era tão conservador que não seria na velhice que ele iria mudar seus conceitos e, da noite para o dia, virar o "revolucionário dos sonhos" de tantos idiotas de esquerda? Vamos reproduzir mais uma vez a declaração dele no Pinga Fogo, da TV Tupi, de 1971, para tirar todas as dúvidas:

"Temos que convir, que os militares, em 3l de março de 1964, só deram  o golpe para tomar o Poder Federal, atendendo a um apelo veemente, dramático, das famílias católicas brasileiras, tendo à frente os cardeais e os bispos. E, na verdade, com justa razão, ou melhor, com grande dose de patriotismo, porque o governo do Presidente João Goulart, de tendência francamente esquerdista, deixou instalar-se aqui no Brasil um verdadeiro caos, não só nos campos, onde as ligas camponesas, desrespeitando o direito sagrado da propriedade, invadiam e tomavam à força as fazendas do interior. Da mesma forma os “sem teto”, apoderavam-se das casas e edifícios desocupados, como, infelizmente, ainda se faz  hoje em dia, e ali ficavam, por tempo indeterminado. Faziam isto dirigidos e orientados pelos comunistas, que, tomando como exemplo a União Soviética e o Regime Cubano de Fidel Castro, queriam também criar aqui em nossa pátria a República do Proletariado, formada pelos trabalhadores dos campos e das cidades.

Diga-se, a bem da justiça, que os militares só recorreram à violência, ao AI-5 em represália aos atos de violência dos opositores do regime democrático capitalista, que viviam provocando atos de vandalismo, seqüestros de embaixadores e mortes de inocentes".

Se ele tivesse vivo em 2018, Chico Xavier apoiaria Jair Bolsonaro. E mais, ele manifestaria simpatia pelo perfil dele, apesar dos "excessos". E, diante da concorrência dele com o rival do PT, evidentemente Chico Xavier, com toda a mitificação acerca dele em torno da "paz", do "amor ao próximo", das "lindas mensagens" etc, ele nunca daria voto nem aval aos petistas.

Com base nas ideias originais e no comportamento de Chico Xavier, imagina-se que ele teria dito algo desta espécie:

"É verdade que os queridos irmãos seguidores de Jair Bolsonaro são conhecidos por atos tristemente lamentáveis, aos quais não me cabe aprovar, mas torna-se necessário, a meu ver, que ele seja o escolhido de Deus para governar nosso país, para evitar que projetos associados ao esquerdismo envergonhem ainda mais os brasileiros, como demonstram denúncias trazidas pelos mais diversos órgãos de Justiça do nosso país. Além disso, Jair já foi batizado por Cristo e seus projetos, ainda que sujeitos a falhas inúmeras, são os que melhor se comprometem com a Família, a Moral e o convívio com Cristo, sem o risco dos excessos materialistas que o esquerdismo oferece aos pobres, visando semear neles a ganância e a busca frenética pelo prestígio social".

O grande pecado das esquerdas foi acolher fenômenos e personalidades de direita associados a uma simbologia de suposta pobreza. Foram atrás da isca e perderam o protagonismo político. Foram apoiar o "funk", ritmo carioca apoiado por gente reaça como o cineasta "coxinha" José Padilha, o apresentador Luciano Huck e o temível bolsonarista Alexandre Frota, e perderam o governo petista em 2016.

Foram apoiar Chico Xavier, que simboliza o "espiritismo" apoiado, com gosto, por alguém como o ultrarreacionário Carlos Vereza, e também perderam o protagonismo político. Se esquecem que as ideias do "médium" falavam sempre pelo não-questionamento, pela não-reação às adversidades, uma pauta que, da parte do religioso, é dita em palavras suaves, mas correspondem a ideias análogas ao bolsonarismo. Brilhante Ustra adoraria ter Chico Xavier colaborando para ele.



A situação é tão complicada que o pensamento desejoso não consegue ter espaço. O nervosismo dos "isentões espíritas", que nem de longe estão comprometidos com o Espiritismo original, mas com o "meio-termo" entre o cientificismo e a mistificação, não conseguem explicar os fatos e preferem apostar na "perfeição da imperfeição" e tratar o absurdo e o ilógico como se fossem "mistérios a serem elucidados com o tempo".

Contextos aqui e ali explicam pontos sombrios de Chico Xavier, como no caso do amigo Carlos Baccelli descrever o medo do "médium" de que o nosso país fosse governado pelo operário Lula, uma declaração que não pode ser subestimada nem ignorada, só porque Baccelli faz práticas irregulares e é hostilizado por parte dos adeptos do "movimento espírita". A postura do medo também foi manifesta pela atriz Regina Duarte, a reacionária que foi "namoradinha do Brasil".

Baccelli não rompeu afetivamente com Chico Xavier e apenas encerrou a parceria. Mas as relações de amizade continuaram sendo recíprocas, embora houvesse eventual ressentimento nas circunstâncias que fizeram Baccelli deixar seu ídolo. Por isso, não há como dizer que Baccelli estava inventando sobre esse medo e não havia contexto algum que explicasse que ele teria dito uma mentira.

"PRIVATIZAÇÃO" DO AMOR

Outro problema é atribuir a Chico Xavier ações de "caridade" e "dedicação ao próximo" que nem os seus seguidores mais fanáticos conseguem dizer se ocorreram e quais resultados tiveram. E é assustador que os esquerdistas, que tanto falam mal da prisão de Lula pela falta de provas, aceitam que Chico Xavier "tenha ajudado muita gente" sem pedir provas a respeito.

Por sua (autoproclamada) grandeza, Chico Xavier deveria ter colocado o Brasil em níveis de qualidade de vida próximos aos dos países da Escandinávia. Não tem como fugir disso. "Caridade" é compromisso, é mais responsabilidade que divinização. O grande erro das pessoas é medir o valor da filantropia pelo prestígio do "benfeitor", pouco importando os resultados obtidos, mesmo medíocres e inexpressivos que estes sejam.

O grande problema é que Chico Xavier é idolatrado, tem algum apreço. Ele não merecia 1% sequer, talvez nem 0,0000001% da adoração que recebe da população, mesmo nas condições "realistas" do "médium falível", que até pioram as coisas, porque fazem com que o "médium" seja admirado por, simplesmente, COISA NENHUMA.

A "caridade" de Chico Xavier é uma ficção tão engenhosa quanto a de Luciano Huck. É aquela "caridade-espetáculo", que não combate a raiz do problema da miséria, apenas fazendo realizações parciais em quantidade e qualidade. Faz-se todo o carnaval por conta desses resultados muito fracos e os "benfeitores" são glorificados demais por quase nada que fizeram.

A ideia não é apelar, mais uma vez, para Chico Xavier como um "botão de emergência" humano. Ele foi um reacionário, quando jovem era um moleque usurpador da memória de escritores mortos, foi um pioneiro da literatura fake de fazer inveja aos membros do Movimento Brasil Livre, e simboliza um "espiritismo" que aprovou o gangsterismo de toga da Operação Lava Jato e seu chefe Sérgio Moro (hoje ministro de Bolsonaro) e disse que os "manifestoches" dos protestos de 2016 preparavam a "regeneração da humanidade da Terra".


Além disso, um dos aspectos mais sombrios da trajetória de Chico Xavier foi trazido para a Internet através da versão digitalizada do acervo da revista Manchete, no qual inclui a edição de 09 de agosto de 1958, que logo de cara traz a expressão "Chico Xavier: médium de mentira".

A reportagem de Jayme Negreiros traz uma revelação: a de que o sobrinho de Chico, Amauri Xavier Pena, sofreu ameaças de morte. "Em Belo Horizonte, Sabará e Pedro Leopoldo, diz-se que Amauri Pena foi ameaçado de morrer envenenado, pelo meio espírita (...)", desmentindo a versão oficial de que o jovem teria morrido, em 26 de junho de 1961, pelos efeitos do alcoolismo.

Sobre isso, havia sido até estranho atribuir a morte a esse mal, porque o alcoolismo geralmente abrevia a vida de uma pessoa que têm o hábito de se embriagar freneticamente a, pelo menos, 35 anos. Amauri morreu aos 27 anos, a poucos meses de completar 28.

O alerta de Manchete ajuda a explicar a estranheza da morte prematura e "rápida demais" de Amauri, vítima de uma campanha difamatória por parte dos "espíritas", que, ironicamente, se comportaram como as "bestas-feras" que acusam dos outros, quando críticas mais amenas, como acusar o "movimento espírita" de desvios em relação ao Espiritismo original, são feitas.

O que mais chama a atenção é a explosão de rancor da parte daqueles que dizem "nunca e em nenhum momento pregarem o ódio a quem quer que seja". "Espíritas" explodindo do ódio que costumam achar impensável em si mesmos. "Espíritas" sendo vingativos contra Amauri Xavier. "Espíritas" revoltados, raivosos, nos quais o já falecido palestrante mineiro Henrique Rodrigues é um exemplo, nesse texto hidrófobo aqui acessível.

AMAURI E MARIELLE

A gente fica perguntando, sobre a associação, para muitos incômoda, entre Chico Xavier e Jair Bolsonaro - dois arrivistas que se ascenderam de maneira semelhante, reconhecidas as diferenças de contexto - , se existe uma relação simbólica do assassinato da vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes e a de Amauri Xavier, num país que recentemente sofreu as tragédias de Brumadinho (na Minas Gerais de Chico Xavier) e de Suzano (em escola a poucos metros de um "centro espírita").

Amauri Xavier teria sido, provavelmente, vítima de maus tratos quando foi levado a um sanatório. Lendo a reportagem de Manchete, o sanatório "espírita" - que leituras confusas não conseguiam dizer se era em Minas Gerais ou São Paulo - , inferimos que deve ter sido localizado em Sabará, embora a internação tenha sido de uma época bem posterior à reportagem.

O sobrinho de Chico Xavier deve ter tido uma péssima experiência de internação e saiu do sanatório tempos depois. Alguém que teria fingido querer ser amigo de Amauri Xavier deve ter entrado em contato, chamado ele para tomar uma "birita" e se aproveitado da distração do rapaz para colocar na bebida dele um remédio de efeitos devastadores, com substâncias químicas que provocam hepatite tóxica.

Não se sabe quem fez isso e quem mandou fazer. Suspeita-se da participação do traiçoeiro Antônio Wantuil de Freitas. Se o Brasil fosse um país menos ridículo, o caso Amauri Xavier teria sido reaberto pela Justiça, mas o caso prescreveu e o corpo do jovem está há 58 anos perecido, não sabendo se teria condições de ser exumado, embora tecnologias existam para se realizar, mesmo nessa situação, exames toxiológicos que apresentassem substâncias suspeitas.

O caso Amauri Xavier seria um xeque-mate para Chico Xavier, como o caso Marielle Franco é uma "pedra no sapato" de Jair Bolsonaro. Ambas as mortes ocorreram por "queima de arquivo", muito provavelmente, diante do risco das vítimas denunciarem bastidores de ações criminosas (sim, a literatura fake de Chico Xavier envolve, pelo menos, um tipo de crime, o de "falsidade ideológica").

É ilustrativo, também, que Marielle Franco, embora sem o menor parentesco, tivesse o mesmo sobrenome do "médium" Divaldo Franco, discípulo de Chico Xavier. Diante dessa constatação, Amauri Xavier e Marielle Franco se tornam simbologias de dois grandes obstáculos humanos que as conveniências do momento atuaram para exterminá-los para proteger arrivistas e seus respectivos interesses.

No caso de Bolsonaro, observamos a rede de relações que envolve milicianos e o presidente da República, investigada não só pela chamada imprensa de esquerda, mas até por centro-direitistas como a revista Veja e seu ex-colunista Reinaldo Azevedo. As ligações do atirador Ronnie Lessa, que foi vizinho de Jair Bolsonaro, se reforçam pelo fato de que o matador de Marielle é dono de uma academia de ginástica em Rio das Pedras e sua filha namorou um dos filhos do presidente.

Em Rio das Pedras, milicianos que controlam o local já acolheram outro ex-policial, Fabrício Queiroz, aquele das "laranjas" e das "movimentações atípicas" nas poupanças, muito amigo da família Bolsonaro. Já o filho que teria namorado a filha de Ronnie Lessa é Jair Renan Bolsonaro, com apenas 20 anos e ainda sem o destaque que têm os meios-irmãos Eduardo, Flávio e Carlos.

Embora mais "pueril", o caso Amauri Xavier envolve um perigoso processo de desonestidade mascarada por objetivos religiosos e blindada pelo artifício da "caridade". Em dado momento, Manchete cita o mito da "caridade" tão associado a Chico Xavier, seu suposto "voto de pobreza", sua suposta ajuda a "centenas de pessoas", que lhe garante o título, de um oportunismo mesquinho, de "médium dos pés descalços".

Afinal, usar os nomes dos mortos e produzir suposta psicografia de aspectos irregulares evidentes, semelhantes apenas na superfície como em toda fraude, e mesmo assim legitimadas sem qualquer fundamento científico sério, é em si coisa preocupantemente desonesta. Ainda mais quando, entre outras coisas, Chico Xavier usava os mortos para "concordarem com ele" nas opiniões pessoais que são de um moralismo irritantemente retrógrado.

Esses atos são desonestos. E são de um oportunismo perigoso, que fez Chico Xavier ficar obsediado por esse meio de ascensão social, se valendo das facilidades em produzir literatura fake e imediatamente correndo para realizar filantropia de fachada, para evitar críticas e garantir a tão sonhada impunidade. O "movimento espírita", para garantir o sucesso desse grande vendedor de livros (num Brasil dominado pela burrice), teve que "se livrar" de Amauri Xavier.

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