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O eterno complexo de vira-lata dos brasileiros



O Brasil não só é um país marcada e radicalmente conservador - mesmo as aparentes vanguardas e mesmo movimentos progressistas possuem gente sutilmente conservadora - como também tem o vício de querer preservar o que é medíocre ou mesmo o nocivo, que não vale tanto a pena assim quanto parece, mas o pessoal sai defendendo com unhas e dentes.

Nosso país mergulha numa mediocridade que reflete no âmbito político, com Jair Bolsonaro ameaçando punir quem "esticasse a corda", ou seja, agisse contrário aos interesses do presidente e de seus aliados, num tempo em que o Supremo Tribunal Federal está investigando e começando a punir, com prisões preventivas e ações de busca e apreensão de material suspeito, os bolsonaristas acusados de espalhar fake news e ameaçar a Democracia e suas instituições reguladoras.

As pessoas ficam passivas porque isso não tem efeito na compreensão solipsista da vida. "Se o caos não me atinge, então o caos não existe", dizem as pessoas que, no Brasil, vivem num eterno, incurável e até mesmo irrevogável complexo de vira-lata, cuja hipótese de ruptura seria motivo de explosões de raiva e até de vingança contra o interlocutor de ocasião.

A mediocridade virou um arremedo de grandeza no Brasil, seja para apreciar as coisas próprias, seja para acolher as dos outros. Os roqueiros brasileiros, tão matutos e cafonas, acham que "rock clássico" é Guns N'Roses, "rádios rock" são a Rádio Cidade (RJ) e 89 FM (SP) e a maior banda de Rock Brasil foram os Mamonas Assassinas.

Nossa "melhor música brasileira" é a canção brega de maior execução nas rádios, com Odair José "maior" que o Bob Dylan lá fora. E isso quando não consideramos "genial" Chitãozinho & Xororó cantando "Evidências", canção que serve não só para boi dormir, mas também para esquerdista dormir, iludido com a dupla breganeja paranaense, tucana e latifundiária.

Nossas "maiores feministas" são Valesca Popozuda e Solange Gomes, além da "atrevida" Mulher Melão, que só vivem de mostrar o corpo, embora, no caso da primeira, haja eventuais tiradas politicamente corretas, só para fazer o tipo "feminista para inglês ver". E estadunidense também, se contarmos com o documentário de Ellen Page que entrevistou a funkeira (e, para reforçar o debate, o "outro lado" através do próprio Jair Bolsonaro).

Nosso "maiores filósofos" são, entre os extremistas, Olavo de Carvalho, e, entre os "isentões", Francisco Cândido Xavier (sim, o Chico Xavier!) e Divaldo Franco, dentro de um hábito em que "filosofia" se resume à preguiçosa coleta de frasezinhas publicadas nas redes sociais, como se fosse naquela seção de frases publicadas na Veja, na Contigo ou na Seleções do Reader's Digest.

Nosso "maior artista musical mundial" é o Michael Jackson, na verdade de uma carreira irregular, com momentos realmente talentosos - embora não se deva superestimar seu talento, longe da genialidade que tanto se fala - , mas com outros terrivelmente lamentáveis e constrangedores, além dos escândalos que ele cometeu e sua obsessão autorracista em querer branquear sua pele, o que contribuiu, por meio de remédios violentos, para sua morte prematura.

Nossa "cultura brega" é retrato dessa mediocridade. Uma forma tardia de imitar o modismo estrangeiro de ontem, já fora de moda, e vendê-lo como falsa novidade, ganhando até mesmo o verniz "libertário" por conta da supervalorização das polêmicas mornas causadas, capazes de fazer Odair José brincar de ser Che Guevara durante duas horas de show. Uma falsa grandeza em coisas menores, combinando pretensiosismo e falsa modéstia, mediocridade e canastrice, que dão o tom em vários aspectos da vida humana brasileira.

Michael Sullivan e sua breguice cosmética é o "nosso Phil Spector", no sentido de "grandiosidade" na produção de discos. "Jornalismo investigativo"? Nosso "representante maior", nesse sentido, é José Luiz Datena, herdeiro do "mestre Gil Gomes". E tudo isso quando nosso esquerdismo não passa de um neoliberalismo assistencialista que se limita a bajular Lula, Dilma Rousseff e o PT em geral, sem no entanto mostrar qualquer visceralidade em suas ideias e ações.

Nosso "maior jurista" é Sérgio Moro, com atribuições confusas que variam entre as de delegado de província até advogado de acusação, cultuado como se fosse um tira de seriado de TV, mas cujo rosto parece uma versão cafona do Super-Homem, com "voz de Amácio Mazzaropi". Tudo a ver num país cujo "humanista maior" é Chico Xavier, que fez obras literárias fake, sempre foi um reacionário e sua "indiscutível caridade" tinha níveis tão medíocres quanto as de Luciano Huck hoje em dia.

Ainda se passa o pano nos próprios defeitos - vêm à tona bordões como "Quem nunca errou na vida?" e "Todo mundo erra", vergonhosas até para enfeitar para-choque de caminhão - , tem-se um estranho orgulho de ser imperfeito, e defende projetos e fenômenos medíocres sempre com aquela desculpa tipo "Não é aquela maravilha, mas é melhor do que nada" ou "Ruim com isso, pior sem isso".

Falamos em "complexo de vira-lata" porque, lembrando os 70 anos do Maracanã, completos em 16 de junho de 2020, lembra-se também do que ocorreu dias depois, com a final da Copa do Mundo de 1950, quando o time brasileiro, perdendo para o time uruguaio, deixou de obter o primeiro prêmio, que só foi conquistado, pela primeira vez, oito anos depois. Devido à derrota, o dramaturgo e cronista esportivo Nelson Rodrigues criticou o chamado "complexo de vira-lata".

Chama-se "complexo de vira-lata" o sentimento de orgulho pela mediocridade, pela imperfeição e até mesmo pelo risco de errar. É quando muitas pessoas, na sua ignorância, confundem autocrítica com orgulho de errar, e preferem a zona de conforto de uma mediocridade que promete "melhorar" mas nunca melhora, mas mesmo assim é considerada "melhor do que nada", essa desculpa preguiçosa que, no entanto, é motivo de fúria quando alguém começa a contestar essa mediocridade.

A desculpa é sempre essa: apreciar uma coisa medíocre, que é "melhor do que nada", conforme duas perspectivas: tudo está ruim então, por exemplo, temos que ter uma Rádio Cidade como "rádio rock" ou Chitãozinho & Xororó como "nosso novo Clube da Esquina", esperando, de braços cruzados, que Deus vá melhorá-los com o passar do tempo, talvez na esperança de ouvir locutores de estilo Jovem Pan anunciarem bandas de garagem e escutar "Evidências" com arranjo de Wagner Tiso (no caso de ele, por boa-fé, cair nessa armadilha).

Os "isentões" são os cães-de-guarda desse vira-latismo que é paixão nacional. Eles mesmos expressam o complexo de vira-lata. Não possuem um terço da sabedoria dos verdadeiros intelectuais, mas adotam uma maquiagem intelectual para seus argumentos sem pé nem cabeça. Falam grosso, escrevem duro, como se achassem especialistas em tudo, dizendo não serem "donos da verdade", mas mesmo assim sempre brigando (não raro fazendo cyberbullying e comandando linchamentos virtuais dos desafetos) para ficar com a palavra final.

Convivemos com prejuízos que vão de feminicidas deixando a cadeia para arrumar namoradas que um inocente poeta não consegue conquistar (este, hoje, tem que se contentar com periguetes com as quais não sente jamais atração nem afinidade) até, com tanta coisa para fazer na vida, como pagar contas em diferentes bancos, ter que diferir, entre os ônibus com pintura padronizada, qual é a empresa que se deve pegar para chegar a um destino. Haja atenção.

Esses momentos de pandemia deixam essas pessoas em pânico, porque o coronavírus, mais do que matar e ameaçar matar cidadãos, é capaz de matar, pela exigência de mudanças diversas, o complexo de vira-lata que deixa as pessoas felizes no seu lixo cotidiano.

E isso tudo ocorre quando Jair Bolsonaro ameaça endurecer seu governo, já que os brasileiros, achando que tudo tem jeito na mediocridade generalizada, sempre empurrando com a barriga, desde o já desastrado governo Michel Temer - que, dentro da "terra de cego" que se tornou o Brasil, agora é visto como "bom" e "legalista" - , as catástrofes cotidianas em curso.

Junto a isso, há gente que recorre a Chico Xavier, lembrado não só como suposto filantropo e pretenso pacifista, mas também com a atribuição "modernosa" de "profeta", "prevendo" o futuro e falando até em extra-terrestres. Um sujeito de visual cafona, nascido numa sociedade agrária e ultraconservadora e católico ortodoxo, que, no entanto, está associado erroneamente às ideias de "progressismo", "futurismo" e "modernidade".

É a nossa noção de "modernidade", que acolhe a retaguarda do brega como se fosse "vanguarda" (é só dizer que um ídolo brega foi censurado na ditadura por um pequeno mal-entendido de uma canção e, pronto, o ídolo vira "vanguarda").

Sinceramente, ao adentrarmos nas redes sociais brasileiras, nota-se que o cheiro de mofo está tão forte - um mofo tóxico, que vicia o "gado digital" que rejeita mudanças de verdade - que é difícil acreditar que o Brasil estaria na vanguarda do mundo, ainda mais se tornando uma aberrante vergonha mundial.

Também, o Brasil está atrasado em todos os sentidos. A mediocridade não deixa o Brasil progredir. Pior, as pessoas acreditam no círculo vicioso de que os medíocres irão virar geniais apenas pela nossa complacência e apoio, mas é da natureza do medíocre não querer progredir. São vira-latas pedindo pedigree, mas continuando sendo vira-latas na essência ou, quando muito, cães de guarda do establishment.

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