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Se esconde mortes constantemente aqui no Brasil



Enquanto os demais países impõem rigor nas medidas de prevenção contra a contaminação por coronavírus, o Brasil, através do catastrófico presidente Jair Bolsonaro, o "Chico Xavier em modo Mr. Hyde", brinca com a doença, estabelecendo flexibilização do isolamento social, como se a pandemia tivesse chegado ao fim.

Segundo dados da Organização Mundial de Saúde, obtidos de maneira técnica, vale lembrar aos bolsonaristas, o pico da Covid-19 não chegou, ainda, ao Brasil, e está só começando. Mesmo assim, os dados, que já eram subnotificados - possivelmente cerca de um quinto do que seriam os dados reais - , passaram a ser abertamente distorcidos e até mesmo omitidos, como foi no último sábado (06 de junho de 2020).

Enquanto isso, Jair Bolsonaro esnobava as mortes por coronavírus, depois de tantas desconversas. Meses atrás, ele disse que a Covid-19 era só "uma gripezinha". Hoje diz que é a "tragédia de todos nós". E fica empurrando o problema com a barriga, enquanto pressiona para os governos estaduais flexibilizem as medidas de prevenção e reabram o comércio, forçando o Brasil a viver uma normalidade que não faz mais sentido.

Esconder mortos é um hábito constante no Brasil. Na ditadura militar, presos políticos eram assassinados pela repressão militar e os milicos não davam um pio. Quando davam, desconversavam, dizendo que as vítimas morreram "em acidente de trânsito" ou "se suicidando".

Tornou-se famosa a lorota de que o jornalista Vladimir Herzog se suicidou. Num país que acredita que Chico Xavier apoiou a ditadura militar porque o "médium" era um "santo" - ou talvez porque o "bondoso médium" achasse novinhos os ternos de nossos generais - , Vlado, que por sinal deve ter irritado os "espíritas", teria se suicidado porque estava entediado e foi verificar se aquela corda enforcava mesmo, tinha força para apertar e sufocar um pescoço.

É um Brasil terraplanista, que já tinha dessas ideias mirabolantes que os partidários do regime ditatorial, assumidos ou enrustidos - mesmo aqueles que se escondem num pretenso apoio a Lula e ao Partido dos Trabalhadores que certos direitistas fantasiados de esquerdistas falam o tempo todo para dar realismo à suas encenações - , acreditavam ou ainda supõem.

O Brasil é um país tão esquisito que se tornou uma nação à deriva, presa nos seus terraplanismos de cada dia, com medo da morte que não se manifesta quando pessoas geniais, como Paulo Henrique Amorim, Moraes Moreira e José Wilker, morrem de infarto, mas quando feminicidas de toga, no auge de sua impunidade aos 50 ou 60 anos, são encontrados mortos por mal súbito em suas casas.



MASCULINIDADE TÓXICA CORTADA EM DUAS

Aliás, se escondem mortes de feminicidas porque não se pode divulgar essas tragédias para o "bem" da necropolítica brasileira, que precisa reduzir a população através de assassinatos que dizimem favelados, camponeses, proletários e mulheres em geral (neste caso, inclui, eventualmente, as de classes mais abastadas).

No caso dos feminicídios, a necropolítica antecipa a necropolítica do rei Herodes, narrada na Bíblia, quando ele decidiu matar bebês sob a crença de evitar o surgimento de um mensageiro como Jesus. Na verdade, aquilo era necropolítica brutal, feita por um Império Romano que crucificava inadimplentes do pagamento de impostos determinado por aquele gigantesco país.

No caso brasileiro, os feminicídios - chorados com lágrimas de crocodilos pela grande imprensa - ocorrem para matar as mães antes que nasçam novos filhos, contendo, de maneira sanguinária, o crescimento de uma população. Durante anos, a divulgação, na mídia, de um feminicídio inspirava outros, diante do perfil valentão do criminoso que era preso e, depois, liberado. Para cada feminicida, um mínimo de 30 feminicídios ocorriam sob inspiração do primeiro caso.

Só que feminicidas também morrem um dia, mesmo aqueles que não se suicidam. Não há esse papo de que o feminicida fumou, fumou, cheirou cocaína no passado, se embriagou, inala ares poluídos da cidade onde mora, teve que extrair um rim e, com 80 e tantos anos, ter vigor para ser influenciador digital como um menino de 20 anos. Não faz sentido. A Natureza cobra preço caro para quem descuida da saúde, seja quem for.

Além disso, não existe prazo para feminicida morrer. As mortes deles só são noticiadas raramente, geralmente quando eles se suicidam ou são mortos por outro motivo, logo após o crime. A ilusão de que, passado esse momento, os feminicidas ficam "livres de morrer", que faz com que até certos feminicidas de um passado remoto, digamos, o século XIX, cujos dados de óbito se "perderam", tenham talvez virado, na mesma encarnação remota, youtubers de uns 200 e tantos anos de idade.

As pessoas nos perguntam: "Por que vocês falam tanto em mortes de feminicidas?". Respondemos com outra pergunta: "Por que vocês se incomodam tanto em saber das mortes de feminicidas?". Fica um medo estranho, esquizofrênico, do tipo "Que interesse eu tenho em saber de feminicida morto, se isso não reflete em minha vida?", embora o coração bata de medo quando se lê, na Internet, que aquele feminicida rico e bonitão foi internado, em estado gravíssimo, devido a uma doença ou acidente.

As pessoas é que tem que ver seus moralismos. Quantas pessoas nos níveis neuróticos de uma Sara Winter, de um Paulo Kogos (jovem integrante da burguesia paulista, conhecido por ser um youtuber com frequentes surtos psicóticos) etc, se escondem em "isentões equilibrados" que ficam dizendo o tempo todo "não é bem assim" ou "eu até entendo seus pontos de vista, mas...", com aquela pose de pretensos intelectuais metidos a "imparciais" e "realistas".

Aqui no Brasil a masculinidade tóxica é cortada em duas. Uma é para os machistas que "só morrem" e outros para machistas que "só matam". Em nome, de um lado, da necropolítica que reduz o "excesso" de mulheres existentes no Brasil, e, por outro lado, de uma obsessiva e "terraplanistamente" apegada "ressocialização dos assassinos", se supõe que os machistas que matam suas mulheres estão dispensados de "morrer".

Talvez, como mini-deuses (por se acharem no direito de vida e morte sobre suas mulheres), os feminicidas, depois do milagre de virarem influencers com pulmões em frangalhos, eles apenas desapareçam de nós através da ascensão ao Senhor, como arremedos do "Jesus ressuscitado".

Daí que, há nove anos, se fala que Pimenta Neves tem "grandes chances de contrair câncer na próstata" e, supostamente, ele continua vivo, embora até seu sucessor na chefia de redação do Estadão, Sandro Vaia (que ironia, "Vaia no lugar de Pimenta"), morreu há quatro anos. Talvez Pimenta Neves vire youtuber na lembrança dos 20 anos de morte de sua vítima, Sandra Gomide, mesmo ele tendo diabetes, hipertensão, câncer e provável falência de órgãos, aos 83 anos.

Quanto aos feminicidas mortos por Covid-19, a única informação oficial é que um idoso de Alta Floresta, que matou, há cerca de três anos, uma esposa também idosa, ambos pobres e interioranos, havia morrido após contrair coronavírus dentro da prisão. Mas estima-se que dois feminicidas jovens do interior do país e, talvez, antigos feminicidas da década de 1980 tenham falecido da doença.

Sem falar de Rafael Fernandes, em Manaus, um dos epicentros da pandemia, ter matado a namorada e ex-miss, Kimberly Mota, e depois ter fugido, aparentemente sem contaminação de Covid-19, embora o jovem feminicida tenha talvez sido "paquerado de longe" pelo coronavírus e ainda está sob risco de contrair a doença, mesmo na prisão.

Para aqueles que se incomodam com a potencial tragédia que os feminicidas produzem para si mesmos, seria melhor consultar um psiquiatra, porque a mania de "perdoar assassinos", quando se torna uma obsessão, pode ser um apego muito mais doentio ao que se supõe aos entes queridos, sem falar que pode ser um apego mais a atributos materiais do homicida, como sua posição social, sua boa aparência e seu status econômico. "Também morre quem atira", diz a versão de O Rappa para "Hey Joe", cuja letra original é justamente direcionada a um feminicida foragido.

A tragédia não tem lado, não tem partido, não tem ideologia. Morte não escolhe caráter. A ilusão de que os obituários brasileiros têm que ser sempre fofos, mais parecendo lista do Prêmio Nobel, como se a ideia da morte fosse sempre uma coisa linda, uma "linda fábrica de anjos ou semi-anjos", é tão ridícula quanto omitir mortes por Covid-19 e pela repressão ditatorial.

Isso mostra o quanto o moralismo das pessoas é terraplanista, e mesmo as pessoas "isentas" deveriam rever seus conceitos, para ver se não há um vírus de neurose bolsonarista contaminando seus nervos. Nesses tempos, desconfiamos até mesmo de bolsonaristas ou, mesmo, de clones de Ciro Gomes dentro das esquerdas, gente que ainda não surtou e, por isso, se julga ser "equilibradamente isenta" ou "corajosamente esquerdista", sem que tivessem algum check up interno, uma autocrítica para ver se não possui preconceitos ocultos em suas mentes.

É muito fácil se dizer "isento" ou "progressista" ou partir para a prática viciada de argumentar demais para esconder as mentiras em si mesmo. É mais confortável escrever "textões" desmentindo suspeitas aqui e ali do que fazer uma autocrítica.

Nestes tempos de pandemia, a vida humana passa por uma transformação que não é aquela que supõem os discursos religiosos (esquecemos, portanto, palhaçadas como a tal "data-limite"). É quando o isolamento social nos cobra uma postura autocrítica e uma revisão de desejos e necessidades.

O Brasil está tomado de muita hipocrisia, sobretudo de gente que fica dizendo o tempo todo que "odeia e reprova todo tipo de hipocrisia". Talvez reprovem todo tipo de hipocrisia, exceto a de si mesmo. Tantos moralistas precisam ver o quanto imorais são, e tantas pessoas privilegiadas precisam ver se realmente querem ou desejam algo que conquistaram em suas vidas.

Pessoas morrem de Covid-19 porque não aguentam sair da zona de conforto das aglomerações e da vida agitada dos bares e boates. Feminicidas surgem porque determinados homens são sempre cobrados pela sociedade a ter uma mulher como namorada ou esposa, e nunca pegam a que realmente querem ou necessitam (se é que necessitam, realmente, de ter uma mulher, pois um verdadeiro machista poderia muito bem ser feliz sendo gay, como na Antiguidade Clássica).

Enfim, precisamos verificar se realmente somos esquerdistas, se realmente temos o que precisamos, se realmente não somos reacionários ou se realmente gostamos de alguma coisa. Devemos nos livrar do juízo das conveniências sociais, antes que muita gente declarada "progressista" acabe parando num acampamento do reacionário "300 pelo Brasil". Paremos de esconder vidas e mortes porque isso é um sinal de falsidade e desrespeito aos outros e às próprias pessoas que agem assim.

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