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Dr. Bezerra de Menezes foi um político do PMDB do seu tempo


O "espiritismo" vive de fantasia, de mitificação e mistificação. E isso faz com que seus personagens sejam vistos mais como mitos do que como humanos. Criam-se até contos de fadas, relatos surreais, narrativas fabulosas e tudo. Realidade, que é bom, nada tem.

É isso que faz com que figuras como o médico, militar e político Adolfo Bezerra de Menezes seja visto como um mito, como um personagem de contos de fadas. A biografia que o dr. Bezerra tem oficialmente é parcial e cheia de fantasia, da qual é difícil traçar um perfil mais realista e objetivo sobre sua pessoa.

Não há informações realistas e suas atividades são romantizadas. Quase tudo em Bezerra de Menezes é fantasia, conto de fadas. Ele não era humano, mas um anjinho que se fez homem e se transformou no Papai Noel que dava presentinhos para os pobres. Um Papai Noel para o ano inteiro, não somente para o Natal.

Difícil encontrar na Internet um perfil de Adolfo Bezerra de Menezes que fosse dotado de realismo, mostrando também os seus defeitos. Ele era um político do tipo peemedebista, que não fede nem cheira, aparentemente simpático e generoso, mas com um quê de demagogo e corrupto.

Capacidade de colher dados não é difícil. Afinal, o dr. Bezerra era contemporâneo de Joaquim Nabuco, Dom Pedro II, Rui Barbosa e outros personagens com farto material biográfico, com seus aspectos positivos e negativos desses personagens, atuantes num Brasil problemático como sempre foi e continua sendo.

Francamente! Se Rui Barbosa, um dos mais admirados intelectuais do país, ou Joaquim Nabuco e Machado de Assis, também dotados de altos prestígios, tinham pontos sombrios em suas biografias, por que um político menor como Adolfo Bezerra de Menezes tem que ser tratado como se fosse a mais perfeita personalidade que viveu nos tempos do Segundo Império?

Se até o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, bonachão e simpático, é hostilizado e tem seus defeitos fartamente descritos na imprensa e na Internet, por que o dr. Bezerra tem que aparecer limpo e angelical, com uma biografia pouco recomendável para diabéticos, pelo excesso de doçura?

Fica devendo uma análise mais imparcial do dr. Bezerra, que foi uma personalidade de caráter mediano, um político de expressão menor, um abolicionista correto mas sem muito destaque e um líder religioso sem grande missão transformadora, muito pelo contrário, já que ele barrou todo o cientificismo que seu rival Afonso Angeli Torteroli queria introduzir na Doutrina Espírita.

Bezerra foi roustanguista durante toda sua vida como "espírita". Falecendo em 1900, aos 69 anos, reencarnou poucos anos depois, como seria de praxe para sua pessoa, e já deve estar duas encarnações posteriores à sua famosa, provavelmente sendo um jovem de cerca de 25 anos que vive entre nós.

No entanto, a visão oficial é que Bezerra não reencarnou mais, virou um "filantropo do além", um "santo" informalmente canonizado pela FEB e, diante da crise sofrida pela supremacia dos ideais de Jean-Baptiste Roustaing, supostos médiuns criaram mensagens apócrifas atribuídas a Bezerra de Menezes expressando o falso reconhecimento do valor de Allan Kardec.

Vamos tentar criar alguns aspectos sobre Bezerra de Menezes para que as pessoas larguem suas ilusões e vejam o "espiritismo" da FEB não como um consulado do paraíso celestial no Brasil, mas como uma seita religiosa como tantas outras, e cujos personagens estão longe de significar a suposta perfeição a que lhes é atribuída. Vamos lá:

FISIOLOGISMO POLÍTICO - O cenário político da época era mais marcado pelo fisiologismo político, ou seja, tendência em que políticos de perfil mediano e insípido, não muito progressistas mas também não muito reacionários, levemente populistas mas sutilmente elitistas, misturavam poucos ideais de melhorias sociais e uma certa prática de corrupção.

É o que se observa no PMDB (Partido do Movimento Democrático Brasileiro) de hoje, um partido sem pé nem cabeça, mas situado entre o elitismo sutil (sobretudo os interesses pessoais de seus políticos) e um parcial populismo, pela adoção de medidas "sociais" que só servem para atrair votos ou "lavar dinheiro" das empreiteiras.

Constam-se os críticos do "espiritismo" brasileiro, que reclamam da imagem limpa demais que se legou do dr. Bezerra de Menezes, que ele se encaixava nesse perfil, Fora do âmbito "espírita", sua atuação política foi morna, sem grande empenho, lançando apenas um livro de corretas sugestões para o fim da escravidão.

O livro, intitulado A escravidão no Brasil e as Medidas que Convém Tomar para Extingui-la sem Dano para a Nação, foi lançado em 1869 praticamente no fim da "festa" abolicionista, a menos de 20 anos para a Lei Áurea que deixou tanto senhores de engenho como escravos à própria sorte e, na prática, foi raiz para o agravamento das desigualdades sociais que hoje conhecemos.

CATOLICISMO CONVICTO - Adolfo Bezerra de Menezes era membro de um conhecido clã cearense, com ramificações no Rio de Janeiro, o Bezerra de Menezes. No entanto, ele era isolado do seu meio, porque a ele eram atribuídos um "caráter excepcional" e uma "missão extraordinária", associada ao "espiritismo" brasileiro.

O dr. Bezerra não se mistura sequer com outro famosíssimo Bezerra de Menezes, o advogado e jornalista fluminense Geraldo, pelo simples fato de que o médico cearense era "espírita" e Geraldo era um militante católico.

Mas Bezerra de Menezes, o "espírita", era católico fervorosíssmo, igrejista de carteirinha, rezador por hábito, e mesmo quando assumiu o "espiritismo" - que seu revisionismo histórico tenta fazer um forçado e improcedente vínculo com Allan Kardec - , era um entusiasmado defensor de Jean-Baptiste Roustaing, o desafeto de Kardec que primeiro "catolicizou" a Doutrina Espírita.

TEMPERAMENTAL E ENÉRGICO - É muito falsa a ideia trazida por supostas psicofonias e psicografias atribuídas a Adolfo Bezerra de Menezes, do "bom velhinho" manso, que quando contrariado chorava em silêncio e cabisbaixo, que tinha um jeito bonachão e dócil e, na velhice, deixou como marca a voz frágil e a suavidade paternal.

Bezerra de Menezes era temperamental, e, como parlamentar, não deixaria de falar alto, apresentar um tom enérgico, diante de um Legislativo em que mais se discutiam que debatiam, e, na falta de microfones, ninguém iria falar baixinho para não ser ouvido.Se até Machado de Assis perdia a cabeça de vez em quando, por que Bezerra de Menezes, naqueles tempos caóticos, seria mansuetude 24 horas por dia?

DESUNIÃO NO MOVIMENTO ESPÍRITA - Adolfo Bezerra de Menezes, como dirigente da FEB, oficialmente se empenhou em unir os espíritas em torno de Allan Kardec e Jesus Cristo, com sua paciência ilimitada que transformou as bases da federação nos parâmetros atuais, resolvendo divergências e conflitos e depois promovendo a solidariedade e a unificação.

No entanto, o que Bezerra fez não foi unir, mas dividir o movimento espírita. Ele expurgou os científicos, e fortaleceu ainda mais o religiosismo do que ele entende como "doutrina espírita", e transformou a FEB numa entidade cada vez mais catolicizada, afastando os que desejavam as bases originais kardecianas.

CONCLUINDO

Bezerra de Menezes foi um político peemedebista do seu tempo e, como líder "espírita", foi um católico entusiasmado porém flexível, daí a visão exagerada de que o "espiritismo" brasileiro era rival da Igreja Católica, quando na verdade sempre agiu para agradar os católicos, mesmo os ortodoxos.

É preciso que haja livros que mostrem o Bezerra de Menezes sem fantasias nem visões adocicadas, para que possamos ver nele um personagem histórico e não o "Papai Noel brasileiro" a dar balinhas e guloseimas para a criançada carente. Material para pesquisa existe, o que se deve é despir dos dóceis preconceitos da fé deslumbrada e da ilusão que o estereótipo de "bondade" representa.

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