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Chico Xavier também humilhou e se promoveu às custas do povo pobre

CONSIDERADO "MESTRE" POR LUCIANO HUCK, CHICO XAVIER TAMBÉM SE PROMOVEU ÀS CUSTAS DO POVO POBRE, ASSOCIADO A UMA CARIDADE FAJUTA.

Não tínhamos uma mídia alternativa, no auge da ditadura militar, que pudesse fazer frente às narrativas oficiais que a mídia hegemônica fazia sobre várias abordagens de caráter duvidoso de nossa realidade. O AI-5 não deixava e não havia uma imprensa com estrutura equivalente à dominante que rompesse com os pontos de vista prevalescentes.

Com isso, a imagem de Francisco Cândido Xavier foi beneficiada, criando um mito que se esforça muito em resistir à realidade dos fatos. Mesmo setores das esquerdas e do ateísmo ainda apreciam Chico Xavier na imagem de "fada-madrinha dos mais velhos", uma narrativa sem um pingo de fundamento mas que é tida como "verdade absoluta" por conta de um poderoso lobby que envolveu mídia hegemônica, empresários editoriais, a Federação "Espírita" Brasileira, partidos de direita e até mesmo poderosas empresas anunciantes.

As pessoas têm medo de romper as fantasias com que estão acostumadas a sonhar através de Chico Xavier, com aquelas narrativas melífluas próprias do "bombardeio de amor", perigosa tática de dominação da mente humana com apelos que envolvem supostas beleza e afetividade. Por isso, de vez em quando, algum oportunista surge para levantar a reputação do suposto médium e falar de sua "missão de caridade" com aqueles mesmos apelos vagos, dos quais não há uma fundamentação sequer, nenhum embasamento teórico e factual que se desse notícia.

Recentemente, um integrante da chamada Bancada do Boi, o deputado Franco Cartafina, do PP de Uberaba - o PP é um dos partidos que sinalizam possível filiação de Jair Bolsonaro para a campanha pela reeleição - , propôs para que Chico Xavier fosse incluído no Livro de Heróis e Heroínas da Pátria, o chamado Livro de Aço, uma vergonhosa solicitação que ganhou a passagem de pano da petista Erika Kokay, relatora da Comissão de Constituição de Justiça da Câmara dos Deputados, que acolheu o acintoso pedido do deputado da elite do agronegócio de Uberaba.

Até parece que Erika Kokay - que reclama que Sérgio Moro era tido como "herói", mas aceitou que Chico Xavier, que no auge da ditadura estava aliado aos opressores, seja tido como tal, por conta de uma reputação de "fada-madrinha" que o pseudo-médium goza através das narrativas padrão Malcolm Muggeridge produzidas pela Rede Globo - baixou o espírito de algum político fisiológico do DEM ou MDB, ao passar pano no pedido do deputado da Bancada do Boi para glorificar o "médium" que serviu, com gosto, aos interesses dos latifundiários de Uberaba.

Erika Kokay se comportou mais como um Rodrigo Maia e suas passagens de pano conhecidas, e se esqueceu, ao consentir com o caso Chico Xavier, de que ela era uma parlamentar combativa e uma inflamada internauta a fazer críticas contra reacionários e golpistas nas redes sociais. 

Erika se sucumbiu ao lamentável elenco de esquerdistas que passaram pano em Chico Xavier, dos quais incluem Ribamar Fonseca, Leonardo Stoppa ou mesmo Wilson Roberto Vieira Ferreira, do Cinegnose (espera-se que todos se arrependam de apoiar Chico Xavier e emitam um comunicado neste sentido, porque em outros momentos são pessoas de grande competência intelectual).

CARIDADE FAJUTA

Aos que tanto afirmam que Chico Xavier "fez caridade" e "só viveu pelo próximo", perguntamos: Uberaba virou a Oslo brasileira? O Brasil melhorou ao idolatrar tanto Chico Xavier? Sem poder explicar, os chiquistas, sejam eles sectários ou leigos, se enrolam nas argumentações, o que mostra que a tese de "caridade" associada ao "médium" nunca passou nem passa de pura cascata.

Perdidos em argumentações fajutas, os chiquistas caem em contradição. Não se decidindo se consideram Chico Xavier um "espírito de luz" ou um "falível endividado", também não conseguem dizer se o "médium" teria "realizado grandes progressos sociais" ou se "apenas procurou fazer o que pôde". As mesmas pessoas que, num dia, falam que "Chico Xavier realizou grandes progressos em relação ao próximo", quando questionadas, depois, de tal ideia, caem em profunda contradição ao responderem "É, mas pelo menos Chico Xavier tentou fazer o que pôde".

O caso Luciano Huck - ele mesmo um discípulo de Chico Xavier, que foi ver o filme biográfico do suposto médium e fez seu quadro Lata Velha tanto em Uberaba quanto em Pedro Leopoldo - é bastante ilustrativo no que se diz à idolatria da sociedade a supostos filantropos, que tentam caprichar no simulacro de ativismo social que pouco ajuda os mais pobres mas garante aplausos barulhentos e eufóricos ao pretenso benfeitor.

Luciano Huck é questionado por estar explorando o povo pobre, agindo por puro oportunismo para promover a imagem de bom-moço. Certo, corretíssimo. Afinal, temos uma mídia que faz contraponto à Rede Globo e outras mídias dominantes que atuam por puros interesses comerciais.

Mas não teria sido Chico Xavier a mesma coisa, ele que quase nunca aparece em atividades de caridade, mesmo as mais fajutas, e do qual só possuem fotos inspecionando a filantropia dos outros e, de maneira constrangedora, humilhando mulheres pobres com a cerimônia do beija-mão, como vemos no alto desta postagem?

A mesma Rede Globo que promove Luciano Huck como um pretenso filantropo fez o mesmo com Chico Xavier. Diferenças de contexto à parte, a lógica é a mesma, até porque Chico Xavier pesa contra si episódios que seus fanáticos seguidores querem esconder por baixo do tapete, como o apoio radical à ditadura militar, a cumplicidade do "médium" na farsa de Otília Diogo e a morte suspeita do sobrinho Amauri Xavier, que teria ocorrido por provável queima de arquivo.

O PRÓPRIO CHICO XAVIER SEMPRE CONTRARIOU SUA IMAGEM DE "CARIDOSO"

Lembremos que Chico Xavier nunca fez caridade. Nunca. Em nenhum momento. O que se conhece como "caridade de Chico Xavier" é um espetáculo no qual quem doa mantimentos, roupas e outros bens não era o "médium", mas os seguidores e adeptos dele, num processo meramente paliativo que nem de longe trouxe um pingo sequer de transformação social. Tanto que os pobres atendidos continuavam sendo os mesmos a cada temporada, sinal de que a "tão adorada caridade" era inútil.

Também não nos esqueçamos que os trabalhadores, miseráveis, desempregados e sem-teto - que o próprio Chico Xavier esculhambou no Pinga-Fogo da TV Tupi - ficam desconfiados quando são convidados a ir para os festejos "espíritas" onde são entregados donativos. Os verdadeiros pobres são os que mais sabem do oportunismo dessas instituições religiosas e são os primeiros a desconfiar da imagem astuciosa de Chico Xavier, o qual os pobres não confundem como se fosse alguém igual a eles.

Mas em outros casos as demais "caridades" do "médium" que, estranhamente, acolhia com benevolência os opressores, soam na verdade contrárias ao princípio de caridade. Está no caso das mortes de pessoas comuns, exploradas pela farsa das "cartas mediúnicas", consideradas por um Waldo Vieira rompido com Chico Xavier como "fenômeno das cartas marcadas".

Além dessas "cartas mediúnicas" terem sido feitas de maneira fake - há acusações de uso de "leitura fria", que é a interpretação subliminar de gestos dos entrevistados, e de consultas de material escrito (da imprensa aos diários deixados pelos mortos) para forjar informações "inacessíveis" nas "psicografias - , elas revelam algo que é desaconselhável para se fazer naqueles que sofreram a perda de entes queridos.

Sabe-se que não se pode consolar uma pessoa em luto com muita fala, muita mensagem. Encher de palavras soa cansativo, tedioso e, em vez de consolar, faz a pessoa se desesperar e até se aborrecer de tamanha atitude. Diante da pessoa em luto, o ideal é falar e escrever menos, e apenas amparar as pessoas quando possível, mas na maioria dos casos deixar que a própria pessoa desenvolva seus sentimentos de consolação, com o tempo.

E o que Chico Xavier fez? Ele fez o contrário. Ele despejou um monte de mensagens, com muito estardalhaço, com aquele recado perverso de que "tudo está bem", tentando forçar positividade tóxica no sentimento das famílias enlutadas. E as "cartas mediúnicas" se mostraram uma grande perversidade, pelos seguintes motivos:

1) Produziu sensacionalismo que fez a festa da chamada "imprensa marrom", que adora casos pitorescos que envolvem a exploração da tragédia humana e o fanatismo da fé religiosa;

2) O sensacionalismo permitiu a ascensão da imprensa policialesca (tipo Brasil Urgente, de José Luiz Datena, da TV Bandeirantes), beneficiado pelo imaginário pitoresco que apreciou Chico Xavier;

3) As tragédias familiares poderiam ter passado em poucos dias, mas elas se prolongaram, complicando a vida das pessoas e causando tristeza e comoção, mesmo diante da suposição de que "a vida continua" e que os mortos "estão bem, amparados por Deus e Nosso Senhor Jesus Cristo";

4) As famílias foram tratadas como se fossem atrações de circos, nesta exploração sensacionalista que procurava promover a imagem pessoal de Chico Xavier.

Isso tudo criou traumas nas famílias, porque ausência física é ausência física, a dor continua insuperável. Além disso, houve também ameaças de conflitos familiares, contrariando a tese de que Chico Xavier era um unificador, pois o que ele mais fazia era dividir as pessoas com a sua trajetória traiçoeira que dividia opiniões. Houve casos de um pai que desconfiou das "psicografias" atribuídas à falecida filha e quase brigou com os demais familiares que acreditavam cegamente nas supostas mensgens.

TEOLOGIA DO SOFRIMENTO

Outra prova de que Chico Xavier não só não fez caridade como se recusou a ajudar o próximo está nas suas ideias doutrinárias, fundamentadas na Teologia do Sofrimento, corrente mais radical do Catolicismo obscurantista que fez da Idade Média (Idade Médium?) a "Idade das Trevas".

É só perceber, nos vários livros, que Chico Xavier - pouco importando os nomes alheios com que o "médium" se passava para evitar que suas opiniões fossem consideradas "pessoais" - sempre dizia para os oprimidos e infortunados aguentarem as suas próprias desgraças, em absoluto silêncio, sem reclamar, contestar, questionar ou maldizer quem ou o que quer que fosse.

Um dos maiores defensores da positividade tóxica - síndrome na qual existe a ideia de forçar uma alegria e um otimismo até mesmo nas piores situações - , Chico Xavier sempre dizia, de maneira impiedosa (sim, impiedosa), que todo sofrimento passava e ele fazia alegorias que envolviam fenômenos da Natureza, tratando a desgraça humana como se fosse uma tempestade e pregando recados tóxicos como "enquanto você está na pior agonia, os rios seguem seu rumo e os passarinhos continuam cantando". Sádico, não?

E o que isso significa? Significa que, ao defender essa ideia de "suportar o sofrimento", Chico Xavier se recusa a ajudar o próximo. É como se dissesse: "continue sofrendo que depois Deus ajuda". Isso é completamente terrível e deplorável e poderia muito bem derrubar a reputação de Chico Xavier, se o Brasil fosse um país menos ingênuo.

Mas a fascinação obsessiva em torno de Chico Xavier e a imagem de "fada-madrinha" que ele goza no imaginário das pessoas as faz prisioneiras de terríveis ilusões, o que faz com que o "médium" seja a única pessoa a qual a realidade dos fatos está proibida de mexer. Chico Xavier é o único brasileiro que "repousa" em fantasias confortáveis que deixam seus seguidores, que são pessoas bem de vida, completamente obsediados. Chico Xavier os deixa reféns da fé cega e das paixões religiosas.
 

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