Pular para o conteúdo principal

Esquerdas se perdem na religiosidade... E na adoração a Chico Xavier


O que está acontecendo com as esquerdas, que se tornaram tão infantilizadas que acabam subestimando o legado do golpe político contra Dilma Rousseff e perdeu o rumo da história? O que ocorreu com as esquerdas que, presas nas bolhas virtuais, perderam a noção da realidade e supervalorizam as pequenas conquistas políticas do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, que, só por ter recuperado direitos políticos e ser favorito em pesquisas eleitorais, não significa que saiu vitorioso.

As esquerdas namastê são uma realidade de há muito tempo, contaminadas por valores culturais importados do imaginário de direita. A música que apreciam é o comercialismo rasteiro dos ídolos da música popularesca, sob a desculpa de ser "a música do povo das periferias". Há também apreciações ao futebol que faz as fortunas exorbitantes dos dirigentes esportivos, e a apreciação das mulheres-objetos que são tidas como "empoderadas" porque não têm, em tese, um namorado ou um marido.

Mas temos também a religiosidade, que se insere de forma aberrante no imaginário esquerdista, até com preocupante insistência. Afinal, conhece-se, numa das raízes do pensamento progressista, a ideia marxista de que a religião é "o ópio do povo", o que sugere que o imaginário das esquerdas deveria ao menos desprezar a religião, em vez de lhe dar a menor consideração.

Que a chamada classe média formadora de opinião e desenvolvedora de um imaginário dominante no qual a mediocridade sócio-cultural atinge níveis preocupantes de idiotização coletiva, isso é compreensível, embora causasse muita aflição quanto aos rumos que o Brasil está percorrendo.

No entanto, não imaginávamos que as esquerdas, que até pouco tempo atrás, mesmo com alguns senões, pudessem errar tanto ao acreditar num triunfalismo que não têm. Elas sucumbiram a um estado de fantasia e alucinação que desconhece as dificuldades que Lula enfrentará se ele for presidente da República. Isto é, se ele conseguir vencer as eleições.

Vários leitores alertam que o antipetismo voltou e um dos maiores exemplos disso é um factoide que a Record TV lançou e que não foi plantado por ela, mas por uma dublê de jornalista espanhola, Cristina Segui, que alegou que o narcotráfico estaria financiando as esquerdas latino-americanas, como o governo de Nicolás Maduro, na Venezuela, e o Partido dos Trabalhadores, no Brasil. A mentira foi plantada por um ex-auxiliar de Maduro, conhecido como "El Pollo", que para se livrar da condenação criminal, nos EUA, tem que plantar essa boataria para aliviar sua pena.

Não vivemos mais o período de 2002, com crises mais amenas. Especialistas apontam que o mundo hoje está à beira de oficializar o "necrocapitalismo", que, através de diversos meios - violência no campo, feminicídio, convulsões sociais, extermínios de LGBTQIA+, negros, índios e sem-teto em geral - , procura regular a quantidade da população na Terra através dos crimes de morte.

Muitos esquerdistas reclamam das esquerdas namastê que acreditam que Lula tem o caminho inteiramente livre para ele, a ponto de crerem que, ao fazer acordos com elites conservadoras, o ex-torneiro mecânico estivesse dominando aqueles que antes promoveram o golpe contra sua parceira Dilma e levaram o próprio petista à prisão.

ESQUERDAS CULTUANDO "MÉDIUM DE DIREITA"

O gravíssimo problema que as esquerdas têm e do qual não querem largar é o apreço estranho que elas sentem por Francisco Cândido Xavier, "médium" de perfil ultraconservador que, se vivo estivesse, seria um dos mais radicais e intransigentes defensores do bolsonarismo. A constatação se sustenta nas próprias ideias do "médium", com provas exclusivamente publicadas aqui, para quem ainda duvida do reacionarismo explícito, convicto e irredutível de Chico Xavier.

Chico Xavier mantém, no imaginário popular, uma imagem de "fada-madrinha", que iludiu milhares e milhares de brasileiros. Todos acreditando na reputação de uma "caridade" que nunca existiu e que foi tão fajuta quanto a de Luciano Huck e é sustentada pela confusão que as pessoas têm entre filantropia e transformação social (coisa que nunca se viu na obra do "médium").

Nas esquerdas, as vítimas dessa mistificação traiçoeira, com base em pesquisas na Internet, são o escritor Ribamar Fonseca, o cartunista Márcio Baraldi, o influenciador digital Leonardo Stoppa (que, de forma constrangedora, definiu erroneamente o "médium" como "marxista"), o jornalista Ricardo Kotscho (vergonhosamente "saudoso" do "médium" e, recentemente, Erika Kokay (que passou pano no pedido de um deputado da Bancada do Boi para incluir o "médium" na lista de "heróis da Pátria"). 

O professor Wilson Roberto Vieira Ferreira, do Cinegnose, crítico das esquerdas "namastê", também manifestou uma posição complacente com a figura mítica de Chico Xavier, mas não se sabe se ele se arrependeu dessa posição. Espera-se que sim, pois muitas das críticas que ele faz aos vícios da religiosidade e do ocultismo se encaixam perfeitamente na trajetória do "médium".

Ver que Chico Xavier tem um fã-clube nas esquerdas é algo que envergonha, e muito. É uma gafe imperdoável, da qual seus seguidores acidentais não trazem um arrependimento, uma autocrítica, um comunicado do erro grosseiro que cometeram. Esquecem eles que Chico Xavier foi um dos primeiros antipetistas do Brasil, tão histérico quanto qualquer bolsomínion da vida, e ele nunca abriu mão dessa postura, mesmo no fim da vida, quando acenou para o apoio crítico a José Serra, no PSDB (o "médium" preferia Aécio Neves, que o via como a "concretização" do herói dos sonhos do religioso).

As esquerdas se perdem nessa religiosidade e isso corrompe seus sentimentos e suas formas de ver o mundo. Acabam transferindo a emoção tóxica do misticismo religioso até mesmo para fenômenos considerados profanos como o "funk", durante anos tido como a "salvação da humanidade" por esquerdistas festivos e infantilizados, iludidos com a estética "novela da Globo" dos pobres retratados pelo gênero musical popularesco.

E é isso que faz com que as esquerdas se percam no pensamento desejoso. No momento, elas ignoram os obstáculos construídos desde 2016, quando Dilma Rousseff foi alvo de impeachment, e acham que Lula, beneficiado apenas por circunstâncias relativamente favoráveis, é "vitorioso por antecipação" na corrida presidencial.

Essa insanidade, defendida com muito fanatismo pelas esquerdas religiosas (incluindo muita gente laica que sucumbe a um certo misticismo), ignora que ainda não se começou a campanha presidencial e a chamada "terceira via" não existe ainda porque não desenhou seu elenco de candidatos, que, ao que tudo indica, serão muitos e não serão fracos (um deles será até forte).

As esquerdas, do nada, acharam que estão vitoriosas, quando nenhuma condição objetiva aponta para isso. É como se o nerd da escola fosse considerado o galã da turma, só porque levou 10 numa prova de Matemática. A coisa está tão absurda que os esquerdistas se irritam quando são criticados, mesmo por gente mais lúcida e prudente.

Os esquerdistas acham que Lula acerta até quando está errando, e pensam que o caminho do petista está livre, sem obstáculos, mesmo quando o legado das forças reacionárias de 2015-2016 continua firme e forte. Lula é como alguém que quer correr num dia de muita tempestade, sem saber dos transtornos, extremamente difíceis, que enfrentará em seu governo, cujas alianças com os mesmos políticos do MDB que derrubaram Dilma podem prejudicar seriamente o programa de governo do petista.

Perdida em fantasias e esperanças vãs, as esquerdas parecem ver o Brasil como se fosse um país de contos de fadas. Perderam o pouco de objetividade que lhes restou de dez anos atrás, quando, apesar de culturalmente débeis (exaltando bregas, funkeiros e "sertanejos" vindos da cultura de direita), tinham alguma consistência no âmbito político-econômico e jornalístico.

Hoje nem isso resta mais. O que existe agora é o subjetivismo, o desprezo pelos obstáculos hoje intransponíveis que Lula terá em frente, que podem mesmo fazer com que ele encare uma inesperada derrota nas urnas, em 2022. Os golpistas de 2016 não querem largar o osso e as esquerdas nem de longe recuperaram o lugar político que haviam perdido com a queda de Dilma e a vitória de Bolsonaro.

O que preocupa muitos, mesmo aqueles que ainda são lúcidos dentro das esquerdas, é que os esquerdistas em geral estão perdendo a noção da realidade, e imaginam que Lula é um "Deus" que pode derrubar todos os obstáculos que encontrar na frente. Factoides criados de cenas como Lula fazendo ginástica ou exibindo seus dotes físicos (?) na praia, com sua noiva Rosângela Silva, a Janja, fortalecem essa mitologia tosca do pretenso "Hércules de Garanhuns".

Isso é mitologia, é mitificação, é religião. A realidade não está favorável a Lula porque os homens que fizeram o golpismo de 2016 estão no poder. A falta de mobilização das esquerdas e a ilusão de que elas estão vencendo sem esforço preocupa, porque não há condição alguma que possa favorecer a vitória eleitoral de Lula, ainda mais porque a terceira via, se chegar, virá com toda a força e com todo o apoio da mídia que influencie a opinião pública a votar em massa no principal candidato.

Além disso, com a decadência lenta e gradual de Jair Bolsonaro - que, como um protegido informal de Chico Xavier, não sofrerá pesados infortúnios, pela afinidade vibratória do passado arrivista que une "capitão" e "médium" - , Lula terá que enfrentar a terceira via que tirará do petista a chance de ter os votos da direita civilizada que não votaria em Bolsonaro de jeito algum.

Portanto, é impossível garantir que Lula tem a batalha ganha, ou, como dizem seus seguidores, que ele "esta com as mãos na taça". A situação de Lula é mais difícil e complicada que se imagina, e sua vitória eleitoral é apenas uma miragem produzida apenas por circunstâncias relativamente favoráveis, como a devolução dos direitos políticos e uma suposta vantagem nas pesquisas eleitorais, que não oferecem condições reais de que o petista sairá vencedor na campanha presidencial.

E, diante dos vícios das esquerdas festivas e namastê, a grande preocupação é das esquerdas surtarem e recorrerem a Chico Xavier para orar pela vitória eleitoral de Lula. Se isso ocorrer, aí que Lula perde a corrida de vez e há o risco de Jair Bolsonaro ser o verdadeiro vitorioso. As esquerdas precisam de um choque de realidade.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Padre Quevedo: A farsa de Chico Xavier

Esse instigante texto é leitura obrigatória para quem quer saber das artimanhas de um grande deturpador do Espiritismo francês, e que se promoveu através de farsas "mediúnicas" que demonstram uma série de irregularidades. Publicamos aqui em memória ao parapsicólogo Padre Oscar Quevedo, que morreu hoje, aos 89 anos. Para quem é amigo da lógica e do bom senso, lerá este texto até o fim, nem que seja preciso imprimi-lo para lê-lo aos poucos. Mas quem está movido por paixões religiosas e ainda sente fascinação obsessiva por Chico Xavier, vai evitar este texto chorando copiosamente ou mordendo os beiços de raiva. A farsa de Chico Xavier Por Padre Quevedo Francisco Cândido Xavier (1910-2002), mais conhecido como “Chico Xavier”, começou a exercer sistematicamente como “médium” espiritista psicógrafo à idade de 17 anos no Centro Espírita de Pedro Leopoldo, sua cidade natal. # Durante as últimas sete décadas foi sem dúvidas e cada vez mais uma figura muitíssimo famosa. E a

Chico Xavier apoiou a ditadura e fez fraudes literárias. E daí?

Vamos parar com o medo e a negação da comparação de Chico Xavier com Jair Bolsonaro. Ambos são produtos de um mesmo inconsciente psicológico conservador, de um mesmo pano de fundo ao mesmo tempo moralista e imoral, e os dois nunca passaram de dois lados de uma mesma moeda. Podem "jair" se acostumando com a comparação entre o "médium cândido" e o "capitão messias". O livro O Médico e o Monstro (Dr. Jekyll & Mr. Hyde) , de Robert Louis Stevenson, explica muito esse aparente contraste, que muitas vezes escapa ao maniqueísmo fácil. É simples dizer que Francisco Cândido Xavier era o símbolo de "amor" e Jair Bolsonaro é o símbolo do "ódio". Mas há episódios de Chico Xavier que são tipicamente Jair Bolsonaro e vice-versa. E Chico Xavier acusando pessoas humildes de terem sido romanos sanguinários, sem a menor fundamentação? E o "bondoso médium" chamando de "bobagem da grossa" a dúvida que amigos de Jair Presente

Falsas psicografias de roqueiros: Cazuza

Hoje faz 25 anos que Cazuza faleceu. O ex-vocalista do Barão Vermelho, ícone do Rock Brasil e da MPB verdadeira em geral (não aquela "verdadeira MPB" que lota plateias com facilidade, aparece no Domingão do Faustão e toca nas horrendas FMs "populares" da vida), deixou uma trajetória marcada pela personalidade boêmia e pela poesia simples e fortemente expressiva. E, é claro, como o "espiritismo" é marcado por supostos médiuns que nada têm de intermediários, porque se tornam os centros das atenções e os mais famosos deles, como Chico Xavier e Divaldo Franco, tentaram compensar a mediunidade irregular tentando se passar por pretensos pensadores, eventualmente tentando tirar uma casquinha com os finados do além. E aí, volta e meia os "médiuns" que se acham "donos dos mortos" vêm com mensagens atribuídas a este ou aquele famoso que, por suas irregularidades em relação à natureza pessoal de cada falecido, eles tentam dar uma de bonzinh

Chico Xavier, que abençoou João de Deus, fez assédio moral a Humberto de Campos Filho

HUMBERTO DE CAMPOS FILHO SOFREU ASSÉDIO MORAL DE CHICO XAVIER PARA TENTAR ABAFAR NOVOS PROCESSOS JUDICIAIS. Dizem que nunca Uberaba ficou tão próxima de Abadiânia, embora fossem situadas em Estados diferentes. Na verdade, as duas cidades são relativamente próximas, diferindo apenas na distância que requer cerca de seis horas e meia de viagem. Mas, com o escândalo de João Teixeira de Faria, o João de Deus, até parece que as duas cidades se tornaram vizinhas. Isso porque o "médium" Francisco Cândido Xavier, popularmente conhecido como Chico Xavier, em que pese a sua reputação oficial de "espírito de luz" e pretenso símbolo de amor e bondade humanas, consentiu, ao abençoar João de Deus, com sua trajetória irregular e seus crimes. Se realmente fosse o sábio e o intuitivo que tanto dizem ser, Chico Xavier teria se prevenido e iniciado uma desconfiança em torno de João de Deus, até pressentindo seu caráter leviano. Mas Chico nada o fez e permitiu que se abrisse o c

URGENTE! Divaldo Franco NÃO psicografou coisa alguma em toda sua vida!

Estamos diante da grande farsa que se tornou o Espiritismo no Brasil, empastelado pelos deturpadores brasileiros que cometeram traições graves ao trabalhoso legado de Allan Kardec, que suou muito para trazer para o mundo novos conhecimentos que, manipulados por espertos usurpadores, se reduziram a uma bagunça, a um engodo que mistura valores místicos, moralismo conservador e muitas e muitas mentiras e safadezas. É doloroso dizer isso, mas os fatos confirmam. Vemos um falso Humberto de Campos, suposto espírito que "voltou" pelos livros de Francisco Cândido Xavier de forma bem diferente do autor original, mais parecendo um sacerdote medieval metido a evangelista do que um membro da Academia Brasileira de Letras. Poucos conseguem admitir que essa usurpação, que custou um processo judicial que a seletividade de nossa Justiça, que sempre absolve os privilegiados da grana, do poder ou da fé, encerrou na impunidade a Chico Xavier e à FEB, se deu porque o "médium" mi

O grande medo de Chico Xavier em ver Lula governando o país

Um bom aviso a ser dado para os esquerdistas que insistem em adorar Francisco Cândido Xavier é que o "médium" teve um enorme pavor em ver Luís Inácio Lula da Silva presidindo o Brasil. É sabido que o "médium" apoiou o rival Fernando Collor de Mello e o recebeu em sua casa. A declaração foi dada por Carlos Baccelli, em citação no artigo do jurista Liberato Póvoas ,  e surpreende a todos ao ver o "médium" adotando uma postura que parecia típica nas declarações da atriz Regina Duarte. Mas quem não se prende à imagem mitificada e fantasiosa do "médium", vigente nos últimos 40 anos com alegações de suposto progressismo e ecumenismo, verá que isso é uma dolorosa verdade. Chico Xavier foi uma das figuras mais conservadoras que existiu no país. Das mais radicais, é bom lembrar muito bem. E isso nenhum pensamento desejoso pode relativizar ou negar tal hipótese, porque tal forma de pensar sempre se sustentará com ideias vagas e devaneios bastante agr

Caso João de Deus é apenas a ponta do iceberg de escândalos ainda piores

A FAMIGLIA "ESPÍRITA" UNIDA. Hoje o "médium" e latifundiário João Teixeira de Faria, o João de Deus, se entregou à polícia de Goiás, a pedido do Ministério Público local e da Polícia Civil. Ele é acusado de assediar sexualmente mais de 300 mulheres e de ocultar um patrimônio financeiro que o faz um dos homens mais ricos do Estado. João nega as acusações de assédio, mas provas indicam que eles ocorreram desde 1983. Embora os adeptos do "espiritismo" brasileiro façam o possível para minimizar o caso, ele é, certamente, a ponta do iceberg de escândalos ainda piores que podem acontecer, que farão, entre outras coisas, descobrir as fraudes em torno de atividades supostamente mediúnicas, que, embora com fortes indícios de irregularidades, são oficialmente legitimadas por parecerem "agradáveis" e "edificantes" para o leitor brasileiro médio. O caso João de Deus é apenas o começo, embora ele não tenha sido o único escândalo. Outro

Carlos Baccelli era obsediado? Faz parte do vale-tudo do "espiritismo" brasileiro

Um episódio que fez o "médium" Carlos Bacelli (ou Carlos Baccelli) se tornar quase uma persona non grata  de setores do "movimento espírita" foi uma fase em que ele, parceiro de Francisco Cândido Xavier na cidade de Uberaba, no Triângulo Mineiro, estava sendo tomado de um processo obsessivo no qual o obrigou a cancelar a referida parceria com o beato medieval de Pedro Leopoldo. Vamos reproduzir aqui um trecho sobre esse rompimento, do blog Questão Espírita , de autoria de Jorge Rizzini, que conta com pontos bastante incoerentes - como acusar Baccelli de trazer ideias contrárias a Allan Kardec, como se Chico Xavier não tivesse feito isso - , mas que, de certa forma, explicam um pouco do porquê desse rompimento: Li com a maior atenção os disparates contidos nas mais recentes obras do médium Carlos A. Bacelli. Os textos, da primeira à última página, são mais uma prova de que ele está com os parafusos mentais desatarraxados. Continua vítima de um processo obsessi

Chico Xavier e Divaldo Franco NÃO têm importância alguma para o Espiritismo

O desespero reina nas redes sociais, e o apego aos "médiuns" Francisco Cândido Xavier e Divaldo Pereira Franco chega aos níveis de doenças psicológicas graves. Tanto que as pessoas acabam investindo na hipocrisia para manter a crença nos dois deturpadores da causa espírita em níveis que consideram ser "em bons termos". Há várias alegações dos seguidores de Chico Xavier e Divaldo Franco que podemos enumerar, pelo menos as principais delas: 1) Que eles são admirados por "não-espíritas", uma tentativa de evitar algum sectarismo; 2) Que os seguidores admitem que os "médiuns" erram, mas que eles "são importantes" para a divulgação do Espiritismo; 3) Que os seguidores consideram que os "médiuns" são "cheios de imperfeições, mas pelo menos viveram para ajudar o próximo". A emotividade tóxica que representa a adoração a esses supostos médiuns, que em suas práticas simplesmente rasgaram O Livro dos Médiuns  sem um pingo de es

Se Chico Xavier fosse progressista, não haveria a ascensão de Jair Bolsonaro

É um dever questionarmos, até com certa severidade, o mito de Francisco Cândido Xavier. Questionar sem ódio, mas também sem medo, sem relativismos e sem complacências, com o rigor de quem não mede palavras para identificar erros, quando estes são muito graves. Vale lembrar que esse apelo de questionar rigorosamente Chico Xavier não vem de evangélico alucinado nem de qualquer moleque intolerante da Internet - até porque o dito "espiritismo" brasileiro é uma das religiões não só toleradas no país, mas também blindadas pelas classes dominantes que adoram essa "filantropia de fachada" que traz mais adoração ao "médium" do que resultados sociais concretos - , mas da própria obra espírita original. É só ler Erasto, que recomendava rigor no repúdio e no combate aos deturpadores dos ensinamentos espíritas. E mais: ele lembrava que eventualmente os maus espíritos (ou, no contexto brasileiro, os maus médiuns) trazem "coisas boas" (as ditas "mens