
FLORDELIS E O MARIDO ANDERSON CARMO, ASSASSINATO POSSIVELMENTE A MANDO DE FAMILIARES.
Vivemos num Brasil sórdido e cheio de absurdos, tolerado por uma sociedade que se contenta em ser desinformada, desaventurada e até retrógrada desde que "dê para viver". Presos em velhos paradigmas de 40 anos atrás, os brasileiros passam a se enlouquecer para manter o pragmatismo viciado de suas vidas medíocres.
Um ex-juiz, considerado "herói do Brasil", Sérgio Moro, sobre o qual até os "espíritas"definiram como "um homem simples indignado com a onda de impunidade reinante neste país", é alvo de denúncias arrepiantes de abusos de sua função, negociando atos ilícitos dentro da Operação Lava Jato e atuando como se fosse um chefe mafioso.
A sociedade brasileira que consome "veneno midiático" da TV aberta e dos principais canais de TV por assinatura está indiferente a esses escândalos, que, entre outras coisas, envolvem negociações para livrar o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (acusado de vários escândalos de corrupção) de ser investigado pela Operação Lava Jato.
Em vez de ficarem chocados com esse escândalo, perguntam quem foi o suposto hacker que roubou as mensagens de Sérgio Moro e Deltan Dallagnol. Lembram os arrogantes busólogos, com sobrenome holandês ou apelido de fritura, que agrediam colegas devido a alguma divergência, no Rio de Janeiro (tipo a horrível pintura padronizada, que ainda persiste em cidades como Niterói, São Gonçalo e Nova Iguaçu). Os agressores, quando são mal falados pelos busólogos de outros Estados, ficam patrulhando para saber quem os denunciou.
É aquela coisa: fazer patrulha para pegar o suposto dedo-duro, quando se sabe, todavia, pela própria declaração de Glenn Greenwald, os dados foram obtidos de uma fonte meses antes de quando teria ocorrido a suposta hackeagem.
Sérgio Moro é uma espécie de Francisco Cândido Xavier do meio jurídico. À maneira de Chico Xavier, que com sua "mediunidade" irregular, prometeu trazer de volta os escritores famosos e os cidadãos comuns falecidos mas publicou mensagens aquém de suas personalidades respectivas, Sérgio Moro atuou de forma irregular no cumprimento das leis (se é que ele cumpriu alguma).
E se Chico Xavier, como suposto médium, "colecionava" qualidades que nunca existiram nele, que iam de "filósofo" a "profeta", passando por "cientista" e até "jornalista" - brincando de editor-chefe em "psicografias" nas quais Chico fez Humberto de Campos de gato e sapato - , Sérgio Moro era aceito pela população mesmo misturando atribuições de juiz, advogado de acusação, delegado de província e tira de Hollywood (Moro, aliás, é um sósia mais feioso do Orlando Bloom).
Mas o surrealismo não termina aqui. Temos a história de um casal evangélico, em tese devoto de Jesus Cristo, fervoroso seguidor da Bíblia, defensor da caridade que fez os dois, deputada e pastor, adotarem parte do total de 55 filhos. Todavia, essa história está envolta em um cenário sombrio devido à tragédia que atingiu o pastor.
O referido pastor, Anderson do Carmo, marido da deputada Flordelis (PSD-RJ), estava voltando para casa quando foi assassinado, por cerca de trinta tiros, por pistoleiros que estavam lhe esperando em uma casa no bairro de Pendotiba, em Niterói. Os pistoleiros teriam dopado os cachorros da casa, para evitar fazerem barulho.
O crime, ocorrido na madrugada do último dia 16, está dominando os noticiários do Brasil e todos os que estavam na casa durante o homicídio estão sendo investigados. Um enteado de Anderson, Flávio Rodrigues, de um casamento anterior de Flordelis, assumiu participação no crime.
As seitas evangélicas neopentecostais são verdadeiros abrigos para antigos infratores. Várias mulheres-frutas e outras siliconadas são evangélicas dessa tendência popular que envolve Igreja Universal, Assembleia de Deus e similares. O ex-deputado Eduardo Cunha, o assassino de Daniella Perez, Guilherme de Pádua, e o atirador que matou Chico Mendes, Darcy Alves, também são evangélicos. O ex-ator pornô Alexandre Frota, também.
Tudo bem que isso pudesse servir para consertar as pessoas, mas não é isso que ocorre. Nas religiões neopentecostais e no "movimento espírita", a condição religiosa serve mais para alimentar vaidades, dissimular ambições, tratar Jesus Cristo como se fosse um leão-de-chácara para suas vidas. Em muitos casos, a vida não muda: Guilherme de Pádua, por exemplo, é famoso pela sua arrogância, que salta até no seu semblante facial.
O Brasil está transformado num hospício ou num puteiro, conforme lamentam muitos analistas socio-políticos sérios. Apegados a paradigmas de 40 anos atrás, muitos brasileiros se consideram felizes em serem marionetes da grande mídia e falar seus jargões e gírias. E aí vemos quantos absurdos acontecem.
Muitos brasileiros já demonstram ter mais medo de ver o fim da pintura padronizada nos ônibus de cidades como São Paulo e Curitiba do que perder um parente. Se o cara perde uma turma inteira de ex-amigos da escola, ele se entristece mas se conforma, mas se a prefeitura de Florianópolis for cancelar a pintura padronizada do medonho "Consórcio Fênix" (devia se chamar "Consórcio Queimado"), com sua estética de "carro de polícia", ele entra em surto psicótico.
É uma sociedade que, também, fica feliz quando perde grandes nomes da Cultura, talvez "complicados demais" para o Brasil de hoje. Ou que acham que doenças como AVC, infarto e mal-súbito são para pessoas tranquilas, seja figurante de novela, ator de seriado teen, personal trainer e até meditador de templo budista. Essas doenças não podem estar associadas a assassinos, apesar deles terem condições biológicas para tanto.
Para essa sociedade, feminicidas que assassinam suas belas mulheres com fúria e que fumam e se drogam feito doidos "não" podem morrer de infarto ou câncer, mas "podem" virar youtubers aos 80 anos (como se tivessem força para enfrentar haters como quem enxota mosquitos num quarto) ou, quem sabe, corredores da São Silvestre aos 90 anos. Sinceramente, muitos brasileiros precisam marcar uma consulta psiquiátrica, urgentemente.
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