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Brasil e a desigualdade entre casadas e solteiras


O ANEL DE CASAMENTO E O CÉREBRO.

"Quem pensa, não casa", diz o ditado popular. Mas o sistema de valores tenta inverter o ditado e reservar o casamento, pelo menos no que se refere ao sexo feminino, como um privilégio de moças emancipadas que não sucumbem à erotização gratuita nem ao hedonismo compulsório.

No último Rock In Rio 2019, um grande contraste se observou. De um lado, uma das apresentadoras do Multishow, Didi Wagner (que aniversaria amanhã, 16 de outubro, fazendo 44 anos), reafirmando a estabilidade de seu casamento com o empresário Fred Wagner, com quem tem três filhas, e acrescentando o apoio que o marido dá à carreira dela.

De outro lado, vemos a funkeira Valesca Popozuda, que não foi atração do festival - ela apenas teve alguns sucessos dela tocados no evento da Funk Orquestra - , circular na plateia durante a apresentação da banda de rock Paralamas do Sucesso aparentemente como uma "solteira desesperada", que pede aos homens "não fugirem de medo dela".

Valesca assistiu à apresentação da banda de Herbert Vianna - cujo irmão, o antropólogo Hermano Vianna, é um dos maiores apoiadores do "funk" - no dia em que a funkeira fez aniversário (41 anos), 06 de outubro, coincidentemente também o último dia do Rock In Rio 2019.

Os dois exemplos são um grande contraste. Didi é a it girl que se lançou como VJ da MTV e se destaca principalmente apresentando assuntos e atividades interessantes nas temporadas de seu programa Lugar Incomum, onde ela mostra aspectos curiosos em suas viagens pelo Brasil e pelo mundo.

Por outro lado, Valesca, ex-integrante do grupo Gaiola das Popozudas - um grupo sem músicos, mas com uma MC e alguns dançarinos - , tem um sobrenome artístico que mais parece o de uma personagem de A Praça É Nossa e tornou-se um dos símbolos da objetificação do corpo feminino travestida de ativismo feminista. Em suas apresentações, Valesca empinava seus glúteos aos olhos da plateia ensandecida.

Valesca só repaginou o visual - reduziu o silicone nos glúteos depois de dar uma exagerada na dose dessa substância - porque, em dada fase de sua carreira, passou a ser cortejada para se apresentar em eventos de moda ou a outros com um público mais elitista. Adotando um discurso "feminista" mais verossímil, Valesca chegou a ser entrevistada pela atriz Ellen Page para um documentário que esta fez para pesquisar o comportamento da sociedade sobre a causa LGBTQ (a título de ouvir o outro lado, Ellen também entrevistou o hoje presidente Jair Bolsonaro, homofóbico assumido).

Que desejemos um casamento feliz a Didi Wagner, não há a menor dúvida disso. Só ela e o marido sabem o quanto estão bem há muito tempo juntos e isso deve ser respeitado. Os fãs da apresentadora só pedem a Fred Wagner se comportar menos como um "empresário das antigas", por isso se chocar com a imagem que Didi representa para o público juvenil e moderno, impróprio para um homem que se apega a um terno e gravata e toda a simbologia dos negócios e eventos de gala.

No entanto, devemos admitir que isso é um reflexo de uma sociedade cujas mulheres emancipadas tenham que estar casadas. Em princípio, não há mal algum nisso. O problema é que não há equivalentes solteiras da Didi Wagner. O problema está é na imagem da mulher solteira no Brasil, que é bastante depreciada na sua obsessão forçada pelo hedonismo obsessivo, num contexto de idiotização cultural que há tempos assola o nosso país.

Valesca Popozuda, a exemplo da ex-dançarina do É O Tchan, Sheila Mello - que, estranhamente, estava num casamento feliz e estável que se dissolveu fácil demais da noite para o dia (segundo denúncias do cantor Xanddy, um empresário tentou forçar o divórcio dele com sua esposa Carla Perez, sugerindo caso semelhante) - , estão a serviço de um processo de objetificação do corpo feminino que com objetivos de manipulação social bastante estratégicos.

Segundo muitos especialistas, a objetificação do corpo feminino e a depreciação da imagem da mulher solteira estariam ligados a um processo de higienização social, pois as "solteiras" sempre estão associadas a um universo de hedonismo associado ao processo de idiotização cultural imposta pela grande mídia.

A imagem depreciativa envolve, sobretudo, a ideia de que as mulheres "solteiras" cultuam demais o próprio corpo, preferindo se destacarem pela objetificação sexual, pelo sensualismo compulsório e pelo hedonismo lúdico de frequentar noitadas (que serve de gancho para a propaganda de casas noturnas sedentas de lucrar com novos frequentadores). Cria-se um falso feminismo no qual a "voz" se manifesta pelo balançar de glúteos de tamanho "avantajado".

A higienização ocorreria porque as "solteiras", associadas a um ideal de "realização pessoal" aos olhos das classes pobres e da chamada classe média baixa, também são um símbolo de "resignado fracasso amoroso", vendendo a imagem de "solteiras desesperadas e irrecuperáveis" para desestimular as moças dessas camadas sociais a se casarem e serem mães.

Além disso, segundo analistas, essa imagem ao mesmo tempo depreciativa e hedonista da "solteira" também impede a solidariedade conjugal, porque nas periferias não se estimulam a formação de casais afins. Sem a solidariedade do marido e mulher, os filhos veem a desunião dentro de casa e isso lhes desestimula a estabelecer a necessária união social das classes pobres para lutar pelos seus direitos, pois a dissolução social "começa em casa".

Até mesmo a causa LGBTQ é manipulada não para inserir, nas classes populares, aspectos positivos dessa causa, mas como o uso tendencioso para evitar a geração biológica de filhos, sendo, portanto, uma tentativa de diminuir, gradualmente, a população de negros, índios e mestiços nas classes pobres, como forma de "embranquecer" a população.

Daí que nas elites é permitido que casais estáveis de formem, independente de afinidade, sendo um meio para permitir a formação saudável dos filhos dentro de um respaldo conjugal salutar. Nas classes pobres, o filho que não tem a formação masculina do pai se sente frustrado, ao ver que, nas classes mais abastadas, casais circulam com os filhos, enquanto o pobre menino só tem a mãe, por sinal uma solitária com a vida sobrecarregada, que se complica quando ela cria, sozinha, inúmeros filhos.

A depreciação da imagem da "solteira" - que faz com que mulheres prefiram tatuar seus corpos do que aprimorar seus intelectos, quando as mulheres mais destacadas (e casadas), quando muito, só inserem pequeninas tatuagens no corpo, mas procuram se destacar expondo ideias interessantes, mesmo quando não "intelectualizadas" - é um triste fenômeno que, no Brasil, recebe até mesmo o silêncio das feministas de esquerda, iludidas com o hedonismo manifesto nessa abordagem.

A "solteira" que prefere ter o corpo rasurado, remexer os glúteos, ter um gosto musical ruim, ser submissa aos ditames da mídia e erotizar demais, até quando o contexto não permite, é um fenômeno deplorável e que deprecia a imagem feminina, apesar de um discurso muito bem construído que coloca essa mulher como falsa feminista, bastando apenas a ausência de um namorado ou marido.

A coisa ocorre de tal forma que existem aberrações como Solange Gomes, Mulher Melão e Geisy Arruda, que parecem felizes em suas condições de "brinquedos sexuais" de machões afoitos que veem fotos delas nas redes sociais, sendo que elas não podem ser consideradas "feministas" pelo motivo prosaico de que elas não têm namorados, pois elas estão a serviço do machismo e do consumismo simbólico das taras masculinas e da ilusão de permissividade.

Afinal, com a permissividade que essas mulheres-objetos simbolizam nas redes sociais - ou, num contexto politicamente correto, a atitude de "oferecida" de Valesca Popozuda - , os internautas emocionalmente menos controlados podem se enganar com esse universo de "solteironas carentes, acessíveis e sensuais" e, indo para as ruas, passarem a estuprar e até agredir matar moças comuns por acharem que elas são iguais às "musas" que eles cultuam na Internet.

Isso é uma grande contradição que esse "feminismo de silicone" traz e que já estimula o estupro e o feminicídio, pelos motivos apresentados. E é terrível que o silêncio das feministas de esquerda, seletivas com as críticas à objetificação do corpo feminino, se abstendo em falar de pretensas musas que habitam o imaginário "popular demais" masculino.

A péssima educação social de muitas mulheres faz com que as solteiras, nas redes sociais, sempre estejam associadas a um estado de imbecilização cultural, sobretudo os mais extremos, um efeito nefasto que a bregalização cultural, difundida em larga escala pela Rede Globo e pelo SBT, causaram na população. A supremacia da "solteira trash", que parece estar orgulhosa do seu papel ridículo ao apreciar "sem preconceitos" os piores referenciais culturais, é preocupante.

Isso acaba fragilizando as classes populares e a bregalização que foi aceita pela complacência das esquerdas deixou as forças progressistas bastante frágeis e impotentes. Mas como até mesmo as esquerdas que cometem sérios erros não aprendem a lição, elas se sentirão enganadas com o desgaste do bolsonarismo aliado à ilusão de que um Brasil mais brega e idiotizado reconduzirá Lula ao poder. Grande engano.

Através de Valesca Popozuda, Solange Gomes, Mulher Melão etc, o que se verá será o enfraquecimento das forças progressistas, as dificuldades de crescimento do movimento feminista (que não depende do balanço de glúteos para realizar suas conquistas sociais) e, mesmo que Lula deixe a prisão, o Brasil seguirá com seu projeto neoliberal a tirar de nós as nossas riquezas naturais, entregando-as aos estrangeiros. E isso quando as mulheres emancipadas também não forem entregues a gringos, como quis certa vez o potencial futuro presidente do Brasil, Luciano Huck.

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