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Rio de Janeiro paga caro pelo seu retrocesso



Reduto de cyberbullying de internautas idiotas que defendem causas retrógradas a ponto de perderem tempo criando blogs para ofender quem discorda disso. Reduto de fanáticos por futebol, que se torna a "moeda social" das relações sociais e vira até motivo de assédio moral (quem não curte futebol corre risco de perder emprego). Reduto de degradação cultural, com a cultura rock reduzida a uma forma pasteurizada pela Rádio Cidade, e uma "cultura popular" entregue a fenômenos popularescos, como o "funk" e o "sertanejo", e ao pseudo-jornalismo dos programas policialescos.

O Rio de Janeiro que já teve, em sua capital, o patético fenômeno dos ônibus padronizados - que, sob sua influência, fez essa ideia retrógrada ser requentada em cidades como São Paulo, Curitiba e Porto Alegre, e se ampliar em cidades como Florianópolis e, dentro do RJ, Niterói, São Gonçalo e Nova Iguaçu - que causam confusão nos passageiros, está pagando o preço caríssimo de seus retrocessos, que chegavam a ser defendidos pelas milícias digitais e seus blogs de pura difamação.

Pois a violência no Rio de Janeiro continua ocorrendo por conta de uma mentalidade policialesca que já existia há muito tempo, mas que só agora encontrou o respaldo oficial através do atual governador, Wilson Witzel. Uma ação policial, mais uma vez, resultou em inocentes mortos. E, mais uma vez, uma criança entre os assassinados.

A menina Agatha tornou-se símbolo desse desastre político de um governador cuja polícia, em vez de negociar com um sequestrador que parou a ponte Rio-Niterói fazendo reféns num ônibus vindo de São Gonçalo - uma Viação Galo Branco que, em linhas intermunicipais, preserva a identidade visual, mas, nas linhas municipais, é castigado pela abominável padronização que transforma seu logotipo num borrão quando visto de longe - , o assassinou friamente.

Inexpressivo político e jurista sem muito destaque, Witzel foi eleito dentro daquela neurose pragmática que os cariocas, acompanhados do restante do Sul e Sudeste, foram tomados num cenário em que o fascismo era a "única opção viável" para as eleições do Executivo estadual e federal e seus respectivos Poderes Legislativos.

Era uma eleição movida não só pelo ódio, mas pela catarse cegamente moralista, que fazia com que Jair Bolsonaro - que até agora nunca trouxe uma medida positiva para o Brasil - fosse considerado "favorito" para a Presidência da República, mesmo quando o mundo alertava para esse perigo e recomendava para os brasileiros evitarem votar nele.

O Rio de Janeiro, que passou a gostar de mediocridade desde os anos 1990, com o papo irritante de que "isso não é 100%, mas é o que a gente quer", que é martelado em qualquer coisa, agora paga a conta pelo retrocesso causado e pela responsabilidade de boa parte do povo carioca pelo golpe político de 2016. Se não tivessem votado num incompetente Eduardo Cunha, não teríamos entrado no pesadelo que vivemos. Rio de Janeiro e Curitiba contribuíram decisivamente para o golpismo.

É um Estado que já nos trouxe a beleza sofisticada de Helô Pinheiro mas que nos últimos anos só foi capaz de lançar a grotesca Solange Gomes. Já tivemos a beleza e o ar fresco da Bossa Nova, e hoje se tem a brutalidade imbecilizante do "funk". Já tivemos a cultura rock cheia de inteligência, estado de espírito da Fluminense FM, nos anos 80, e hoje temos a linguagem pop melosa da Rádio Cidade, cujos locutores leem notícias sobre rock sem o menor conhecimento de causa, parecendo, como leitores de teleprompter, meros pronunciadores de um amontoado de palavras.

E aí temos a arrogância dos cariocas, que não toleram quem discorda da Rádio Cidade ou dos ônibus padronizados e armam blogs ofensivos. Temos a intolerância dos cariocas contra quem não curte cerveja, contra quem não tem dinheiro para voltar de uma boate, contra quem não curte futebol, contra homens com dificuldade de arrumar namorada, contra o Partido dos Trabalhadores, contra o que vier de diferente.

É um pessoal tão desumano, salvo exceções, que os cariocas tanto gostam do Flamengo, gritando nas altas horas da noite, feito trogloditas, a cada gol deste time - e de outros, no caso de quem torce pelo Fluminense, Vasco ou Botafogo - , mas se manifestam com profundo desdém quando jogadores aspirantes, adolescentes, morrem num incêndio em um Centro de Treinamento do próprio Flamengo, o Ninho do Urubu.

Tão irritados com pouca coisa, os cariocas se esquecem que o Grande Rio tem ruas sujas, carros de lixo fedorentos, restaurantes e supermercados com baratas e ratos passeando nos alimentos. E ainda temos uma vizinha autista, Niterói, que de tanto ser cidade-dormitório se vê os moradores preguiçosos e indiferentes aos seus próprios problemas.

Já se começa a falar, por exemplo, sobre qual razão faz os niteroienses ignorarem o grave problema de haver dois bairros, Rio do Ouro e Várzea das Moças, que não se comunicam por um acesso próprio para veículos, enquanto usam uma rodovia estadual, a RJ-106, para o trânsito de veículos, atrapalhando quem vai para cidades distantes da Região dos Lagos através dessa estrada.

Muita gente pergunta por que esse problema não chega sequer aos perfis de Niterói nas redes sociais, e o pessoal fica boiando, como se acordasse com sono. Claro, não é o niteroiense que usa a RJ-106 - que, quando muito, mais parece uma passarela de moda com veículos dos dois bairros niteroienses se pavoneando em uma rodovia estadual - , não é ele que vai passar férias em Araruama e Cabo Frio, não é o niteroiense que vai de caminhão do interior paulista para fornecer produtos para mercados na Região dos Lagos. Niteroiense, quando vai viajar, pega o avião e vai para Miami.

E é essa mentalidade acomodada, que está derrubando o Rio de Janeiro, hoje um antro de gente reacionária, conformista em certos aspectos e intolerante em outros, e ignorante. Há exceções, mas infelizmente exceção não é regra. E aí temos as mortes de inocentes em favelas, gente trabalhadora ou estudante, gente que gostaria de ter um futuro que lhe é roubado por um tiro de revólver, metralhadora ou fuzil.

Temos um monte de crianças mortas nessas razões. A Agatha nem viveu para ser uma Marielle Franco, só para citar uma mulher batalhadora que, pelo menos, viveu até lançar seus projetos como vereadora, mas também foi covardemente morta, junto com seu motorista Anderson Gomes, por essa milícia que praticamente privatizou as periferias que intelectuais abobalhados que apoiam o "funk" classificavam como "paraísos".

No Rio de Janeiro, é altíssimo o número de fumantes, que contribui para a grave poluição que faz a ex-Cidade Maravilhosa superar até mesmo São Paulo. Fumantes que são indiferentes aos seus próprios riscos e não são intimidados sequer pelas mortes constantes de famosos que viveram no Rio, e que faleceram relativamente jovens por conta do uso constante de cigarros. E ainda temos uma Baía da Guanabara que não resolve sua poluição, com políticos falando e prometendo, sem fazer coisa alguma.

Os fanáticos por futebol contribuem para a poluição sonora da torcida cega por times cariocas, gritando sem piedade em altas horas da noite, perturbando o sono de quem quer dormir, porque tem que acordar ainda de madrugada para ir ao trabalho num lugar distante e preparar a marmita do almoço enquanto faz o café da manhã. Ver que ninguém combate essa poluição sonora dos fanáticos por futebol é uma vergonha, porque a gritaria, ao perturbar o sono dos trabalhadores, também os faz comprometer seu rendimento, o que coloca em risco a sua estabilidade no emprego.

Quanto egoísmo, quanto cinismo, quanta acomodação! Um Rio de Janeiro perdido em seus retrocessos consentidos e até apoiados! Uma Baixada Fluminense numa violência eterna! Niterói reduzida a uma cidade provinciana e jeca que nenhuma cidade provinciana e jeca gostaria mais de ter. Já se vê urbanização em cidades do interior no Norte e Nordeste que fazem com que se tenha vergonha do comodismo sorridente e sonífero dos niteroienses que esperam que a Globo News, o Brasil Urgente e o jornal O Dia lhes digam qual assunto deve ser alvo de sua indignação.

Estamos transformando os Complexos do Alemão e Maré em zonas perigosas, o que é mais grave, porque são áreas dentro do acesso do Aeroporto Tom Jobim (Galeão) ao Centro do Rio. Em vez de uma política de substituir favelas por moradias decentes e dar qualidade de vida para os pobres, em todos os aspectos, cria-se políticas genocidas que todo ano matam centenas de inocentes (e estamos falando apenas no que é noticiado).

É tanta barbaridade no Rio de Janeiro que podemos dizer que essa visão vergonhosamente pragmática dos cariocas que trocaram o cardápio variado pelo "feijão com arroz qualquer nota" é responsável pelos assassinatos de inocentes que se multiplicam e se tornam intermináveis diante dessa violência abusiva de uma polícia que não protege, mas simplesmente quer exterminar achando que isso é "mostrar serviço". Mas não é, é mostrar truculência, mesmo.

Os reacionários da Internet, os intolerantes fanáticos por futebol, cerveja e noitadas, a turma preconceituosa que humilha quem é diferente, esse Rio de Janeiro que se isolou do resto do Brasil e do mundo, tudo isso é, de alguma forma, assassino da menina Agatha, morta por todos aqueles que humilham os diferentes, a ponto de criar blogs ofensivos contra quem discorda de seus pontos de vista retrógrados e delirantes.

São os cariocas retrógrados, que contribuíram para os retrocessos existentes no Rio de Janeiro, da cultura à busologia, que, em parte, são co-responsáveis, ainda que indiretos, pela morte da menina Agatha, por terem defendido condições que influíram para o crescimento da violência policial que mata tanta gente honesta no Rio de Janeiro.

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