Pular para o conteúdo principal

Obsessão por Chico Xavier contamina até quem quer recuperar as "bases kardecianas"

 ISSO É O QUE DEVERIA SE FAZER E NUNCA É FEITO: JOGAR CHICO XAVIER NO LIXO.

O Brasil é um país viciado em valores e princípios que se vê que não valem a pena, são retrógrados, nunca trazem serventia social profunda, já perderam a validade social, não dão para serem aproveitados e, mesmo assim, considerável parcela dos brasileiros defende esses valores como "universais", "atemporais" e, pasmem, destinados a dominar o mundo!

Sim, a megalomania brasileira atinge níveis insanos. Já observamos isso com a Alemanha e estivemos próximos de uma catástrofe planetária. Um Brasil imbecilizado, religiosamente obsessivo e conservador até quando tenta parecer moderno e libera, não tem o menor direito nem a mínima condição de comandar o mundo nem em se tornar um país desenvolvido. Que o nosso país possa descer do pedestal antes que destrua o nosso planeta.

Vemos com muita preocupaçao a blindagem obsessiva em torno de Chico Xavier, um farsante, um charlatão incorrigível, um reacionário que está isento de receber o repúdio até mesmo das esquerdas críticas, pois sobre o "médium" há mais blindagem do que dinheiro sendo tranportado para os bancos em bairros nobres das grandes cidades.

E Chico Xavier não merece essa blindagem toda. As narrativas em torno de seu mito remetem ao tempo da ditadura militar, mas quem domina as narrativas que vemos nas redes sociais hoje em dia remetem a essa elite abastada de pessoas que ganham um salário superior a R$ 10 mil, depósitos bancários exorbitantes e que vivem cultuando o supérfluo, com viagens rotineiras a Paris, Orlando e Nova York que, de tão frequentes, já nem trazem algum prazer para a alma. 

São pessoas que descendem dos burgueses que faturaram muito durante o "milagre brasileiro", mas que agora forjam falsa modéstia e fingem ser mais modestas e pobres do que realmente (não) são. E para eles pouco importa um Chico Xavier falando que "sofrer as piores desgraças em silêncio é uma coisa linda", porque quem está bem de vida acha bom esse "espiritismo" de água com açúcar para o qual as recomendações de "sofrer em silêncio" servem somente para a Cracolândia e o Jacarezinho, nunca para a Faria Lima e a Barra da Tijuca.

Mas o que assusta é que o mito de Chico Xavier resiste a tudo, como se fosse um tardígrado religioso. É apavorante, porque por trás desse mito há um sujeito que é tudo de ruim: ranzinza, reacionário, farsante, mentiroso, demagogo, maledicente, conservador, solipsista, retrógrado.

Observando a trajetória dele fora da "bolhinha" de seus seguidores - que vendem sempre uma narrativa simplória, prosaica e cheia de fantasias, bem ao gosto daquele que foi o pioneiro nas obras fake - , vemos que Chico Xavier construiu sua "escada para o céu" pisando em cima dos mortos e forjando fraudes com seus colaboradores, mas abandonando eles quando estes se envolvem em encrencas.

Sim, isso é gravíssimo. Extremamente grave. Chico Xavier armou fraudes de materialização, criou uma indústria de psicografakes que produz mensagens farsantes sob o nome dos mortos nas redes sociais, e acobertou os crimes de João de Deus (pseudônimo dado ao farsante João Teixeira de Faria), mas quando seus parceiros eram denunciados ou denunciavam crimes, o "maior médium do Brasil" pulava fora, apesar das responsabilidades terem comprovação.

A caligrafia de Chico Xavier era evidente nos atestados para "legitimar" fraudes de materialização e para mostrar seu vínculo ao criminoso João de Deus. Chico Xavier também foi fotografado, nos bastidores, entusiasmado demais com o espetáculo farsesco de Otília Diogo, que seu envolvimento pode ser muito mais cúmplice do que se imagina. E isso fez Waldo Vieira romper com seu ídolo.

Mas nada assusta do que o caso de Amauri Xavier, um fato gravíssimo depois que Chico Xavier não só saiu impune no caso Humberto de Campos como o traiçoeiro "médium" assediou o filho do escritor maranhense a ponto de transformar um cético num idiota deslumbrado. Ou seja, é fato gravíssimo atrás de fato gravíssimo.

A revista Manchete, em edição de 09 de agosto de 1958, deu a pista de como seria a morte de Amauri Xavier, depois que ele denunciar as fraudes do tio. "Ameaças de morte" dadas "no meio espírita", conforme alertou a matéria da revista, traziam até mesmo a forma de assassinato, por envenenamento. Mas, oficialmente, Amauri morreu de suposto alcoolismo, jovem demais para quem supostamente bebia demais, pois um alcoólatra normalmente morre a partir dos 35 anos de idade e Amauri morreu com 27.

Que perfeitos imbecis são os chiquistas! Preferem que suas vidas virem tragédias sem fim a ver Chico Xavier se arruinando como mito, apesar dele ter escapado de sofrer encrenca junto com aqueles com que se envolveu em diversos crimes (sim, Chico Xavier é um criminoso, o Código Penal fala no crime de charlatanismo e o "médium" fez atividades análogas à produção de fake news ainda prestes a se tornar crime identificado por lei) e que tinham que pagar por tudo sozinhos.

Chico Xavier mandava seus parceiros atirarem pedras nas vidraças da vizinhança e pulava fora, deixando os outros pagarem sozinhos pela traquinagem. E ver que, mesmo quando os erros de Chico Xavier são publicamente reconhecidos, o pessoal prefere passar pano nele, é de ficar muito abismado.

E a "caridade", a carteirada favorita dos chiquistas e, também, dos "isentões espíritas" - espécie de genéricos do Monark da "seara espírita" - , para blindar Chico Xavier dos piores erros? Caridade coisa nenhuma. Filantropia fajuta, distribuindo pequenas cestas básicas para famílias numerosas, com mantimentos que acabam em um ou dois dias.  Nada que Luciano Huck não faça para atrair audiência. Nada que um político corrupto do interior não faça para atrair votos.

A obsessão por Chico Xavier é uma doença tão grave, um mal psicológico que pode gerar até demência, que chega a inspirar verdadeiros sentimentos de "síndrome de Estocolmo", com pessoas que gostam de tudo que o "médium" detestava mas que se tornam devota fanáticas de sua pessoa. E fanáticos enrustidos, pois muitos não se consideram formalmente "espíritas" ou chiquistas.

Um dado assustador é que até quem quer recuperar as bases doutrinárias do Espiritismo original vivem da tentação de publicar frases de Chico Xavier com o intuito de "transmitir sabedoria". O blogue de Liz Bittar, um dos que se empenham em publicar a obra espírita original traduzida por Jose Herculano Pires, caiu na tentação de publicar frases de Chico Xavier no seu perfil no Instagram.

O "espiritismo" brasileiro, com isso, comete o mais assustador dos agravantes. Condenando o uso de drogas, o "espiritismo", através de Chico Xavier, transmite nas pessoas efeitos psicológicos análogos ao de comportamentos abobalhados e alucinados de quem consome maconha e manifestações de arrogância e triunfalismo de quem consome cocaína. E tudo isso sem tragar uma única droga. Ver que numa discussão entre um opositor e um seguidor de Chico Xavier, o segundo é mais agressivo, é estarrecedor.

Isso é pior do que a máfia. E se torna uma doença brasileira sem precedentes na história mundial. A obsessão por Chico Xavier contamina terrivelmente as almas que se tornam viciadas em realimentar suas sensações com a positividade tóxica das palavras do "médium", que foi pioneiro das fake news, do assistencialismo fajuto, do positivismo intoxicante que adoça corações mas envenena as almas. 

A parábola da vaquinha fala de uma família que tinha uma vaca como única fonte de sustento. A família recebeu a visita, em sua casa no alto de uma montanha, de um mestre e um discípulo que viram o ambiente em volta e a vaca que ficava no quintal. O mestre disse ao discípulo para atirar pelo abismo o animal e o discípulo estranhou, mas o mestre insistiu e a vaca não foi para o brejo, mas para o despenhadeiro. 

Tempos depois, o mestre e o discípulo voltaram ao local e viram a família profundamente mudada, levando uma vida melhor e gozando de paz e prosperidade. As pessoas, saindo daquela zona de conforto, buscaram novas e eficazes formas de vida bem melhores.

Falta nisso nos brasileiros. Se os brasileiros romperem com Chico Xavier, não apenas "deixando de falar" no seu nome ou se "esquecendo" dele, mas ROMPENDO, passando a repudiar o "médium" e jogando ele fora no abismo da História em direção ao esgoto, pode ser que, dessa forma, o nosso país comece a andar. Do jeito que está, continuaremos a sofrer os problemas e desigualdade de sempre, piorando a situação até que chegue o momento em que ate os bem de vida comecem a sofrer desgraças profundas.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Padre Quevedo: A farsa de Chico Xavier

Esse instigante texto é leitura obrigatória para quem quer saber das artimanhas de um grande deturpador do Espiritismo francês, e que se promoveu através de farsas "mediúnicas" que demonstram uma série de irregularidades. Publicamos aqui em memória ao parapsicólogo Padre Oscar Quevedo, que morreu hoje, aos 89 anos. Para quem é amigo da lógica e do bom senso, lerá este texto até o fim, nem que seja preciso imprimi-lo para lê-lo aos poucos. Mas quem está movido por paixões religiosas e ainda sente fascinação obsessiva por Chico Xavier, vai evitar este texto chorando copiosamente ou mordendo os beiços de raiva. A farsa de Chico Xavier Por Padre Quevedo Francisco Cândido Xavier (1910-2002), mais conhecido como “Chico Xavier”, começou a exercer sistematicamente como “médium” espiritista psicógrafo à idade de 17 anos no Centro Espírita de Pedro Leopoldo, sua cidade natal. # Durante as últimas sete décadas foi sem dúvidas e cada vez mais uma figura muitíssimo famosa. E a...

Chico Xavier apoiou a ditadura e fez fraudes literárias. E daí?

Vamos parar com o medo e a negação da comparação de Chico Xavier com Jair Bolsonaro. Ambos são produtos de um mesmo inconsciente psicológico conservador, de um mesmo pano de fundo ao mesmo tempo moralista e imoral, e os dois nunca passaram de dois lados de uma mesma moeda. Podem "jair" se acostumando com a comparação entre o "médium cândido" e o "capitão messias". O livro O Médico e o Monstro (Dr. Jekyll & Mr. Hyde) , de Robert Louis Stevenson, explica muito esse aparente contraste, que muitas vezes escapa ao maniqueísmo fácil. É simples dizer que Francisco Cândido Xavier era o símbolo de "amor" e Jair Bolsonaro é o símbolo do "ódio". Mas há episódios de Chico Xavier que são tipicamente Jair Bolsonaro e vice-versa. E Chico Xavier acusando pessoas humildes de terem sido romanos sanguinários, sem a menor fundamentação? E o "bondoso médium" chamando de "bobagem da grossa" a dúvida que amigos de Jair Presente ...

O grande medo de Chico Xavier em ver Lula governando o país

Um bom aviso a ser dado para os esquerdistas que insistem em adorar Francisco Cândido Xavier é que o "médium" teve um enorme pavor em ver Luís Inácio Lula da Silva presidindo o Brasil. É sabido que o "médium" apoiou o rival Fernando Collor de Mello e o recebeu em sua casa. A declaração foi dada por Carlos Baccelli, em citação no artigo do jurista Liberato Póvoas ,  e surpreende a todos ao ver o "médium" adotando uma postura que parecia típica nas declarações da atriz Regina Duarte. Mas quem não se prende à imagem mitificada e fantasiosa do "médium", vigente nos últimos 40 anos com alegações de suposto progressismo e ecumenismo, verá que isso é uma dolorosa verdade. Chico Xavier foi uma das figuras mais conservadoras que existiu no país. Das mais radicais, é bom lembrar muito bem. E isso nenhum pensamento desejoso pode relativizar ou negar tal hipótese, porque tal forma de pensar sempre se sustentará com ideias vagas e devaneios bastante agr...

"Mediunidade" de Chico Xavier não passou de alucinação

  Uma matéria da revista Realidade, de novembro de 1971, dedicada a Francisco Cândido Xavier, mostrava inúmeros pontos duvidosos de sua trajetória "mediúnica", incluindo um trote feito pelo repórter José Hamilton Ribeiro - o mesmo que, ultimamente, faz matérias para o Globo Rural, da Rede Globo - , incluindo uma idosa doente, mas ainda viva, que havia sido dada como "morta" (ela só morreu depois da suposta psicografia e, nem por isso, seu espírito se apressou a mandar mensagem) e um fictício espírito de um paulista. Embora a matéria passasse pano nos projetos assistencialistas de Chico Xavier e alegasse que sua presença era tão agradável que "ninguém queria largar ele", uma menção "positiva" do perigoso processo do "bombardeio de amor" ( love bombing ), a matéria punha em xeque a "mediunidade" dele, e aqui mostramos um texto que enfatiza um exame médico que constatou que esse dom era falso. Os chiquistas alegaram que outros ex...

Falsas psicografias de roqueiros: Cazuza

Hoje faz 25 anos que Cazuza faleceu. O ex-vocalista do Barão Vermelho, ícone do Rock Brasil e da MPB verdadeira em geral (não aquela "verdadeira MPB" que lota plateias com facilidade, aparece no Domingão do Faustão e toca nas horrendas FMs "populares" da vida), deixou uma trajetória marcada pela personalidade boêmia e pela poesia simples e fortemente expressiva. E, é claro, como o "espiritismo" é marcado por supostos médiuns que nada têm de intermediários, porque se tornam os centros das atenções e os mais famosos deles, como Chico Xavier e Divaldo Franco, tentaram compensar a mediunidade irregular tentando se passar por pretensos pensadores, eventualmente tentando tirar uma casquinha com os finados do além. E aí, volta e meia os "médiuns" que se acham "donos dos mortos" vêm com mensagens atribuídas a este ou aquele famoso que, por suas irregularidades em relação à natureza pessoal de cada falecido, eles tentam dar uma de bonzinh...

Carlos Baccelli era obsediado? Faz parte do vale-tudo do "espiritismo" brasileiro

Um episódio que fez o "médium" Carlos Bacelli (ou Carlos Baccelli) se tornar quase uma persona non grata  de setores do "movimento espírita" foi uma fase em que ele, parceiro de Francisco Cândido Xavier na cidade de Uberaba, no Triângulo Mineiro, estava sendo tomado de um processo obsessivo no qual o obrigou a cancelar a referida parceria com o beato medieval de Pedro Leopoldo. Vamos reproduzir aqui um trecho sobre esse rompimento, do blog Questão Espírita , de autoria de Jorge Rizzini, que conta com pontos bastante incoerentes - como acusar Baccelli de trazer ideias contrárias a Allan Kardec, como se Chico Xavier não tivesse feito isso - , mas que, de certa forma, explicam um pouco do porquê desse rompimento: Li com a maior atenção os disparates contidos nas mais recentes obras do médium Carlos A. Bacelli. Os textos, da primeira à última página, são mais uma prova de que ele está com os parafusos mentais desatarraxados. Continua vítima de um processo obsessi...

Falsas psicografias de roqueiros: Raul Seixas

Vivo, Raul Seixas era discriminado pelo mercado e pela sociedade moralista. Morto, é glorificado pelos mesmos que o discriminaram. Tantos oportunistas se cercaram diante da imagem do roqueiro morto e fingiram que sempre gostaram dele, usando-o em causa própria. Em relação ao legado que Raul Seixas deixou, vemos "sertanejos" e axézeiros, além de "pop-roqueiros" de quinta categoria, voltando-se para o cadáver do cantor baiano como urubus voando em cima de carniças. Todo mundo tirando uma casquinha, usurpando, em causa própria, o prestígio e a credibilidade de Raulzito. No "espiritismo" não seria diferente. Um suposto médium, Nelson Moraes, foi construir uma "psicografia" de Raul Seixas usando o pseudônimo de Zílio, no caso de haver algum problema na Justiça, através de uma imagem estereotipada do roqueiro. Assim, Nelson Moraes, juntando sua formação religiosista, um "espiritismo" que sabemos é mais católico do que espírita, baseo...

Padrão de vida dos brasileiros é muito sem-graça e atrasado para virar referência mundial

Pode parecer uma grande coincidência, a princípio, mas dois fatores podem soar como avisos para a pretensão de uma elite bem nascida no Brasil querer se tornar dominante no mundo, virando referência mundial. Ambos ocorreram no âmbito do ataque terrorista do Hamas na Faixa de Gaza, em Israel. Um fator é que 260 corpos foram encontrados no local onde uma rave  era realizada em Israel, na referida região atingida pelo ataque que causou, pelo menos, mais de duas mil mortes. O festival era o Universo Paralello (isso mesmo, com dois "l"), organizado por brasileiros, que teria entre as atrações o arroz-de-festa Alok. Outro fator é que um dos dois brasileiros mortos encontrados, Ranani Glazer (a outra vitima foi a jovem Bruna Valeanu), tinha como tatuagem a famosa pintura "A Criação de Adão", de Michelangelo, evocando a religiosidade da ligação de Deus com o homem. A mensagem subliminar - lembrando que a tatuagem religiosa não salvou a vida do rapaz - é de que o pretenso pr...

Dr. Bezerra de Menezes foi um político do PMDB do seu tempo

O "espiritismo" vive de fantasia, de mitificação e mistificação. E isso faz com que seus personagens sejam vistos mais como mitos do que como humanos. Criam-se até contos de fadas, relatos surreais, narrativas fabulosas e tudo. Realidade, que é bom, nada tem. É isso que faz com que figuras como o médico, militar e político Adolfo Bezerra de Menezes seja visto como um mito, como um personagem de contos de fadas. A biografia que o dr. Bezerra tem oficialmente é parcial e cheia de fantasia, da qual é difícil traçar um perfil mais realista e objetivo sobre sua pessoa. Não há informações realistas e suas atividades são romantizadas. Quase tudo em Bezerra de Menezes é fantasia, conto de fadas. Ele não era humano, mas um anjinho que se fez homem e se transformou no Papai Noel que dava presentinhos para os pobres. Um Papai Noel para o ano inteiro, não somente para o Natal. Difícil encontrar na Internet um perfil de Adolfo Bezerra de Menezes que fosse dotado de realismo, most...

Por que o "espiritismo de esquerda" é tão ridículo e superficial?

A página "Espíritas à Esquerda" do Facebook  é, a princípio, muito bem intencionada, aparentemente voltada à defesa dos direitos humanos e o diálogo com a teoria espírita. No entanto, nota-se que seu conteúdo, no conjunto da obra, apresenta problemas. Isso porque é muito difícil "esquerdizar" o "espiritismo" brasileiro. Cria-se uma gororoba ideológica porque se ignora que a raiz do Espiritismo que é feito no Brasil é roustanguista. A história do "espiritismo" brasileiro se fundamentou nas ideias de Os Quatro Evangelhos  de Jean-Baptiste Roustaing, que forneceu subsídios para a "catolicização" da Doutrina Espírita. Ao longo dos tempos, o roustanguismo, antes explícito e entusiasmado, passou a ser mais enrustido. Apesar do nome Roustaing ter virado um palavrão entre os "espíritas", seu legado foi quase todo absorvido, com impressionante boa vontade, diante de dois artifícios que conseguiram mascarar Roustaing e botar o ...