Pular para o conteúdo principal

Atriz que trabalhou no Casseta & Planeta entendeu elogio de Chico Xavier como "profecia"

BUSSUNDA DEVE ESTAR REVIRANDO NO ALÉM-TÚMULO.


Uma conversa realizada em transmissão ao vivo, a chamada live, com o apresentador Pedro Bial, a atriz Maria Paula, ex-MTV e ex-Casseta & Planeta, errou feio ao creditar como "profecia" um elogio que ela recebeu quando ela era um bebê.


Era no começo dos anos 1970 - a atriz nasceu no final de 1970 - e ela, pequena, estava no colo da mãe, em Uberlândia, quando o suposto 'médium" Francisco Cândido Xavier, que havia prestado bons serviços de apoio à ditadura militar, estava com um grupo de pessoas e resolveu cumprimentar a senhora e sua filha pequena.


"Ele (Chico Xavier) estava com um grupo de pessoas, mas, de repente, veio na direção da minha mãe que estava comigo no colo. Sem nunca terem se visto, ele a chamou pelo nome e disse que estava muito feliz de vê-la na cidade. E disse mais: Maria Paula (passando a mão na minha cabeça) será muito conhecida e que trará muita alegria para os brasileiros", disse a atriz, acreditando ser uma "premonição". 


Maria Paula também afirma ser uma ativista da paz e compartilha dessa onda sorridente de "espiritualismo" manifesta pela atriz Fernanda Souza, que deve "reabilitar" a figura do grande deturpador da causa espírita, o pioneiro dos fakes Chico Xavier, que deve ser relançado por suposta caridade e pretensa profetização, lembrando que, como filantropo, ele nada fez de diferente ou melhor do que Luciano Huck, com um apetite nunca assumido de promoção pessoal.


O irônico disso tudo é que em Brasília, terra natal da atriz, é reduto do suposto médium Ariston Teles, que renega o status de "profeta" de Chico Xavier. Ariston já tem visões delirantes demais para encher sua cabeça de mais uma, pois acredita que o suposto médium mineiro era "reencarnação" de Allan Kardec, coisa que até o reino mineral sabe que não tem uma célula sequer de fundamento.


Aliás, a forma como Chico Xavier "profetiza" as coisas é condenada por Allan Kardec, conforme se vê em O Livro dos Médiuns, capítulo 24, Identidade dos Espíritos, no item 267 e subitem 8, fala com bastante clareza sob o risco de espíritos ou médiuns levianos "preverem o futuro":


"8º) Os Espíritos levianos são ainda reconhecidos pela facilidade com que predizem o futuro e se referem com precisão a fatos materiais que não podemos conhecer. Os Espíritos bons podem fazer-nos pressentir as coisas futuras, quando esse conhecimento for útil, mas jamais precisam as datas. Todo anúncio de acontecimento para uma época certa é indício de mistificação".


Lembrando que a "previsão" de Chico Xavier, no caso, foi a meramente elogiosa ideia de que um bebê "seria muito conhecido e traria alegria para os brasileiros" é uma ideia vaga e foi dada sem menores detalhes - como a forma como a menina "seria conhecida e alegraria os brasileiros" - , afinal a alegação não traz a noção de que esse processo se daria pela fama ou por uma simples atuação comunitária. A menina, por exemplo, poderia, aos olhos do "médium", nunca ter sido famosa e "alegraria os brasileiros" praticando Assistencialismo em alguma instituição "espírita".


"Profetizar" dessa maneira é leviano e, conforme lembra a Codificação, muito perigoso. Chico Xavier, através de Emmanuel, corroborou com a fantasia bíblica de que João Batista - que dizem ter sido reencarnação do profeta Elias, como acreditam os "espíritas" e parte dos católicos - teria pulado de alegria quando Maria de Nazaré anunciou que estava grávida de Jesus Cristo. Aqui lembremos do mesmo capítulo de O Livro dos Médiuns em trecho referente à cautela que devemos ter com os recados dos espíritos e até de médiuns traiçoeiros. Vejamos o segundo parágrafo do item 263:


"Os Espíritos realmente superiores não se limitam apenas a dizer boas coisas, mas as dizem em termos que excluem absolutamente qualquer trivialidade. Por melhores que sejam essas coisas, se forem manchadas por única expressão de baixeza temos um sinal indubitável de inferioridade. E com mais forte razão se o conjunto da comunicação ferir as conveniências por sua grosseria. A linguagem revela sempre a sua origem, seja pelo pensamento ou pela forma. Assim, mesmo que um Espírito quisesse enganar-nos com a sua pretensa superioridade, bastaria conversamos algum tempo com ele para o julgarmos".


Kardec nos alerta sobre a leviandade dos espíritos (e dos supostos médiuns), que pode forjar uma pretensa superioridade pela linguagem empolada (pretensamente culta), pelas "boas coisas" usadas para deslumbrar as pessoas e até pelo aparato de humildade e mesmo outros artifícios feitos para afastar qualquer vestígio de suspeita. Mesmo a aparente gratuidade de certas atividades e produtos serve para mascarar suspeitas de charlatanismo, enquanto outros artifícios para atrair renda são feitos.


Daí que Chico Xavier acumula, em si, uma serie de leviandades e frivolidades. E o que o "médium" disse para a mãe da atriz de Casseta & Planeta, quando ela ainda era bebê, não passou de mero elogio, que qualquer um faz para um bebê, embora o prestígio do "médium" que dominava e assediava pessoas, espertamente, tenha tido o propósito de causar mistificação que faz as pessoas acreditarem que tudo o que Chico Xavier via pela frente rendia "profecias".



O mais grave, disso tudo, é que Maria Paula, ultimamente, estava num semi-ostracismo, contrariando a "profecia" do "médium", andando muito esquecida pelo grande público. E é muito perigoso que ela tenha recorrido a tal lembrança para recuperar a fama. A pessoa traiçoeira e trapaceira de Chico Xavier - suas fraudes "psicográficas" foram divulgadas, sem querer, até por aliados e simpatizantes! - rende mau agouro, trazendo más energias até para quem gosta dele.


Quantos famosos que haviam declarado devoção a Chico Xavier - como Augusto César Vannucci, Ana Rosa, Nair Bello e Maurício de Souza - tiveram seus filhos mortos prematuramente? Juscelino Kubitschek perdeu o controle do seu destino depois que homenageou o "médium" e a Federação "Espírita" Brasileira pelo "serviço de utilidade pública". 


O presidente que inaugurou Brasília não pôde concorrer a novo mandato, foi cassado como senador, teve um movimento de redemocratização extinto pela ditadura e ainda morreu num estranho acidente de carro, suspeito de ter sido um atentado. E olha que Juscelino era de um partido político conservador (PSD), era um político moderadíssimo, amigo do capital estrangeiro e que, preocupado com as ligações de seu ex-vice João Goulart com Leonel Brizola, pediu a saída do então presidente, em 1964. Mas JK foi punido pelo destino como se tivesse sido um guerrilheiro trotskista.


A evocação de Chico Xavier é tão azarenta que dois escritores progressistas, Ribamar Fonseca (do Brasil 247) e Ricardo Kotscho (do "Baiaio do Kotscho"), por acidente, acabaram abrindo as portas para o golpismo em 2016 e 2018, época de seus respectivos textos, o primeiro mencionando uma obra fake sob o nome de Humberto de Campos, que prometia que o Brasil iria "liderar o mundo", e outra, um texto apócrifo sobre o silêncio, justamente uma  recomendação para aqueles que querem protestar a desistirem de tal desejo, preferindo aguentar os infortúnios calados.


Kotscho foi pior, neste caso, porque sua "saudade" de Chico Xavier acabou lhe rendendo uma expulsão do portal R7 - da Record TV, declaradamente bolsonarista - , e certamente ele nada mais falou sobre o assunto. Imagine, recomendar aos seus leitores esquerdistas o silêncio diante dos infortúnios! É como se dissessem para os esquerdistas: "fiquem calados, Bolsonaro veio para ficar e a única coisa que devemos fazer é aceitar os sofrimentos e os retrocessos". Deu no que deu!


E no caso da "dona Casseta" - como Maria Paula era chamada no humorístico que a consagrou - , é muito perigoso manifestar apreço a um farsante deturpador que Chico Xavier sempre foi, glorificado por uma suposta caridade, igual a de Luciano Huck até quando o "filantropo" evita "ajudar o próximo" mexendo no próprio bolso: Huck, seguidor assumido de Chico Xavier, "ajuda" sob o dinheiro dos patrocinadores. Já Chico Xavier contava com seus seguidores: a "cigarra" construía seu prestígio se promovendo às custas dos trabalhos das "formigas".


Outra crítica que se deve ter é ao apresentador do Conversa Com Bial, o programa que promoveu essa live. Pedro Bial havia lançado matérias investigativas sobre os crimes do "médium" e latifundiário goiano João Teixeira de Faria, o João de Deus, que rendeu os escândalos que derrubaram esse ídolo religioso, depois defenestrado do "movimento espírita", que alega que ele "nunca foi espírita".


Mesmo? Pois é notória e, em mais um "fogo amigo", O Globo fez relembrar que foi Chico Xavier que passou os panos nos crimes de João de Deus, conhecidos desde 1983, e, em 1993, ofereceu um casarão em Abadiânia (cidade goiana que, de carro, se distancia a meia-hora de Uberaba) para abafar os crimes, oferecendo ao pupilo uma "carteirada" que, até 2018, lhe protegeu até que suas vítimas tivessem coragem de denunciá-lo.


Esse episódio, aliás, derrubou a tese de que Chico Xavier "errou muito, mas aprendeu". Tanto que realizou plágios, apoiou políticos de direita e passou pano em oportunistas religiosos até nos seus últimos anos de vida. 


E Pedro Bial, com um farto material para denunciar os crimes de Chico Xavier (ligados à falsidade ideológica e uso dos nomes dos mortos até para "concordar" com as posições reacionárias e medievais do "médium"), que envolvem até suspeitas de "queima de arquivo" - o caso Amauri Xavier - , não faz um pingo de investigação contra o "médium" visto como a "fada-madrinha" do mundo adulto.


Pelo contrário, Pedro Bial ficou sorrindo quando uma ingênua atriz achou que um elogio seria uma "premonição". E mesmo que Chico Xavier, naquela época, não teria feito uma "profecia", sua esperteza lhe indicava o poder de dominar e iludir as pessoas, e no final da vida sua vaidade nunca assumida - ele estranhamente alardeava sua "humildade" e "despretensão" em tudo, dentro daquele ditado "Quem muito diz que é..." - se manifestaria com o orgulho de ver muitos acreditando que ele profetizava.


Diante dessa tragicomédia, em que a declaração de uma ex-Casseta & Planeta soa mais parecida com aqueles artigos da Casseta Popular e do Planeta Diário, vemos o quanto o falecido membro do grupo, Bussunda, deve estar se agitando no além-túmulo, com sua amiga acreditando que o deturpador Xavier era um "profeta".


Fala sério, Maria Paula!!!!

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Padre Quevedo: A farsa de Chico Xavier

Esse instigante texto é leitura obrigatória para quem quer saber das artimanhas de um grande deturpador do Espiritismo francês, e que se promoveu através de farsas "mediúnicas" que demonstram uma série de irregularidades. Publicamos aqui em memória ao parapsicólogo Padre Oscar Quevedo, que morreu hoje, aos 89 anos. Para quem é amigo da lógica e do bom senso, lerá este texto até o fim, nem que seja preciso imprimi-lo para lê-lo aos poucos. Mas quem está movido por paixões religiosas e ainda sente fascinação obsessiva por Chico Xavier, vai evitar este texto chorando copiosamente ou mordendo os beiços de raiva. A farsa de Chico Xavier Por Padre Quevedo Francisco Cândido Xavier (1910-2002), mais conhecido como “Chico Xavier”, começou a exercer sistematicamente como “médium” espiritista psicógrafo à idade de 17 anos no Centro Espírita de Pedro Leopoldo, sua cidade natal. # Durante as últimas sete décadas foi sem dúvidas e cada vez mais uma figura muitíssimo famosa. E a...

Chico Xavier apoiou a ditadura e fez fraudes literárias. E daí?

Vamos parar com o medo e a negação da comparação de Chico Xavier com Jair Bolsonaro. Ambos são produtos de um mesmo inconsciente psicológico conservador, de um mesmo pano de fundo ao mesmo tempo moralista e imoral, e os dois nunca passaram de dois lados de uma mesma moeda. Podem "jair" se acostumando com a comparação entre o "médium cândido" e o "capitão messias". O livro O Médico e o Monstro (Dr. Jekyll & Mr. Hyde) , de Robert Louis Stevenson, explica muito esse aparente contraste, que muitas vezes escapa ao maniqueísmo fácil. É simples dizer que Francisco Cândido Xavier era o símbolo de "amor" e Jair Bolsonaro é o símbolo do "ódio". Mas há episódios de Chico Xavier que são tipicamente Jair Bolsonaro e vice-versa. E Chico Xavier acusando pessoas humildes de terem sido romanos sanguinários, sem a menor fundamentação? E o "bondoso médium" chamando de "bobagem da grossa" a dúvida que amigos de Jair Presente ...

O grande medo de Chico Xavier em ver Lula governando o país

Um bom aviso a ser dado para os esquerdistas que insistem em adorar Francisco Cândido Xavier é que o "médium" teve um enorme pavor em ver Luís Inácio Lula da Silva presidindo o Brasil. É sabido que o "médium" apoiou o rival Fernando Collor de Mello e o recebeu em sua casa. A declaração foi dada por Carlos Baccelli, em citação no artigo do jurista Liberato Póvoas ,  e surpreende a todos ao ver o "médium" adotando uma postura que parecia típica nas declarações da atriz Regina Duarte. Mas quem não se prende à imagem mitificada e fantasiosa do "médium", vigente nos últimos 40 anos com alegações de suposto progressismo e ecumenismo, verá que isso é uma dolorosa verdade. Chico Xavier foi uma das figuras mais conservadoras que existiu no país. Das mais radicais, é bom lembrar muito bem. E isso nenhum pensamento desejoso pode relativizar ou negar tal hipótese, porque tal forma de pensar sempre se sustentará com ideias vagas e devaneios bastante agr...

"Mediunidade" de Chico Xavier não passou de alucinação

  Uma matéria da revista Realidade, de novembro de 1971, dedicada a Francisco Cândido Xavier, mostrava inúmeros pontos duvidosos de sua trajetória "mediúnica", incluindo um trote feito pelo repórter José Hamilton Ribeiro - o mesmo que, ultimamente, faz matérias para o Globo Rural, da Rede Globo - , incluindo uma idosa doente, mas ainda viva, que havia sido dada como "morta" (ela só morreu depois da suposta psicografia e, nem por isso, seu espírito se apressou a mandar mensagem) e um fictício espírito de um paulista. Embora a matéria passasse pano nos projetos assistencialistas de Chico Xavier e alegasse que sua presença era tão agradável que "ninguém queria largar ele", uma menção "positiva" do perigoso processo do "bombardeio de amor" ( love bombing ), a matéria punha em xeque a "mediunidade" dele, e aqui mostramos um texto que enfatiza um exame médico que constatou que esse dom era falso. Os chiquistas alegaram que outros ex...

Falsas psicografias de roqueiros: Cazuza

Hoje faz 25 anos que Cazuza faleceu. O ex-vocalista do Barão Vermelho, ícone do Rock Brasil e da MPB verdadeira em geral (não aquela "verdadeira MPB" que lota plateias com facilidade, aparece no Domingão do Faustão e toca nas horrendas FMs "populares" da vida), deixou uma trajetória marcada pela personalidade boêmia e pela poesia simples e fortemente expressiva. E, é claro, como o "espiritismo" é marcado por supostos médiuns que nada têm de intermediários, porque se tornam os centros das atenções e os mais famosos deles, como Chico Xavier e Divaldo Franco, tentaram compensar a mediunidade irregular tentando se passar por pretensos pensadores, eventualmente tentando tirar uma casquinha com os finados do além. E aí, volta e meia os "médiuns" que se acham "donos dos mortos" vêm com mensagens atribuídas a este ou aquele famoso que, por suas irregularidades em relação à natureza pessoal de cada falecido, eles tentam dar uma de bonzinh...

Carlos Baccelli era obsediado? Faz parte do vale-tudo do "espiritismo" brasileiro

Um episódio que fez o "médium" Carlos Bacelli (ou Carlos Baccelli) se tornar quase uma persona non grata  de setores do "movimento espírita" foi uma fase em que ele, parceiro de Francisco Cândido Xavier na cidade de Uberaba, no Triângulo Mineiro, estava sendo tomado de um processo obsessivo no qual o obrigou a cancelar a referida parceria com o beato medieval de Pedro Leopoldo. Vamos reproduzir aqui um trecho sobre esse rompimento, do blog Questão Espírita , de autoria de Jorge Rizzini, que conta com pontos bastante incoerentes - como acusar Baccelli de trazer ideias contrárias a Allan Kardec, como se Chico Xavier não tivesse feito isso - , mas que, de certa forma, explicam um pouco do porquê desse rompimento: Li com a maior atenção os disparates contidos nas mais recentes obras do médium Carlos A. Bacelli. Os textos, da primeira à última página, são mais uma prova de que ele está com os parafusos mentais desatarraxados. Continua vítima de um processo obsessi...

Falsas psicografias de roqueiros: Raul Seixas

Vivo, Raul Seixas era discriminado pelo mercado e pela sociedade moralista. Morto, é glorificado pelos mesmos que o discriminaram. Tantos oportunistas se cercaram diante da imagem do roqueiro morto e fingiram que sempre gostaram dele, usando-o em causa própria. Em relação ao legado que Raul Seixas deixou, vemos "sertanejos" e axézeiros, além de "pop-roqueiros" de quinta categoria, voltando-se para o cadáver do cantor baiano como urubus voando em cima de carniças. Todo mundo tirando uma casquinha, usurpando, em causa própria, o prestígio e a credibilidade de Raulzito. No "espiritismo" não seria diferente. Um suposto médium, Nelson Moraes, foi construir uma "psicografia" de Raul Seixas usando o pseudônimo de Zílio, no caso de haver algum problema na Justiça, através de uma imagem estereotipada do roqueiro. Assim, Nelson Moraes, juntando sua formação religiosista, um "espiritismo" que sabemos é mais católico do que espírita, baseo...

Padrão de vida dos brasileiros é muito sem-graça e atrasado para virar referência mundial

Pode parecer uma grande coincidência, a princípio, mas dois fatores podem soar como avisos para a pretensão de uma elite bem nascida no Brasil querer se tornar dominante no mundo, virando referência mundial. Ambos ocorreram no âmbito do ataque terrorista do Hamas na Faixa de Gaza, em Israel. Um fator é que 260 corpos foram encontrados no local onde uma rave  era realizada em Israel, na referida região atingida pelo ataque que causou, pelo menos, mais de duas mil mortes. O festival era o Universo Paralello (isso mesmo, com dois "l"), organizado por brasileiros, que teria entre as atrações o arroz-de-festa Alok. Outro fator é que um dos dois brasileiros mortos encontrados, Ranani Glazer (a outra vitima foi a jovem Bruna Valeanu), tinha como tatuagem a famosa pintura "A Criação de Adão", de Michelangelo, evocando a religiosidade da ligação de Deus com o homem. A mensagem subliminar - lembrando que a tatuagem religiosa não salvou a vida do rapaz - é de que o pretenso pr...

Dr. Bezerra de Menezes foi um político do PMDB do seu tempo

O "espiritismo" vive de fantasia, de mitificação e mistificação. E isso faz com que seus personagens sejam vistos mais como mitos do que como humanos. Criam-se até contos de fadas, relatos surreais, narrativas fabulosas e tudo. Realidade, que é bom, nada tem. É isso que faz com que figuras como o médico, militar e político Adolfo Bezerra de Menezes seja visto como um mito, como um personagem de contos de fadas. A biografia que o dr. Bezerra tem oficialmente é parcial e cheia de fantasia, da qual é difícil traçar um perfil mais realista e objetivo sobre sua pessoa. Não há informações realistas e suas atividades são romantizadas. Quase tudo em Bezerra de Menezes é fantasia, conto de fadas. Ele não era humano, mas um anjinho que se fez homem e se transformou no Papai Noel que dava presentinhos para os pobres. Um Papai Noel para o ano inteiro, não somente para o Natal. Difícil encontrar na Internet um perfil de Adolfo Bezerra de Menezes que fosse dotado de realismo, most...

Por que o "espiritismo de esquerda" é tão ridículo e superficial?

A página "Espíritas à Esquerda" do Facebook  é, a princípio, muito bem intencionada, aparentemente voltada à defesa dos direitos humanos e o diálogo com a teoria espírita. No entanto, nota-se que seu conteúdo, no conjunto da obra, apresenta problemas. Isso porque é muito difícil "esquerdizar" o "espiritismo" brasileiro. Cria-se uma gororoba ideológica porque se ignora que a raiz do Espiritismo que é feito no Brasil é roustanguista. A história do "espiritismo" brasileiro se fundamentou nas ideias de Os Quatro Evangelhos  de Jean-Baptiste Roustaing, que forneceu subsídios para a "catolicização" da Doutrina Espírita. Ao longo dos tempos, o roustanguismo, antes explícito e entusiasmado, passou a ser mais enrustido. Apesar do nome Roustaing ter virado um palavrão entre os "espíritas", seu legado foi quase todo absorvido, com impressionante boa vontade, diante de dois artifícios que conseguiram mascarar Roustaing e botar o ...