
Incêndios em casas no Imbuí e em prédios no Caminho das Árvorves. Assassinatos na região da Estrada das Barreiras, da Engomadeira à Mata Escura. Violência na Península de Itapagipe. Violência nos bairros de Santa Cruz, Nordeste de Amaralina e Vale das Pedrinhas. Homicídios em Pituaçu, invasões de criminosos em escolas na Boca do Rio. Violência também em Matatu e Sete Portas.
Vamos fazer um cálculo. Essas ocorrências violentas acontecem em regiões que são, em tese, "protegidas" e "abençoadas" por "centros espíritas", que supostamente se definem como "hospitais que se instalam onde está a doença". Só que esses "hospitais", sabemos, nunca trazem a cura e acabam por piorar as energias dos lugares supostamente protegidos.
Duas ocorrências crescentes não são exceção à regra. Na semana passada, quatro motoristas que usavam o aplicativo Uber foram torturados e assassinados no Jardim Santo Inácio (bairro vizinho a Mata Escura), no fim da Estrada das Barreiras, subúrbio de Salvador. No último fim de semana, uma chacina que matou três adultos e um bebê ocorreu no Horto Florestal, no entorno da Av. Juracy Magalhães, na região do Vale das Pedrinhas.
A Estrada das Barreiras é "protegida" pela Mansão do Caminho, a famosa "casa espírita" comandada pelo anti-médium Divaldo Franco. A instituição se localiza em Pau da Lima, e no seu entorno existem áreas violentas como o próprio bairro sede, Castelo Branco, Estrada Velha do Aeroporto, Mata Escura e Tancredo Neves, entre outros.
Já a região do Horto Florestal fica no entorno "protegido" pelo "centro espírita" Paulo e Estevão, situado em Amaralina. A região envolve justamente Vale das Pedrinhas, Nordeste de Amaralina e Santa Cruz, bairros considerados os mais perigosos da capital baiana.
Há uma espécie de "círculo das trevas", em Salvador, que se encaixa nas localizações de "centros espíritas", relacionadas com a maioria dos crimes ocorrentes em lugares próximos. Através de uma pesquisa, destacamos alguns "centros":
1) MANSÃO DO CAMINHO - Localizado em Pau da Lima. No seu entorno, a violência explode em áreas como Pau da Lima, Castelo Branco, Cajazeiras, Sete de Abril, Mata Escura, Tancredo Neves e Engomadeira;
2) CIDADE DA LUZ - Localizado em Pituaçu. No seu entorno, os casos de violência e até de incêndios em residências ocorrem em áreas como Boca do Rio, Imbuí, Pituaçu, Itapuã, Piatã e Patamares;
3) PAULO E ESTEVÃO - Localizado em Amaralina. Situa-se em áreas consideradas as mais violentas da capital baiana, como Vale das Pedrinhas, Nordeste de Amaralina e Santa Cruz, com casos violentos também ocorrendo na Pituba e no Rio Vermelho;
4) VILA LAURA - Localizado entre Vila Laura e Sete Portas. Em seu entorno, ocorrem casos de violência em Matatu, Luís Anselmo, Bonocô, Cosme de Farias e Engenho Velho de Brotas - estas duas as regiões mais violentas - , além de Sete Portas, Caixa d'Água, Dois Leões e Barbalho.
5) "CENTROS ESPÍRITAS" DO URUGUAI - Três "centros espíritas" estão instalados no Uruguai. Um é o Estrela da Seara, localizado na rua principal, Rua Luiz Régis Pacheco, e tem o Luz de Assis, na Rua Direta do Uruguai e o Grupo "Espírita" Bezerra de Menezes, situado na Rua Seis de Janeiro. Juntos, os três acabam consentindo com as más energias que atingem não só a Península de Itapagipe (Uruguai, Massaranduba, Vila Rui Barbosa), mas também o subúrbio ferroviário, sobretudo Boa Vista de Lobato, Plataforma e Paripe.
"HOSPITAIS" QUE NUNCA CURAM
Os "espíritas" alegam que essa situação ocorre porque "não é tarefa fácil" para "instituições de caridade" se instalarem em áreas perigosas. O problema é que as coisas pioram de vez e a alegação dos "hospitais que se instalam em zonas de doenças" é refutada, porque sabemos que é a própria religião "espírita" que acaba atraindo más energias.
A religião é um roustanguismo não assumido, o que significa uma falta de sinceridade que, já no primeiro momento, atrai espíritos considerados "trevosos". A mentira "mediúnica" de Francisco Cândido Xavier, conhecido como Chico Xavier, com as obras "espirituais" que apresentam falhas evidentes e grosseiras de aspectos pessoais relacionados a supostos autores desencarnados, também contribui para atrair as más vibrações energéticas.
Devemos admitir que isso é muito grave e não se resolve com o "espírita" estufando o peito e gritando "espíritos malignos aqui não entram". Zombeteiros, os espíritos malignos permanecem ao lado desses "espíritas", fazendo chacotas e dizendo que dali não saem e dali ninguém lhes tira.
Também não adianta criar uma esfera de aparente amorosidade. Devemos admitir que espíritos inferiores, dos mais grosseiros, se identificam mais com as melodias piegas da "música espírita" do que em sons cavernosos como o heavy metal. Muitos estranham isso, mas o motivo é bem simples: o caráter "demoníaco" do rock pesado soa como uma galhofa para muitos desses espíritos grosseiros.
Em muitos casos, o clima de "mansuetude" e a "beleza" das melodias da "música espírita" remetem a momentos saudosos vividos por espíritos inferiores, antes de se desenvolverem a consciência maligna e vingativa deles. E isso não lhes faz abandonarem o mal, mas criarem apenas uma "pausa" diante da identificação que eles têm com o conjunto da obra do "espiritismo" brasileiro, que bajula Allan Kardec mas prega um roustanguismo não assumido (desonestidade atrai maus espíritos).
A afinidade de sintonias é tão perigosa que os "espíritas" podem renegar todo tipo de acusação, porque não basta apenas dizer que não faz ou não segue tal ideia, pois, se a prática aponta o contrário, as más influências se tornam ainda mais intensas, já que não adianta, por exemplo, os "espíritas" renegarem Jean-Baptiste Roustaing se as ideias defendidas dele - pouco importa se isso é coincidência ou não - são rigorosamente praticadas.
A desonestidade doutrinária do "espiritismo" brasileiro, que comete traições vergonhosas a Allan Kardec (em níveis mil vezes mais graves do que as traições de Judas Iscariotes contra Jesus Cristo), influi nas más energias. Daí que quem recorre ao "espiritismo" brasileiro, com toda a devoção e aparente positividade possível, contrai azar, sofrendo infortúnios vindos do nada, encarando tragédias repentinas, sendo alvo de adversidades sem controle, em dimensões dignas da tragédia surreal de Franz Kafka.
Não há como negar isso, porque a própria conduta do "espiritismo" brasileiro é errada, cheia de contradições extremamente graves, de omissões e mentiras, de falsas modéstias e até de falsa autocrítica, quando há um estranho orgulho oculto em dizer que "todos somos imperfeitos e erramos", presos numa zona de conforto em que a impunidade garante, aos "espíritas", que errem "como quiserem", sob a desculpa do "livre-arbítrio".
MÁS ENERGIAS EM TODO LUGAR
Não é só em Salvador que ocorrem as más energias em locais "abençoados" por "centros espíritas". No Rio de Janeiro, há também vários exemplos. As localizações de "centros espíritas" nos bairros de Bento Ribeiro (Leon Denis) e Taquara (Lar Frei Luiz), influem na "poluição vibratória" que envolve áreas extensas que vão da Gardênia Azul (bairro vizinho à Barra da Tijuca) ao Jardim América, com ampla ocorrência de assassinatos e atividades de grupos criminosos, como as milícias.
Uma chacina ocorrida em Suzano, interior de São Paulo, meses atrás, aconteceu a poucos metros de um "centro espírita". Em Niterói, só a instalação do "Instituto Dr. March" influi na violência que faz do bairro do Fonseca ser apelidado de "Fonsequistão". Dois "centros espíritas" localizados no Barreto também influem na violência que ocorre em seu entorno e nos bairros de Venda da Cruz e Engenhoca, além do vizinho Neves, em São Gonçalo.
Em São Gonçalo, é claro que a presença de inúmeras "igrejas evangélicas" também influi em más energias, mas a verdade é que, sendo "espíritas" e neopentecostais religiões marcadas pela ambição e pelo pretensiosismo e que se ascenderam durante a ditadura militar - ambas pregam um moralismo punitivista, embora de maneiras distintas - , a instalação de "casas religiosas" acaba influindo, através das afinidades de sintonia, nas más energias que tornam seus lugares bastante perigosos.
A combinação de um moralismo religioso punitivista, desonestidade operacional (a cupidez dos "dízimos") dos neopentecostais, a desonestidade doutrinária (as traições conceituais contra Allan Kardec, apesar das bajulações insistentes) dos "espíritas", além de uma perspectiva triunfalista, mostra a intenção, mal disfarçada (porém mais explícita entre os neopentecostais), de supremacia religiosa, principalmente pondo em risco situações e contextos que deveriam envolver princípios laicos.
Isso acaba trazendo energias ruins, e mostram o quanto as religiões que cresceram durante a ditadura militar, o "espiritismo" brasileiro e as seitas neopentecostais (como a Igreja Universal do Reino de Deus), revelam seu caráter obscurantista, muito diferentes de religiões tradicionais como a Igreja Católica e o Protestantismo pioneiro, que com todas as suas fantasias e dogmas, operam com um nível mínimo de dignidade que as religiões mais novas não possuem.
Daí as más energias que, de maneira surpreendente, são trazidas até pelos "espíritas" brasileiros, por uma razão bem simples: a desonestidade em todos os seus princípios, através das traições a Allan Kardec, abandonado em prol de um igrejismo enrustido, e a contraditória obsessão em bajular e exaltar aquele que é traído. A desonestidade atrai más energias, tamanha a confusão e as contradições. É questão de consciência suja e pesada, mesmo.
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