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Chico Xavier não merece 1% da adoração que recebe. Doloroso, mas verdadeiro


MENSAGEIRO DO MEDO - CHICO XAVIER PREGAVA QUE OS SOFREDORES DEVERIAM AGUENTAR DESGRAÇAS EM SILÊNCIO, CONSTITUINDO NA "PAZ SEM VOZ" CRITICADA POR MARCELO YUKA.

O Brasil é um país em que o surrealismo se sobrepõe à realidade. A tragicomédia surreal de Franz Kafka e Luís Buñuel tem no Brasil um laboratório para situações absurdas no mundo real, que muitas pessoas encaram com assustadora normalidade.

Francisco Cândido Xavier parece um personagem de comédia de Monty Python, conforme seus críticos tanto falam, nos bastidores das redes digitais. Nas conversas vivenciais do dia a dia, pessoas perguntam por que um deturpador do Espiritismo, envolvido com literatura fake, usurpador dos mortos, pregador de ideias medievais e apoiador de fraudes de materialização, tornou-se algo próximo a um semi-deus.

Evidentemente, Chico Xavier foi um mito construído de maneira engenhosa, que o único "milagre" que se pode atribuir, não exatamente à sua pessoa, mas artífices ideológicos aqui e ali. Lembremos da esperteza habilidosa de Antônio Wantuil de Freitas, descobridor do "médium", e do método que o Brasil importou do inglês Malcolm Muggeridge, o "inventor de santos".

Mesmo assim, as pessoas parecem estar movidas pelas paixões religiosas. E isso revela até uma grande hipocrisia das pessoas, pois os maiores fanáticos por Chico Xavier são aqueles que pouco se cuidam em valorizar, de verdade, os velhinhos de sua intimidade. E isso quando não são outros velhinhos que embarcam nesse "canto-de-sereia" do "médium bondoso", mas quem se afoga no mar da perdição são seus melhores filhos (é a "maldição dos filhos mortos").

Chico Xavier não merece 1% da adoração que recebe. Isso é doloroso, mas realista. Afinal, só mesmo o jeitinho brasileiro, a memória curta e o pensamento desejoso para acobertar um passado tenebroso do suposto médium, na verdade um arrivista dos mais perigosos, comprovado com fotos antigas nas quais ele trazia um semblante traiçoeiro, maligno, no seu olhar entre o jocoso e o macabro.

Estamos acostumados a endeusá-lo e muitos se acostumaram com um discurso que mais parece ficção de novela. Como naquela parábola da vaquinha, que a família não queria se livrar porque, em tese, ela lhe trazia o sustento, e aí o sábio mandou que o discípulo atirasse o animal no despenhadeiro, o que parecia cruel, mas fez a família buscar novas soluções e conquistar a prosperidade.

Mas, infelizmente, a "vaquinha" chamada Chico Xavier ninguém joga fora. Os brasileiros viraram reféns dele. A idolatria a ele é tão fanática e confusa que as pessoas não conseguem se decidir se ele é visto como "semi-deus" ou "homem simples", mas, em ambos os casos, o apego a ele é extremamente doentio, obsessivo, paranoico. As pessoas se acham protegidas e tranquilizadas, mas se explodem em raiva quando seu ídolo religioso é questionado por uma vírgula.

Não, meus caros. Chico Xavier não merece ser sequer admirado. Ele poderia estar no esquecimento de revistas mofadas sobre personalidades pitorescas. Quando muito, ele poderia ter sido visto como um lunático descrito em algum artigo do Guia dos Curiosos. E quem acha que o desmérito de idolatria é algo calunioso e ofensivo, devemos lembrar o seguinte:

1) Chico Xavier deturpou o Espiritismo. Sua obra apresenta ideias que contrariam frontalmente os ensinamentos originais da Doutrina dos Espíritos. Um dos casos graves é a pretensão de definir datas precisas para acontecimentos futuros, ato reprovado por Allan Kardec. Outro aspecto é a descrição de "cidades espirituais", concebida ao total arrepio da Ciência Espírita.

2) Chico Xavier fez literatura fake. Isso parece ofensivo mas é confirmado por análises cuidadosas de suas obras ditas "mediúnicas", tanto os livros atribuídos a mortos famosos ou semi-famosos, quanto às "cartas dos entes queridos" que se tornaram tão célebres. Elas apresentam irregularidades graves em aspectos pessoais dos supostos autores mortos, como problemas estilísticos e caligrafias que divergem daquelas que foram registradas em vida.

3) Diferente do que havia sido o Espiritismo original, que andava para a frente sob inspiração do Iluminismo, Chico Xavier fazia seu "espiritismo à brasileira" caminhar para trás, sob inspiração do Catolicismo jesuíta (personificado por Emmanuel), de origem portuguesa e essencialmente medieval. Isso fez com que o "espiritismo" brasileiro, em que pese sua fachada "moderna" e "progressista", ser uma das religiões mais conservadoras do Brasil.

4) Muitos imaginam que a catolicização do Espiritismo, a partir de Chico Xavier, foi acidental e movida por um "saudável, porém exagerado entusiasmo" com suas origens católicas, que o fez ser um adorador fanático de imagens de santos. Mas não: a verdade é que a catolicização introduzida por Chico Xavier arruinou a essência do Espiritismo e com sua "mediunidade" fake impediu que estudos sérios sobre o mundo espiritual e a comunicação com os mortos fosse desenvolvido com seriedade.

Chico Xavier cometeu prejuízos severos. Hoje "mediunidade" é uma farra na qual se escolhe o morto da moda e se trabalha supostas mensagens "psicográficas" usando o mesmo roteiro: "sofrimento após a morte, internação em colônia espiritual e doutrinação religiosa". O mesmo roteiro "descrito" pelo suposto espírito de André Luiz (que se revela fictício, apesar de tantas e conflituosas atribuições sobre quem teria sido ele na Terra), repetido ad nauseam por obras similares.

Até mesmo a "profecia" que se atribui a Xavier, recentemente, ofende os ensinamentos espíritas. Afinal, há muitos e muitos erros. Um deles são sérias abordagens geológicas, como prever catástrofes vulcânicas e sísmicas que atingiriam Japão e Califórnia (EUA) mas poupariam o Chile, apesar do mesmo Círculo de Fogo do Pacífico, e sociológicas, como dizer que eslavos "migrariam" para o calor intenso do Nordeste, apesar da História registrar sua migração, no século XX, para o Sul do Brasil.

Isso mostra uma grande desonestidade intelectual, prevendo coisas bizarras que nem a Natureza concorda. Mas outros dois aspectos são muito graves e confirmam a ofensa às lições espíritas: prever datas determinadas para progressos espirituais, como é o caso da atribuição da "data-limite" de 2019, há cinquenta anos, e a delirante atribuição de que extra-terrestres, considerados um enigma entre nós, iriam promover a regeneração da humanidade na Terra.

Para piorar, a "carteirada" religiosa do prestígio do "médium" mineiro faz com que até uma parte dos meios acadêmicos aceitasse essa lorota de que ETs salvariam o Planeta Terra, com sua "missão de esclarecimento e progresso". Ótimo. Recentemente, perdemos o jornalista Ricardo Boechat, do Grupo Bandeirantes, notável por sua inteligência refinada, e certamente seu substituto será um alienígena de aparência bizarra que virá especialmente de Marte para ocupar um cargo de âncora jornalístico.

Chico Xavier causou muitas e muitas confusões, algo incabível num humanista autêntico. Causar confusões, com suposta mediunidade, e depois forjar vitimismo não são coisas de gente humanista, que nunca recorreria a tais malandragens para obter os aplausos da Terra.

Temos que reconhecer que as paixões religiosas que envolvem o "médium" são motivadas por sensações puramente terrenas. Envolve catarse, sentimentos analgésicos, pensamentos desejosos e uma infinidade de fantasias e alucinações. Tanto que os seguidores de Chico Xavier são justamente os que mais explodem de raiva quando contariados nesse entretenimento de fanatismo religioso.

Sem querer, a adoração a Chico Xavier faz as pessoas dissimularem seus aspectos desumanos, incapazes de serem, por conta própria, sensíveis, altruístas e humanas. Adoram a imagem de um "velhinho doente", enquanto jogam os idosos de suas próprias famílias, como móveis enferrujados, no primeiro asilo irregular que encontrarem na frente.

São pessoas que desprezam os pobres, fecham com raiva as janelas de seus carros quando surgem pedintes no caminho, se irritam quando têm que remunerar um pouco mais as empregadas domésticas e ainda explodem de ódio quando, ao lhes negarem esse benefício, veem sumirem talheres da cozinha, furtados como represália.

No entanto, exaltam uma "caridade" que Chico Xavier nunca fez. Ele era uma "celebridade" da filantropia espetacularizada, uma grande ilusão que poucos percebem, entorpecidos por caravanas ostensivas, pomposas e alardeantes, mas que se comprometem a doar apenas um punhadinho de bens, e, o que é pior, nenhum vindo das mãos do "médium" - que não doou um fio de cabelo par ajudar o próximo - , mas de terceiros solicitados por ele para "ajudarem os necessitados".

É fácil pedir aos outros para ajudar e, depois, se promover com essa ajuda. É como naquele trabalho escolar, em que o aluno mais metido pede aos outros fazerem as pesquisas e a redação do texto e o aluno faltoso nessas tarefas assinar embaixo e fazer uma palestra porca como aquela que Jair Bolsonaro (arrivista como Chico Xavier) fez no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça.

Como muitos brasileiros são tomados e fortemente seduzidos pelas paixões religiosas, um perigo traiçoeiro dos mais preocupantes, isto é, se o nosso Brasil fosse um país menos ingênuo, Chico poderia errar como quisesse que recebia desculpas esfarrapadas dos mais diversos tipos.

Daí a comparação das comédias de Monty Python, como A Vida de Brian (Monty Python's Life of Brian), no qual um cidadão judeu comum, Brian, foi confundido como um messias e tornado alvo de muito fanatismo de seus seguidores. A comédia de 1979 diz muito quanto à trajetória de um caipira mineiro que virou "semi-deus", numa histeria ainda pior, porque Chico cometeu desonestidades e escândalos de arrepiar os cabelos de qualquer careca.

Por isso deveríamos parar para pensar e ver se essa idolatria vale a pena. Veremos, depois, que ela nunca vale, e o vício de adorar Chico Xavier, que volta e meia alimenta o mercado editorial (verdadeiros vendilhões do templo do Espiritismo), só traz problemas e representa tão somente um entretenimento viciado, uma busca por supostos valores de "bondade" e "virtudes humanas" (que nem existiam no "médium") os quais muitos são incapazes de desenvolver dentro de si mesmos.

É como aquela pessoa que precisa de um entorpecente ou álcool para ficar alegre. As paixões religiosas são muitíssimo perigosas, são orgias invisíveis porque nelas não se vê corpos sensuais, maços de papel-moeda nem substâncias químicas em formas de pó, bebidas, tabletes, cigarros etc, mas contém as mesmas emoções alucinadas, analgésicas, obsessivas e traiçoeiras.

Talvez seja a hora de jogarmos fora Chico Xavier. Dane-se a "profecia da data-limite" e outras simbologias do "médium"! Vamos viver sem ele, repudiando-o e desprezando-o, e tocar a vida em frente. Como na parábola da vaquinha, ao abandonar Chico Xavier, o indivíduo terá mais possibilidade de desenvolver virtudes por conta própria e garantir o verdadeiro progresso espiritual. Parece muito duro dizer isso, mas é bem realista.

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