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Ainda sobre o Brasil dos que querem demais na vida



O Brasil vive a mania dos pretensiosismos, das ambições desmedidas, da falsa modéstia, da mania de ficar justificando o injustificável, e até mesmo das agressões digitais de alguns infelizes. Tudo porque as pessoas querem tomar o espaço do outro, numa luta de obter privilégios desiguais, ainda que sob inúmeros tipos de dissimulação.

As pessoas querem subir demais e vemos que até o cyberbullying faz com que certos oportunistas, incapazes de se ascenderem na vida de maneira honesta, ficam ofendendo os outros achando que isso lhes trará muita vantagem.

O Brasil é um dos países mais atrasados do mundo. Tão atrasado que se mantém apegado aos seus "brinquedos" e "entulhos", se revoltando quando imagina a menor hipótese de se livrar deles. Hoje temos uma grande necessidade de mudar paradigmas e até sacrificar totens, mas só de pensar nisso muitas pessoas reagem indignadas e ainda dão uma de sabichonas justificando coisas injustificáveis com palavras persistentes, porém desprovidas de lógica.

O nosso país sofreu retrocessos culturais profundos, foi abatido por retrocessos políticos e econômicos violentos. Temos uma distribuição desigual de privilégios e benefícios, não apenas de natureza econômica ou social, mas também cultural, política, midiática etc.

E no caso de pessoas com ambições desmedidas, como feminicidas que matam suas mulheres e depois saem da cadeia e querem conquistar as melhores mulheres para namorar, conseguindo mulheres de perfil diferenciado que o nerd da faculdade tem muita dificuldade para conquistar. O nerd que se contente com a periguete que tira onda na birosca da esquina.

Na música, vemos cantores canastrões irritados com muitas críticas, não aceitando um único comentário negativo sobre seu disco ou performance. O canastrão fica se achando: "Passei horas e horas ensaiando sua música, seu b*****, e você ainda mete o pau na minha performance? Ora, vai se f**** seu c*******!!!", diz, enfurecido, como se um mero rol de ensaios fosse lhe transformar no grande gênio criador.

O grande problema que temos é que há ou houve gente com ambições desmedidas e ninguém imagina. No caso de Francisco Cândido Xavier, ninguém estranhou o apelo sensacionalista de Parnaso de Além-Túmulo, de 1932,nem a estranha medida de que o livro foi reparado várias vezes, o que contradiz a ideia de uma obra de "benfeitores espirituais", que se esperasse estar completamente pronta logo na primeira edição.

Todos caíram na pegadinha. Um Brasil onde as pessoas não conseguem ter noção de suas próprias vidas e da dimensão de seus desejos e necessidades vai acreditar mesmo que um livro com "um monte de poetas mortos" ditando do "além" será verídico? Ainda mais quando seu conteúdo, em que pese a alegação festejada e deslumbrada de alguns partidários, esteja muitíssimo longe do legado que os respectivos autores alegados nos deixaram em vida!

Deixamos Chico Xavier - talvez o "monstro" que Humberto de Campos estaria imaginando, ainda vivo, no livro seminal O Monstro e Outros Contos, também de 1932 (o livro já estava a ser lançado na época em que o autor maranhense resenhou a "obra psicografada" no Diário Carioca) - crescer como uma bola de neve, numa combinação sucessiva de conveniências, encaradas com habilidosa esperteza e sorte pelo arrivista de Pedro Leopoldo e Uberaba.

Seu mito mostra que até sob o verniz da religião existem ambições desmedidas. Chico Xavier queria "comprar o céu" com o sofrimento de seus seguidores. Adepto da Teologia do Sofrimento, corrente ainda mais medieval do Catolicismo da Idade Média, Chico Xavier se ascendeu de maneira inimaginável a um sujeito de sua natureza. E isso, do contrário que muitos imaginam, não é bom, é péssimo, perigoso e traiçoeiro.

O mito de Chico Xavier volta como um looping como uma assombração terrível que deixa as pessoas desnorteadas, como no canto de sereia da Odisseia de Ulisses. Não há um motivo plausível para tanta idolatria, mesmo aquela que define o "médium" como "apenas um homem simples, humilde e passível de erros", porque isso também é idolatria do mesmo jeito, disfarçada de falsa modéstia.

Isso é terrível. Um sujeito desses foi marcado por irregularidades imensas, confusões provocadas, de propósito, por ele mesmo e seus pares, por incidentes que, por justa razão, irritaram muita gente. Compare os escândalos que Chico Xavier causou com Parnaso de Além-Túmulo e a "série Humberto de Campos" com os escândalos que Jair Bolsonaro causou com a divulgação de um plano terrorista, entre 1987 e 1988. As semelhanças entre ambos são surpreendentes!

No entanto, Chico Xavier cresceu, como mito, feito bola de neve e muitos de nós, tolos, esquecemos que sua imagem adocicada de "fada-madrinha da vida real" e sua biografia narrada como "contos de fadas" foi uma farsa produzida para fazer chover dinheiro nas mãos de seu tutor institucional, o presidente da FEB no seu tempo, Antônio Wantuil de Freitas. Em seguida, o mito de Chico Xavier, tal como hoje conhecemos, foi traçado pelo método do inglês Malcolm Muggeridge.

Não, meus amigos, nem Wantuil nem Muggeridge foram intuídos por Deus ou pelos espíritos de luz para promover a adoração a um suposto homem de bem. O mito de Chico Xavier, inicialmente uma cortina de fumaça para abafar a indignação popular diante da ditadura militar (apoiada pelo "médium") em crise. E quem reforçou e corrigiu (tirando aspectos mais pitorescos) do mito produzido por Wantuil foi a mídia hegemônica, principalmente a Rede Globo de Televisão.

Quando lançou o engodo literário Parnaso de Além-Túmulo, Chico Xavier virou um grande sucesso de vendas. A gente precisa ainda investigar com cuidado esse livro, porque parece vir de uma animosidade entre dirigentes "espíritas" que não conseguiram ocupar cadeiras na Academia Brasileira de Letras e queriam "sequestrar", simbolicamente, os grandes nomes da literatura através desse livro que é uma coleção de fakes literários.

Isso tudo, se observarmos bem, é bastante traiçoeiro e fez com que Chico Xavier, um mero ocupante de pequenos empregos, se tornasse um dos maiores exemplos de pessoa que desejou demais na vida. Desejar demais não é só querer ser rico, nadar em fortunas. Em muitos casos, a ambição desmedida envolve outros aspectos, e a idolatria religiosa, forjando pretensa unanimidade popular, também é um dos piores tipos de ambição desmedida, e um dos mais perigosos.

Afinal, é uma ambição na qual há o mascaramento da falsa humildade e da falsa modéstia. Chico Xavier não tocava em dinheiro, recusava faturar o dinheiro da venda dos livros, mas isso não deve ser visto como "voto de pobreza". Muito pelo contrário. Em muitos casos, é sinal de envaidecimento e arrogância, e no caso de Chico Xavier isso procede, para desespero de seus seguidores.

A ambição religiosa desmedida faz com que a pessoa tenha um desejo descomunal de obter não as fortunas da Terra, mas as fortunas que acredita existirem no Céu. E Chico Xavier se deixava valer de sua aparência franzina e caipira para simular humildade, usar de sua habilidade para manipular e iludir as pessoas para se passar por "modesto", enquanto esse jogo de cena, a seu ver, era um artifício para tentar convencer os espíritos de que o "médium" tinha pressa para entrar no Reino dos Puros.

Da forma como sua trajetória é narrada, tudo parece um conto de fadas. Chico Xavier se transforma em pretensa unanimidade - ou "quase unanimidade", diante da ótica medíocre e falsamente imparcial dos "isentões espíritas" - diante da carência doentia dos brasileiros de algum "reino da fantasia" e algum personagem dócil para adoração obsessiva e submissa.

Esse discurso foi muito bem montado. Como é que as pessoas não querem saber disso? Revelar pontos sombrios de Chico Xavier, como seu apoio à ditadura militar, manifesto num programa de televisão de grande audiência, chegam a revoltar gente idosa, que deveria se informar melhor a respeito das coisas! Isso é um grande absurdo!

O mito de Chico Xavier foi a maior catástrofe causada em nosso país, porque permitiu que o cenário brasileiro fosse mais próspero para arrivistas, para medíocres e até para facínoras que buscam obter prestígio social. Se hoje temos, por exemplo, um Guilherme de Pádua bancando o "pastor youtuber" anos depois de ter matado, a sangue frio, a atriz Daniella Perez, é porque premiamos a desonestidade de Chico Xavier com a divinização mais ou menos intensa.

É horrível que Chico Xavier exerça influência até sobre quem luta pela fidelidade doutrinária do Espiritismo e sobre pessoas que se dizem esquerdistas e ateias, pois espíritas, esquerdistas e ateus foram os mais lesados pelo obscurantismo neo-católico que o "médium" impôs em sua trajetória, seduzindo e enganando muita gente com habilidades que dariam longos livros para serem destalhadas.

Temos que eliminar esse mito, banir e repudiar Chico Xavier, porque ele tornou-se o exemplo de pessoas que querem demais na vida. Nós, que batalhamos para ter um mínimo de dignidade, sem buscar a celebridade e o prestígio, sofremos infortúnios enquanto um arrivista que produziu livros e cartas fake e pregou dogmas medievais inseridos debaixo do tapete espírita, quis comprar o Céu às custas de nossos sofrimentos.

Quem não quer muito na vida somos nós, cidadãos comuns, não Chico Xavier. Esse papo de que ele "não queria muito" era falácia de quem cobiça as supostas fortunas do Céu. Ambição demais de alguém que pregava para os sofredores ficarem calados, enquanto ele, de fininho, tentava bajular Deus achando que ele seria seu BFF no retorno à pátria espiritual. Só que, para infelicidade de Chico Xavier, ele, ao morrer, viu ruir todas as ilusões em favor dele que só valem na Terra.

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