A MOÇA QUE DIZ PROCURAR HOMENS DE CARÁTER NÃO É A DA FOTO À DIREITA.
Recentemente, houve uma declaração de uma famosa que afirmava que procurava um homem que a valorizasse, que valesse pelo caráter e que não se limitasse a dar flores de presente. A famosa em si diz ser "feminista" e alega lutar pela verdadeira emancipação da mulher e pela dignidade feminina.
Que famosa é essa? Uma atriz de novela que, embora sexy, é capaz de circular no aeroporto vestindo roupão? Uma cantora de MPB que vive acompanhada de uma banda instrumental impecável? Uma apresentadora de TV que mostra turismo sob o fundo musical de rock alternativo? Uma jornalista de TV que fala sobre coisas interessantes ou urgentes para a humanidade?
Não. A declaração partiu de Valesca Popozuda, que havia terminado um romance com um rapaz, e que é considerada um dos ícones do "funk carioca", sendo portanto um dos principais nomes do comercialismo musical brasileiro.
Não vamos dizer aqui que ela queira aceitar qualquer tipo de homem ou ficar reprovando a esmo sua posição, mas o grande problema é que ela apenas vê um lado da questão. Será que os chamados "homens legais" também não querem ter mulheres de caráter e que não se limitassem a presenteá-los com uma noite de sexo vestindo o mais curto shortinho?
Ela se diz "feminista" num país em que esta palavra tem seu sentido corrompido, depois que o termo esteve associado, até os anos 90, a militantes radicais não necessariamente atrativas, e passou a ser espetacularizado de maneira surreal, em que mulheres-objeto também podem ser consideradas "feministas autênticas", usando a desculpa esfarrapada da "liberdade do corpo".
Mulheres ficam "mostrando demais" por causa da farsa da "liberdade do corpo" ou do "direito ao sexo" sem parar um pouco para pensar: se elas são donas de seus corpos, por que elas ficam mostrando em excesso na Internet? Elas desconhecem que, quando elas se exibem, "donas de seu corpo", elas na verdade mostram para os outros, exibem não para expressar sua liberdade, mas para serem potenciais escravas simbólicas dos machões.
Elas criam uma ilusão na qual a "liberdade do corpo", seu pretexto maior, esconde, que é a permissividade do erotismo exagerado, traz uma crença de que "tudo é possível" e, por isso, a "disponibilidade" das "solteiras que mostram demais" inspira no público machista, ainda que de forma simbólica e virtual, os faz terem impulsos sexuais desenfreados.
Nem se fala tanto de Valesca Popozuda ou, por exemplo, de Aline Riscado (ex-dançarina do Domingão do Faustão que integra o Pânico na Band), consideradas mais "politicamente corretas" (Valesca já pegou "pesado" em outros tempos, mas não parece se arrepender dessa fase), mas nos casos de Mulher Melão e Solange Gomes, que postaram nas mídias sociais mensagens em que elas se diziam "desejáveis" ou "carentes", ao lado de fotos "apelativas".
MERCADO DA "CULTURA POPULAR" COMPRA ATÉ DIVÓRCIO
O mercado pantanoso da "cultura popular" acaba fazendo esse jogo de promover uma sensualidade compulsiva, forçada e grosseira, que em muitos momentos desmoraliza a mulher solteira e condiciona a emancipação feminina aos limites determinados pelo machismo.
Daí ser ilustrativo o "feminismo pela metade" de Valesca Popozuda, que deseja homens de caráter, gentis e decentes, mas ela se afirmou na carreira fazendo o papel de "objeto sexual" nos espetáculos de "funk". Apesar de ter passado a se vestir discretamente e moderado até no tamanho do silicone, ela demonstra sempre ter orgulho pela sua carreira.
Quer dizer, há o outro lado da questão. Homens dotados de caráter e personalidade diferenciada, que valorizam a mulher de maneira digna, respeitosa e admirável, estão destinados a ter como namoradas apenas mulheres associadas a referenciais culturais duvidosos e a uma imagem grotescamente sensual, que mesmo diante de mudanças tendenciosas de postura se apresentam como motivo de afirmação e ascensão pessoal dessas mulheres.
E são dois pesos e duas medidas. Mesmo o nerd comum, que adoraria ter uma moça muito inteligente, não necessariamente "a mais bonita do mundo" mas suficientemente atraente e interessante para ele, está sujeito a ser paquerado e até assediado por "periguetes" que até são desejadas pelos machistas de suas comunidades.
Aqui há um desequilíbrio de relações amorosas e até no cenário social de mulheres solteiras. A dita "cultura popular" da grande mídia consiste num mercado voraz que, não bastasse empurrar a canastrice musical para os redutos da MPB - nomes como Chitãozinho & Xororó, Zezé di Camargo & Luciano, Alexandre Pires e Belo são exemplos disso - , é capaz de manipular até a vida amorosa das famosas.
Uma ex-integrante do Big Brother Brasil, por exemplo, vivia um casamento feliz, estabelecia sociedade comercial com seu marido, administrando juntos uma loja e parecendo felizes com seus filhos. De repente, da noite para o dia, ela surtou, surgiu uma "briga feia" com o marido, o casal se divorciou e o marido disse que "se arrependeu" de ter se casado com ela, que agora faz o papel de "solteira convicta" se "mostrando" nas mídias sociais.
Para ter "mais uma mulher sensual" no "mercado", os empresários do entretenimento "popular" fazem tudo. É um mercado que vale pelas mentiras e pelo jabaculê praticados sem controle por empresários inescrupulosos que se autodefinem como "produtores culturais". Para eles, vale o sucesso popular a qualquer preço, com produtos de baixo valor - canastrões musicais, mulheres "apelativas" e subcelebridades em geral - e retorno financeiro fácil, maior e imediato.
Daí que eles compram mesmo o divórcio de muitas mulheres casadas, se é do interesse deles recrutá-las para "povoar" as mídias sociais de "fotos sensuais", alimentando os impulsos sexuais de homens de baixo poder aquisitivo ou de baixa instrução escolar e moral.
DEPRECIANDO A IMAGEM DA MULHER SOLTEIRA
Se esses impulsos são perigosos, já que o brutamontes que, na lan house, vê a Solange Gomes "livre, leve e solta" no Instagram parecendo virtualmente "disponível", e depois vai à noite se esconder na mata de um campus universitário para estuprar a primeira moça indefesa que aparecer na frente, eles também mostram a imagem depreciativa que a mulher solteira recebe no Brasil.
Afinal, existem dois pesos e duas medidas. No machismo brasileiro, a mulher contraditoriamente está dispensada de se vincular a um homem se ela faz o papel que o machismo quer dela. Se é a "sensual demais" que mostra seu corpo siliconado, ou se é a "pobre coitada" que se submete às tarefas do lar geralmente ao som de "pagode romântico", então ela está dispensada de ter sequer um namorado.
Se, no entanto, é uma mulher com muita coisa para dizer, marcada pela inteligência, pela criatividade, pelos bons referenciais culturais, ela é "convidada" pelo "sistema" a se submeter à "ação moderadora" de um marido poderoso, geralmente um empresário ou político poderoso, mas podendo ser um simples profissional liberal (economista, médico, advogado), desde que sempre algum homem com maior status sócio-econômico.
Exemplo disso é a atraente ex-jornalista da Rede Globo, Cláudia Cruz, que parecia sofisticada e de personalidade muito interessante, até ser revelado, nos últimos tempos, que ela é esposa do tenebroso deputado federal Eduardo Cunha, um brutamontes político que preside a Câmara dos Deputados e que ameaçou derrubar a Constituição Federal quando governou em nome de convicções pessoais.
O machismo acaba fazendo mal até aos homens diferenciados, e cria uma desigual distribuição de homens e mulheres na vida amorosa, e isso mostra o quanto o "feminismo" de Valesca Popozuda é uma forma velada de machismo, porque ela, ao "desejar homens diferenciados", acaba dizendo que os homens diferenciados não merecem mulheres diferenciadas, mas meros objetos sexuais como as "musas do funk".
A grande mídia - aquela reacionária, como Rede Globo, Veja, Folha de São Paulo, Estadão etc - promove a imagem depreciativa da mulher solteira, como aquela que só quer saber de curtição e erotismo barato, como se mostram as ex-BBBs, mulheres-frutas, popozudas, "musas de futebol", "miss Bumbum" e por aí vai.
Mesmo quando Valesca se lançou como arremedo de "classuda", dizendo que leu até Gustave Flaubert, ela não escapa desse contexto, até pelo tendenciosismo que marca a "cultura" popularesca e bregalizada em geral, quando as pessoas primeiro se afirmam pela cafonice e pelo grotesco tentam se passar por "cultos" e "refinados" em troca de alguma vantagem. É isso que faz com que "pagodeiros" e "sertanejos" da Era Collor tentem se passar por "artistas de MPB" com sua canastrice habitual.
Isso faz com que a mulher solteira seja vista como uma "vagabunda", intimidando as mulheres diferenciadas, que correm para se casar com o primeiro empresário, médico, economista, advogado ou político que encontrarem pela frente, para não "ficarem para titias" ou ganharem a pecha de "encalhadas".
Por outro lado, as mulheres que se reduzem a serem objetos sexuais acabam sendo manipuladas pelo poder midiático a aderir a uma liberdade desenfreada, um celibato forçado e dissimulado por um narcisismo que é vendido como se fosse um suposto feminismo. Em outro contexto, as chamadas "escravas do lar" também são induzidas a apenas brincar de namoradas com afilhados, enquanto são empurradas a um celibato insolúvel sob a trilha sonora de "pagodeiros" e bregalhões chorosos.
Com isso, a vida amorosa das mulheres é manipulada. Intenções como "higiene social" que faz com que no âmbito do "popular" haja a contraditória relação de sexo desenfreado e celibato feminino, torna-se um ponto chave da manipulação machista midiática, causando um descontrole e um caos que depois refletirá na mortalidade do povo pobre.
É isso que faz com que o "sistema" só recomende a solteirice às mulheres que cumprem a cartilha do machismo. Mulheres-objetos e "princesas do lar" podem ficar solitárias e viver longos anos sem uma única paquera, enquanto brincam de carinhos com afilhados ou sobrinhos. Já as mulheres de perfil mais diferenciado têm que moderar sua emancipação sob a sombra de maridos poderosos. O machismo agoniza, mas ainda resiste.
Recentemente, houve uma declaração de uma famosa que afirmava que procurava um homem que a valorizasse, que valesse pelo caráter e que não se limitasse a dar flores de presente. A famosa em si diz ser "feminista" e alega lutar pela verdadeira emancipação da mulher e pela dignidade feminina.
Que famosa é essa? Uma atriz de novela que, embora sexy, é capaz de circular no aeroporto vestindo roupão? Uma cantora de MPB que vive acompanhada de uma banda instrumental impecável? Uma apresentadora de TV que mostra turismo sob o fundo musical de rock alternativo? Uma jornalista de TV que fala sobre coisas interessantes ou urgentes para a humanidade?
Não. A declaração partiu de Valesca Popozuda, que havia terminado um romance com um rapaz, e que é considerada um dos ícones do "funk carioca", sendo portanto um dos principais nomes do comercialismo musical brasileiro.
Não vamos dizer aqui que ela queira aceitar qualquer tipo de homem ou ficar reprovando a esmo sua posição, mas o grande problema é que ela apenas vê um lado da questão. Será que os chamados "homens legais" também não querem ter mulheres de caráter e que não se limitassem a presenteá-los com uma noite de sexo vestindo o mais curto shortinho?
Ela se diz "feminista" num país em que esta palavra tem seu sentido corrompido, depois que o termo esteve associado, até os anos 90, a militantes radicais não necessariamente atrativas, e passou a ser espetacularizado de maneira surreal, em que mulheres-objeto também podem ser consideradas "feministas autênticas", usando a desculpa esfarrapada da "liberdade do corpo".
Mulheres ficam "mostrando demais" por causa da farsa da "liberdade do corpo" ou do "direito ao sexo" sem parar um pouco para pensar: se elas são donas de seus corpos, por que elas ficam mostrando em excesso na Internet? Elas desconhecem que, quando elas se exibem, "donas de seu corpo", elas na verdade mostram para os outros, exibem não para expressar sua liberdade, mas para serem potenciais escravas simbólicas dos machões.
Elas criam uma ilusão na qual a "liberdade do corpo", seu pretexto maior, esconde, que é a permissividade do erotismo exagerado, traz uma crença de que "tudo é possível" e, por isso, a "disponibilidade" das "solteiras que mostram demais" inspira no público machista, ainda que de forma simbólica e virtual, os faz terem impulsos sexuais desenfreados.
Nem se fala tanto de Valesca Popozuda ou, por exemplo, de Aline Riscado (ex-dançarina do Domingão do Faustão que integra o Pânico na Band), consideradas mais "politicamente corretas" (Valesca já pegou "pesado" em outros tempos, mas não parece se arrepender dessa fase), mas nos casos de Mulher Melão e Solange Gomes, que postaram nas mídias sociais mensagens em que elas se diziam "desejáveis" ou "carentes", ao lado de fotos "apelativas".
MERCADO DA "CULTURA POPULAR" COMPRA ATÉ DIVÓRCIO
O mercado pantanoso da "cultura popular" acaba fazendo esse jogo de promover uma sensualidade compulsiva, forçada e grosseira, que em muitos momentos desmoraliza a mulher solteira e condiciona a emancipação feminina aos limites determinados pelo machismo.
Daí ser ilustrativo o "feminismo pela metade" de Valesca Popozuda, que deseja homens de caráter, gentis e decentes, mas ela se afirmou na carreira fazendo o papel de "objeto sexual" nos espetáculos de "funk". Apesar de ter passado a se vestir discretamente e moderado até no tamanho do silicone, ela demonstra sempre ter orgulho pela sua carreira.
Quer dizer, há o outro lado da questão. Homens dotados de caráter e personalidade diferenciada, que valorizam a mulher de maneira digna, respeitosa e admirável, estão destinados a ter como namoradas apenas mulheres associadas a referenciais culturais duvidosos e a uma imagem grotescamente sensual, que mesmo diante de mudanças tendenciosas de postura se apresentam como motivo de afirmação e ascensão pessoal dessas mulheres.
E são dois pesos e duas medidas. Mesmo o nerd comum, que adoraria ter uma moça muito inteligente, não necessariamente "a mais bonita do mundo" mas suficientemente atraente e interessante para ele, está sujeito a ser paquerado e até assediado por "periguetes" que até são desejadas pelos machistas de suas comunidades.
Aqui há um desequilíbrio de relações amorosas e até no cenário social de mulheres solteiras. A dita "cultura popular" da grande mídia consiste num mercado voraz que, não bastasse empurrar a canastrice musical para os redutos da MPB - nomes como Chitãozinho & Xororó, Zezé di Camargo & Luciano, Alexandre Pires e Belo são exemplos disso - , é capaz de manipular até a vida amorosa das famosas.
Uma ex-integrante do Big Brother Brasil, por exemplo, vivia um casamento feliz, estabelecia sociedade comercial com seu marido, administrando juntos uma loja e parecendo felizes com seus filhos. De repente, da noite para o dia, ela surtou, surgiu uma "briga feia" com o marido, o casal se divorciou e o marido disse que "se arrependeu" de ter se casado com ela, que agora faz o papel de "solteira convicta" se "mostrando" nas mídias sociais.
Para ter "mais uma mulher sensual" no "mercado", os empresários do entretenimento "popular" fazem tudo. É um mercado que vale pelas mentiras e pelo jabaculê praticados sem controle por empresários inescrupulosos que se autodefinem como "produtores culturais". Para eles, vale o sucesso popular a qualquer preço, com produtos de baixo valor - canastrões musicais, mulheres "apelativas" e subcelebridades em geral - e retorno financeiro fácil, maior e imediato.
Daí que eles compram mesmo o divórcio de muitas mulheres casadas, se é do interesse deles recrutá-las para "povoar" as mídias sociais de "fotos sensuais", alimentando os impulsos sexuais de homens de baixo poder aquisitivo ou de baixa instrução escolar e moral.
DEPRECIANDO A IMAGEM DA MULHER SOLTEIRA
Se esses impulsos são perigosos, já que o brutamontes que, na lan house, vê a Solange Gomes "livre, leve e solta" no Instagram parecendo virtualmente "disponível", e depois vai à noite se esconder na mata de um campus universitário para estuprar a primeira moça indefesa que aparecer na frente, eles também mostram a imagem depreciativa que a mulher solteira recebe no Brasil.
Afinal, existem dois pesos e duas medidas. No machismo brasileiro, a mulher contraditoriamente está dispensada de se vincular a um homem se ela faz o papel que o machismo quer dela. Se é a "sensual demais" que mostra seu corpo siliconado, ou se é a "pobre coitada" que se submete às tarefas do lar geralmente ao som de "pagode romântico", então ela está dispensada de ter sequer um namorado.
Se, no entanto, é uma mulher com muita coisa para dizer, marcada pela inteligência, pela criatividade, pelos bons referenciais culturais, ela é "convidada" pelo "sistema" a se submeter à "ação moderadora" de um marido poderoso, geralmente um empresário ou político poderoso, mas podendo ser um simples profissional liberal (economista, médico, advogado), desde que sempre algum homem com maior status sócio-econômico.
Exemplo disso é a atraente ex-jornalista da Rede Globo, Cláudia Cruz, que parecia sofisticada e de personalidade muito interessante, até ser revelado, nos últimos tempos, que ela é esposa do tenebroso deputado federal Eduardo Cunha, um brutamontes político que preside a Câmara dos Deputados e que ameaçou derrubar a Constituição Federal quando governou em nome de convicções pessoais.
O machismo acaba fazendo mal até aos homens diferenciados, e cria uma desigual distribuição de homens e mulheres na vida amorosa, e isso mostra o quanto o "feminismo" de Valesca Popozuda é uma forma velada de machismo, porque ela, ao "desejar homens diferenciados", acaba dizendo que os homens diferenciados não merecem mulheres diferenciadas, mas meros objetos sexuais como as "musas do funk".
A grande mídia - aquela reacionária, como Rede Globo, Veja, Folha de São Paulo, Estadão etc - promove a imagem depreciativa da mulher solteira, como aquela que só quer saber de curtição e erotismo barato, como se mostram as ex-BBBs, mulheres-frutas, popozudas, "musas de futebol", "miss Bumbum" e por aí vai.
Mesmo quando Valesca se lançou como arremedo de "classuda", dizendo que leu até Gustave Flaubert, ela não escapa desse contexto, até pelo tendenciosismo que marca a "cultura" popularesca e bregalizada em geral, quando as pessoas primeiro se afirmam pela cafonice e pelo grotesco tentam se passar por "cultos" e "refinados" em troca de alguma vantagem. É isso que faz com que "pagodeiros" e "sertanejos" da Era Collor tentem se passar por "artistas de MPB" com sua canastrice habitual.
Isso faz com que a mulher solteira seja vista como uma "vagabunda", intimidando as mulheres diferenciadas, que correm para se casar com o primeiro empresário, médico, economista, advogado ou político que encontrarem pela frente, para não "ficarem para titias" ou ganharem a pecha de "encalhadas".
Por outro lado, as mulheres que se reduzem a serem objetos sexuais acabam sendo manipuladas pelo poder midiático a aderir a uma liberdade desenfreada, um celibato forçado e dissimulado por um narcisismo que é vendido como se fosse um suposto feminismo. Em outro contexto, as chamadas "escravas do lar" também são induzidas a apenas brincar de namoradas com afilhados, enquanto são empurradas a um celibato insolúvel sob a trilha sonora de "pagodeiros" e bregalhões chorosos.
Com isso, a vida amorosa das mulheres é manipulada. Intenções como "higiene social" que faz com que no âmbito do "popular" haja a contraditória relação de sexo desenfreado e celibato feminino, torna-se um ponto chave da manipulação machista midiática, causando um descontrole e um caos que depois refletirá na mortalidade do povo pobre.
É isso que faz com que o "sistema" só recomende a solteirice às mulheres que cumprem a cartilha do machismo. Mulheres-objetos e "princesas do lar" podem ficar solitárias e viver longos anos sem uma única paquera, enquanto brincam de carinhos com afilhados ou sobrinhos. Já as mulheres de perfil mais diferenciado têm que moderar sua emancipação sob a sombra de maridos poderosos. O machismo agoniza, mas ainda resiste.
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