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Exemplos insólitos de apego e fanatismo


O Brasil é um país surreal. Seu cotidiano é uma verdadeira tragicomédia, na qual a religião e os valores moralistas, mal digeridos, inspiram sentimentos e abordagens que soam estranhos quando são descritos, mas que constam no inconsciente coletivo de maneira surpreendentemente convicta.

Criam-se tabus, fanatismos, santificações fora das igrejas, tempos ou mesmo de "centros espíritas". Criam-se neuroses moralistas das mais absurdas. Criam-se histerias e temores inesperados, por motivos que, em tese, parecem inimagináveis.

Um exemplo. Num país em que perdemos, prematuramente ou no auge da produtividade, grandes artistas, intelectuais e cientistas, o maior medo de parte da sociedade está em ver feminicidas conjugais ricos morrerem de repente.

Sim. Isso mesmo. Homens que assassinam suas mulheres e se livram da cadeia não podem morrer. Dizer que um feminicida idoso sofre de câncer é um tabu, as pessoas reagem a qualquer rumor desse tipo, por mais construtivo que seja, é visto como "ofensivo".

Quer dizer, se perdemos um comediante aos 44 anos, as pessoas se resignam, dizem coisas como "é a vida", e tudo o mais. Se é um músico de rock pesado que morre nessa idade, há até torcida para ele morrer.

E são as mesmas pessoas que, no entanto, quando se fala que aquele rico que matou a namorada ou esposa, seja ele com 44, 79 ou 82 anos, pode estar com câncer ou sofrer risco de infarto, se irritam e reagem gritando "deixem ele em paz!". Os mesmos que assim gritam são os que não veem a hora de um headbanger "bater as botas", estando nas mesmas condições.

RELIGIOSIZAÇÃO

Mas o outro aspecto surreal é a perspectiva religiosa que se tem a coisas não-religiosas, como decisões e fenômenos nem muito bons assim, mas que são encarados como se fossem resultantes da "vontade divina", aceitos como se a "vontade de Deus" tivesse decidido por tal coisa.

O caso da Rádio Cidade, na condição de pretensa rádio de rock, é um exemplo. Os fanáticos ouvintes da emissora carioca tratam a experiência dela no segmento rock - que, em verdade, é extremamente ruim, só para usar uma definição mais educada - como se fosse uma "decisão de Deus", tamanha a devoção e o fanatismo mais típicos de beatos religiosos.

São pessoas que, segundo reclamam muitos roqueiros sérios que nem se atrevem a sintonizar os 102,9 mhz das ondas de FM no Grande Rio, não sabem sequer o que estão ouvindo, se contentando em apenas ouvir uma sequência ininterrupta de sons qualquer nota desde que tenham uma roupagem que alterne entre guitarras distorcidas, virtuoses guitarrísticos ou músicas semi-acústicas com algum vínculo aparentemente roqueiro.

Eles nem estão aí se o que toca é Nirvana ou Smash Mouth, Metallica ou Creed, ou se rasga a seda do Guns N'Roses ou só toca dois sucessos do Pink Floyd, desde que o repertório não saia do desfile de guitarras em solo ou em barulheira e vocais que se alternam entre o berro e o sussurro sonolento, entre a "voz de vômito" e o "grito em prisão de ventre". Só aceitam "sair da linha" quando é um Nando Reis cantando uma balada acústica, por exemplo.

O mais incrível disso é que a Rádio Cidade nunca teve tradição no rock - ela havia se consagrado como uma rádio pop - , não tem vocação no gênero (há e houve uma zaralhada de rádios bem melhores que ela) e sua performance no segmento é, na melhor das hipóteses, desastrada, mais preocupada em criar programas de besteirol do que uma programação séria de rock. Seus locutores vêm até de experiências com radialismo pop e brega, mas não são especializados em rock.

A gente até pergunta qual é o interesse dessa FM extremamente medíocre - ela é só uma grife, uma marca, mas a programação rock é um lixo - em trabalhar o rock. Será uma zoada de uma parcela de ouvintes de FM que sempre odiou a Rádio Cidade original, a de 1977? Ou será a frustração dos donos da rádio, que sentiram ciúme do sucesso da Fluminense FM e, por isso, ficaram decepcionados em ver que a Cidade FM não alcançou o mesmo prestígio?

"BEATAS DE SÃO CARIMBO"

Como se não fosse suficiente a religiosização de uma FM supostamente roqueira (e desastrosamente roqueira, admitamos), ainda há outros casos de religiosização, num Estado do Rio de Janeiro predominantemente religioso - é a principal arena de luta entre católicos, neopentecostais e "espíritas" - , que diviniza times de futebol (Flamengo, Fluminense, Vasco e Botafogo) e endeusa até mesmo políticos fascistas, como Eduardo Cunha e Jair Bolsonaro.

Há o fanatismo pela pintura padronizada nos ônibus, que não é um fenômeno exclusivamente carioca, é um fenômeno nacional - Jaime Lerner é tratado como se fosse a reencarnação de Moisés - , mas tem no Estado do Rio de Janeiro seu reduto de fanatismo, uma espécie de "Estado Islâmico" sobre rodas.

Se a gente percebe que os políticos têm medinho de abrir mão de colocar logotipo de prefeitura ou governo estadual nas frotas de ônibus, municipais e, em muitos casos, intermunicipais, como se um logotipo bobo pudesse trazer milagres para o sistema de ônibus e a mobilidade urbana (esta cada vez mais desmobilizada, para não dizer imobilizada, uma "mobilidade" tetraplégica), imagine as pessoas comuns.

Houve até trolagem de fanáticos por pintura padronizada, que pouco estavam aí para o problema de o fato de empresas de ônibus diferentes terem a mesma pintura vá prejudicar a população e facilitar a corrupção político-empresarial.

Tinha até busólogo psicopata que não aguentava ver sequer petição na Internet pedindo o fim da pintura padronizada e buscava zoar de qualquer maneira. O esquentadinho comprou tanta briga que quase abriu seu peito para o revólver dos milicianos, porque, de tanto visitar as cidades de seus desafetos (estes que discordam dos chiliques pró-padronização do busólogo-problema), passou a ser "paquerado" pela "máfia das vans", sempre desconfiada com "estranhos no ninho".

De repente a pintura padronizada virou uma "religião", logotipos de prefeituras e governos estaduais e o fato de diferentes empresas de ônibus usarem a camisa-de-força das "pinturas de consórcios", que trazem mais burocracia e custos - há mais obrigação de mudar a pintura de ônibus que operam de um ramal de linhas para outro - , tornou-se uma obsessão doentia de autoridades e tecnocratas.

Entre os busólogos, é até irônico que os fanáticos por pintura padronizada tenham, de início, ironizado seus questionadores, xingados de "viúvas de latas de tinta", quando a euforia neurótica e ensandecida dos defensores da PP (pintura padronizada) os faz tornarem-se "beatas de carimbo de prefeitura", tamanho o seu fanatismo que, em certos casos, beira à debilidade mental.

A obsessão é tanta que, quando a pintura padronizada se torna uma medida decadente, as autoridades, em vez de liberar o direito de cada empresa de ônibus ter sua própria identidade visual - o que traria maior transparência, maior comodidade para o passageiro e diminuiria a burocracia e os custos de repintura - , preferem mudar o leiaute da pintura padronizada, trocando as cores-padrão antes vigentes por cores-padrão novas, o que é trocar o seis por meia-dúzia.

Isso é fanatismo, apego a medidas que não trazem qualquer tipo de funcionalidade, não garantem transparência, não trazem qualquer vantagem para os passageiros, e além disso agrava a burocracia, encarece o transporte, favorece a corrupção, até porque empresas boas e ruins passam a ter a mesma pintura e os passageiros nem tem ideia de que empresa realmente serve o ônibus que pega.

No Rio de Janeiro, teve empresa de ônibus que mudou o nome e ficou na mesma porcaria. Tem linha de ônibus que mudou de empresa, tem linha de ônibus operada por mais de uma empresa, tem ônibus circulando com pintura padronizada mas com documentação vencida, e os passageiros são sempre os últimos a saber, se é que são informados de alguma coisa.

Até empresas de ônibus que eram consideradas boas e que servem áreas como a Zona Sul estão com frota sucateada, provocam acidentes fatais, têm pneus se soltando, lataria amassada, rodando com parafusos soltos, ar condicionado sujo, teto com goteiras, assento de banco se soltando.

Além disso, com a divinização que os cariocas dão aos secretários de Transportes, eles se tornam autoritários graças a esses "poderes divinos" e acabam fazendo o que querem. Além de botar diferentes empresas de ônibus sob a mesma cor, eles demitem cobradores de ônibus por causa da dupla função dos motoristas e hoje andam esquartejando itinerários de ônibus da maneira que querem.

SEGREGAÇÃO SOCIAL NÃO ASSUMIDA

Linhas funcionais foram extintas ou tiveram percursos reduzidos sob a desculpa de "otimizar" e "racionalizar" o sistema de ônibus. A ligação direta entre a Zona Norte e a Zona Sul está sendo extinta aos poucos, por causa dessa bobagem de "linhas alimentadoras e troncais" que só força o passageiro comum a gastar mais de uma passagem e viajar em pé no segundo ônibus.

Integrante de uma rica família de latifundiários, o secretário municipal de Transportes, Rafael Picciani, um mauricinho que nunca viajou de ônibus na vida, acha que tais medidas são "benéficas", e ainda tem o descaramento de desmentir o óbvio: o fim da ligação direta Zona Norte - Zona Sul é um processo de segregação social, para dificultar o deslocamento da população suburbana (Zona Norte) para os bairros da Zona Sul, e não só para suas praias, mas para os estudos e o trabalho.

Pior: as autoridades, para "dispensar" a população suburbana de se deslocar para as praias naturais cariocas - o corredor litorâneo "do Leme ao Pontal" cantado por Tim Maia - , criou uma praia minúscula, a de Rocha Miranda, no Parque Madureira, que é desastrosa por ter horário de funcionamento restrito, que abre num horário desaconselhado por dermatologistas, às 9h da manhã.

Mas as autoridades não estão aí para recomendações médicas. Muitos especialistas apontam erros na Praia de Rocha Miranda, e sua pequena extensão - um laguinho e alguns chuveiros - , correspondente a um oitavo da área de Copacabana, é obviamente insuficiente para a enorme população suburbana que as autoridades cariocas destinaram a "magnífica praia".

Imagine a extensão das áreas envolvidas, com base no roteiro de linhas esquartejadas. A população suburbana que deixaria a Zona Sul para ir ao Parque Madureira vai desde Jacarepaguá a Inhaúma, do lado Sul-Norte dos pontos cardeais, e de São Cristóvão e Tijuca até Realengo, no lado Leste-Oeste. É uma área enorme para ser destinada uma praia com laguinho com o tamanho de uma piscina de clube esportivo.

As pessoas veem as coisas sob o prisma religioso e aceitam sofrer esperando que Deus lhes traga algum benefício. Esperam o benefício vir com a prece e ele não vem. Os dias passam, os prejuízos se acumulam, e as pessoas só rezando.

Elas divinizam pessoas, instituições, emissoras de rádio, times de futebol, logotipos de prefeituras e governos estaduais, e, diante da crise, ainda correm para ler livros religiosos ruins de autores que surgiram do nada para se enriquecerem através do palavreado da fé.

Assim, as pessoas se apegam a coisas nem tão boas, de maneira desesperada, sem saber que são prejudicadas, que poderiam ter uma coisa melhor se abrirem mão dos entulhos no qual, simbolicamente, se agarram com fé cega e intransigente. Se tornam fanáticas e obsediadas, e se enlouquecem quando são questionadas no seu deslumbramento cego a coisas chinfrins ou ruins.

É por isso que o Brasil passa por uma situação decadente, e as pessoas acham que crise só existe quando falta dinheiro. O problema não é falta de dinheiro, até porque o país tem muito dinheiro, o problema é que poucos têm demais e muitos não tem sequer o que precisam.

A verdadeira crise é a de valores, princípios e medidas e a crise se torna ainda pior quando as pessoas se recusam a admiti-la e fogem para o entretenimento anestesiante da literatura água-com-açúcar, da mediocridade musical e da imbecilização cultural em geral. Se as pessoas não conseguem admitir sua própria crise, é porque essa crise atingiu níveis alarmantes.

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