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Praça que serviu de cenário de A Viagem fez emissora de TV falir e bairro ficar paralisado


Veja o que faz o "espiritismo" brasileiro. Se em Niterói a presença de um "centro espírita" no bairro de Várzea das Moças bloqueia tanto o bairro que ele, paralisado, nunca se urbaniza e este bairro e o vizinho Rio do Ouro não veem construir uma nova pista de acesso, rodovia ou avenida, num terreno ocioso condenado a ser ocupado por milicianos ou pela especulação imobiliária, dependendo do problemático acesso por uma rodovia estadual, a RJ-106, prejudicando quem transita entre Tribobó e a Região dos Lagos, em São Paulo foi uma praça virar cenário de novela "espírita" para causar problemas sérios.

A Praça do Centenário é até uma praça simpática situada no bairro da Casa Verde, em São Paulo. Há um parquinho e sua calçada serve para uma sessão de caminhadas bastante benéfica para a saúde humana. Crianças aproveitam o local para jogar bola ou aproveitar os brinquedos do parquinho para se divertirem. Perto do local há até um restaurante que oferece um marmitex a R$ 24 que serve para duas pessoas numa refeição bem farta.

Mas o local, infelizmente, tem um passado sombrio, há quase cinquenta anos. A simpática praça serviu de cenário para a tenebrosa novela A Viagem, na versão original da TV Tupi, em São Paulo. O cenário correspondia a uma suposta colônia espiritual.

A Rede Globo, que fez uma nova versão da novela - a que "derrubou" a carreira de cineasta de Guilherme Fontes, o obsessor Alexandre de A Viagem versão 1994, que encontrou infortúnios diversos e surreais quando foi fazer Chatô - O Rei do Brasil, levando 21 anos para concluir a obra - , pelo menos teve uma decisão menos infeliz para escolher o cenário.

A emissora da família Marinho - que durante anos blindou abertamente a figura traiçoeira de Chico Xavier, nos moldes do que Malcolm Muggeridge fez com Madre Teresa de Calcutá - , pelo menos, escolheu o bosque do Projeto Jacarepaguá, o Projac, para fazer o chamado "campo de golfe" da segunda A Viagem, onde crianças brincavam de ciranda e adultos ficavam sem fazer atividade inteligível, permanecendo num ócio apenas interrompido pelo assistencialismo espiritual.

Jacarepaguá tem um "centro espírita" de verdade, o Lar Frei Luiz, na Taquara, que "abençoa" a região de Jacarepaguá, reduto de "milicianos", espécie de "centuriões" do Brasil decadente de hoje em dia. No próprio Lar Frei Luiz um "médium", que em 1969 fez um baita carnaval com falsa materialização de um suposto espírito de um médico exótico, foi assassinado sem que o crime fosse resolvido até hoje.

É lamentável que uma praça num bairro de São Paulo seja usada para um fim tão infeliz, Devido à novela A Viagem, a TV Tupi contraiu energias maléficas que causaram a demissão em massa de funcionários e o fim dramático daquela que foi a pioneira rede de TV no Brasil, surgida em 18 de setembro de 1950. Também, quem mandou criar um lobby de atores, diretores de TV e dramaturgos em torno do farsante Chico Xavier?

Mas a coisa não parou por aí. O bairro da Casa Verde é um dos que destoam do dinamismo paulistano, pois é um bairro muito maltratado pelas autoridades, mais parecendo um bairro de cidade do interior, sem um núcleo comercial, sem linhas de ônibus decentes, sem metrô ou coisa parecida. Casa Verde, apesar de sua altitude que o faz ser uma das áreas mais frias de São Paulo durante o inverno.

E, apesar de suas ladeiras que prolongam a caminhada e exigem uma "viagem" para ir de um lugar para outro para fazer compras ou pagar as contas ou para embarcar e desembarcar dos ônibus que mal servem com regularidade poucos lugares - como Santana, a Praça do Correio e a Barra Funda - , dificultando seus moradores a curtir os vários cantos da capital paulista, o bairro da Casa Verde ainda é visto pela burocracia política municipal como se fosse um quintalzinho situado entre Santana, Limão e Barra Funda.

O bairro da Casa Verde está paralisado e não tem um plano de urbanização, criação de novas linhas de ônibus e ampliação de frotas e operação - duas linhas de ônibus muito importantes, 8538-10 e 967A-10, deixam de circular durante os feriados e fins de semana - nem de implantação do chamado miolo comercial, ficando dependente de mercados situados em Santana e no Limão para completar o orçamento da vida da população.

Taí o que o "espiritismo" brasileiro, uma religião marcada pela hipocrisia e pela demagogia da "caridade" que não traz resultados reais em favor da população pobre. Um engodo religioso, um esgoto doutrinário, o "nosso espiritismo" só traz vibrações negativas contra as quais muita gente luta com dificuldade para se livrar, enquanto os abusos e crimes os "espíritas" ocorrem na maior impunidade, com pessoas e instituiçoes, que deveriam investigar e combater esses abusos e crimes, passando pano sem a menor cerimônia...
 

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