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Jair Bolsonaro não caiu porque Chico Xavier "não quer"

CHICO XAVIER E JAIR BOLSONARO - Unidos pela lei de atração.

Notaram que, com toda a enérgica oposição a Jair Bolsonaro, cujo governo, ou melhor, desgoverno, em nenhum momento trouxe algo de positivo para os brasileiros, não houve empenho algum em tirá-lo do poder, mesmo com efeitos como a tragédia da Covid-19, que matou quase meio milhão de brasileiros, até agora.

Por muitíssimo menos, Jânio Quadros renunciou ao poder, em 1961, e Fernando Collor (que hoje apoia Bolsonaro) foi tirado do poder em 1992. Mas por que será que Jair Bolsonaro, que poderia ter sido tirado do poder há um ano e meio, parece se manter para completar todo o mandato?

Simples. Em se tratando de energias vibratórias, o Brasil que trata o deturpador e farsante Francisco Cândido Xavier como "espírito de luz" - exceto os "isentões", os amigos da mediocridade reinante que querem um "Chico Xavier gente como a gente" e o promovem como um "adorável imperfeito" - simplesmente não tem forças psicológicas para deter o avanço de Jair Bolsonaro e seus séquitos.

A própria mística das pregações doutrinárias de Chico Xavier - que colocava suas ideias reacionárias em seus livros "mediúnicos" e botava na conta dos mortos para não se responsabilizar por opiniões tão retrógradas - impõe que as pessoas aceitem uma vida medíocre, se conformem com o sofrimento, sintam ânsia demais por um progresso que nunca chega e se sintam impotentes em contornar as piores dificuldades e em evitar desgraças e tragédias.

Coincidência? Não. Chico Xavier tem a ver com Jair Bolsonaro. Sim, e muito, e muito mais do que qualquer pessoa pode imaginar. Se até o reino mineral sabe que tanto Chico Xavier quanto Jair Bolsonaro se ascenderam da mesma forma, provocando escândalos e passando por cima deles por meio do arrivismo, por que grande parte dos brasileiros se incomoda diante da comparação entre um e outro?

A narrativa que hoje prevalece sobre Chico Xavier foi montada, artificialmente, em 1978 pelos jornalismo da Rede Globo. Eram duas iniciativas concorrentes, ambas provavelmente financiadas pela ditadura militar para abafar o potencial oposicionista da Teologia da Libertação católica.

A narrativa é adocicada, e trata Chico Xavier como se fosse uma fada-madrinha dos contos de fadas, só que adaptada ao mundo real e à vida adulta. Mas são as mesmas fantasias e a mesma alegação de "bondade e caridade", feita sem o menor fundamento lógico, apenas por uma especulação emotiva que, por ser agradável a muitos, pode ser facilmente creditada como "verdade".


ATENÇÃO ESQUERDAS - A "NAMORADINHA DO BRASIL" E O "NAMORADINHO DO BRASIL" ERAM IGUALMENTE REACIONÁRIOS E RADICALMENTE ANTI-PETISTAS.

A imagem de Chico Xavier no imaginário das pessoas foi "limpa" de aspectos negativos bastante explícitos, de forma a promover o "médium" com uma imagem adocicada para a apreciação de um maior número de pessoas, de maneira a contrair mais lucros para a Federação "Espírita" Brasileira, à qual interessa a queda dos "neopentecostais" para se constituir numa força religiosa hegemônica, depois que as duas forças, Neopentecostalismo e "movimento espírita", foram patrocinadas pelas elites para enfraquecerem de vez a Igreja Católica, na tentativa de salvar a ditadura militar.

O compromisso do "espiritismo" brasileiro com a verdade e com o progresso social é tão nulo quanto o das seitas neopentecostais. Por trás da fachada "moderna, racional e progressista" que o "espiritismo" brasileiro se apresenta aos leigos, seu conteúdo se revela uma mera repaginação do Catolicismo medieval, com a exata adaptação de ritos, dogmas e crenças para a "seara espírita", apenas fazendo concessões para conceitos e práticas do Ocultismo.

Isso causaria pavor às pessoas. Daí que a narrativa que envolve Chico Xavier cria um repertório superficial em que as ideias mais sombrias do "médium" são escondidas. O que se libera, do total de 400 e tantos livros e uma série de depoimentos, é apenas o que há de inofensivo e agradável, criando assim um "padrão" de abordagens feito sob medida para a mediocridade e a desinformação reinantes nas redes sociais.

Esconde-se o lado negativo de Chico Xavier, que, sabemos, envolveu vários episódios de arrepiar os cabelos:

1) Seu primeiro livro Parnaso de Além-Túmulo, de 1932, teve uma resenha de duas partes feita pelo escritor Humberto de Campos no Diário Carioca. O cronista, então ainda vivo, dizia para Chico Xavier não investir nas supostas psicografias para "não concorrer com os escritores vivos que precisam do ganha-pão". Dois anos depois, Humberto morreu, e há quem suspeite que foi a primeira maldição de Chico Xavier, que, por vingança, se apropriou do nome do autor falecido e quase foi para a cadeia por isso;

2) As fraudes literárias, que incluíram as estranhas modificações editoriais de Parnaso de Além-Túmulo e o fato de que o "espirito Humberto de Campos" se manifestava de forma diferente do que o escritor havia manifesto em vida, causaram escândalo nos meios literários. Ninguém considerou as obras "psicográficas" autênticas, apenas havendo abstenções de alguns escritores. Mas nomes como Osório Borba, Malba Tahan e o jornalista Attila Paes Barreto tinham argumentos de sobra para definir tais "psicografias" como fraudulentas;

3) Chico Xavier quase foi para a cadeia devido a um processo judicial movido nos anos 1940 pelos herdeiros de Humberto de Campos. Por sorte, a seletividade da Justiça na época, que trata o status religioso como um "privilégio social" equiparado às posições aristocráticas, considerou a ação judicial "improcedente" e Chico Xavier foi beneficiado pela impunidade, em 1944. Houve apenas a condição de usar o pseudônimo "Irmão X" para efeitos externos, permitindo a comercialização dos livros. Mas no "meio espírita", o pessoal continuava consciente de que Humberto continuava sendo apropriado;

4) Os herdeiros do escritor maranhense continuaram recorrendo a processos judiciais, após 1944. A viúva de Humberto, Catarina Vergolino de Campos, faleceu em 1951. Ao saber que Humberto de Campos Filho, um dos descendentes do escritor, ao trabalhar em televisão seguiu o lobby dos atores e equipe técnica simpatizantes do "espiritismo" brasileiro, Chico Xavier montou um evento religioso para atrair e assediar o filho homônimo do autor maranhense, do qual incluiu palestras, demonstrações de "bombardeio de amor" (técnica de dominação com apelos de afetividade excessivos e tóxicos) e de Assistencialismo (suposta caridade que não combate a miséria, mas promove o "benfeitor");

5) Chico Xavier participou de fraudes de materialização, no primeiro momento, entre 1953 e 1954. Assinava atestados tentando legitimar farsas nas quais modelos cobertos de roupas brancas e capuz apareciam com fotocópias de retratos dos mortos coladas na parte da cabeça, ou voluntários apareciam com gazes e algodões enfiados na boca, truques registrados, propositalmente, por máquinas fotográficas de baixa qualidade. Houve também o truque da "psicofonia", onde às vezes Chico Xavier arriscava uns falsetes e, em outras, dublava vozes em off de locutores ocultos que representavam "espíritos dos mortos";

6) O sobrinho de Chico Xavier, Amauri Xavier Pena, anunciou que iria denunciar as fraudes do tio e o envolvimento da União "Espírita" Mineira e da Federação "Espírita" Brasileira em 1958. Pena iria participar dessas fraudes, por influência de familiares. De repente, o "meio espírita", supostamente incapaz de caluniar o próximo, caluniou, difamou e ameaçou o rapaz, que teve morte suspeita em 1961, meses antes de completar 28 anos de idade. A revista Manchete havia alertado que Amauri recebia "ameaças de morte do meio espírita, por envenenamento". Há suspeitas de "queima de arquivo" na morte do rapaz;

7) Chico Xavier voltou a se envolver com fraudes de materialização entre 1963 e 1965. Elas eram feitas pela ilusionista Otília Diogo, que dizia "materializar" pessoas como a Irmã Josefa, além de um médico e um menino. A farsa despertava suspeitas e repórteres de O Cruzeiro desmascararam a farsante, ao encontrarem um material semelhante aos adereços e roupas usados por ela. Em 1970 a farsa foi revelada e uma modelo foi usada para reconstituir o truque de Otília Diogo. Chico Xavier foi poupado de cumplicidade, e só depois Nedyr Mendes da Rocha lançou um livro no qual, por acidente, cometeu "fogo amigo" contra o "médium", porque mostrou que ele estava por dentro da farsa de Otília, dando indícios de intensa cumplicidade;

8) Chico Xavier fez duas entrevistas no programa Pinga Fogo da TV Tupi, em 1971, nas quais exaltava explicitamente a ditadura militar e esculhambava, conscientemente e sem a menor cerimônia, os movimentos sociais de esquerda. Foi condecorado pela Escola Superior de Guerra, dando fortes indícios de que Chico Xavier colaborou com a ditadura militar (mais tarde ele usaria o truque diversionista das "cartas mediúnicas" para anestesiar o povo brasileiro diante da crise da ditadura). E, a exemplo da atriz Regina Duarte, Chico Xavier manifestou seu horror extremo à hipótese de Lula governar o Brasil;

9) Também em 1971, Chico Xavier foi tema de reportagem de Realidade, na qual foi sutilmente desmascarado, por "psicografar" uma pessoa ainda viva e outra inexistente, a pedido do famoso repórter José Hamilton Ribeiro, famoso através do Globo Rural. Também foi publicado um minucioso exame médico no qual o "dom mediúnico" de Chico Xavier não passava de distúrbios psicológicos que se manifestavam através de alucinações, ou seja, Chico Xavier "ouvia vozes" e "via imagens" e pensava serem "figuras do além".

Esses são os principais aspectos preocupantemente negativos na trajetória de Chico Xavier, que seus seguidores teimam em fazer vista grossa. Se conhecerem esse lado sombrio de Chico Xavier, verá que ele, na prática, se tornou o "mentor operacional" de Jair Bolsonaro. 

A Lei de Atração atrai Chico Xavier e Jair Bolsonaro, que, mesmo timidamente mostrando um livro do "médium", tornou-se altamente beneficiado pelas energias do religioso, devido às afinidades quanto à trajetória arrivista - ambos causaram semelhantes escândalos, um com fraudes literárias, outro com um plano de atentado terrorista e tiveram a mesma complacência da Justiça - quanto às ideias conservadoras. 

Aparentemente, Chico Xavier abonia a violência, defendida por Bolsonaro, mas "lava as mãos" diante da prática homicida, definindo o assassino como um "agente da Lei de Causa e Efeito". É como se Chico Xavier reprovasse o assassinato mas passasse pano para os assassinos, dando a culpabilidade para a vítima, sob o pretexto das "dívidas passadas". Neste sentido, é mais um aspecto que aproxima Chico Xavier de Jair Bolsonaro, como se não bastasse as mesmas condições psicológicas dos brasileiros que, de forma direta ou indireta, mantem tanto um quanto outro em alta na sociedade.

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