ESTÁTUA DE CHICO XAVIER ATINGIDA POR VANDALISMO EM UBERABA.
Em séria crise, o "espiritismo" agora embarca na carona dos fatos. Se aproveitando de atos de intolerância religiosa que vitimam religiões relacionadas a grupos étnicos ou pobres, como a umbanda, o candomblé e o islamismo, o "espiritismo" tenta atribuir o recente ataque de vândalos ao mausoléu de Francisco Cândido Xavier, em Uberaba, como vindo também de intolerantes.
O "espiritismo", no entanto, não é vítima de intolerância religiosa. Pelo contrário, a religião é uma das mais toleradas, blindadas e socialmente protegidas do Brasil. Ela é protegida pela Rede Globo de Televisão. Seus "médiuns", por mais que possam ter recebido também doações de dinheiro da Odebrecht ou OAS - sobretudo os "médiuns" baianos - e nem por isso são sequer indiciados pela Operação Lava Jato.
Há indícios de quadros falsamente atribuídos a pintores mortos, que representam diferenças estilísticas aberrantes. O "São Francisco de Assis" de Cândido Portinari e seu suposto similar trazido pelo "médium" baiano José Medrado, exibido como troféu em seu programa Visão Social da TV Bandeirantes de Salvador, mostram diferenças extremas entre um e outro.
Há também indícios de diferenças de estilo aberrantes nas próprias obras trazidas por Chico Xavier, em que autores como Olavo Bilac, Auta de Souza e, principalmente, Humberto de Campos, praticamente fogem dos estilos originais que os consagraram em vida. Humberto, por exemplo, mais parece um padre católico do que um escritor que foi membro da Academia Brasileira de Letras.
Apesar disso, não há, após o processo do caso Humberto de Campos em 1944, um único inquérito sequer para investigar as irregularidades dessas obras. Mas há muitos ingênuos, ou talvez alguém especializado que talvez tenha "recebido por fora" para inventar que as obras "mediúnicas" são autênticas e apontar semelhanças que não existem, dizendo apenas, de maneira vaga: "É, as obras lembram muito (sic) o estilo do falecido, surpreendem (sic) por serem autênticas (sic)".
Ninguém mexe nos "espíritas", que são uma espécie de tucanos da religião. Sim, o "espiritismo" brasileiro é o PSDB da religião. "Espíritas" e tucanos têm até uma mesma protetora, a Rede Globo de Televisão. Se um juiz chega a um suposto "médium", é só para abraçar ou, pasmem, para pedir conselhos.
Como agora os "espíritas" falam em "intolerância religiosa"? O vandalismo que houve no mausoléu de Chico Xavier teria sido o mesmo se a estátua fosse, por exemplo, de Juscelino Kubitschek, Tancredo Neves ou Carlos Drummond de Andrade. Ou de algum tribuno mineiro menos conhecido. O ataque se deu a uma estátua de alguém famoso, podendo ter sido qualquer um.
Mas o filho adotivo de Chico Xavier, Eurípedes Higino, quis se jogar na plateia, ele que mantém maquetes de pessoas de ideias antagônicas, como seu pai e o pedagogo Allan Kardec. Não é preciso muito esforço para apontar diferenças aberrantes nos livros de Xavier e de Kardec, pois O Livro dos Médiuns mostra, como caraterísticas negativas, muitos dos procedimentos e ideias identificados nos livros publicados pelo "médium" mineiro.
Higino diz que o ato "pode ter sido de intolerância religiosa", fazendo uma suposição com um tom de certeza dissimulada, caprichando no vitimismo que tanto foi a marca do "médium", um charlatão e usurpador de mortos que sempre que contrariado e questionado fazia pose de vítima para forçar a comoção pública.
Mas isso não procede. Até porque as religiões que são vítimas de intolerância religiosa são relacionadas a expressões culturais do povo pobre ou de grupos étnicos minoritários. Umbanda, candomblé, islamismo e algum outro similar é que têm suas casas de oração e culto atacadas por vândalos movidos de indignação religiosa ou pertencentes a grupos religiosos dominantes, como os neopentecostais.
O "espiritismo" não podia sofrer intolerância religiosa porque é tolerado até nos seus piores erros e escândalos. Além disso, é uma religião aristocrática, apesar do aparato de humildade, modéstia e simplicidade que o cerca.
Seus "médiuns" e palestrantes são conhecidos por discursarem para gente rica, receberem prêmios de autoridades e instituições aristocráticas e a praticar Assistencialismo, fazendo uma caridade de resultados sociais pouco expressivos que servem para promoção pessoal dos "benfeitores".
É uma grande malandragem do "espiritismo" brasileiro pegar carona nos atos de intolerância religiosa como se estivesse entre as religiões atacadas pela fúria conservadora. É uma malandragem similar que a de definir Chico Xavier como "católico reformista" só porque havia sido paranormal. Foi excomungado pela Igreja Católica de Pedro Leopoldo por ter sido confundido com umbandista. Mas isso é um equívoco: Chico Xavier, como católico, era medieval de tão ortodoxo.
E isso cria um fato curioso. No passado, os "espíritas" queriam fugir da confusão com os cultos afro-brasileiros. Agora, os "espíritas" fazem o inverso, tentando se confundirem com a umbanda e o candomblé para promover seu vitimismo à custa do infortúnio alheio, porque o que vemos é que os "espíritas" voam em céu de brigadeiro.
Intolerantes são os próprios "espíritas", que nunca toleraram contestação, e nunca assumiram uma responsabilidade sequer pelos erros cometidos. Chegam mesmo a atribuir eventuais escândalos aos "espíritos inferiores". Eles nunca admitiram seus erros e o perigo é eles atribuírem as críticas que recebem como "atos de intolerância religiosa". Isso é que é ter falta de autocrítica!!
Em séria crise, o "espiritismo" agora embarca na carona dos fatos. Se aproveitando de atos de intolerância religiosa que vitimam religiões relacionadas a grupos étnicos ou pobres, como a umbanda, o candomblé e o islamismo, o "espiritismo" tenta atribuir o recente ataque de vândalos ao mausoléu de Francisco Cândido Xavier, em Uberaba, como vindo também de intolerantes.
O "espiritismo", no entanto, não é vítima de intolerância religiosa. Pelo contrário, a religião é uma das mais toleradas, blindadas e socialmente protegidas do Brasil. Ela é protegida pela Rede Globo de Televisão. Seus "médiuns", por mais que possam ter recebido também doações de dinheiro da Odebrecht ou OAS - sobretudo os "médiuns" baianos - e nem por isso são sequer indiciados pela Operação Lava Jato.
Há indícios de quadros falsamente atribuídos a pintores mortos, que representam diferenças estilísticas aberrantes. O "São Francisco de Assis" de Cândido Portinari e seu suposto similar trazido pelo "médium" baiano José Medrado, exibido como troféu em seu programa Visão Social da TV Bandeirantes de Salvador, mostram diferenças extremas entre um e outro.
Há também indícios de diferenças de estilo aberrantes nas próprias obras trazidas por Chico Xavier, em que autores como Olavo Bilac, Auta de Souza e, principalmente, Humberto de Campos, praticamente fogem dos estilos originais que os consagraram em vida. Humberto, por exemplo, mais parece um padre católico do que um escritor que foi membro da Academia Brasileira de Letras.
Apesar disso, não há, após o processo do caso Humberto de Campos em 1944, um único inquérito sequer para investigar as irregularidades dessas obras. Mas há muitos ingênuos, ou talvez alguém especializado que talvez tenha "recebido por fora" para inventar que as obras "mediúnicas" são autênticas e apontar semelhanças que não existem, dizendo apenas, de maneira vaga: "É, as obras lembram muito (sic) o estilo do falecido, surpreendem (sic) por serem autênticas (sic)".
Ninguém mexe nos "espíritas", que são uma espécie de tucanos da religião. Sim, o "espiritismo" brasileiro é o PSDB da religião. "Espíritas" e tucanos têm até uma mesma protetora, a Rede Globo de Televisão. Se um juiz chega a um suposto "médium", é só para abraçar ou, pasmem, para pedir conselhos.
Como agora os "espíritas" falam em "intolerância religiosa"? O vandalismo que houve no mausoléu de Chico Xavier teria sido o mesmo se a estátua fosse, por exemplo, de Juscelino Kubitschek, Tancredo Neves ou Carlos Drummond de Andrade. Ou de algum tribuno mineiro menos conhecido. O ataque se deu a uma estátua de alguém famoso, podendo ter sido qualquer um.
Mas o filho adotivo de Chico Xavier, Eurípedes Higino, quis se jogar na plateia, ele que mantém maquetes de pessoas de ideias antagônicas, como seu pai e o pedagogo Allan Kardec. Não é preciso muito esforço para apontar diferenças aberrantes nos livros de Xavier e de Kardec, pois O Livro dos Médiuns mostra, como caraterísticas negativas, muitos dos procedimentos e ideias identificados nos livros publicados pelo "médium" mineiro.
Higino diz que o ato "pode ter sido de intolerância religiosa", fazendo uma suposição com um tom de certeza dissimulada, caprichando no vitimismo que tanto foi a marca do "médium", um charlatão e usurpador de mortos que sempre que contrariado e questionado fazia pose de vítima para forçar a comoção pública.
Mas isso não procede. Até porque as religiões que são vítimas de intolerância religiosa são relacionadas a expressões culturais do povo pobre ou de grupos étnicos minoritários. Umbanda, candomblé, islamismo e algum outro similar é que têm suas casas de oração e culto atacadas por vândalos movidos de indignação religiosa ou pertencentes a grupos religiosos dominantes, como os neopentecostais.
O "espiritismo" não podia sofrer intolerância religiosa porque é tolerado até nos seus piores erros e escândalos. Além disso, é uma religião aristocrática, apesar do aparato de humildade, modéstia e simplicidade que o cerca.
Seus "médiuns" e palestrantes são conhecidos por discursarem para gente rica, receberem prêmios de autoridades e instituições aristocráticas e a praticar Assistencialismo, fazendo uma caridade de resultados sociais pouco expressivos que servem para promoção pessoal dos "benfeitores".
É uma grande malandragem do "espiritismo" brasileiro pegar carona nos atos de intolerância religiosa como se estivesse entre as religiões atacadas pela fúria conservadora. É uma malandragem similar que a de definir Chico Xavier como "católico reformista" só porque havia sido paranormal. Foi excomungado pela Igreja Católica de Pedro Leopoldo por ter sido confundido com umbandista. Mas isso é um equívoco: Chico Xavier, como católico, era medieval de tão ortodoxo.
E isso cria um fato curioso. No passado, os "espíritas" queriam fugir da confusão com os cultos afro-brasileiros. Agora, os "espíritas" fazem o inverso, tentando se confundirem com a umbanda e o candomblé para promover seu vitimismo à custa do infortúnio alheio, porque o que vemos é que os "espíritas" voam em céu de brigadeiro.
Intolerantes são os próprios "espíritas", que nunca toleraram contestação, e nunca assumiram uma responsabilidade sequer pelos erros cometidos. Chegam mesmo a atribuir eventuais escândalos aos "espíritos inferiores". Eles nunca admitiram seus erros e o perigo é eles atribuírem as críticas que recebem como "atos de intolerância religiosa". Isso é que é ter falta de autocrítica!!
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