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O silêncio da grande imprensa e das esquerdas quanto ao envolvimento de Divaldo Franco no caso da "farinata"


É muito preocupante o silêncio absoluto, não só da grande imprensa hegemônica, mas também das mídias de esquerda, quanto ao envolvimento do "médium espírita" Divaldo Pereira Franco no apoio ao engodo alimentar do decadente prefeito de São Paulo, João Dória Jr., que passou o tempo todo divulgando seu produto usando a camiseta do Você e a Paz.

O apoio de Divaldo Franco ao prefake se deu quando ele decidiu homenageá-lo logo num momento em que o político sofria uma vertiginosa decadência de reputação, o que indica uma afinidade de sintonia, um "médium" tido como "moderno e evoluído" apoiando um político tão retrógrado e de tão baixa categoria. Vai ver porque os dois se afinam pelas viagens que fazem para celebrar suas vaidades e obter prêmios das elites do Brasil afora e do exterior.

O que se deve considerar é que Divaldo Franco organizou o Você e a Paz, evento que lançou oficialmente aquele engodo que se chama de "farinata" ou "granulado nutricional", dentro do programa supostamente social "Alimento para Todos". Divaldo sabia do que estava fazendo e poderia ter evitado a homenagem, se fosse realmente um homem evoluído e de coragem.

Se acreditarmos na suposta imagem evoluída de Divaldo Franco, tido como "humanista", "ativista", "de elevadíssima moral" e outras qualidades celestiais, suporíamos que o "médium" baiano fosse advertido pelos benfeitores espirituais de que João Dória Jr. é uma farsa política e estava lançando um programa alimentar elitista de valor ética, sociológica e, sobretudo, nutricionalmente duvidoso, do qual há denúncias até de riscos de intoxicação alimentar e grave desnutrição.

As denúncias sobre os malefícios da "farinata", que seria fornecida pela Plataforma Sinergia, envolvem a entidade parceira, a Missão Belém, da Arquidiocese de São Paulo, acusada de usar 14 internos (ex-dependentes químicos ou ex-moradores de rua), mortos por intoxicação alimentar, desnutrição, desidratação e crises de vômito e diarreia, para serem alimentados pela "abençoada" refeição, cujos potes eram envoltos com a imagem de Nossa Senhora, mito católico da mãe de Jesus.


Divaldo Franco, se fosse realmente uma pessoa sábia, consciente e corajosa, teria evitado a homenagem e o vexaminoso lançamento, pedindo a compreensão de todos e expressando não sentir ódio do prefeito da capital paulista, mas antes sentindo tristeza e orando por misericórdia. Em vez disso, porém, Divaldo apoiou tudo, aceitou tudo de bandeja e não é por isso que ele deixará de ser responsabilizado pelo apoio a um político decadente e seu nefasto projeto alimentar.

Os "médiuns espíritas" não podem ser vistos como caloteiros morais, a fazerem o que quiserem, de maneira irrefletida, e não pagarem pelas consequências naturais de seus erros. Divaldo Franco, meses atrás, no final de 2016, havia feito um juízo de valor extremamente cruel contra os refugiados do Oriente Médio, acusando-os de terem sido, no passado, encarnações de antigos tiranos colonizadores que escravizaram povos latino-americanos.

O ARCEBISPO DE SÃO PAULO, DOM ODILO SCHERER, AO LADO DE JOÃO DÓRIA JR., É DESTINADO A PAGAR OS PECADOS NÃO SÓ SEUS, MAS DOS "ESPÍRITAS".

Imagine uma família pobre da Síria, com muito sacrifício e demora para se mudar de lá para a Europa, apenas para reconstruir a vida no trabalho e dando escola digna para as crianças, ouvir de um religioso que elas eram reencarnações de antigos tiranos e que as dificuldades extremas em que vivem, sob risco de roubos, tragédias e outras perdas dramáticas, seriam um "pagamento justo" dos antigos pecados cometidos.

Diante dessa alegação, Divaldo Franco poderia ser processado judicialmente por danos morais, tendo que indenizar os familiares diante de tal acusação. Esse juízo de valor já desmascarou o "iluminado médium", que, agora, comprova sua baixa sintonia vibratória ao se identificar com um político decadente, elitista, que nunca teve inclinação para ajudar os mais pobres.

SILÊNCIO DA GRANDE MÍDIA, VÁ LÁ, MAS DAS ESQUERDAS...

Faz muito sentido que a grande mídia hegemônica, como os veículos das Organizações Globo, Folha e Abril - que ultimamente tenta empurrar para as bancas o encalhado volume de Francisco Cândido Xavier da revista Superinteressante -  reaja em silêncio diante do apoio do "movimento espírita" ao engodo alimentar de João Dória Jr..

Só os três veículos midiáticos blindam os "espíritas" com dedicação extrema, a partir do próprio Chico Xavier. Os "médiuns espíritas" são conhecidos como "sacerdotes da Rede Globo" e usados pela corporação midiática para fazer frente aos pastores eletrônicos das seitas evangélicas sem que se desperte desconfiança de que a Globo entrou na corrida midiático-religiosa. A Globo até produziu novelas e filmes "espíritas", inclusive uma cinebiografia de Chico Xavier!!

Recentemente, em 2015, o Fantástico cometeu um grande papelão, uma séria gafe ao definir como "maior filantropo do Brasil" o "médium" Divaldo Franco só por ajudar, em mais de 60 anos de atividade, 163 mil pessoas. Isso equivale a bem menos que 1% da população de Salvador, índice que se torna mais vergonhoso se comparado ao âmbito nacional.

Até a "caridade" que todos conhecem dos "espíritas" é fruto de uma engenhosa "fábrica de consenso", uma campanha na qual se estabelece um padrão conservador de "bondade humana", que não rompe com a situação subordinada do povo pobre e apenas contribui para a promoção pessoal do "benfeitor", que faz pouca ajuda mas é comemorado efusivamente com isso.

O problema é que a mídia de esquerda também permanece em silêncio. Ninguém saiu questionando Divaldo Franco por conceder aquela homenagem e assinar embaixo no projeto da "farinata". Nem Carta Capital, nem Diário do Centro do Mundo, nem Brasil de Fato, nem Caros Amigos. Nem a blindagem da Globo aos "médiuns espíritas" fazem a chamada mídia alternativa se mexer.

A mídia esquerdista se limita apenas a questionar as defesas do produto feitas pelo arcebispo de São Paulo, dom Odilo Scherer, que comanda a Arquidiocese. Irônico ver que um ícone católico, além de pagar pelos próprios pecados, vai pagar também pelos erros dos "espíritas", que fazem o que querem mas não querem ser responsáveis pelas consequências de seus próprios erros.

O episódio mostra que o "espiritismo" brasileiro não sofre intolerância religiosa. Esse papo de intolerância que os "espíritas" tanto se queixam não passa de "mimimi". Eles são blindados demais, e já são até mais blindados que o PSDB. São tão blindados que até seus piores erros se deixam passar, a partir da própria traição que os "médiuns espíritas" fizeram com o legado de Allan Kardec. Como é mole a vida de um "médium espírita", nunca poder pagar pelos próprios erros, por piores que sejam...

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