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Para agravar decadência, Rio de Janeiro cortará gastos públicos

APOSENTADOS E PENSIONISTAS JÁ RECEBEM POUCO, MAS TERÃO QUE PAGAR PARA SALDAR AS DÍVIDAS DO ESTADO DO RJ.

Não bastasse a decadência vertiginosa que vive o Estado do Rio de Janeiro e sua antes imponente capital, o governador Luiz Fernando Pezão, recuperado de um câncer, reassumiu o mandato propondo cortes profundos nos gastos públicos.

Os cortes, que envolvem extinção de secretarias, fim de projetos como o Restaurante Popular e cortes de incentivos diversos, pretendem resolver a crise estadual que só voltará a estar próximo dos eixos normais daqui a três anos.

Um dos pontos polêmicos é o corte de 30 % dos vencimentos de aposentados e pensionistas, que já não recebem grande coisa e terão que perder uma boa parcela do dinheiro, obrigando-os a viver de empréstimos, já que muitos deles, doentes, terão que manter tratamentos com remédios muito caros.

O Rio de Janeiro será o Estado que sentirá os efeitos da PEC do Teto que o presidente Michel Temer só aplicará no ano que vem. Pezão pretende aplicar os cortes assim que a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (ALERJ) aprovar seu programa, o que parece provável que aconteça na sua quase totalidade.

Diante disso, os cariocas médios terão que aceitar isso, eles que acham que a decadência do Rio de Janeiro não passa de "mimimi" de paulistas invocados ou nordestinos frustrados, o que garante a farra do cyberbullying de cães de guarda do "estabelecido" com seus ataques em série de humilhação gratuita, seja em comentários combinadamente simultâneos, seja com blogues de ofensas gratuitas.

Mais uma vez hoje os cariocas gritarão o seu grotesco fanatismo pelo futebol, que faz com que torcedores se transformem em psicopatas diante da performance de seus quatro times , como Flamengo, Botafogo, Vasco e Fluminense. Hoje Flamengo e Botafogo se enfrentam e o Flamengo parece viver seus dias de contos de fadas, fazendo os cariocas felizes porque, se o Rio de Janeiro naufraga, o Flamengo continuará de pé.

E isso com gritarias, berros truculentos, que a cada gol de um time carioca ocorrem berros ensurdecedores, preocupando aqueles que precisam de um descanso, de um repouso. Para os torcedores, o que importa é a vitória de seu time, pouco importa se o vizinho vai acordar às duas da madrugada para preparar o café e ir ao trabalho num lugar distante. O que importa é só o gol, pode o Flamengo ou o Vasco, por exemplo, terem atuações pra lá de desastrosas.

É também o Rio de Janeiro de fumantes convictos, gente que parece indiferente e quer fumar ao lado de não-fumantes. Gente que parece se afirmar com um cigarro na mão e que, na maior hipocrisia, chegam a andar quarteirões só segurando um cigarrinho, provando que, se podem passar uns cinco minutos sem fumar, poderiam parar de fumar de vez. Até porque a quimioterapia para cura de um câncer no pulmão é de difícil sobrevivência.

Por isso é que muitos cariocas veem amigos morrerem de repente. É aquela senhora ainda moderna e simpática de 61 anos, ou aquele garotão barbudo e folgazão de 38 ou 42 anos. De repente pessoas assim morrem e surpreendem os que ficam: "Mas já? Tão novos, até ontem pareciam lúcidos e saudáveis!". Ou então: "Aquela menina morreu de câncer? Coitada, tão novinha, 37 anos...". Ora, ora, é porque essas pessoas passaram o tempo todo fumando.

O narcisismo dos cariocas revela o seguinte cacoete: primeiro se irritam para depois caírem na real. De preferência se a Rede Globo ou o jornal O Dia noticiarem. Antes de virar notícia, a decadência carioca era esnobada na Internet, até com demonstrações de ofensas gratuitas e ameaças violentas.

Será preciso que o Estado do Rio de Janeiro sofra no bolso ou sob o revólver dos bandidos para admitir a própria decadência? Se Copacabana se tornou um bairro tão perigoso quanto qualquer área de risco da Baixada Fluminense, as pessoas ainda sonharão com uma "Cidade Maravilhosa" que não existe mais?

Pois esse Rio de Janeiro de torcedores fanáticos e intolerantes, de ônibus padronizados que só causam acidentes no trânsito, de fumantes que se acham donos do ar que respiramos, dos produtos que falam nas prateleiras, do pensamento único de toda espécie, do consumismo e da coisificação do ser humano, da "cultura" qualquer nota que só serve para consumo e tantas coisas ruins, só se revelará decadente com os cortes financeiros.

Afinal, infelizmente é falando a linguagem do dinheiro que se fala a certas pessoas que alguma coisa está muito, muito decadente. Só mesmo a falta de dinheiro para as pessoas sentirem que os bons tempos acabaram. Triste pensar a vida em torno das finanças.

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