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"Espíritas" sequestraram Raul Seixas, Cazuza e Renato Russo e aí temos a "religião" da Rádio Cidade



Temos uma religião de "jaquetas de couro" chamada Rádio Cidade e sua terrível trajetória que nada tem a ver com o rock, como a Igreja Católica medieval nada tem a ver com o Cristianismo primitivo e esse "espiritismo à brasileira" nada tem a ver com o que havia sido originalmente a Doutrina dos Espíritos.

Temos uma "cultura rock" que mais parece uma religião de alucinados. É só ver quem ouve a Rádio Cidade, gente com o mesmo semblante ensimesmado, casmurro, mas, ao mesmo tempo, pronto para reagir de forma violenta à menor contrariedade. São do tipo de pessoas que, numa pequena batida de carro, se explodem da raiva que guardavam dentro de si.

Não se trata mais de ouvir música. Pouco importa se Woodstock e Monsters of Rock são diferentes, se é rock, vale tudo. Não há mais preocupação em saber estilos de cada banda, cantor ou músico, mas de apenas ouvir, em determinada frequência do rádio FM ou em determinado endereço da Internet, uma sequência de sons identificáveis como "rock".

Reduziram-se a animais que apenas são conduzidos por um amontoado de sons que possuem dada estrutura e dada simbologia. Música, como uma linguagem comunicativa, não mais. Agora é uma sequência de padrões sonoros que serve não para renovar a mente, mas para estimular instintos e hormônios, não é mais para renovar a consciência, mas para anestesiar o inconsciente diante de uma simbologia de pretensa rebeldia que ninguém tem o menor interesse de explicar, até porque é uma rebeldia sem causa. Roger Rocha Moreira que o diga.

Aquele rock conscientizado, de pessoas falando sobre vida, de gente realmente humana, acabou. Agora é uma manada bovina conduzida por uma sequência de sons que precisa se voltar para o âmbito das guitarras, sem que houvesse necessidade de dizer o que é punk, o que é metal, o que é indie ou um rock mais melodioso.

Tudo virou transe, tudo virou mística, tudo virou uma questão de autopromoção social. A obsessão em parecer cool e rebelde para a sociedade. Pessoas que, na vida normal, ouvem outras coisas, como "sertanejo" e "funk", mas, quando sintonizam os 102,9 mhz, "precisam" ouvir rock, como beatos que vão para uma igreja e pedem missa.

ROQUEIROS USURPADOS POR "ESPÍRITAS"

O fanatismo em torno da Rádio Cidade, muito pior do que o suposto fanatismo que se atribuiu aos roqueiros radicais do passado, aquele papo da "jaqueta de couro", se expressa com locutores fofinhos e de seletos ouvintes que aparecem em fotos no Facebook, pensando e agindo não como roqueiros de verdade, mas, mesmo assim, tomados de um radicalismo que faz parecer que as jaquetas de couro estão grudadas em seus cérebros.

Gente bonita se comportando como roqueira malvada. Uma rádio que, em sua publicidade, até evoca a antiga simbologia - dos tempos em que a Rádio Cidade tocava pop eclético - , com a orla do Leblon, pessoas praticando voo livre e gente jogando peteca na praia, mas contrastando esse astral alegre com a raiva roqueira, com pessoas que lembram fãs de Madonna e Michael Jackson que, de repente, se acham mais Hell's Angels do que os próprios Hell's Angels.

Esse religiosismo todo - que, em São Paulo, ocorre, à sua maneira, com a 89 FM, espécie de Nando Moura radiofônico com trejeitos de Pânico da Pan - se deve porque os espíritos dos roqueiros Cazuza, Renato Russo e, principalmente, Raul Seixas, foram usurpados pelo "espiritismo à brasileira" e deturpados pelos "médiuns".

Com a ajuda do "além", a "cultura rock" da Terra se torna ao mesmo tempo domesticada e violenta. Não é mais a cultura rock humanista que se observava, sobretudo, na Grã-Bretanha dos anos 1960, cujos músicos podem ser até imperfeitos, mas eram gente boa e valorizava a inteligência de seu público. Agora o que temos é uma religião promovida por uma rádio cujos ouvintes se comportam como se estivessem dominados por uma hipnose.

Muitos roqueiros autênticos se queixam que, nos anos 1980, dava para conversar com alguém sobre rock. O amigo meu que já citei já descreveu isso: "Nos tempos da Flu FM, o cara podia ser até um maconheiro, mas tinha uma lucidez incrível. Dava para ter um papo legal sobre rock, conversar muita coisa boa durante horas, a gente se sentia à vontade".

Sobre os ouvintes da Cidade, o meu amigo se queixa: "Não dá para falar com eles. Eles são uns hipnotizados, para eles 'tudo é bom' só porque é rock. Alguns até arriscam uma conversa, mas tudo fica superficial, eles são uns desligados, querem ouvir rock por ser rock, não a música em si, mas a mística que isso representa. Isso é ruim. Os caras se atrapalham todos e são capazes de ouvir um único hit de uma banda duzentas vezes por dia".

Eu, dizendo que sou um espírita autêntico, pergunto se ele concorda que isso se deve às energias que o "espiritismo à brasileira" trouxe ao usurpar três dos maiores roqueiros brasileiros. "Não sei, mas creio que faça sentido. A religião que você cita é igrejeira, um 'Catolicismo 2.0', que confunde vida espiritual com mundo surreal, e isso deve influir nesse transe que se reduziu o rock no eixo Rio-São Paulo, onde duas rádios que nem são essa maravilha toda viram 'igrejas' e inspiram fanatismo".

"Você vê o que um tal de Nelson Moraes fez com o Raul Seixas, como você me falou", continua o amigo. "Um Raul Seixas abobalhado, místico demais, falando em absurdos como o 'inimigo de si mesmo', que o roqueiro nunca falaria, e mal se escondia com um apelido de Zílio. Cara, eu acompanhei Raul no final da vida, ele não era nada disso que o Nelson publicou como Zílio".

"Raul Seixas deixou o misticismo de lado", disse meu amigo, "e estava muito cínico, diferente do bobalhão das pretensas psicografias. Raul estava ácido, não poupava nem a Bossa Nova, havia feito com Marcelo Nova 'Muita Estrela e Pouca Constelação' e você lê o Zílio, compara e vê que não é nada disso que se fala de Raul na vida após a morte".

E aí, deu no que deu. O rock anda muito enfraquecido, a cultura rock decaiu no Brasil, e essa multidão de hipnotizados, de jovens bem aparentados que parecem ter vindo das colunas sociais e das festas com Moet Chandon das boates do Recreio dos Bandeirantes e do Leblon, se passando por "roqueiros radicais" confundindo rebeldia com irritabilidade fácil.

Isso não revigora cultura rock alguma, da mesma forma que o fanatismo religioso nunca contribuiu para que as lições de Jesus de Nazaré fossem devidamente respeitadas. É muito melhor falar de Jesus com um arqueólogo especializado no tempo dele do que com um beato cristão.

Agora o que vemos no Rio de Janeiro e em São Paulo é que a "cultura rock" agora passa pelo "modo Idade Média", vivendo agora a fase de "Catolicismo medieval" depois do passado "Cristianismo primitivo" que tomou conta sobretudo de tendências underground. Tudo agora é consumo, devoção, embora os ouvintes da Rádio Cidade não tenham ideia do que realmente estão ouvindo, mas, desde que "seja só rock", está bom para eles.

"Esse pessoal que ouve a Rádio Cidade", diz meu amigo, "só se preocupa em botar língua para fora, fazer sinal de capeta com as mãos e fazer air guitar, mas não tem a menor preocupação em ver o rock como vida, para eles o que vale é a mística que o gênero representa dentro dessa rádio que se tornou uma igreja para eles. Com todo o antigo fanatismo da Fluminense FM, você nunca via isso. Creio que os antigos "jaqueteiros" eram bem mais brandos no seu radicalismo".

Ele acrescenta: "Os antigos radicais do rock eram apenas fiéis à sua causa e ao seu tipo de som roqueiro. Mas eram bem pé no chão. Pior é ver essa galera bonita botando língua para fora e falando coisas idiotas como 'É dia de rock, bebê'. Pior é ver um locutor pop da Cidade, desses com voz enjoada cheia de afetações, usando um jaquetão, um cara que já declarou que nunca gostou de rock mas tem que estar vinculado ao gênero porque quer parecer cool para a moçada".

Ele também concorda com a desvalorização da música: "Isso faz com que curtir 'sertanejo' e 'funk', que são ritmos de qualidade muito duvidosa, sejam vistos como coisa de gente normal. A atuação da Rádio Cidade só reforça e fortalece a imagem preconceituosa que se tem do público de rock, tido como de pavio curto, intolerante, alucinado, narcisista e isso é representado da pior forma através de uma rádio que nem teve essa trajetória legal de uma verdadeira rádio rock".

"A Cidade nem foi essa rádio roqueira toda", acrescentou o rapaz. "Assim como a 89 nunca foi. A 89 era roqueira em programas específicos, de fim de noite, com lançamentos e curiosidades. Mas a Cidade é pior, porque tenta forçar a barra defendendo uma bandeira que nunca defendeu nos primórdios e confunde as pessoas com uma história que, ao mesmo tempo, exalta seus antigos triunfos, como a tal 'linguagem FM', mas renega seu passado abertamente pop. Mas se você tira o vitrolão roqueiro, o que sobra é aquela mesma rádio pop, com locutores fofinhos etc".

O meu amigo conclui: "O fanatismo só piora a situação do rock e a volta da Rádio Cidade só serve, mesmo, para encher os cofres dos empresários de shows que faturam alto nessa histeria do rock, nessa hipnose coletiva que faz com que pessoas torrem dinheiros não só com ingressos caríssimos, mas com comida e adereços, tudo para parecer 'roqueirão da pesada'. No fundo eles não passam do mesmo público 'sertanejo' e funkeiro do Villa Mix e de Jurerê Internacional, mas metido a roqueirão da Califórnia".

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