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Rio de Janeiro contribui para ter imagem preconceituosa

CAMINHÕES DE LIXO CIRCULAM FEDORENTOS NO GRANDE RIO E O POVO NÃO CONSEGUE PERCEBER ISSO.

Como surgem as imagens preconceituosas? Elas surgem de vários momentos, em que jogos de interesses ou omissões podem influir nas imagens pejorativas de alguém, que dão margem a generalizações injustas mas movidas por circunstâncias um tanto incômodas ou viciadas.

Alguns contextos revelam que a origem dos preconceitos vêm justamente de vícios das elites. Na Bahia, a ideia do "baiano preguiçoso" vem, segundo historiadores, da aristocracia e não do povo pobre, já que os baianos sempre trabalham duro e, se eles descansam na rede, é porque trabalharam (com dignidade, diga-se de passagem) na véspera.

Já o Rio de Janeiro, reduto do neocoronelismo político de Eduardo Paes, da monocultura do "funk", do terrorismo fascista do cyberbullying nas mídias sociais e principal arena midiática da Rede Globo de Televisão, se comporta como se tivesse que "entregar" para o país uma imagem preconceituosa de seu povo.

As pessoas estão no ápice do conformismo que não mais protestam contra coisa alguma. Só protestam quando o jornal O Dia diz para protestar. Parece até votação de cúpula. O Jornal Nacional dá o primeiro voto, O Dia dá o segundo, e os cariocas então aderem a uma causa. Senão, continua o mesmo comportamento bovino de sempre.

Não se resiste a coisa alguma, com exceção das "patrulhas" que fazem bullying nas redes sociais contra quem discorda do "estabelecido". e o Grande Rio virou um "paraíso" dos conformistas que parecem ainda viver no Brasil do AI-5, com uma "felicidade" viciada nos telefones celulares, vendo bobagens no WhatsApp até quando andam pelas ruas.

É um conformismo que envergonha o país. As pessoas aceitam retrocessos diversos, sem saber que, de retrocesso em retrocesso, poderão parar em algum campo de concentração ou coisa parecida. As pessoas leem textos questionadores deste ou daquele problema, deixam para lá e ficam na sua, quando muitos problemas descritos oferecem graves consequências para a população.

O Rio de Janeiro que era referência para o país sucumbiu a uma queda vertiginosa, a um tombo existencial tão grande que o Estado tornou-se o mais atrasado do país. E isso não se deve apenas pelos nossos governantes, pela dívida pública ou pela falta de segurança ou pela corrupção política, mas por um conjunto de fatores.

TRANSPORTES E COMUNICAÇÃO

Se nos âmbitos do cotidiano mais simples, as pessoas aceitam o triste combo imposto para o sistema de ônibus - pintura padronizada (que confunde os passageiros e favorece a corrupção político-empresarial, dupla função motorista-cobrador (que provoca desemprego dos rodoviários e traz insegurança para os passageiros diante de motoristas sobrecarregados) e redução de itinerários (que faz perder tempo com baldeação e não raro obriga o povo a pagar mais passagem), sem questionar.

Quantas manchetes e artigos de O Dia são necessários para estimular as pessoas a lutar contra esse indigesto combo para o sistema de ônibus do Grande Rio, com seu trágico exemplo já imitado por Niterói, São Gonçalo, Campos dos Goytacazes e Nova Iguaçu e "renovado" em cidades como Barra Mansa e Volta Redonda? Quantas matérias do Jornal Nacional e do RJ-TV são necessárias para despertar a indignação popular contra esse trágico pacote para a "mobilidade urbana"?

Será preciso um Arnaldo Jabor, um Ancelmo Góis, um William Bonner, um Merval Pereira, uma Miriam Leitão dizerem, por exemplo, que não vale a pena pintura padronizada nos ônibus porque, com diferentes empresas tendo o mesmo visual, a população tem dificuldades para diferir uma empresa de outra, correndo o risco de pegar ônibus errado e sendo enganada pela corrupção político-empresarial que ocorre às suas costas, com empresas mudando de nome como quem troca de roupa?

Mas o conformismo não para por aí. É certo que fracassou o projeto "rock de verdade" da Rádio Cidade, mas a emissora era tolerada e aceita até por roqueiros autênticos, que deveriam ser os primeiros a protestar contra aquela programação sub-Mix FM, com locutores sem especialização em rock e com repertório que se limitava somente aos sucessos, uma média de duas músicas por banda.

Era uma tolerância insólita se o histórico das rádios de rock tinham emissoras de primeira qualidade para seu público, a Eldo Pop e Fluminense FM, que não eram meras veiculadoras dos chamados top hits e não operavam com locutores animadinhos nem tinham programas sobre futebol.

Mas a Rádio Cidade, nem com esse apoio todo, deu certo, porque é como apostar num jumento para ser o pangaré favorito numa corrida de turfe. A emissora não aglutinou uma nova cena de rock brasileiro, não tinha sequer programa de metal e tinha a covardia de resumir a divulgação de artistas de longo repertório como Deep Purple, Led Zeppelin e Jimi Hendrix com uma música cada.

A programação musical sempre foi repetitiva e os programas desvinculados de espírito roqueiro afugentaram até seus adeptos mais generosos. Além disso, o rock já estava fraco nos últimos anos, pois sua rebeldia parece ter sucumbido ao cansaço e muitos roqueiros viraram militantes de direita.

E isso num Rio de Janeiro que se esqueceu de sua cultura carioca de verdade, do samba, da Bossa Nova, do sambalanço e do soul carioca, preferindo a indigência do "funk" e seu pseudo-ativismo para turista ver, enquanto toda uma degeneração musical, moral e sócio-cultural faz a fortuna de espertos DJs e MCs.

MAIS POLUÍDO QUE SÃO PAULO

O Rio de Janeiro é a região metropolitana com maior índice de poluição no Brasil. Superou São Paulo e, nas reportagens recentes, técnicos afirmaram que a poluição atinge níveis mortais. A fumaça da poluição pode ser vista nas ruas - parece nevoeiro, mas tem cor mais acinzentada - e os cariocas ficam felizes sem saber que respiram fumaça de carro e outros tóxicos que podem abreviar a vida de qualquer um por câncer.

As pessoas fumam muito e o engraçado é que os fumantes ficam andando quarteirões inteiros só segurando o cigarro na mão. Ou seja, se são capazes de esperar tempo para fumar, por que não param de vez? Ou será que os fumantes querem mesmo azucrinar com os não-fumantes?

Os caminhões de lixo são fedorentos. Até a "preguiçosa" Salvador já resolveu o problema e os caminhões de lá circulam sem exalar fedor. Aqui, os caminhões de lixo chegam a estacionar em frente a restaurantes e padarias, "dormindo" uns minutos nesses lugares e o povo alegremente indo para esses lugares sem saber que, com o lixo exalando sobre os alimentos, eles podem se tornar ameaça de intoxicação alimentar e virose, se ingeridos, devido ao contato com a fumaça do odor.

Mas para um Rio em que muitas pessoas fumam tanto que se esquecem de fumar, por causa do clima bovino da ex-Cidade Maravilhosa, aceitar comer alimentos contaminados pela contaminação do lixo descuidado, faz sentido. Pessoas vão felizes ao McDonald's comer aquele lanche explosivo enquanto os funcionários da empresa norte-americana são explorados no seu humilhante cotidiano de trabalho.

Os cariocas estão perto do inferno mas se acham no paraíso. Estão aceitando todo tipo de retrocesso e não dão bola quando algum problema é comunicado. Fingem que concordam, esquecem o problema e ficam na sua. Não sentem o fedor de cigarro, de caminhão de lixo, de fezes de cachorro, e pessoas ficam conversando alegremente sem dar conta de um lixo jogado no chão.

Aceitam que estoques demorem a ser repostos, faltando mercadorias nos supermercados, num claro desleixo de logística dos supermercados e lojas diversas, isso num Rio de Janeiro que está no centro dos grandes distribuidores e fabricantes de produtos. E aceitam que operadores de supermercados trabalhem de forma muito lenta, fazendo filas crescerem diante de tanta vagareza.

E ainda há o fanatismo pelo futebol carioca que faz com que o esporte seja a medida obrigatória das relações sociais. Muitas pessoas perguntam primeiro o time e depois o nome de alguém. Mas o pior nem é isso, é quando, de noite, durante os jogos com algum time carioca, geralmente às quartas-feiras mas podendo ser em qualquer dia, as pessoas gritam quando há um gol, incomodando a vizinhança com uma barulheira digna de arquibancada de estádio.

Isso tudo é terrível. E o pior é que os cariocas foram os últimos a saber que seu Estado sofre uma decadência avassaladora. Quando as informações só haviam na Internet, as pessoas esnobaram, ridicularizaram as criticas e, arrogantemente, achavam que o Rio de Janeiro estava vivendo uma de suas melhores fases.

Teve que haver a notícia dos veículos de comunicação e até do exterior para convencer os cariocas de que alguma coisa estava errada. E a imprensa não fala tudo, porque ela filtra e só divulga aquilo que está de acordo com seus interesses.

Daí que isso preocupa. Já estão associando o Rio de Janeiro à Síndrome de Riley-Day (Riley-Day Janeiro?), doença que faz a pessoa ser incapaz de sentir qualquer tipo de dor, perdendo a sensibilidade. Já falam que carioca tem sangue de barata, que aceita tudo numa boa, que vive feliz demais para ver o problema em sua volta, que só percebe o problema depois que morre.

São visões que nós não gostaríamos que os cariocas tivessem, porque eles deveriam merecer admiração e respeito. Mas nesse contexto em que os cariocas, sim, estão aceitando qualquer coisa e aguentando todo tipo de retrocesso, isso é muito vergonhoso e acaba dando margem a visões preconceituosas piores do que as que os baianos e paraibanos sofreram num passado recente.

É bom que os cariocas despertem e retomem o espírito de resistência e auto-estima. Porque, se o conformismo lhes leva até a aceitar fedor de caminhão de lixo, o que poderia fazer o carioca ter fama de "porcalhão", isso pode trazer consequências funestas justamente para aqueles que parecem "felizes demais". Fora das fantasias animadas das redes sociais e do WhatsApp, uma tragédia assombra o Rio de Janeiro.

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