ENQUANTO A JOVEM OLHA PARA LONGE, A VELHA OLHA PARA BAIXO.
Quem é que mais erra, que mais se ilude, que mais tem fantasias, que mais comete equívocos? É o pessoal de baixo? São os mais jovens, os menos endinheirados, os subordinados, os aprendizes? São aqueles que não atingiram o ápice da pirâmide social?
Não. Ultimamente, através desse processo corrupto de ascensão do presidente interino Michel Temer, de uma revolta de uma classe política com os tantos anos de governo do Partido dos Trabalhadores, derruba-se o mito de que os "do alto da pirâmide" são dotados de plena responsabilidade social.
Quem está no alto do status quo social é que justamente está cometendo erros, gafes, crimes, ilusões, fantasias, teimosias etc. Quem tem mais dinheiro, mais idade, coleciona diplomas, está no âmbito do poder político, se cerca de prestígio da fama, da hierarquia familiar, do comando do mercado do trabalho, dos cargos administrativos, das chefias em geral, do luxo, do requinte, etc.
Mesmo aqueles que possuem prestígio religioso, como os "espíritas", movidos pela falsa modéstia do seu simulacro de humildade plena, são os que mais se entorpecem nas ilusões e fantasias que põem em xeque sua tão alegada superioridade moral.
Pessoas idosas incapazes de ensinar alguma coisa relevante na vida. Pais de família que, vendo telejornais ou lendo jornais e revistas impressos, se acham dotados da "visão mais objetiva da vida". Mães de família com mania de saúde física e limpeza. Avôs e avós sem histórias relevantes para contar para seus netos.
Empresários, executivos e profissionais recorrendo aos filhos como ghost writers de suas tão festejadas palestras. Pessoas mais velhas com mania de filosofia, envergonhadas de seu baixo intelectualismo. Péssimos cientistas e péssimos dramaturgos mergulhando fundo nos livros de auto-ajuda ou na literatura religiosa, sobretudo "espírita".
E mesmo quando jovens, os ricos, diplomados e famosos cometem erros terríveis, gafes preocupantes, mas aparentemente saem ilesos por conta do status quo. De Luciano Huck a Alexandre Sansão, de Sérgio Moro à Mulher Melão, os jovens que se apoiam no status quo também mostram o quanto sua superioridade de aparência esconde aspectos tão mesquinhos.
Isso é um reflexo de um país em que vivemos, sobretudo numa ditadura militar que formou péssimos jovens, que hoje são péssimos idosos. Ou de vícios que vêm desde a República Velha, até hoje nunca devidamente superados, como os vícios jurídicos que permitem que a famosa fraude mediúnica de Francisco Cândido Xavier em torno de Humberto de Campos fosse consentida e depois impunemente aceita.
Se você é "espírita" ou tucano, as leis não lhe tocam. São dois terrenos em que cometer abusos são atividades socialmente aceitáveis ou, quando muito, erros tolerados com devota misericórdia. O fato de Chico Xavier e Aécio Neves terem nascido em Minas Gerais não diz muito, mas o carisma que construíram artificialmente às custas do coração mole de seus seguidores os faz estarem acima de qualquer tipo de lei e contestação.
A crise que vive o Brasil é a crise que traz o risco de reputação antes inabalável à hierarquia como até hoje adotamos. As pessoas que estão no "alto da pirâmide" sentem um grande medo da queda, diante da vertigem dos tempos atuais. Tentam se vingar da pressão dos tempos querendo implodir a base da pirâmide e dizer que os velhos e obsoletos padrões não só "continuam valendo" como "tendem a se tornar mais fortes e atuais".
Só que essa é a revolta dos retrógrados à mudança dos tempos, que só piora as coisas. É tanto assassinato de reputações que faz com que seus assassinos é que tenham a reputação morta. O diretor teatral Cláudio Botelho e o jornalista Guilherme Fiúza quiseram derrubar Lula e Dilma em comentários odiosos, acabaram sendo "queimados" com as gafes reacionárias que cometeram.
Tecnocratas, aristocratas, celebridades, políticos, religiosos etc estão sofrendo diante da repercussão dos erros que cometem. Tentam minimizar as coisas, dizendo que "todo mundo erra", mas isso é uma desculpa para salvar os antigos paradigmas de superioridade que lhe protegem.
Tentam forçar a barra até politicamente, quando tudo se conspira para o governo retrógrado de Michel Temer seguir em frente. Ignoram seus riscos, seus pontos fracos e acham que nem um furacão irá derrubar suas imagens totêmicas.
Os "espíritas", que ultimamente dão um show de reacionarismo com a Teologia do Sofrimento e com a condenação ao pensamento contestador, também acham que sobreviverão a uma tempestade de críticas, eles, que escondem Jean-Baptiste Roustaing para dentro do armário, e professam seu igrejismo enrustido com bajulação gosmenta ao professor Allan Kardec cujas ideias desprezam.
E assim é um velho Brasil, podre e obsoleto, que tenta resistir na marra, a todo custo, pela promiscuidade das leis, pela arrogância dos cyberbullies nas redes sociais, pelos investimentos multimilionários do empresariado, pela propaganda agressiva pela mídia. Todos esses meios, dotados de muitas ilusões, já que proteger o status quo também tem suas fantasias. O problema é que toda essa ilusão está se dissolvendo de maneira dramática e por vezes trágica.
Quem é que mais erra, que mais se ilude, que mais tem fantasias, que mais comete equívocos? É o pessoal de baixo? São os mais jovens, os menos endinheirados, os subordinados, os aprendizes? São aqueles que não atingiram o ápice da pirâmide social?
Não. Ultimamente, através desse processo corrupto de ascensão do presidente interino Michel Temer, de uma revolta de uma classe política com os tantos anos de governo do Partido dos Trabalhadores, derruba-se o mito de que os "do alto da pirâmide" são dotados de plena responsabilidade social.
Quem está no alto do status quo social é que justamente está cometendo erros, gafes, crimes, ilusões, fantasias, teimosias etc. Quem tem mais dinheiro, mais idade, coleciona diplomas, está no âmbito do poder político, se cerca de prestígio da fama, da hierarquia familiar, do comando do mercado do trabalho, dos cargos administrativos, das chefias em geral, do luxo, do requinte, etc.
Mesmo aqueles que possuem prestígio religioso, como os "espíritas", movidos pela falsa modéstia do seu simulacro de humildade plena, são os que mais se entorpecem nas ilusões e fantasias que põem em xeque sua tão alegada superioridade moral.
Pessoas idosas incapazes de ensinar alguma coisa relevante na vida. Pais de família que, vendo telejornais ou lendo jornais e revistas impressos, se acham dotados da "visão mais objetiva da vida". Mães de família com mania de saúde física e limpeza. Avôs e avós sem histórias relevantes para contar para seus netos.
Empresários, executivos e profissionais recorrendo aos filhos como ghost writers de suas tão festejadas palestras. Pessoas mais velhas com mania de filosofia, envergonhadas de seu baixo intelectualismo. Péssimos cientistas e péssimos dramaturgos mergulhando fundo nos livros de auto-ajuda ou na literatura religiosa, sobretudo "espírita".
E mesmo quando jovens, os ricos, diplomados e famosos cometem erros terríveis, gafes preocupantes, mas aparentemente saem ilesos por conta do status quo. De Luciano Huck a Alexandre Sansão, de Sérgio Moro à Mulher Melão, os jovens que se apoiam no status quo também mostram o quanto sua superioridade de aparência esconde aspectos tão mesquinhos.
Isso é um reflexo de um país em que vivemos, sobretudo numa ditadura militar que formou péssimos jovens, que hoje são péssimos idosos. Ou de vícios que vêm desde a República Velha, até hoje nunca devidamente superados, como os vícios jurídicos que permitem que a famosa fraude mediúnica de Francisco Cândido Xavier em torno de Humberto de Campos fosse consentida e depois impunemente aceita.
Se você é "espírita" ou tucano, as leis não lhe tocam. São dois terrenos em que cometer abusos são atividades socialmente aceitáveis ou, quando muito, erros tolerados com devota misericórdia. O fato de Chico Xavier e Aécio Neves terem nascido em Minas Gerais não diz muito, mas o carisma que construíram artificialmente às custas do coração mole de seus seguidores os faz estarem acima de qualquer tipo de lei e contestação.
A crise que vive o Brasil é a crise que traz o risco de reputação antes inabalável à hierarquia como até hoje adotamos. As pessoas que estão no "alto da pirâmide" sentem um grande medo da queda, diante da vertigem dos tempos atuais. Tentam se vingar da pressão dos tempos querendo implodir a base da pirâmide e dizer que os velhos e obsoletos padrões não só "continuam valendo" como "tendem a se tornar mais fortes e atuais".
Só que essa é a revolta dos retrógrados à mudança dos tempos, que só piora as coisas. É tanto assassinato de reputações que faz com que seus assassinos é que tenham a reputação morta. O diretor teatral Cláudio Botelho e o jornalista Guilherme Fiúza quiseram derrubar Lula e Dilma em comentários odiosos, acabaram sendo "queimados" com as gafes reacionárias que cometeram.
Tecnocratas, aristocratas, celebridades, políticos, religiosos etc estão sofrendo diante da repercussão dos erros que cometem. Tentam minimizar as coisas, dizendo que "todo mundo erra", mas isso é uma desculpa para salvar os antigos paradigmas de superioridade que lhe protegem.
Tentam forçar a barra até politicamente, quando tudo se conspira para o governo retrógrado de Michel Temer seguir em frente. Ignoram seus riscos, seus pontos fracos e acham que nem um furacão irá derrubar suas imagens totêmicas.
Os "espíritas", que ultimamente dão um show de reacionarismo com a Teologia do Sofrimento e com a condenação ao pensamento contestador, também acham que sobreviverão a uma tempestade de críticas, eles, que escondem Jean-Baptiste Roustaing para dentro do armário, e professam seu igrejismo enrustido com bajulação gosmenta ao professor Allan Kardec cujas ideias desprezam.
E assim é um velho Brasil, podre e obsoleto, que tenta resistir na marra, a todo custo, pela promiscuidade das leis, pela arrogância dos cyberbullies nas redes sociais, pelos investimentos multimilionários do empresariado, pela propaganda agressiva pela mídia. Todos esses meios, dotados de muitas ilusões, já que proteger o status quo também tem suas fantasias. O problema é que toda essa ilusão está se dissolvendo de maneira dramática e por vezes trágica.
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