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O dilema do "espiritismo" brasileiro

 


Diante da ilusão que muita gente mantém, até com grande persistência, de que o "espiritismo" brasileiro seria um "diferencial de fé religiosa", "imperfeito, mas muito melhor que os evangélicos neopentecostais", um episódio chamou a atenção, há poucos dias.


Um jovem de 38 anos chamado Rodrigo Ferronato, assumidamente bolsonarista, ofendeu uma vendedora e provocou vandalismo numa sorveteria de Campinas, destruindo objetos, chamando a vítima de "palhaça" e dizendo que ele "não era uma comédia", apesar do jeito patético e histriônico do rapaz, que lembra o influenciador digital Paulo Kogos, jovem da alta sociedade, em seus surtos mais nervosos.


Tudo seria normal se o bolsomínion não declarasse uma coisa: ser "espírita". Sim, o "espírita kardecista", eufemismo para um roustanguismo cafajeste que fala mal da "deturpação dos outros" e quer nos fazer crer que os "inimigos internos do Espiritismo" estão lá fora, na Igreja Universal do Reino de Deus, que não é "espírita".


Paciência. O tão adorado Francisco Cândido Xavier, ou Chico Xavier, não veio de Marte. Ele é um reflexo da sociedade ultraconservadora e arrivista que só admite vinho novo em odre velho. Ou talvez vinho novo em odre podre, só para arriscar uma rima. As condições psicológicas que transformaram Chico Xavier em "símbolo de dedicação e amor ao próximo" e de "paz e união entre os povos" são as mesmas que fizeram Jair Bolsonaro ser eleito presidente.


As bancas de jornais que "ensinaram" os transeuntes a pedir a saída de Dilma Rousseff e a extinção da Petrobras, além de criar o efeito copy cat das revistas sobre o fascismo são as mesmas que mostram as revistas já velhas e desgastadas sobre Chico Xavier, sejam os volumes piegas da editora Alto Astral, seja o volume "isentão" da revista Superinteressante - que teve o reaça Leandro Narloch em seus quadros - , que passa o pano no mito, apenas admitindo "pontos controversos" de sua trajetória.


As redes sociais que divulgam fake news glorificam o pioneiro dos livros fake, capaz, como um prestidigitador, de fazer desaparecer, num passe de mágica, os estilos pessoais de Auta de Souza, Olavo Bilac e Humberto de Campos em textos que carregam oficialmente seus nomes e fazem blogueiros desavisados reproduzirem até "lindas passagens", no caso da suposta psicografia creditada ao autor maranhense.


Aliás, são as redes sociais que propagaram fake news para tirar Dilma do poder, para pedir a privatização das estatais, para reivindicar a Escola Sem Partido ou, se não o caso, impedir o debate nas escolas públicas, e que glorificaram Sérgio Moro e Deltan Dallagnol, aceitaram Michel Temer e elegeram Jair Bolsonaro, as mesmas redes que publicam mensagens "edificantes" de Chico Xavier.


Tudo isso faz parte do circo ultraconservador do qual os "neopenteques" mais parecem os palhaços que preparam um espetáculo neocon ainda maior: quando o "espiritismo" brasileiro lançar de vez a "Pátria do Evangelho", como um projeto ambicioso de fusão de Estado e Religião.



As esquerdas se iludiram achando que a "Pátria do Evangelho" seria a volta do PT ao Governo Federal brasileiro. Pode-se até desmentir que Chico Xavier tenha previsto a ascensão de Fernando Collor, Aécio Neves, Sérgio Moro, Jair Bolsonaro, Mr. Catra, Chapolin etc, mas também não houve um texto do "médium" que sugerisse que o grande herói brasileiro seria um gordinho barbudo que, vindo do Nordeste até São Paulo, iria promover a pacificação nacional.


Grande engano. É coisa de quem nunca leu os livros de Chico Xavier e apenas viu algumas fotos com ele passando a mão na cabeça de crianças pobres e achou que aquilo era "progressismo de verdade". Esquece que ele, em sua obra doutrinária, defendia o trabalho exaustivo, a servidão e a subordinação hierárquica extrema, aguentando os abusos dos algozes e outros infortúnios no silêncio da conformação.


Falam que o chiquismo é diferente do neopentecostalismo porque não prega o ódio. Mas o que é que sentem os chiquistas quando são questionados e criticados, se eles explodem com um rancor muito semelhante ao dos bolsomínions? Amauri Xavier, sobrinho do "médium", foi vítima de difamação e calúnia do "meio espírita" - não somos nós que relatamos isso, a imprensa divulgou tudo em 1958 - , além de ameaças de morte de quem "não deseja mal sequer a um tirano", não muito diferente de uma Flordelis da vida.


O documentário O Dilema das Redes (The Social Dilemma), exibido no Netflix, nos dá subsídios para entender como causas supostamente associadas à fraternidade podem se tornar antros de mentiras, violência moral e até mesmo ameaças de morte. As redes sociais, antes uma utopia que prometia reduzir distâncias e reunir amigos de diferentes e longínquas regiões do planeta, viraram uma "bolha" de obscurantismo e propagação de mentiras, rancores e futilidades.


As redes sociais não são o mal em si, como também não é o Cristianismo nem o Espiritismo. O problema é quando tais causas são conduzidas de maneira tendenciosa e gradualmente perniciosa, transformando num mal preocupante o que parecia ser a promessa do bem. E o "espiritismo" brasileiro está repetindo todos os procedimentos do Catolicismo da Idade Média, querendo restaurar até mesmo o Império Romano do Ocidente (agora os EUA) e o Império Romano do Oriente ou Império Bizantino (agora o Brasil).


Em muitos casos, os "neopenteques" parecem cachorros mortos chutados por quem acredita que só eles promovem obscurantismo religioso. Chamam Chico Xavier até de "marxista", coisa que o "médium" detestaria, ou de "alma gêmea de Lula", esquecendo que o "carteiro de Deus" era um anti-petista ferrenho, que, se vivesse em 2018, teria se assumido bolsonarista. Se Djavan, Toquinho e Ana Paula do Vôlei se assumiram bolsonaristas, por que não Chico Xavier, bem mais verossímil em seus trejeitos cafonas e suas visões reacionárias?


Esquecem essas pessoas que os "espíritas" tiveram o mesmo pano de fundo dos "neopenteques", pois tanto a Federação "Espírita" Brasileira quanto a Igreja Universal do Reino de Deus, a Igreja Internacional da Graça de Deus e a Assembleia de Deus receberam volumosos subsídios financeiros da ditadura militar, para crescerem como religiões e enfraquecerem o Catolicismo, que atuava em maioria na oposição à repressão ditatorial.


Pior: os católicos estavam assistindo operários e camponeses, protegendo perseguidos políticos, denunciando a violação dos direitos humanos para o mundo, interagindo com entidades humanitárias aqui e ali. De Dom Pedro Casaldáliga a Júlio Lancelotti, passando por Dom Paulo Evaristo Arns e Irmã Dulce, a caridade cristã não era apenas uma máscara para o arrivismo filantrópico, mas um projeto para realmente combater as desigualdades sociais, mexendo nos privilégios abusivos das elites.


E isso é muito diferente da "caridade padrão Luciano Huck" de Chico Xavier, em que está clara a intenção de protagonismo e promoção pessoal, apesar de todo desmentimento neste sentido. Mas desmentimento quando é demais é confissão daquilo que não se diz fazer mas faz, e muito. Cadê os beneficiados da "caridade" chiquista? Lágrimas enxugadas? Antes se evitassem as lágrimas, como fizeram e fazem os católicos.


Ressentidos, os "espíritas" não toleram as mudanças dos católicos, já que o "espiritismo à brasileira" foi fundado por católicos medievais, ansiosos com o vinho novo kardeciano a ser jogado em odres apodrecidos. Não aguentam ver padres católicos dando banho nos "espíritas" quando à lógica kardeciana e desmontando a "psicografia" de Chico Xavier com argumentos altamente consistentes.


O problema é que, por sorte, os brasileiros tendem a acolher cavalos de Troia que representam uma mistura confusa de pompa e simplicidade, de grandiloquência e modéstia, de arrogância e despretensão, de autoritarismo e coitadismo. O "espiritismo" brasileiro representa tudo isso, dentro do mesmo imaginário que, nas redes sociais, propicia a popularização de fake news e exalta Jair Bolsonaro. Ou parece se opor a ele, mas de uma maneira que soa mais complacente do que realmente opositora, como naquelas atuações reativas das esquerdas à agenda bolsonarista.


O dilema do "espiritismo" brasileiro é este, que acentua a sua crise, tentando manter o roustanguismo envergonhado sob um verniz "tudo de bom" que, somente na aparência, promete uma "conduta progressista" em "respeito rigoroso" e com "fidelidade absoluta" aos postulados kardecianos originais. 


Só que sabemos que houve e continua havendo, com maior intensidade do que se imagina, traições doutrinárias profundas, sob a atuação decisiva de Chico Xavier, ele um católico medieval explícito em suas ideias e condutas. Cabe às esquerdas assumirem isso, não em silêncio, mas através de textos e depoimentos dotados da mais evidente autocrítica. Ninguém vai sofrer se disser que se sentiu decepcionado com o "bondoso médium". Já se decepciona, com mais facilidade, com coisas e pessoas que pareciam bem melhores...

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