Vemos posturas sociais retrógradas e muito mal disfarçadas. O politicamente correto de anos atrás fazia com que elites acadêmicas tratassem o povo pobre como um bando de idiotas e, mesmo assim, achar tudo isso "generoso" e "progressista". O povo pobre é visto como idiota, infantilizado, tolo e ignorante. Os intelectuais mais badalados diziam que isso era "felicidade", que a favela era um "paraíso", que a ignorância era "sabedoria" e o grotesco era apenas uma reação ao "bom gosto das elites". Para piorar, esse pessoal que, sem botar um único dedo do pé nas periferias, se achava detentor da palavra final sobre o que deveria ser o povo pobre lançava seus pontos de vista preconceituosos - embora eles jurassem que eram "contra todo tipo de preconceito" - em monografias, documentários, grandes reportagens, livros e outros meios de trazer uma abordagem mais "objetiva". Eles se achavam vitoriosos na sua vi...