Pular para o conteúdo principal

Ditadura pode ter adotado Chico Xavier para deter avanço católico de esquerda


CHICO XAVIER É ADORADO ATÉ HOJE GRAÇAS A UMA ALIANÇA ENTRE DITADURA MILITAR E A MÍDIA EMPRESARIAL COM A FEB.

A recente constatação da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), comandada por militares indicados por Jair Bolsonaro, do perigo da ascensão de setores esquerdistas da Igreja Católica, através da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), remete a situações que se transformaram quanto ao contexto, mas indicam que o "espiritismo" brasileiro sempre primou por voos conservadores.

Atualmente, o governo Jair Bolsonaro é respaldado, religiosamente, por um bloco religioso conservador, comandado por igrejas evangélicas neopentecostais, como a Igreja Universal do Reino de Deus, a Igreja Internacional da Graça de Deus, a Assembleia de Deus e outras. Junto a elas, há também setores conservadores do Catolicismo, religião de origem do atual presidente da República. De uma maneira enrustida, o "movimento espírita" também apoia o governo Jair Bolsonaro.

Entende-se o "movimento espírita" a Federação "Espírita" Brasileira e setores "independentes" que seguem uma linha igrejeira e têm em Francisco Cândido Xavier seu símbolo maior. Eles defendem pautas conservadoras, associadas à servidão, à submissão humana e o trabalho exaustivo dentro dos princípios da Teologia do Sofrimento e das obras deixadas por Chico Xavier. Tentam dar um verniz "progressista" só para evitar acusações, mas o caráter reacionário chega a ser explícito.

Reuniões recentes de cardeais brasileiros quanto ao Sínodo sobre a Amazônia, evento que ocorrerá em Roma, com o papa Francisco, causam preocupação nas autoridades bolsonaristas. O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto heleno, identifica tais pautas como esquerdistas e a ABIN anda fazendo levantamento das atividades realizadas pela CNBB nos últimos anos.

A Igreja Católica, além de respaldar medidas de proteção da floresta amazônica, que o governo Bolsonaro pretende arrendar para grandes empresas estrangeiras, também repudia o rearmamento da população e o plano policialesco do ministro Sérgio Moro (apoiado pelo "movimento espírita" como "paladino do combate à corrupção"). A proteção à Amazônia também envolve zelo às populações quilombolas e aos povos indígenas, hostilizados pelos bolsonaristas.

A CNBB e instituições associadas como a Comissão Pastoral da Terra e o Conselho Indigenista Missionário também preocupam pelo caráter de oposição organizada que assumiram em relação ao atual governo. Historicamente, seus integrantes também estão associados à Teologia da Libertação, corrente do Catolicismo mais recente (1961) e oposta à Teologia do Sofrimento, esta uma corrente católica-medieval que o "movimento espírita" adota como princípio maior no Brasil.

CHICO XAVIER FOI UM ÍDOLO APOIADO PELA DITADURA MILITAR

Hoje muitos acreditam que Chico Xavier é um ídolo religioso naturalmente promovido, como um "presente de Deus" para os brasileiros. Sua biografia adocicada adota uma narrativa digna de um conto de fadas, e foi montada no final dos anos 1970 por diversos motivos estratégicos, além de se inspirar no método que Malcolm Muggeridge usou para promover outra religiosa reacionária, Madre Teresa de Calcutá, através do documentário de 1969 Algo Bonito Para Deus (Something Beautiful For God).

Foi esse documentário que inspirou as reportagens do Fantástico e do Globo Repórter que passaram a promover Chico Xavier como um suposto "missionário brasileiro", um ídolo religioso pelo qual aspectos considerados mais pitorescos e polêmicos.

Foi uma espécie de segunda podagem do pensamento de Jean-Baptiste Roustaing feita no Brasil. A primeira podagem se deu quando o próprio Chico Xavier, ao longo de todos os seus livros, adaptou para a realidade brasileira todo o pensamento roustanguista, eliminando os pontos polêmicos, como os "criptógamos carnudos" (mito da reencarnação humana na forma de insetos, vegetais e micróbios) e do "Jesus fluídico" (Jesus foi um mero "fantasma" entre nós), tese inicialmente apoiada pelo "médium".

Na segunda podagem, através do "método Muggeridge" Chico Xavier deixava de lado suas polêmicas causadas pela suposta paranormalidade, como os escândalos provocados por Parnaso de Além-Túmulo e a série "Humberto de Campos / Irmão X", precursores da literatura fake que causa indignação nos meios intelectuais. Minimizando tais polêmicas, enfatiza-se Chico Xavier como um suposto filantropo e um pretenso mensageiro espiritual e pacifista, pela narrativa muggeridgeana.

A promoção de Chico Xavier na figura "divinizada" que ultimamente anda sendo resgatada por uma enxurrada de livros, revistas e documentários, como "bombas semióticas" para realimentar a idolatria religiosa em torno do "médium", surgiu como um recurso do poder midiático, associado à ditadura militar, como forma de fazer "cortina de fumaça" para a crise sócio-política, econômcia e institucional do governo militar.



JAIR BOLSONARO APERTA A MÃO DO GENERAL AUGUSTO HELENO. AO LADO DE JAIR, APARECE GUSTAVO BEBIANNO, ADMIRADOR CONFESSO DE CHICO XAVIER.

MOTIVOS ESTRATÉGICOS

A promoção da imagem de Chico Xavier como um ídolo religioso, fenômeno recente não por inexistirem esforços nesse sentido antes da ditadura militar, mas porque eles se tornaram mais organizados de 1975 para cá, foi feita por motivos estratégicos, que em relação aos dias atuais apenas apresentou algumas diferenças.

Naquela época, quando o Catolicismo era dominante no Brasil, havia a preocupação do poder midiático com a ascensão de movimentos evangélicos neopentecostais, derivados da Igreja Nova Vida, como a Igreja Universal e a Igreja Internacional da Graça de Deus, respectivamente fundadas e lideradas pelos "bispos" Edir Macedo e Romildo Ribeiro Soares, o R. R. Soares.

No plano midiático, isso poderia enfraquecer o poder das Organizações Globo, braço de sustentação do poder militar, porque Edir e R. R. Soares estavam usando horários arrendados em emissoras concorrentes para se ascenderem. A Rede Globo tinha que reagir, promovendo um ídolo que defendesse valores católicos, mas não podia ser explícita, para não ficar visada pelos rivais.

Daí que Chico Xavier foi a pessoa certa para tal manobra. Ele sempre foi católico, dos mais ortodoxos (apesar de sua imagem associada a uma suposta paranormalidade ou algumas crenças excêntricas como a Ufologia), mas tinha a vantagem de não se revestir de indumentária católica e de poder ser vendido ao público como um "líder ecumênico".

Daí que, a favor de Chico Xavier, se criou um discurso que prevalece até hoje, com os apelos piegas já conhecidos, como a associação tendenciosa às virtudes humanas e uma suposta atividade filantrópica, o que o tornou alvo de intensa idolatria por parte de seus seguidores e simpatizantes.

Outros motivos também foram considerados na promoção de Chico Xavier através do método propagandístico de Malcolm Muggeridge. É usar o "médium" como "cortina de fumaça" para as tensões sociais que poderiam botar a ditadura militar a perder. Visa também neutralizar a ascensão de opositores da ditadura militar, como o sindicalista Lula, depois presidente da República, através de um ídolo religioso bastante conservador, mas tido como um suposto "ativista social".

Vale lembrar que Chico Xavier apoiou abertamente a ditadura militar, a ponto de dizer que a repressão foi "necessária" para "combater o caos" (hipérbole do discurso direitista atribuído aos protestos esquerdistas contra a ditadura militar), e tal declaração foi dada pelo próprio "médium", cujas palavras foram explicitamente pronunciadas no programa Pinga Fogo, da TV Tupi.

O ultraconservadorismo de Chico Xavier é subestimado. Em todos seus livros, ele defendeu pautas retrógradas como a conformação dos infortúnios, a submissão humana, o trabalho exaustivo, e até mesmo a "cura gay" (o "médium" pedia "respeito aos homossexuais" mas via no fenômeno hoje chamado LGBTT um "problema de confusão mental do reencarnado").

Além disso, o fenômeno das "cartas mediúnicas", que estranhamente se propagou durante essa fase de crise do período militar, além de representar a promoção pessoal de Chico Xavier às custas dos sofrimentos familiares, espetacularizava a morte, o que fazia com que os extermínios feitos pela repressão militar, além de ações civis associadas a motivos ultraconservadores, como o feminicídio e o extermínio de camponeses pela pistolagem, também fossem alvo de campanhas conformadoras.

Dessa maneira, a ideia de "vida num mundo melhor" corrompe o conceito de vida espiritual e reencarnação, representando uma ofensa aos mortos prematuros, que desperdiçam uma encarnação que já era breve por causa da violência.

Além disso, as "cartas psicográficas" de Chico Xavier eram uma forma de proteger a ditadura militar, pela apologia da tragédia humana sob a desculpa de que "tudo só será melhor no outro lado". As "cartas mediúnicas" também favoreceram o crescimento da imprensa sensacionalista, a única que, com tal atividade, foi realmente ajudada por Chico Xavier, já que tanto o "médium" quanto os jornalistas policialescos se afinaram pela defesa de valores moralistas e religiosos conservadores.

BARRAR A CNBB

A idolatria a Chico Xavier está blindada por um verniz de "ecumenismo" que o inseriu, de maneira tendenciosamente hipócrita, no círculo de diversidade religiosa, onde movimentos ultraconservadores - como neopentecostais, católicos conservadores e "espíritas" - dissimulam seu poderio através do eventual vitimismo, acusando quem os criticasse de praticar "intolerância religiosa".

Na ditadura militar, a figura de Chico Xavier também foi usada para conter o crescimento do catolicismo de esquerda, e foi através disso que o "médium", apesar do seu mais explícito e convicto reacionarismo de direita, tentou ser, enganosamente, promovido como um "líder progressista", através de uma combinação de ideias abstratas (como "fraternidade" e "paz") e alegaões emocionais vagas sobre as causas esquerdistas, através de qualidades supostamente comuns como a ajuda ao próximo.

A CNBB não pode ser confundida com outros movimentos de esquerda, mas durante a ditadura militar esteve empenhada em mobilizações mais à esquerda, protegendo perseguidos do regime militar e ajudando a negociar o exílio de presos políticos. Alguns missionários também foram presos e assassinatos pela repressão militar ou pela pistolagem ordenada por grandes fazendeiros, espécie de "cães de guarda" rurais do regime militar.

A promoção de Chico Xavier como "ídolo religioso" tentava roubar o discurso da Teologia da Libertação, sem necessariamente representar uma defesa de suas causas. A retórica ficava na fachada, criando um falso progressismo que conseguiu enganar setores das esquerdas, até mesmo nos últimos anos. Daí tolices como associar a fictícia cidade espiritual de Nosso Lar como "uma comunidade socialista", algo tão ridículo quanto atribuir comunismo aos bairros ricos de Nova York.

OUTROS CONTEXTOS

O que observamos é que, da ditadura militar para cá, os contextos mudaram. As Organizações Globo não fazem parte da base midiática aliada do governo Bolsonaro, sinalizando uma discreta oposição a seu governo. Antes rivais, "espíritas" e neopentecostais se aproximam em várias pautas, como o apoio aos movimentos "Fora Dilma" de 2016 e ao projeto político de Michel Temer, que os "espíritas" atribuem como "fenômenos de regeneração da humanidade".

Muitos brasileiros se assustam com o fenômeno do "espiritismo de direita" e não acreditam que Chico Xavier esteja associado a essa corrente. Mas as declarações explicitamente reacionárias do "médium" num programa de grande audiência em 1971 e o fato dele ter apoiado a candidatura de Fernando Collor em detrimento a Lula, mostram o quanto o "médium" foi reacionário durante toda a vida, tendo sido um dos ultraconservadores mais convictos em toda a História do Brasil.

Chico Xavier, se vivo estivesse, teria apoiado Jair Bolsonaro. Teria apenas reprovado os excessos de seus seguidores e uma agenda violenta de seu projeto político. Ainda assim, Chico Xavier, anti-petista ferrenho, principalmente defendendo a prisão de Lula e glorificando o então juiz Sérgio Moro, veria no ex-capitão um candidato certo para governar o país e ficaria lisonjeado com a semelhança dos lemas "Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho" e "Brasil, Acima de Tudo, Deus, Acima de Todos".

O pensamento desejoso trazido pelo "método Muggeridge" é que criou um "Chico Xavier de ficção", fácil até para ser desenhado por vários cartunistas, até mesmo Maurício de Souza. A narrativa que fez Chico Xavier um "filantropo de novela das seis" fez muitos brasileiros se enganarem com a imagem falsamente progressista do "médium", que se encaixa em seus devaneios sempre muito agradáveis e alegres, mas não corresponde à realidade.

Numa época em que a classe média apela para o anti-intelectualismo ferrenho, para a supremacia da pós-verdade e para o desprezo à realidade dos fatos, tenta-se manter a imagem póstuma de Chico Xavier repousando sob o prisma da fantasia, se esquecendo que o reacionarismo de Chico Xavier pode ser comprovado por suas próprias palavras, enquanto sua imagem de falso progressista só se sustenta com alegações vagas, abstratas e fantasiosas. A realidade dói.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Padre Quevedo: A farsa de Chico Xavier

Esse instigante texto é leitura obrigatória para quem quer saber das artimanhas de um grande deturpador do Espiritismo francês, e que se promoveu através de farsas "mediúnicas" que demonstram uma série de irregularidades. Publicamos aqui em memória ao parapsicólogo Padre Oscar Quevedo, que morreu hoje, aos 89 anos. Para quem é amigo da lógica e do bom senso, lerá este texto até o fim, nem que seja preciso imprimi-lo para lê-lo aos poucos. Mas quem está movido por paixões religiosas e ainda sente fascinação obsessiva por Chico Xavier, vai evitar este texto chorando copiosamente ou mordendo os beiços de raiva. A farsa de Chico Xavier Por Padre Quevedo Francisco Cândido Xavier (1910-2002), mais conhecido como “Chico Xavier”, começou a exercer sistematicamente como “médium” espiritista psicógrafo à idade de 17 anos no Centro Espírita de Pedro Leopoldo, sua cidade natal. # Durante as últimas sete décadas foi sem dúvidas e cada vez mais uma figura muitíssimo famosa. E a...

Vamos ter "psicografia" com o "espírito Ricardo Boechat"?

O "espiritismo" brasileiro virou uma grande farra. Afastado das lições originais do Espiritismo francês, a religião brasileira se rebaixou a uma doutrina de adoração aos "médiuns" (mais para sacerdotes do que para videntes propriamente ditos), uma repaginação doutrinária do Catolicismo medieval e um mercado de literatura de louvor aos "médiuns" ou de produção "psicográfica" que se revela fake , com provas consistentes. Cria-se uma multitude de "mortos da moda", que nunca escreveram uma vírgula que se atribui a eles, dentro das paixões religiosas da Terra, que, no entanto, legitimam tais obras por conta de frivolidades como "desejar a paz em Cristo", mesmo quando há disparidades de estilo e outros aspectos pessoais. O caso de Humberto de Campos foi o exemplo mais aberrante e gerou processo judicial. Mas a seletividade da Justiça deu impunidade a Francisco Cândido Xavier que, ao ver o caminho liberado - desde que o "m...

Chico Xavier apoiou a ditadura e fez fraudes literárias. E daí?

Vamos parar com o medo e a negação da comparação de Chico Xavier com Jair Bolsonaro. Ambos são produtos de um mesmo inconsciente psicológico conservador, de um mesmo pano de fundo ao mesmo tempo moralista e imoral, e os dois nunca passaram de dois lados de uma mesma moeda. Podem "jair" se acostumando com a comparação entre o "médium cândido" e o "capitão messias". O livro O Médico e o Monstro (Dr. Jekyll & Mr. Hyde) , de Robert Louis Stevenson, explica muito esse aparente contraste, que muitas vezes escapa ao maniqueísmo fácil. É simples dizer que Francisco Cândido Xavier era o símbolo de "amor" e Jair Bolsonaro é o símbolo do "ódio". Mas há episódios de Chico Xavier que são tipicamente Jair Bolsonaro e vice-versa. E Chico Xavier acusando pessoas humildes de terem sido romanos sanguinários, sem a menor fundamentação? E o "bondoso médium" chamando de "bobagem da grossa" a dúvida que amigos de Jair Presente ...

"Mediunidade" de Chico Xavier não passou de alucinação

  Uma matéria da revista Realidade, de novembro de 1971, dedicada a Francisco Cândido Xavier, mostrava inúmeros pontos duvidosos de sua trajetória "mediúnica", incluindo um trote feito pelo repórter José Hamilton Ribeiro - o mesmo que, ultimamente, faz matérias para o Globo Rural, da Rede Globo - , incluindo uma idosa doente, mas ainda viva, que havia sido dada como "morta" (ela só morreu depois da suposta psicografia e, nem por isso, seu espírito se apressou a mandar mensagem) e um fictício espírito de um paulista. Embora a matéria passasse pano nos projetos assistencialistas de Chico Xavier e alegasse que sua presença era tão agradável que "ninguém queria largar ele", uma menção "positiva" do perigoso processo do "bombardeio de amor" ( love bombing ), a matéria punha em xeque a "mediunidade" dele, e aqui mostramos um texto que enfatiza um exame médico que constatou que esse dom era falso. Os chiquistas alegaram que outros ex...

Chico Xavier e Divaldo Franco NÃO têm importância alguma para o Espiritismo

O desespero reina nas redes sociais, e o apego aos "médiuns" Francisco Cândido Xavier e Divaldo Pereira Franco chega aos níveis de doenças psicológicas graves. Tanto que as pessoas acabam investindo na hipocrisia para manter a crença nos dois deturpadores da causa espírita em níveis que consideram ser "em bons termos". Há várias alegações dos seguidores de Chico Xavier e Divaldo Franco que podemos enumerar, pelo menos as principais delas: 1) Que eles são admirados por "não-espíritas", uma tentativa de evitar algum sectarismo; 2) Que os seguidores admitem que os "médiuns" erram, mas que eles "são importantes" para a divulgação do Espiritismo; 3) Que os seguidores consideram que os "médiuns" são "cheios de imperfeições, mas pelo menos viveram para ajudar o próximo". A emotividade tóxica que representa a adoração a esses supostos médiuns, que em suas práticas simplesmente rasgaram O Livro dos Médiuns  sem um pingo de es...

Chico Xavier foi o João de Deus de seu tempo

Muitos estão acostumados com a imagem de Francisco Cândido Xavier associado a jardim floridos, céu azul e uma série de apelos piegas que o fizeram um pretenso filantropo e um suposto símbolo de pacifismo, fraternidade e progresso humano. Essa imagem, porém, não é verdadeira e Chico Xavier, por trás de apelos tão agradáveis e confortáveis que fazem qualquer idoso dormir tranquilo, teve aspectos bastante negativos em sua trajetória e se envolveu em confusões criadas por ele mesmo e seus afins. É bastante desagradável citar esses episódios, mas eles são verídicos, embora a memória curta tente ocultar ou, se não for o caso, minimizar tais episódios. Chico Xavier é quase um "padroeiro" ou "patrono" dos arrivistas. Sua primeira obra, Parnaso de Além-Túmulo , é reconhecidamente, ainda que de maneira não-oficial, uma grande fraude editorial, feita pelo "médium", mas não sozinho. Ele contou com a ajuda de editores da FEB, do presidente da instituição e dublê ...

Carlos Baccelli era obsediado? Faz parte do vale-tudo do "espiritismo" brasileiro

Um episódio que fez o "médium" Carlos Bacelli (ou Carlos Baccelli) se tornar quase uma persona non grata  de setores do "movimento espírita" foi uma fase em que ele, parceiro de Francisco Cândido Xavier na cidade de Uberaba, no Triângulo Mineiro, estava sendo tomado de um processo obsessivo no qual o obrigou a cancelar a referida parceria com o beato medieval de Pedro Leopoldo. Vamos reproduzir aqui um trecho sobre esse rompimento, do blog Questão Espírita , de autoria de Jorge Rizzini, que conta com pontos bastante incoerentes - como acusar Baccelli de trazer ideias contrárias a Allan Kardec, como se Chico Xavier não tivesse feito isso - , mas que, de certa forma, explicam um pouco do porquê desse rompimento: Li com a maior atenção os disparates contidos nas mais recentes obras do médium Carlos A. Bacelli. Os textos, da primeira à última página, são mais uma prova de que ele está com os parafusos mentais desatarraxados. Continua vítima de um processo obsessi...

Chico Xavier cometeu erros graves, entre os quais lançar livros

PIOR É QUE ESSES LIVROS JÁ SÃO COLETÂNEAS QUE CANIBALIZARAM OS TERRÍVEIS 418 LIVROS ATRIBUÍDOS A FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER. Chico Xavier causou um sério prejuízo para o Brasil. Sob todos os aspectos. Usurpou a Doutrina Espírita da qual não tinha o menor interesse em estudar e acabou se tornando o "dono" do sistema de ideias lançado por Allan Kardec. Sob o pretexto de ajudar as famílias, se aproveitou das tragédias vividas por elas e, além de criar de sua mente mensagens falsamente atribuídas aos jovens mortos, ainda expôs os familiares à ostentação de seus dramas e tristezas, transformando a dor familiar em sensacionalismo. Tudo o que Chico Xavier fez e que o pessoal acha o suprassumo da caridade plena é, na verdade, um monte de atitudes irresponsáveis que somente um país confuso como o Brasil define como "elevadas" e "puras". Uma das piores atitudes de Chico Xavier foi lançar livros. Foram 418 livros fora outros que, após a morte do anti-médium m...

O silêncio omisso e criminoso diante de questões contra Chico Xavier

Sobre Francisco Cândido Xavier, ocorre uma coisa surreal no Brasil. Quanto aos aspectos positivos de sua pessoa, mesmo aqueles que, em verdade, são falsos, mas garantem uma narrativa agradável, todo mundo fala, o nome dele salta nas redes sociais, até quem não devia falar bem dele acaba fazendo isso. Mas quando se tratam de aspectos negativos, fora uns protestos eventuais de uns fanáticos furiosos, o que reina é o silêncio. Um silêncio omisso, uma dúvida transformada em zona de conforto, como se toda dúvida pudesse repousar no imaginário coletivo na condição de um "mistério da fé", facilmente resolúvel, mas cujos resultados podem pôr em xeque fantasias que fazem muita gente dormir tranquila. E se trata de um silêncio criminoso, por uma simples razão. Tudo tem que ser investigado, questionado, para ver se vale a pena ou não. Passagens de pano não valem, mas, para Chico Xavier, é o que mais faz em relação a ele. Nunca se passou tanto pano em favor de uma pessoa, fazendo vista g...

URGENTE! Divaldo Franco NÃO psicografou coisa alguma em toda sua vida!

Estamos diante da grande farsa que se tornou o Espiritismo no Brasil, empastelado pelos deturpadores brasileiros que cometeram traições graves ao trabalhoso legado de Allan Kardec, que suou muito para trazer para o mundo novos conhecimentos que, manipulados por espertos usurpadores, se reduziram a uma bagunça, a um engodo que mistura valores místicos, moralismo conservador e muitas e muitas mentiras e safadezas. É doloroso dizer isso, mas os fatos confirmam. Vemos um falso Humberto de Campos, suposto espírito que "voltou" pelos livros de Francisco Cândido Xavier de forma bem diferente do autor original, mais parecendo um sacerdote medieval metido a evangelista do que um membro da Academia Brasileira de Letras. Poucos conseguem admitir que essa usurpação, que custou um processo judicial que a seletividade de nossa Justiça, que sempre absolve os privilegiados da grana, do poder ou da fé, encerrou na impunidade a Chico Xavier e à FEB, se deu porque o "médium" mi...