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Mostrando postagens de julho, 2015

Para Chico Xavier, "quanto pior, melhor"

A ÁGUA DESSE BALDE TAMBÉM ERA FLUIDIFICADA? Teologia do Sofrimento. Nome bonitinho para uma ideologia de Francisco Cândido Xavier que não difere muito do chamado holocausto, já que corresponde a uma defesa do pior sofrimento em troca das chamadas "recompensas futuras". Parece Frederick Taylor misturado com Henry Ford. A ideia é se sobrecarregar de infortúnios, sofrimentos, angústias, encrencas, viver boa parte do tempo assim, para depois, na velhice ou mesmo na morte física, contrair os prometidos "benefícios", que Chico Xavier definia como "bênçãos". Como no taylorismo e no fordismo, a ideia é trabalhar de forma opressiva, sobrecarregada e sem qualquer proteção legal, apenas uma proteção precária, para que depois, se a pessoa sair ilesa, ou quase, poderá obter lucros e outras gratificações. Mas só depois de "se lenhar". Quanto pior, melhor. É isso que se resume a ideologia de Chico Xavier. Ele queria que as pessoas sofressem sem queixu

Dr. Bezerra de Menezes parece personagem de conto-de-fadas

Onde está uma biografia realista sobre o dr. Adolfo Bezerra de Menezes? Indo para a busca do Google, o que se observa são textos piegas e melosos que glorificam o médico, militar e político que viveu nos tempos do Segundo Império e que tornou-se um dos fundadores e presidente da Federação "Espírita" Brasileira. Tudo são flores, a não ser os espinhos dos outros. O coitado do Afonso Angeli Torteroli, que chamava a atenção para o estudo correto do pensamento de Allan Kardec, foi tratado como vilão e quase jogado ao esquecimento absoluto, jogado, junto aos colegas do Espiritismo Científico, no lodo do mais abjeto revisionismo histórico. Apesar de Adolfo Bezerra de Menezes ter sido contemporâneo de Machado de Assis, Rui Barbosa, Artur Azevedo, Olavo Bilac, Joaquim Nabuco e tantos outros ilustres que chegam a ter livros bibliográficos realistas de centenas e centenas de páginas, Bezerra se limita a ter biografias breves e bastante adocicadas. Não há um relato na Internet d

Seja mau médium, pior moralista, mas banque o "bonzinho"

O que faz o "espiritismo" brasileiro ser uma das piores religiões do país é trair seus propósitos originais e investir num moralismo e num misticismo que deturpam e descaraterizam completamente a doutrina. O "espiritismo" bajula Allan Kardec com a mesma intensidade com que desobedece e rompe com suas ideias originais. Hipócritas, os "espíritas" usam o próprio Kardec, ou mesmo Erasto e o Controle Universal dos Ensinos Espíritas para justificarem as práticas fraudulentas e pedantes que o movimento brasileiro faz no seu cotidiano. Pregações de moralismo religioso bastante carregado marcam as palestras e eventos dessa doutrina, que parece competir com a Igreja Católica com a pronúncia de tantos jargões como "Jesus", "bênçãos", "cristão", "luz" e "seara". Nem os neo-pentecostais chegam a tanto. Por outro lado, existem práticas "mediúnicas" do tipo "eu nada sei mas finjo que tudo sei"

Atriz de 'As Patricinhas de Beverly Hills' passa Chico Xavier para trás

BRITTANY MURPHY NOS PRIMÓRDIOS E NO FINAL DA CARREIRA. Recentemente, foram celebrados os 20 anos da comédia juvenil As Patricinhas de Beverly Hills , que a cineasta Amy Heckerling dirigiu e adaptou, para os anos 90, o enredo da obra literária Emma (1815), de Jane Austen (1775-1817). Uma das "patricinhas", a personagem nerd Tai Frasier, foi interpretada pela saudosa Brittany Murphy (1977-2009), brilhante atriz, produtora e cantora que só faleceu aos 32 anos por alguma causa misteriosa, mas sempre relacionada ao infeliz casamento com o produtor inglês Simon Monjack (1970-2010), que provavelmente teria sido mulherengo, caloteiro e viciado em drogas. Pois é muito curioso que Brittany Murphy é mais admirável que Chico Xavier, apesar das relações entre mito e realidade colocassem a alegre, simpática, sensível e talentosa Britt numa situação bastante desfavorável. Brittany teve um pai, Ângelo Joseph Bertolotti, o A. J., que abandonou a mulher - Sharon Murphy, mãe da atriz

Falsas psicografias de roqueiros: Chorão

Nem mesmo Chorão, o falecido líder do grupo paulista Charlie Brown Jr., morto por overdose em 2013, escapou da máquina de fabricar falsas mensagens espirituais. O suposto médium Jardel Gonçalves, de tendência "independente", já que aparentemente não está vinculado ao "movimento espírita", havia divulgado uma suposta mensagem do cantor e skatista nas horas vagas. O grupo Charlie Brown Jr. foi um dos mais populares da virada do século e sua tragédia se estendeu quando, após o fim do grupo decretado com a morte de seu fundador, os remanescentes estavam formando uma outra banda. Provavelmente deprimido por conta de suas relações de amizade e eventuais desavenças, algumas bastante pesadas, com Chorão (codinome de Alexandre Magno Abrão, primo da apresentadora Sônia Abrão), o baixista Luiz Carlos Leão Duarte Jr., o Champignon, se suicidou poucos meses após a morte do parceiro de banda. Certamente, Chorão tem uma mensagem tipicamente de skatista, que no mundo espir

Falsas psicografias de roqueiros: Cássia Eller

A indústria de pretensas psicografias tenta eventualmente se respaldar em figuras bem famosas, de grande prestígio e popularidade, para produzir mensagens apócrifas criadas das mentes dos próprios supostos médiuns, imitando, muitas vezes mal, os perfis dos falecidos. No caso do Rock Brasil, vemos casos aberrantes envolvendo Renato Russo, Raul Seixas e Cazuza, reduzidos a uns patetas assustados que infantilmente pedem para que nos "unamos na fé cristã", com relatos que não se sabe se são risíveis ou deprimentes, mas sabe-se com certeza que nada têm a ver com o que os falecidos eram quando estavam na Terra. Recentemente, foi divulgada uma mensagem atribuída ao espírito de Cássia Eller. Foi no último dia 11 de maio, no Grupo de Dependência Química do Lar de Frei Luiz, na Taquara, no Rio de Janeiro, pelo "médium" José Helenio. É desse mesmo lugar e do mesmo setor que trabalhava Gilberto Arruda, assassinado na manhã de 19 de junho. A mensagem não condiz com o pe

Falsas psicografias de roqueiros: Raul Seixas

Vivo, Raul Seixas era discriminado pelo mercado e pela sociedade moralista. Morto, é glorificado pelos mesmos que o discriminaram. Tantos oportunistas se cercaram diante da imagem do roqueiro morto e fingiram que sempre gostaram dele, usando-o em causa própria. Em relação ao legado que Raul Seixas deixou, vemos "sertanejos" e axézeiros, além de "pop-roqueiros" de quinta categoria, voltando-se para o cadáver do cantor baiano como urubus voando em cima de carniças. Todo mundo tirando uma casquinha, usurpando, em causa própria, o prestígio e a credibilidade de Raulzito. No "espiritismo" não seria diferente. Um suposto médium, Nelson Moraes, foi construir uma "psicografia" de Raul Seixas usando o pseudônimo de Zílio, no caso de haver algum problema na Justiça, através de uma imagem estereotipada do roqueiro. Assim, Nelson Moraes, juntando sua formação religiosista, um "espiritismo" que sabemos é mais católico do que espírita, baseo

Falsas psicografias de roqueiros: Cazuza

Hoje faz 25 anos que Cazuza faleceu. O ex-vocalista do Barão Vermelho, ícone do Rock Brasil e da MPB verdadeira em geral (não aquela "verdadeira MPB" que lota plateias com facilidade, aparece no Domingão do Faustão e toca nas horrendas FMs "populares" da vida), deixou uma trajetória marcada pela personalidade boêmia e pela poesia simples e fortemente expressiva. E, é claro, como o "espiritismo" é marcado por supostos médiuns que nada têm de intermediários, porque se tornam os centros das atenções e os mais famosos deles, como Chico Xavier e Divaldo Franco, tentaram compensar a mediunidade irregular tentando se passar por pretensos pensadores, eventualmente tentando tirar uma casquinha com os finados do além. E aí, volta e meia os "médiuns" que se acham "donos dos mortos" vêm com mensagens atribuídas a este ou aquele famoso que, por suas irregularidades em relação à natureza pessoal de cada falecido, eles tentam dar uma de bonzinh

Falsas psicografias de roqueiros: Renato Russo

Sabemos que, no Brasil, o "espiritismo" está totalmente distante de Allan Kardec, podemos garantir que a anos-luz do professor francês. Pode ser exagero, mas não é, pois o "espiritismo" brasileiro preferiu montar sua ideologia sem qualquer identificação, a não ser em palavras "desencarnadas", com a trajetória do ilustre pedagogo de Lyon. O "espiritismo" montou sua doutrina a partir de adaptações do Catolicismo medieval, dos quais aspectos coercitivos e pompas ritualísticas foram eliminados, mas outros ritos e dogmas foram claramente adaptados. Já a prática mediúnica, o que se vê é uma herança das bruxarias, ocultismos e invencionices trazidas por movimentos heréticos clandestinos, que geraram uma prática improvisada ou falsa de mediunidade, sobretudo com mensagens apócrifas que não passam de reles propagandismo religioso dos mais rasteiros e viscosos. Diante da divulgação de mensagem atribuída a Cássia Eller, e da lembrança dos 70 anos d