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Mostrando postagens de abril, 2020

Chico Xavier apoiou a ditadura e fez fraudes literárias. E daí?

Vamos parar com o medo e a negação da comparação de Chico Xavier com Jair Bolsonaro. Ambos são produtos de um mesmo inconsciente psicológico conservador, de um mesmo pano de fundo ao mesmo tempo moralista e imoral, e os dois nunca passaram de dois lados de uma mesma moeda. Podem "jair" se acostumando com a comparação entre o "médium cândido" e o "capitão messias". O livro O Médico e o Monstro (Dr. Jekyll & Mr. Hyde) , de Robert Louis Stevenson, explica muito esse aparente contraste, que muitas vezes escapa ao maniqueísmo fácil. É simples dizer que Francisco Cândido Xavier era o símbolo de "amor" e Jair Bolsonaro é o símbolo do "ódio". Mas há episódios de Chico Xavier que são tipicamente Jair Bolsonaro e vice-versa. E Chico Xavier acusando pessoas humildes de terem sido romanos sanguinários, sem a menor fundamentação? E o "bondoso médium" chamando de "bobagem da grossa" a dúvida que amigos de Jair Presente

Guerra criptografada: Chico Xavier foi o diversionismo usado para salvar a ditadura militar

Brasil, 1975. A crise da ditadura militar, já evidente em 1974, quando o "milagre brasileiro" foi incapaz de conter a crise econômica, se agravou quando os coronéis do DOI-CODI, instituição atuante na prisão, tortura e morte de presos políticos, cometeram seu abuso de poder ao expor a morte do jornalista da TV Cultura de São Paulo, Vladimir Herzog, assassinado sem uma solicitação formal de ordens superiores para isso. O episódio, que tentou ser abafado ao creditar a morte de "Vlado", como era conhecido, como um "suicídio" - montou-se uma cena para simular que ele "se matou", quando ele foi enforcado por um grupo de torturadores que o agrediram, ao saber que o jornalista se comportava de maneira insubmissa aos seus algozes - , expôs o abuso de poder dos coronéis, numa hierarquia abaixo dos generais, aumentando as crises e os conflitos internos na ditadura militar. Junto a isso, há a ascensão do líder sindical Luís Inácio Lula da Silva, que a

Nota de repúdio é o que mais se faz no Brasil!

Recentemente, a palavra-chave "Nota de Repúdio" entrou nos trend topics  do Twitter, com base na contradição de declarações de representantes do Legislativo e do Judiciário de manifestarem repúdio ao governo Jair Bolsonaro, sem no entanto fazer uma ação concreta para tirá-lo do poder. São apenas manifestos, que mais parecem comentários opinativos, e vemos um acovardado Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados, cheio de dedos alegando que "ainda não dá" para tirar o desastrado presidente do poder. Se bem que, nos bastidores, fala-se que quem governa o país mesmo é o ministro-chefe da Casa Civil, general Braga Neto, já chamado de "presidente operacional" do Brasil. De que adianta Rodrigo Maia e alguns ministros do Supremo Tribunal Federal argumentarem que os excessos de Jair Bolsonaro põem em risco a democracia e o convívio livre e responsável das instituições, se eles nada fazem para tirá-lo do poder? Ainda sob a desculpa boba de que "não

'Lives' de cantores famosos confirma: "caridade" de Chico Xavier é uma farsa

As lives , transmissões ao vivo, monetizadas pela publicidade na Internet e feitas em ambientes privativos, supostamente na residência de um famoso, são marcadas pela suposta caridade na qual são outras pessoas, os internautas que assistem a essas transmissões, que contribuem, unicamente, para as arrecadações dos famosos que não mexem nos seus bolsos sequer para uma coceira, evitando pagarem para ajudar os próximos. São os outros que contribuem para a "caridade", doando mantimentos, remédios, dinheiro e outros objetos para "ajudar o próximo", sem a garantia que essa ajuda realmente é feita ou não. Trata-se dos padrões de um Assistencialismo barato e fajuto, em que o "filantropo" não doa sequer uma bola de gude ou um grampo para papel para quem é pobre e doente. Fatos ensinam muito sobre esse Assistencialismo e alertam sobre o mito que se faz da "caridade" de Francisco Cândido Xavier, tão exaltada por muitos mas, como simetricamente se fala

A guerra semiótica que tenta separar Chico Xavier de Jair Bolsonaro

As bombas semióticas que ligam Chico Xavier e Jair Bolsonaro surpreeendem, embora muita gente esperneie feito crianças teimosas se recusando a admitir o vínculo entre os dois, que formam uma dicotomia similar ao que se vê, simbolicamente, no livro O Médico e o Monstro (Dr. Jekyll & Mr. Hyde) , de Robert Louis Stevenson. As pessoas preferem e insistem, até com certa fúria (fúria bolsonarista?), na imagem "água com açúcar" que Chico Xavier carrega há cerca de 40 anos e que foi forjada pela ditadura militar como cortina de fumaça para tentar evitar a decadência do regime e também evitar a ascensão de líderes populares como o então líder sindical e depois presidente da República, Lula. Circula na Internet essa imagem, em que os "opostos" Jair Messias Bolsonaro e Francisco Cândido Xavier aparecem juntos em uma montagem, ambos de terno e gravata e expressando o mesmo sorriso de olhos apertados, embora o "médium" apareça com a cabeça um pouco mais baix

Bolsonaristas têm a vantagem de serem sinceros. Por piores que eles sejam

Numa época em que o isolamento social existe uma reflexão de todos nós, não pelo prisma da "religiosidade" ou "das relações com Deus e com o amor ao próximo", mas pela autocrítica a vasculhar nossos instintos ocultos e prejudiciais, os bolsonaristas levam a melhor em um único aspecto: a sinceridade. Eles podem ser estúpidos, burros, ameacadores, obscurantistas, reacionários, enfim, tudo de ruim que se imagina na espécie humana. Mas eles ganham da maioria dos brasileiros - mesmo aqueles que parecem, à primeira vista, "bondosos" e "esclarecidos" - pela sinceridade com que assumem suas caraterísticas mais sombrias, diferente de muita gente que anda dissimulando por aí. Em maioria devotos de seitas evangélicas neopentecostais, sua sinceridade se vale justamente pela honestidade doutrinária que faz a Igreja Universal do Reino de Deus, a Igreja Internacional da Graça de Deus, a Assembleia de Deus, a Igreja Renascer em Cristo, a Igreja Batista da

Mídia esquece que feminicidas podem contrair coronavírus

Machismo (também) mata (machista). Até desconfio de que a grande mídia é cúmplice dos feminicidas, porque não noticia a tragédia mais do que óbvia que eles contraem para si. Vale lembrar que os feminicídios não são feitos por pessoas zen nem por adeptos da boa saúde, mas por homens temperamentais, desequilibrados e em maioria (esmagadora) autodestrutivos. Desconfia-se disso porque faz sentido que, numa sociedade tresloucada e terraplanista, o feminicídio, embora repudiado moralmente, é socialmente tolerado dentro de uma logica de necropolítica, na qual está proibido noticiar a morte de um feminicida, exceto quando ela ocorre no momento do crime, até que o Brasil reduza uma meta específica de número de mulheres em sua população. Não existem duas masculinidades tóxicas, divididas para machistas que matam e os que não fazem mal a uma mosca. A masculinidade tóxica é uma só. Se um machista que é fumante inveterado mata a mulher e passa o resto da vida fumando muito - lembrando que o c

Necropolítica impede divulgação de mortes ou doenças graves de feminicidas

Façamos um raciocínio lógico. Quatro famosos feminicidas, em tese, estão na casa dos 80 anos de idade. Um empresário da construção pesada de Belo Horizonte, Roberto Lobato. Um ex-playboy e empresário de revendedora de carros, Doca Street. Um cantor brega, Lindomar Castilho. E um jornalista, Antônio Pimenta Neves. Dois deles, Doca Street e Pimenta Neves, estão associados à masculinidade tóxica. Eram fumantes de cigarros comuns, o que já deveria ter lhes dado um risco de câncer há muito tempo. Doca consumiu cocaína e se embriagou no passado e afirmou continuar fumando cigarro comum após os 70 anos. Pimenta Neves tomou uma overdose de comprimidos e sofre de diabetes (que lhe causaram cegueira), câncer na próstata, problemas de hipertensão e provável falência múltipla dos órgãos. Se considerarmos as leis da Natureza, podemos inferir que Doca Street já faleceu, não estando mais entre nós possivelmente entre 2017 e 2019. No entanto, a grande mídia inventou que o assassino de Ângela Din