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Mostrando postagens de fevereiro, 2019

Ainda sobre o Brasil dos que querem demais na vida

O Brasil vive a mania dos pretensiosismos, das ambições desmedidas, da falsa modéstia, da mania de ficar justificando o injustificável, e até mesmo das agressões digitais de alguns infelizes. Tudo porque as pessoas querem tomar o espaço do outro, numa luta de obter privilégios desiguais, ainda que sob inúmeros tipos de dissimulação. As pessoas querem subir demais e vemos que até o cyberbullying  faz com que certos oportunistas, incapazes de se ascenderem na vida de maneira honesta, ficam ofendendo os outros achando que isso lhes trará muita vantagem. O Brasil é um dos países mais atrasados do mundo. Tão atrasado que se mantém apegado aos seus "brinquedos" e "entulhos", se revoltando quando imagina a menor hipótese de se livrar deles. Hoje temos uma grande necessidade de mudar paradigmas e até sacrificar totens, mas só de pensar nisso muitas pessoas reagem indignadas e ainda dão uma de sabichonas justificando coisas injustificáveis com palavras persistentes, po

O Brasil é um país dos que querem demais

O Brasil é um país em que as pessoas querem demais. Desde 2016, isso se tornou escancarado mas, pelo menos, da República Velha para cá, sempre houve casos de ambições desmedidas que puseram o país a perder, em nome dos privilégios e do conforto de uns poucos. Isso vem das famílias em que pais e mães, iludidos apenas por uma soma quantitativa de anos vividos, exigem dos filhos obediência e submissão absolutas, e se irritam ao menor questionamento dado por estes. E os valores e procedimentos que os pais determinam, mesmo os mais conservadores, sempre são impostos como se fossem "valores atemporais", e, conforme o cinismo hipócrita das últimas décadas, como "verdadeira expressão do novo". O Brasil é marcado pelos apegos ao velho e pela ambição desmedida, que traz um desequilíbrio entre os que possuem demais o que não precisam e aqueles que não possuem sequer o essencial. E isso se dá em vários aspectos, nessa mania de apegar-se ao retrógrado que se intensi

"Isentões do Espiritismo": uma espécie bastante perigosa

DIVALDO FRANCO E CHICO XAVIER - OS ÍDOLOS DOS "ISENTÕES ESPÍRITAS". Existe uma espécie muito chata, perigosa por ser persistente e cheia de malabarismos nas palavras, que são os "isentões do Espiritismo". São oportunistas que se dizem despretensiosos, mas buscam argumentar de todo jeito para que eles fiquem sempre com a razão, embora também insistam em dizer que "são imperfeitos" e "não são donos da verdade". À primeira vista, os "isentões espíritas" se divdem em dois grandes grupos: os "laicos", que são os que não professam o "espiritismo" brasileiro, mas blindam de todo jeito como se fossem adeptos de toda forma, e os "religiosos", que fingem adotar uma "postura equilibrada" naquilo que dizem ser a "compreensão exata e saudável do Espiritismo francês". Os "laicos" vivem blindando Divaldo Pereira Franco e Francisco Cândido Xavier sempre alardeando que "não são esp

Por que a mídia quase não noticia mortes de assassinos?

O ADVOGADO LEOPOLDO HEITOR MATOU A SOCIALITE DANA DE TEFFÉ E FALECEU EM 2001 AOS 79 ANOS. MAS SEU CRIME NÃO OCORREU NA DITADURA MILITAR. Por que a imprensa quase não noticia a tragédia ou as mortes de assassinos? Elas noticiam quando gandulas de futebol de várzea morrem de mal súbito, ou quando recos morrem por problemas causados por treinamentos militares. Mas quando um assassino, geralmente rico, morre de infarto ou câncer, quase não há notícia, a não ser quando o contexto permite. Comparemos, por exemplo, o caso de dois feminicidas, o advogado Leopoldo Heitor, que provavelmente teria matado e ocultado o cadáver da socialite tcheca Dana de Teffé, em 1961, e o empreiteiro Roberto Lobato, que assassinou a esposa Jô Lobato, em 1971, alegando "legítima defesa da honra". Leopoldo Heitor faleceu em 2001 e teve seu falecimento creditado até no Wikipedia. Tinha 79 anos. Heitor cometeu seu feminicídio numa época em que Jânio Quadros governava o Brasil, enquanto Lobato pratico

A lamentável truculência sem freio de busólogos agressivos

Um terreno da intolerância é a busologia, que é o hobby de admirar ônibus, um dos mais conhecidos tipos de transporte coletivo. No Rio de Janeiro, a truculência encontra espaço quando, entre os chamados "busólogos", uma meia-dúzia de frustrados passa a fazer bullying  acreditando que vão levar vantagem com isso. Esses sujeitos, que parecem se comportar como trogloditas que viveram antes da descoberta da roda, usam as redes sociais para espinafrar outros busólogos, estes emergentes e em ascensão. Os busólogos truculentos começam geralmente xingando as fotos dos emergentes, depois fazem comentários mais grosseiros e piadas agressivas, depois chamam seus aliados para campanhas de cyberbullying , produzem blogs ofensivos e depois vão para os locais dos desafetos para postar fotos e intimidar. Segundo relatos diversos, tem busólogo com nome de anjinho, tem outro com apelido de fritura, outro com sobrenome que lembra balde, outro com nome mais comum e por aí vai. Gente que hu

Chico Xavier, "funk" e "bombas semióticas" que nem a esquerda semiótica vê

Episódios como o anúncio de renúncia do ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gustavo Bebianno, um dos maiores apoiadores da campanha presidencial de Jair Bolsonaro, o apoio de Valesca Popozuda ao amigo maquiador e bolsonarista, a caricata "agenda identitária" do reacionarismo de resultados da ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, e o "ativismo" paternalista de Luciano Huck, têm um ponto em comum. É o desnorteamento e a complexificação do cenário conservador em que vivemos, diante de contextos que não conseguimos identificar ou, quando identificamos, não há como vê-los da maneira simplória e binária que antes se via. E as esquerdas andaram se iludindo muito ao encampar pautas, causas e totens que, na verdade, são itens estratégicos dos mecanismos conservadores de dominação social. Baseada numa perspectiva binária em relação às pautas identitárias e seu aparato sócio-econômico, as esquerdas erraram por exaltar

O caso Malafaia X Boechat e o "espiritismo" brasileiro

A natureza nos mostra que as raposas são animais graciosos, diferente da aparência abertamente agressiva dos lobos. Á primeira vista, raposas podem se tornar animais domésticos, pelo jeito aparentemente gracioso, visto assim superficialmente, mas, prestando atenção, raposas são animais selvagens cujo olhar, na verdade, é tão agressivo e matreiro quanto lobos e coiotes. A alegoria da raposa cuidando do galinheiro é certeira, visto que galinhas servem de alimento para uma raposa. E o que vemos no Espiritismo brasileiro, infelizmente, é o fato de que a raposa chamada Francisco Cândido Xavier, foi chamada para cuidar do galinheiro de Allan Kardec. Constatação dolorosa, para muitos, porém bastante verdadeira. Paciência, há quem aposte na "fraternidade" das raposas com as galinhas, acreditando que estas, ao serem devoradas, se transformam em "pássaros alegres de Deus". Quando houve o terrível acidente que chocou o Brasil, quando Ricardo Boechat, jornalista que, aind

Vamos ter "psicografia" com o "espírito Ricardo Boechat"?

O "espiritismo" brasileiro virou uma grande farra. Afastado das lições originais do Espiritismo francês, a religião brasileira se rebaixou a uma doutrina de adoração aos "médiuns" (mais para sacerdotes do que para videntes propriamente ditos), uma repaginação doutrinária do Catolicismo medieval e um mercado de literatura de louvor aos "médiuns" ou de produção "psicográfica" que se revela fake , com provas consistentes. Cria-se uma multitude de "mortos da moda", que nunca escreveram uma vírgula que se atribui a eles, dentro das paixões religiosas da Terra, que, no entanto, legitimam tais obras por conta de frivolidades como "desejar a paz em Cristo", mesmo quando há disparidades de estilo e outros aspectos pessoais. O caso de Humberto de Campos foi o exemplo mais aberrante e gerou processo judicial. Mas a seletividade da Justiça deu impunidade a Francisco Cândido Xavier que, ao ver o caminho liberado - desde que o "m

O medo de fugir da verdade, quando ela desagrada

As pessoas andam fugindo de textos que apontam aspectos sombrios de Francisco Cândido Xavier, o único brasileiro cuja biografia tem que prevalecer a fantasia sobre a realidade, criando nele um único terreno em que o "conto de fadas" é a "verdadeira realidade". Aliás, Chico Xavier não foi o único, mas o maior deles. O médico Adolfo Bezerra de Menezes é outro que mantém uma biografia repousando no reino da fantasia, e isso é aberrante, porque existem dados negativos em contemporâneos como Machado de Assis, Joaquim Nabuco e Rui Barbosa, que são personalidades admiráveis, mas da parte do "espírita" nenhum aspecto negativo é sequer lembrado. Ainda assim, nem o "doutor Bezerra" consegue ter uma biografia tão fantasiosa quanto a de Chico Xavier, por mais que o médico seja vendido, à posteridade, como o "Papai Noel brasileiro". Chico Xavier é alvo de tanta fantasia, moldado como se fosse uma "fada-madrinha da vida real", que seu

Chico Xavier não merece 1% da adoração que recebe. Doloroso, mas verdadeiro

MENSAGEIRO DO MEDO - CHICO XAVIER PREGAVA QUE OS SOFREDORES DEVERIAM AGUENTAR DESGRAÇAS EM SILÊNCIO, CONSTITUINDO NA "PAZ SEM VOZ" CRITICADA POR MARCELO YUKA. O Brasil é um país em que o surrealismo se sobrepõe à realidade. A tragicomédia surreal de Franz Kafka e Luís Buñuel tem no Brasil um laboratório para situações absurdas no mundo real, que muitas pessoas encaram com assustadora normalidade. Francisco Cândido Xavier parece um personagem de comédia de Monty Python, conforme seus críticos tanto falam, nos bastidores das redes digitais. Nas conversas vivenciais do dia a dia, pessoas perguntam por que um deturpador do Espiritismo, envolvido com literatura fake , usurpador dos mortos, pregador de ideias medievais e apoiador de fraudes de materialização, tornou-se algo próximo a um semi-deus. Evidentemente, Chico Xavier foi um mito construído de maneira engenhosa, que o único "milagre" que se pode atribuir, não exatamente à sua pessoa, mas artífices ideológico