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Mostrando postagens de novembro, 2018

Crise atinge livrarias e editoras de livros. São as "boas energias" de Chico Xavier?

Como deturpador preocupante e de extrema gravidade da Doutrina Espírita e como um dos principais responsáveis pela literatura fake  que se autoproclama "mediúnica", o "médium", aliás, o anti-médium Francisco Cândido Xavier é irradiador de energias maléficas, em virtude de sua desonestidade e de seu oportunismo. Queiram ou não queiram as pessoas, é isso mesmo que se considera no parágrafo acima. Não há como fingir que, só pelos apelos de beleza e suavidade associados a um imaginário religioso conservador - mas que pega desprevenidos muitos considerados esclarecidos e progressistas - , a desonestidade não é desonesta. É, sim, e a pior desonestidade é aquela que se esconde sob a capa da fé religiosa, da simplicidade e se reveste do mais persistente verniz de caridade e doçura. Uma das notícias mais recentes se trata da crise do setor literário no Brasil. É a segunda crise, desta vez, econômica, nos últimos anos. A primeira crise, de 2015, é de conteúdo, quando os

Defendendo o sofrimento em silêncio, Chico Xavier NUNCA seria progressista

O povo brasileiro tem que mudar radicalmente seu modo de pensar, abrir mão de seus totens e paradigmas que até faziam algum sentido há 45 anos, mas hoje não fazem mais. E é terrível que, justamente, as pessoas mais velhas são as que mais resistem a essa necessidade, e os mais jovens, desinformados, também acham isso desagradável e até inútil. Não vivemos mais no Brasil de 1974, quando faziam sentido desigualdades sociais, soluções violentas, represálias raivosas, restrições cruéis e torturas de toda ordem. Hoje temos uma marcha-a-ré forçada do "Titanic" social brasileiro, quando a sociedade, sem disposição de querer algo melhor, decidiu eleger o candidato de extrema-direita, Jair Bolsonaro, para governar o país, sonhando em ver o Brasil de volta aos parâmetros sociais da Era Geisel. O pior é que até pessoas idosas se perdem em fantasias insólitas. Temos que ensinar para adultos que feminicidas também morrem, num país onde grandes personalidades do nível de Renato Russo,

Elites, não brinquem com fogo! O radicalismo da retomada conservadora se voltará a seus criadores

Estamos advertindo ao pessoal que, no Brasil, está promovendo a retomada ultraconservadora, numa marcha-a-ré forçada de valores e princípios, para tomar muito cuidado com tais atitudes. Não é a pose de arrogância como a que vemos nos três principais filhos do presidente eleito Jair Bolsonaro, o senador Flávio, o deputado federal Eduardo e o vereador Carlos que garantirá, às elites que retomaram o poder em 2016, uma dose de segurança e triunfalismo. A vida apronta surpresas para qualquer um. A tragédia também é apartidária. E hoje, quando vemos um grande pavor da "boa sociedade" de verem morrer dois feminicidas (paciência, Doca Street e Pimenta Neves são octogenários e estão doentes e frágeis como qualquer mortal em suas condições), nota-se que as elites são imprudentes e intransigentes quanto a seus riscos e crédulas demais no seu triunfo e na sua ilusão de invulnerabilidade. Isso mostra que o Brasil não se evoluiu. O Brasil de 1974, dos anos Geisel das convulsões socia

Brasileiro, não se arrisque a denunciar supostos comunistas!! Você pode se dar mal!!

JOSEPH MCCARTHY E WILSON SIMONAL - UM ESTIMULADOR E UM FALSO ACUSADO DE DEDURISMO, QUE SOFRERAM CONSEQUÊNCIAS NEGATIVAS NA SOCIEDADE. Infelizmente, começam a surgir, dentro do clima reacionário estimulado pela vitória eleitoral de Jair Bolsonaro, uma onda de dedurismo que começou nas escolas. A patrulha ideológica do movimento Escola Sem Partido deu seu ponto de partida, mas hoje não só as universidades, mas também as repartições de serviço público começam a fazer sua "caça às bruxas". Não é uma boa ideia sair dedurando supostos comunistas. O calor do momento pode fazer, dos reacionários de ocasião, pessoas triunfantes e eternamente vitoriosas, mas a vida mostra que não é bem assim que acontece. O dedurador do momento será, no futuro, uma pessoa solitária, desprezada e desprezível, que, orgulhosa no seu auge, no seu declínio se transforma num cidadão casmurro e melancólico incapaz de olhar sequer para um operador de caixa durante uma compra no mercado. A situação de ne

Covardia: Espiritismo permite que obras "psicográficas" sejam ou não consideradas "autênticas"

É uma grande covardia a permissividade do "movimento espírita" em permitir a livre e impune publicação de pretensas psicografias, a partir do lamentável exemplo de Francisco Cândido Xavier, mesmo quando elas não se confirmam seguramente como autênticas. Nenhuma viva alma conseguiu provar autenticidade. Os escritores que não apontavam tais obras "psicográficas" como fraudulentas também não as definiam como genuínas. Pessoas como Raimundo de Magalhães Júnior, Monteiro Lobato e Apparicio Torelly, o Barão de Itararé, apenas se abstiveram do assunto. Agrippino Grieco começou iludido, atribuindo "possível autenticidade", mas depois reviu a questão e viu as obras atribuídas a Humberto de Campos com desconfiança. Se tais obras estão com a hipótese de autenticidade pendente, seria melhor que elas não fossem publicadas, sua publicação fosse proibida até que se comprovasse com segurança a autenticidade. Mas isso se realmente fossem precisos métodos muito comple

Chico Xavier e Jair Bolsonaro são glorificados pela mesma ignorância

JAIR BOLSONARO E CHICO XAVIER, EM SEUS MOMENTOS ARRIVISTAS. Já se começa a falar da ignorância coletiva, do "orgulho de ser burro", da "sabedoria da ignorância" e da "lucidez da estupidez". Fala-se, até mesmo, da "síndrome do idiota confiante" ou "síndrome da superioridade ilusória", através do fenômeno do Efeito Dunning-Kruger, assim batizado por causa da pesquisa realizada pelos psicólogos David Dunning e Justin Krieger que chegaram a esse resultado, em 1999. Isso porque a vitória estranha de Jair Bolsonaro na campanha para a Presidência da República foi um coquetel de fake news , de multiplicação de usuários e notícias falsos, de um amplo esquema financeiro para espalhar essa campanha suja que dispensava Jair de comparecer a debates eleitorais, um caminho honesto mas que poderia desqualificá-lo em seus objetivos de vitória. Afinal, Jair Bolsonaro foi um candidato sem ideias, e isso é aberrante. Imaginávamos que, por conta do

O apego a velhos conceitos e velhos paradigmas

A vitória eleitoral de Jair Bolsonaro revela uma doença coletiva dos brasileiros. Um apego doentio a velhos paradigmas que vestem a capa do "novo", mas que são coisas muito antigas, apodrecidas de tão decadentes e até obsoletas. Pessoas mais velhas estão surtando e querendo recuperar um velho padrão de sociedade conservadora de cerca de 45 anos atrás, na qual as classes dominantes viviam um pretenso equilíbrio social, com um quadro controlado de desigualdades sociais. É essa paranoia que faz com que paradigmas que vão desde o projeto medieval da Escola Sem Partido - que não permite debater a realidade humana, mas estimula a prevalência das fantasias religiosas no entendimento da realidade - até a adoração ao "espiritismo" brasileiro e a aceitação de obras fake  desde que sejam favoráveis ao ideário conservador, sejam as fake news  que desmoralizam o PT, sejam as obras supostamente psicográficas de Francisco Cândido Xavier. Há um apego tão doentio que só é su

Síndrome do "idiota confiante" protege arrivistas, principalmente no Brasil

As vitórias eleitorais de Jair Bolsonaro e Donald Trump revelam um fenômeno que não é exclusivo no Brasil, mas que no nosso país acontece com uma frequência avassaladora, que é o chamado Efeito Dunning-Kruger, conhecida também como a síndrome do "idiota confiante" ou da "superioridade ilusória". Não vamos falar muito de Donald Trump, mas ele simboliza essa perspectiva na qual o espetáculo do pitoresco e do sensacionalista possui mais peso do que a busca pela lógica e pelo bom senso, mesmo que seja em prejuízo da sociedade, que prefere eleger políticos autoritários e reacionários do que governantes capazes de melhorar a vida da população. A síndrome do "idiota confiante" foi identificada e sistematizada pelos psicólogos da Universidade Cornell, em Nova York, Justin Kruger e David Dunning. Eles realizaram estudos através dos hábitos de leitura, condução de veículos motorizados ou prática de esportes que exigem atenção como tênis ou xadrez, e tiveram um

Apoiado por "espíritas", Sérgio Moro topou ser ministro de Jair Bolsonaro

Nunca o "espiritismo" brasileiro teve tantas sintonias afinadas com o bolsonarismo. A religião que se diz "kardecista" mas não mediu escrúpulos em se afastar da doutrina francesa original em nome das "tradicões da religiosidade brasileira", também rompeu com a essência progressista de Allan Kardec, na medida em que preferiu adotar um moralismo ultraconservador. É claro que o "espiritismo" brasileiro faz isso de maneira dissimulada e nunca declarada no discurso. Em termos retóricos, o "espiritismo" se proclama "neutro" ideologicamente, mas sinaliza apoio a movimentos e fenômenos de viés bastante conservador. Através de Francisco Cândido Xavier, popularmente conhecido como Chico Xavier, esse moralismo conservador se fundamenta na Teologia do Sofrimento, corrente medieval do Catolicismo que a maioria dos católicos não quer mais. Chico Xavier, porém, sempre defendeu essa corrente, através de seus apelos para os oprimidos &qu

Que paz é essa que dissimula os conflitos humanos?

Precisamos rever muitos conceitos, nesses tempos em que um político fascista foi eleito presidente da República, num Brasil onde não se imaginava que isso pudesse acontecer. E aconteceu, apesar de tanas advertências, no Brasil e no mundo, apesar de tantos avisos, tantas análises, tantos alertas. O Brasil de Jair Bolsonaro nos faz refletir. Afinal, apesar de uma parcela da sociedade querer que o nosso país voltasse à Era Geisel, com uma "democracia" controlada por uma estrutura ditatorial e com as elites mantendo seus privilégios e abusos, a situação está tão complicada e delicada que, embora os excluídos devam sofrer mais infortúnios, as elites embarcaram numa viagem sem volta em seu Titanic. As forças sociais progressistas deveriam rever seus valores, porque muito do que se acreditou ser "moderno e progressista", até mesmo pelas esquerdas, era na verdade profundamente reacionário e retrógrado. O que contribuiu fortemente para o fracasso das forças progressist