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Por que o "espiritismo" brasileiro é tão dissimulado?



Sabemos que as religiões evangélicas chamadas "neopentecostais", como a Igreja Universal do Reino de Deus e a Assembleia de Deus, representam o que há de mais retrógrado e negativo nos movimentos religiosos. Essas seitas, no entanto, não possuem um defeito de extrema gravidade, que se torna típico do "espiritismo" brasileiro, que é a dissimulação.

O Espiritismo francês nunca foi devidamente apreciado no Brasil, a não ser por muito poucos. Além disso, essa doutrina foi muito prejudicada pelas tentações fáceis das paixões religiosas, que tão cedo fizeram o deturpador Jean-Baptiste Roustaing ter preferência sobre Allan Kardec, que, embora bajulado de maneira abusiva, nunca foi estudado com a devida seriedade.

Os estudos sobre mediunidade, comunicação com os mortos, vida espiritual e materialização foram prejudicados por um espetáculo de faz-de-conta que só serviu para promover idolatria religiosa aos chamados "médiuns", que, na verdade, perderam a antiga função intermediária que lhes deveria caber e, transformados em sacerdotes do "espiritismo" catolicizado, se transformaram no centro das atenções.

O "espiritismo" brasileiro virou uma religião de adoração, em que "mediunidade" e "caridade" são só pretextos para a divinização hipócrita dos "médiuns", que vivem do culto à personalidade. É tudo tão dissimulado que a doutrina brasileira vende uma imagem de "religião mais honesta do Brasil" pelo verniz de modéstia e despretensão, mas adota posturas desonestas que inexistem sequer nos piores momentos da Igreja Universal.

A mais preocupante delas é a traição aos ensinamentos originais de Allan Kardec, apreciados da boca para fora por deturpadores convictos que, apesar de abusarem da "catolicização", ainda têm o cinismo de pedir aos outros "não só entender Kardec, mas viver Kardec todos os dias". O cinismo hipócrita serve de cortina de fumaça para conceitos adotados pelo "espiritismo" brasileiro que vão contra as recomendações doutrinárias.

As atividades "mediúnicas" mostram obras fake, geralmente atribuídas a mortos famosos da moda ou a parentes falecidos de clientes dos chamados "auxílios fraternos" - "auxílio fraterno" é um setor de suposto socorro moral das pessoas aflitas, que buscam tratamento ou outras ajudas - , com informações colhidas de fontes bibliográficas ou jornalistas ou pela "leitura fria", interpretação textual e comportamental dos depoimentos de familiares de pessoas mortas.

CHICO XAVIER FOI MAU EXEMPLO

O "médium" Francisco Cândido Xavier costuma ser idolatrado como um suposto "espírito de luz" através de campanhas que, volta e meia, chegam para alimentar o fanatismo religioso em torno dele. A opinião pública, seduzida pelos apelos emocionais piegas que envolvem paisagens celestiais e floridas combinadas com retratos de Chico Xavier e frases ditas ou escritas por ele, mesmo creditadas a "autores mortos".

No entanto, ele abriu precedentes para práticas de confirmada irresponsabilidade associadas ao "espiritismo". João de Deus cometeu assédio sexual? As pessoas andam fazendo joguinho para saber quem foi quem na encarnação passada? Vítimas de uma tragédia coletiva são acusadas de terem sido aristocratas sanguinários na Idade Média? Estabelece-se datas fixas para grandes mudanças? Todo esse caminho foi aberto por Chico Xavier.

Não dá como usar a carteirada para inocentar ou transformar em vítima Chico Xavier. Ele surgiu como um arrivista, imagem que foi podada com o passar do tempo, para oferecer um "religioso limpinho" para o entretenimento da idolatria religiosa. E ele foi, sem sombra de dúvida, o que mais levou às últimas consequências a deturpação que atingiu o Espiritismo, com muitas de suas práticas definidas previamente como negativas em obras como O Livro dos Médiuns.

Textos empolados, uso de nomes ilustres para seduzir e iludir o público, determinação de datas fixas para acontecimentos futuros, uso de ideias mistificadoras lançadas sem fundamento científico (como as supostas "cidades espirituais"), tudo isso Chico Xavier fez e a literatura kardeciana definiu como atos negativos, em várias passagens, alertando também sobre o "inimigo interno" da Doutrina Espírita.

O "inimigo interno" não é alguém escondido em sombras. Não se trata de um Joaquim Silvério escondido por trás dos ativistas da Inconfidência Mineira, por exemplo. Se trata de um "inimigo interno" que está na bancada, lança livros, está à frente das doutrinárias, um "inimigo" que não está escondido na retaguarda de um movimento, casmurro e misterioso, mas aquele que está na vanguarda de sua movimentação, extrovertido, comunicativo e simpático a todos.

Chico Xavier mais parece um personagem de Monty Python. Um lunático, que seu pai via como um perturbado mental, e que dizia falar com dois espíritos, o da mãe e o de um jesuíta e que, com um protetor esperto e ambicioso (Antônio Wantuil de Freitas) e diversas circunstâncias tipicamente surreais, passou por cima de todos os obstáculos e virou um ídolo religioso, nessa "república de bananas" chamada Brasil.

Para reforçar o dado surreal, temos muita dificuldade de questionar o mito de Chico Xavier. Temos que reagir às bombas semióticas que o endeusam, tornando ele o "proprietário", o "acionista majoritário" de virtudes humanas que lhe foram privatizadas. A bondade deixou de ser pública, tornou-se uma franquia com o copyright de Chico Xavier, enquanto a maldade tornou-se pública e o porte de armas será liberado para cidadãos comuns e até para quem lhes roubar tais armas.

Chico Xavier representou tudo de negativo (sim, negativo) associado ao Espiritismo. Levou a deturpação às últimas consequências, completou e ampliou o trabalho de Roustaing para níveis preocupantemente altos. Mas, como nas comédias surreais que transformam pessoas sinistras em pretensos deuses, alvos da mais embasbacada idolatria religiosa, o "médium" tenta derrubar obstáculos, não como um humilde perseverante, mas antes um ambicioso matreiro.

DISSIMULAÇÃO É, MUITAS VEZES, PIOR DO QUE A FALSIDADE ABERTA

O que os brasileiros menosprezam é que a deturpação do Espiritismo nem de longe pode ser considerada um problema menor, acidental ou até mesmo uma licença cultural da religiosidade brasileira. É um processo muito grave que arruinou todo o esforço de entender, corretamente, a questão da vida espiritual e do zelo moral dos brasileiros.

A esfera de beatitude movida pelas paixões religiosas que corromperam a Doutrina Espírita fez com que muitos brasileiros, movidos pelo orgulho da beatitude do "iluminado" Chico Xavier, ficassem surdos e cegos a qualquer questionamento. Isso é grave. Muitos textos que põem em xeque a "superioridade" de Chico Xavier estão entre os mais boicotados na Internet, o que faz com que os chiquistas prefiram uma tolice favorável ao "médium" do que uma revelação dolorosa contra ele.

Para piorar, as chamadas forças progressistas de esquerda, que chegam a contestar as mais entranhadas armadilhas do poder midiático e a desconfiar até de piadas difundidas pelo humorismo televisivo (que, não raro, sugerem preconceitos sociais graves), ficam com medo de contestar Chico Xavier, apreciado com a mesma beatitude viciada dos mais conservadores seguidores do "médium".

NAÇÃO DE IDIOTAS

As forças progressistas deveriam, ao menos, questionar Chico Xavier com o mesmo empenho que se questiona a CBN, o Aécio Neves, o Pânico da Pan, a Regina Duarte, o Ultraje a Rigor. Não se pode se iludir e endeusar um reacionário, que Chico sempre foi, como um pretenso pacifista, um pretenso filantropo, com uma imagem adocicada construída artificialmente pelo discurso midiático, inspirado pelo modelo trazido pelo católico e reacionário inglês Malcolm Muggeridge.

Se as esquerdas não conseguem desmontar o discurso montado, ao longo dos tempos, por Antônio Wantuil de Freitas e pelo modelo importado de Malcolm Muggeridge, tratando a idolatria do reacionário Chico Xavier como se fosse um "presente de Deus", então o Brasil tornou-se um país de tolos, uma nação de idiotas que não sabem o que realmente é o Espiritismo e levam gato por lebre o tempo inteiro, consumindo um Catolicismo medieval fantasiado de Doutrina Espírita.

Os apelos emocionais que envolvem Chico Xavier são de uma pieguice que dá náuseas. Seu visual, cafona, não era para sugerir alguém moderno e futurista, ainda mais um sujeito que, com sua peruca e terno branco bregas, expressava valores morais ultraconservadores, mas ditos de forma que seduzissem até mesmo os progressistas mais enérgicos. Chico foi um assediador moral e poucos perceberam.

A nação é tão idiotizada que não vê problema no Espiritismo ser "catolicizado", usando como desculpa a "afinidade com os ensinamentos cristãos". Não vê problema na idolatria religiosa, tida como "admiração saudável a um humilde homem de bem", sem o menor constrangimento de se levar guiar por apelos sentimentais piegas e ridículos, assimilando, sem saber, valores reacionários escondidos em palavras suaves como "resignar-se com os infortúnios em silêncio".

Os fascistas fazem a festa. Que padre não seria Chico Xavier nos porões do DOI-CODI, fazendo a extrema unção dos torturados pelo coronel Brilhante Ustra? Que assessor não seria Chico Xavier para a ditadura militar? Chico usava a Comunicação para traduzir o AI-5 em palavras tão dóceis que até os opositores da ditadura militar aceitariam sem reclamar.

Se observarmos bem nas "maravilhosas" e "progressistas" (sic) ideias de Chico Xavier, ele defendia valores análogos às pautas reacionárias lançadas pelo golpe político desde 2016. O trabalho exaustivo, a ausência de debate nas escolas, a hierarquia social extremamente rígida, a conformação com as perdas e danos na vida, tudo isso corresponde a pautas dignas de um Jair Bolsonaro e foram ditas por Chico Xavier.

Mas associar Chico Xavier a Jair Bolsonaro, apesar dessa espantosa comunhão de ideias, faz muitos brasileiros correrem para o quarto e chorarem feito crianças malcriadas. Para Chico Xavier, não se oferece o terreno da realidade, as fantasias têm que prevalecer, o mundo da fantasia não pode sofrer sequer uma invasão bárbara das revelações realistas, mesmo com provas consistentes, argumentos lógicos e coisa e tal.

Tudo é amaldiçoado, e temos então o "tóxico do intelectualismo", e o mais grave é que os brasileiros pegam carona nessa falácia que contraria a recomendação kardeciana de ampliação do senso crítico (Kardec admitia que ele mesmo poderia ser questionado, desde que de acordo com a lógica e nunca pela mistificação como a que ocorreu no Brasil).

Só no Brasil é que o senso crítico, quando ameaça os paraísos confortáveis da fé deslumbrada, é criminalizado e reprovado. Mas o que espanta é que os brasileiros embarcam nessa farsa acreditando que Chico Xavier representa o "espiritismo de verdade" e achando que o "tóxico do intelectualismo" está de acordo com os postulados de Kardec, o que é um absurdo. Isso seria como se colocássemos como sinônimos o Método Paulo Freire e a Escola Sem Partido.

COMO SE DÁ A DISSIMULAÇÃO DO ESPIRITISMO

A guerra semiótica que envolve o "espiritismo" brasileiro e, principalmente, a figura de Chico Xavier, é que todo o esforço de dissimulação discursiva é feito para mascarar os aspectos negativos e retrógrados de uma doutrina que já nasceu catolicizada, rompendo com Kardec.

Essa dissimulação parte de uma premissa inicial: o aparato de simplicidade que faz o "espiritismo à brasileira" escapar de comparações verídicas com o Catolicismo medieval que, na sua forma portuguesa, foi trazida para o Brasil pelos jesuítas (incluindo o padre Manuel da Nóbrega, depois renomeado Emmanuel).

A estratégia é levar a embalagem como se fosse o conteúdo. Daí mais um problema semiológico que blinda Chico Xavier. No caso do caráter medieval do "espiritismo" brasileiro, ele é dissimulado porque a doutrina de inspiração roustanguista (apesar de toda bajulação a Kardec) não usa do aparato pomposo do antigo Catolicismo da Idade Média, como igrejas construídas a ouro, cerimônias ritualíticas e indumentárias sacerdotais.

Pouco importa se o "espiritismo" brasileiro é, em seu conjunto, um "Catolicismo medieval" sem make up, com "sacerdotes" à paisana - os "médiuns" - "padres" com trajes casuais (os "palestrantes" e "escritores", às vezes "médiuns" de mediana projeção) e com um conteúdo, também medieval, trazido sob uma retórica de falsa racionalidade.

Para os adeptos e seguidores de Chico Xavier, tudo tem que se reduzir num imaginário agradável, mesmo que seja através de um entulho de conceitos contraditórios e enviesados. Muitos nem sabem que o "espiritismo" brasileiro é deturpado, medieval, ultraconservador e, quando há textos esclarecendo tudo isso, fogem deles como o diabo foge da cruz.

A dissimulação faz do "espiritismo" algo oposto do que realmente é. Se baseia no legado do Espiritismo francês, mas o trai com um conteúdo de herança roustanguista nunca devidamente assumida. Catoliciza demais seus postulados, inserindo neles ideias mistificadoras e levianas, porém agradáveis, mas juram que praticam "respeito rigorosíssimo" aos ensinamentos originais.

O 'espiritismo" brasileiro é ultraconservador, defendendo pautas como o trabalho exaustivo e o evitamento dos debates nas escolas ("bandeira" da Escola Sem Partido), mas lembrar desses aspectos fazem os "espíritas" chorarem aos soluços, porque a religião brasileira adota uma embalagem "progressista", por ideias abstratas como "paz", "fraternidade", "caridade" e "amor".

Esse é o problema semiológico maior. O conflito entre conteúdo e embalagem. A embalagem fala pelo conteúdo, que tem que ser ignorado, escondido e esquecido. A dissimulação do "espiritismo" usa ideias associadas ao progressismo que, no entanto, são muito abstratas. Daí ser possível um texto de Emmanuel ser anti-comunista dando a falsa impressão de que está a favor dessa causa esquerdista.

As palavras podem trair. E, num país marcado pela desinformação que é o Brasil, o "espiritismo" aproveita que as pessoas têm uma compreensão enviesada da realidade para enganá-las, oferecendo gato por lebre, vendendo como "doutrina lógica e progressista" uma religião medieval e ultraconservadora, cuja embalagem se apresenta como "moderna e avançada", mas esconde um conteúdo embolorado de tão retrógrado, que poucos têm coragem de admitir.

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