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O moralismo explícito e oculto em muitos brasileiros



Por que muitas pessoas parecem preguiçosas na necessidade de busca de emprego? Porque na verdade não há preguiça, mas o chamado desalento. Procurar emprego dá trabalho, num mercado em que se exige menos idade e mais experiência de trabalho, conhecimentos de aplicativos que nem Bill Gates ouviu falar, habilidades de motorista mesmo morando nas proximidades e conhecimentos de idiomas só para atender a fregueses caipiras.

Além disso, existem concursos públicos cujas provas são examinadas por "robôs" que acabam marcando como erradas as respostas certas só porque o leitor ótico "pousou" na questão errada. E, aí, enquanto pessoas que, em verdade, acertaram 95% das provas mas foram reprovadas com "55% dos acertos", outras têm o "milagre" de, errando 40% das provas, são aprovadas e contratadas para um cargo público.

Vencer na vida é duro, procurar emprego dá trabalho, pois só para ir a uma entrevista de emprego tem que se fazer um jogo de cena bem mais complicado do que estudar teatro clássico. A essas alturas, encenar Shakespeare é moleza até para qualquer canastrão. E esse circo da meritocracia mostra que nossa sociedade, no Brasil, é das mais injustas e egoístas do planeta.

A obsessão em tratar o "médium" Francisco Cândido Xavier, popularmente conhecido como Chico Xavier, como um suposto símbolo de caridade e generosidade humanas, é, na verdade, um modo de pessoas com algum grau significativo de egoísmo de forjar algum bom mocismo. Só a adoração a Chico Xavier é fruto de um Brasil dissimulado, que demonstrou que o mito do "brasileiro cordial" nunca passou de uma farsa.

A meritocracia cria seus moralistas que, no conforto de seus lares, gostam de cobrar demais de quem está numa situação difícil. Gente que não tem a quem recorrer precisa arrumar caminho do nada, mesmo que nem as janelas se abram para pessoas assim. Enquanto isso, os confortáveis meritocratas chegam a querer que tetraplégicos se levantem e pratiquem decatlos, sob pena de serem chamados de "preguiçosos", "vagabundos" e "sem ambição na vida".

As pessoas deveriam parar para pensar. Elas não continuam sendo egoístas? Elas não se dizem progressistas só para obterem vantagens pessoais? Elas não se consideram modernas para agradar aos outros? Que defeitos ocultos não devem aparecer de vez em quando, apesar de tantas dissimulações, tentativas de desmentir qualidades negativas, de fingir qualidades avançadas para impressionar os outros?

Muitas pessoas vão para "casas espíritas" ou outros ambientes em que se mostram dramas de pessoas que perderam tudo, enfrentaram dificuldades acima dos limites e com muito sacrifício obtiveram alguma superação.

Nestes eventos, as pessoas, sem perceberem, optam por aquilo que é definido como "masturbação pelos olhos", quando o ato de se comover com choro se torna um entretenimento. As pessoas já vão a tais eventos esperando ouvir estórias lacrimosas para caírem em choro, numa comoção premeditada, reduzida a um mero entretenimento.

Só que isso traz um aspecto grave. Não estamos nos divertindo com o sofrimento dos outros? Mesmo quando se tem a impressão de se entristecer com a agonia alheia, e quando achamos que o choro causado pela superação de outrem é de felicidade, ainda assim não se está usando o sofrimento extremo como uma motivação, ocultando nosso sadismo disfarçado de impiedade?

O moralismo cria pessoas secretamente sádicas, preconceituosas, com instintos de egoísmo que por sorte são justificados por um repertório muito engenhoso de falácias. Como na parábola da meritocracia do mundo animal, quando diferentes animais supostamente estão entregues a iguais oportunidades, os moralistas se irritam quando um peixe não consegue dar um salto para atingir o topo de uma grande árvore.

O Brasil mostra problemas tão graves quanto ao moralismo humano que fazem com que a culpa pelo nosso país não se desenvolver vem dos próprios brasileiros que obtém privilégios acima dos demais compatriotas e, com isso, não conseguem ver as necessidades dos outros.

O egoísmo humano é tal que se consente com a mediocridade que predomina no país, que faz com que se aceite perder o necessário e se mantém a obsessão em proteger e manter o que é supérfluo, o que reflete também nas relações de vida e morte de pessoas.

Achando demonstrar sentimentos nobres de desapego, as pessoas aceitam que pessoas de grande valor social morram prematuramente ou deixem incompleto seu trabalho de progresso humano. Muitos, pensando assim, acham que estão exercendo uma espiritualidade plena e vigorosa.

Mas são as mesmas pessoas que se irritam quando se fala, por exemplo, que feminicidas e mandantes da violência no campo também sofrem doenças graves - como câncer e problemas cardíacos passíveis de infarto - e podem morrer prematuramente. E existem e existiram muitos deles, sobretudo feminicidas, que, para surpresa de muitos, morrem com muita frequência sob o silêncio da mídia.

E por que não se fala da morte de feminicidas? Eles se excedem no álcool e nas drogas, sofrem estresse o tempo inteiro, adoecem numa alternância psicológica entre a fúria e a depressão, numa espécie de transtorno bipolar num contexto dramático. Alguém em sã consciência acha que tirar a vida de alguém, sobretudo a própria mulher (ou, em outros casos, uma colega de trabalho ou uma antiga amiga ou vizinha), traz saúde e vigor para o organismo? Ou muitos ainda acreditam na fantasia "antropofágica" do assassino que soma para si o tempo de vida que "roubou" da vítima?

E por que nossa imprensa não noticia mortes de feminicidas, preferindo mentir dizendo que feminicidas idosos estão "muito ativos nas redes sociais"? Quem estão são seus assessores ou familiares. Se um Whindersson Nunes tem dificuldades para suportar haters, vivendo fases de depressão, quanto mais feminicidas que no passado fumaram muito que, chegando à Terceira Idade, não possuem forças físicas nem psicológicas para suportarem críticas e protestos!

Sobre o silêncio da mídia, num tempo em que os obituários têm que parecer fofos como a lista de candidatos ao Prêmio Nobel, isso não seria uma forma de não interromper a onda "higienista" da sociedade reacionária dos últimos tempos, permitindo o extermínio do "excesso de mulheres" no Brasil e ocultando as tragédias dos feminicidas para não assustarem futuros aspirantes a essa falsa defesa da honra.

No feminismo, ainda prevalece a regra de que mulheres que são "feministas demais", intelectualizadas e discretas (só manifestam sua sensualidade dentro do contexto, sem ostentação abusiva), são aconselhadas a se casarem com homens com alguma posição de liderança ou comando. Em contrapartida, quando mulheres seguem o receituário machista da objetificação sexual, são dispensadas até de terem namorados.

Temos sombras no nosso inconsciente que deveriam ser expostas. No Brasil, infelizmente, valores novos sempre são introduzidos parcialmente, sem sua essência original, apenas com sua fachada e alguns aspectos clichês. Mesmo o Espiritismo de Allan Kardec foi nessa onda, quando chegou aqui desfigurado com tantas concessões ao velho Catolicismo jesuíta medieval.

É uma situação gozada. Devido às transformações vividas pelo Catolicismo, já a partir dos últimos grupos jesuítas do século XVIII no período colonial que atuaram de maneira humanista que as gerações de Anchieta e Nóbrega não tiveram, o Catolicismo medieval não encontrou mais espaço na Igreja Católica e foi buscar abrigo num Espiritismo mal-assimilado e completamente descaraterizado em relação ao original francês.

Isso mostra um sério problema dos brasileiros. Eles são modernos ou sentem obsessão pelo retrógrado? Que pretensões fazem as pessoas, contraditoriamente, se declararem "modernas" só para não serem deixados de fora na sociedade, mas se apegam a retrocessos e atrasos alegando profunda nostalgia?

É fácil cobrar do adulto desempregado, do pedinte e do morador de rua para arrumarem trabalho. Mas se é preciso até usar determinado traje e adotar habilidades e conhecimentos para uma simples entrevista de emprego, isso é como exigir que um peixe pequeno "voe" das águas para uma árvore bem alta que quase "toca" o céu. É fácil, no conforto pessoal, fazer exigências desmedidas aos outros.

É fácil cobrar demais de quem não tem. É fácil fingir andar para frente, quando se corre para trás. É fácil ser ao mesmo tempo atrasado e retrógrado e fingir-se vanguardista e moderno. Quantos supostos intelectuais, ditos "de esquerda", atuaram como propagandistas da degradação cultural do povo pobre, uma bandeira claramente reacionária? E o falso feminismo da mulher-objeto? E o bolsonarismo oculto em muita gente boa?

Ver que atletas olímpicos e músicos de repertório alegre e positivista foram apoiar Jair Bolsonaro é chocante, mas mostra o quanto os brasileiros precisam se rever. No Rio de Janeiro, internautas defendiam a ferro e a fogo medidas retrógradas (como os terríveis ônibus "padronizados" que ainda persistem em Niterói, São Gonçalo e Nova Iguaçu, entre outras cidades dentro e fora do Estado, como Florianópolis, São Paulo, Belo Horizonte, Curitiba e Recife), a ponto de criarem blogs ofensivos contra quem discordasse de tais coisas!

Vale a pena ficar defendendo coisas decadentes a ponto de agredir quem discordasse das mesmas? E como explicar a burrice travestida de inteligência, a estupidez travestida de lucidez, o reacionarismo travestido de progressismo, o egoísmo travestido de altruísmo?

Evidentemente não defendemos a ideia, retrógrada e reacionária, do "inimigo de si mesmo", porque essa ideia vem de um moralismo punitivista cuja origem veio de correntes militarescas do pensamento oriental da Antiguidade.

No entanto, as pessoas têm que perceber os seus maus instintos. No caso do emprego, seria melhor que os moralistas cobrassem mais dos empregadores, dos contratadores, para flexibilizar seus critérios. Fácil cobrar do que não tem, difícil é cobrar dos que estão em cima, como diz aquela ideia do "cagar para baixo".

Devemos abrir mão de insanidades como acreditar que o infarto pode matar jornalistas bonachões (como Paulo Henrique Amorim) ou jovens e pacatos figurantes, mas não pode matar feminicidas ou pistoleiros que carregam pressões emocionais violentas resultantes do crime que cometeram. Aceitar, também, a morte dos assassinos também é um sinal de desapego, até porque a tragédia não escolhe caráter para ceifar suas vítimas. A morte não é um privilégio de anjinhos ou quase-anjos.

Devemos abrir mão do pretensiosismo. Se somos conservadores, devemos assumir isso. Se a vanguarda não nos é atraente, nem por isso devemos fingir vanguardismo para obter vantagem. Se é impossível parecer diferenciado, a solução é se resignar com isso ou buscar uma solução revendo seus valores e desenvolvendo a autocrítica. Mudar não é uma questão de um sujeito fazer uma coisa e depois fazer outra bem oposta, sem passar pelo processo da autocrítica, pois todos podem mudar de posição, mas é necessário haver uma boa razão para isso.

No caso da religião "espírita", admitir o reacionarismo e o ultraconservadorismo de Chico Xavier é demonstração de humildade com a realidade. Não dá para brigar com os fatos, sob o pretexto de manter ideias agradáveis. E também é insuficiente admitir que Chico Xavier "era imperfeito, errou e foi um endividado moral".

A ideia é admitir a impossibilidade de atribuir modernismo, progressismo, futurismo e vanguardismo num interiorano que usou perucas cafonas e ternos antiquados, expressava ideias ultraconservadoras (isso está explícito em livros e depoimentos) a ponto de defender a ditadura militar (com uma convicção que chocaria seus seguidores, se eles não idealizarem demais o "médium") e pautas dignas do bolsonarismo, como as que hoje equivalem à reforma trabalhista, reforma da previdência, Escola Sem Partido e até a "cura gay".

Se ninguém abrir mão dessas sombras ocultas que as fazem reacionárias, egoístas, retrógradas, mas também dissimuladas e interesseiras, o Brasil continuará nos mesmos desastres que vive há mais de 40 anos. Devemos enterrar os assassinos que morreram ontem e velar pelos que morrerão hoje e amanhã. Pedir aos empregadores não exigirem demais de quem procura o emprego. E assumir que Chico Xavier foi uma das figuras mais conservadoras e retrógradas da História do Brasil. Chega de transformar a vida na eterna luta das fantasias contra a realidade dos fatos!

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