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Fernanda Young e a mania do Brasil vibrar contra a modernidade



Alberto Santos Dumont, Noel Rosa, Mário de Andrade, Gláucio Gill, Sylvia Telles, Leila Diniz, Oduvaldo Vianna Filho, Gláuber Rocha, Júlio Barroso, Henfil, Nara Leão, Raul Seixas, Cazuza, Renato Russo, Chico Science, e, agora, Fernanda Young.

Como pessoas dotadas de um talento grandioso e diferenciado e que, não raro, possuem atuação decisiva em momentos de profunda modernidade e pioneirismo, morrem tão cedo no Brasil, como hóspedes desse hotel gigantesco que é o nosso país, forçados a abandoná-lo diante de um astral viciadamente conservador e reacionário.

Chegamos a subverter a lógica. A sociedade moralista está acostumada a ver morrerem cedo pessoas de grande valor. Até parecem que torcem para elas morrerem cedo e, simbolicamente, serem apenas ícones cuja existência se limita à admiração póstuma, sem poderem mais interferir no nosso presente. Eles se tornam "eternos" apenas como legado, mas deixam de contribuir para o nosso presente sofrido.

Devemos chamar a atenção para o inconsciente de nossos brasileiros. Muitos brasileiros são bastante reacionários, sem saber. Pessoas que se dizem de esquerda mas são profundamente reacionárias, com seu direitismo inconsciente ou, se consciente, bastante dissimulado. O Brasil é doentiamente nostálgico, e tem a mania insana de se apegar demais ao supérfluo, embora se ache forte ao se desapegar do essencial.

Enquanto a todo tempo perdemos pessoas geniais, achando que somos fortes ao aceitar a perda de pessoas no auge de sua atividade mental, do seu legado criativo e ainda no vigor de suas forças físicas, temos muito, muito medo de que os assassinos - essas paródias de Deus no sentido de impor direito de vida e morte aos outros - morrerem, mesmo quando a natureza nos lembra que quem tira a vida dos outros atrai para si violentas pressões emocionais que lhes atingem seriamente.

Enquanto perdemos pessoas que ainda tinham muito a fazer, as circunstâncias permitem que o feminicida Marcelo Bauer, que matou a ex-namorada a facadas em 1987, faça turismo pela Europa, impune e com o crime prescrito faz tempo. Será que um sujeito desses vai viver até os 95 anos, ainda que hoje esteja velho e gordo para seus 50 e tantos anos, vivendo só da Eurotrip de um criminoso impune e filho de importante militar?

As pessoas estão tão apegadas aos assassinos que, no Brasil, ocorre, discreta mas intensamente, a glamourização do homicídio, que inutilmente movimentos internacionais como Don't Name Them tentam resolver creditando o autor do homicídio ao anonimato. O que resolve não é botar a glamourização debaixo do tapete, mas entender o homicida não como um anti-herói ou um mito, mas como uma pessoa problemática, frágil e, sobretudo, portadora de sua própria tragédia.

Até agora não nos preparamos para a morte de Doca Sreet, o famoso feminicida que, em termos de idolatria, corresponde à resposta brasileira ao psicopata Charles Manson. Quando matou Ângela Diniz, no final de 1976, a saúde de Doca preocupava seus amigos, pelo tabagismo intenso e pelo uso de cocaína.

Nos últimos anos, Doca continuou fumando, mas a cocaína e o pulmão enfraquecido deixaram seu legado, o que inferimos que, há pelo menos 30 anos, ele anda muito, muito doente. Nao é questão de ódio, intolerância nem vingança, até porque a tragédia pessoal de Doca Street era um pressentimento vindo de entes queridos, a morte dele era uma hipótese futura sentida pelos que mais lhe adoravam.

Só que nossa sociedade é moralista e se irrita com essa realidade. Esquecem que, quando se aponta a tragédia para Doca Street, nos baseamos na informação biológica, na Ciência. Se ele, no passado, cheirou cocaína, se embriagou, e seu tabagismo tornou-se regular por toda a vida, evidentemente esperaríamos que ele morresse até prematuramente.

Mas, em vez disso, temos um dado surreal: Doca tornou-se o "brasileiro que não pode morrer". De dez em dez anos, se publicam informações de um machista "saudável" e "cheio de planos", e em 2015 matéria de O Globo apelou para uma fake news, não sei se por boa ou má-fé de quem redigiu a reportagem, dizendo que Doca "estava muito ativo nas redes sociais". Isso não tem a menor lógica.

Afinal, como um machista de velha linha, idoso e doente, poderia ter energias físicas e psicológicas para suportar os haters nas redes sociais? Se um Whindersson Nunes, só para citar um influencer bem famoso, teve que dar um hiato porque sofreu depressão ao encarar haters, não será um machão das antigas e muito velho que irá encarar tudo isso com força. Paciência, Ângela Diniz não foi morta pelo Super-Homem!

Quem está muito ativo é o assessor de Doca Street - é muito comum nas elites haver ghost writers digitais, até pelos compromissos ou necessidade de descanso do titular - ou seus familiares. E raramente pessoas nascidas nos anos 1930 têm esse apetite de encarar as redes sociais. Renato Aragão é uma das exceções.

Falamos de Doca porque isso ilustra o moralismo doentio que envolve as pessoas e que permitiu que Jair Bolsonaro chegasse ao poder. Mesmo com o governo Bolsonaro a um fio, ainda hoje tivemos manifestações, em várias partes do Brasil, manifestando apoio ao grotesco presidente, que, contrariando a etiqueta de um chefe de governo, andou xingando o presidente francês Emmanuel Macron como se Jair fosse um moleque de Internet, pior que seu filho Carlos.

Só que até mesmo pessoas que se dizem de esquerda precisam também rever seus valores. Durante anos elas assimilaram valores culturais de centro-direita, alguns motivados pelo pretexto "identitário". Assimilaram por influência de todo aquele papo furado de "fim do preconceito" que só serviu para a degradação cultural do Brasil, que já reinava quase absoluta nos anos 1990, atingisse espaços culturalmente mais nobres.

A esquizofrenia mental dos brasileiros é tal que eles se consideram patriotas, mas querem ver as empresas estatais e as riquezas naturais vendidas para empresas estrangeiras. São democratas defendendo golpes políticos e projetos ditatoriais. São moralistas sem moral. São pessoas que dizem odiar a corrupção quando ela é de esquerda, mas quando é de direita ficam cheios de dedos e se calam em silêncio.

Até no que se diz ao transporte coletivo, alguns busólogos tresloucados, acompanhando políticos e tecnocratas retrógrados, cometem o asneirol de acreditar que o sistema de ônibus em cada cidade ou Estado só terá transparência se esconder as identidades visuais das empresas de ônibus, através da chamada "pintura padronizada" que coloca diferentes empresas sob uma mesma pintura, confundindo os passageiros e facilitando a corrupção político-empresarial. Infelizmente a pintura padronizada continua sendo uma obsessão doentia em muitas cidades brasileiras.

As esquerdas consomem a música popularesca da centro-direita, cultua os heróis esportivos, religiosos e comportamentais da centro-direita, e consideram que o empoderamento feminista, quando é nas classes pobres, têm que passar pelo filtro da objetificação sexual machista. A mulher pobre, para se "empoderar", tem que se contentar em usar o seu corpo como brinquedo erótico dos homens e "jogar" com eles, sob a desculpa de "dominá-los".

A hipocrisia humana pega, desprevenidos, os instintos de muita gente que se acha correta, progressista, moderna, vanguardista, futurista e altruísta, mas esconde os respectivos antônimos dessas qualidades. A sordidez humana reinante no Brasil vibra para transformar canastrões, canalhas e facínoras em "entes queridos", enquanto deixamos perder, prematuramente ou no auge de suas missões pessoais, pessoas de muito, muito valor.

Esperamos, de braços cruzados, que aquele feminicida dos anos 1980 ou 1990 que hoje tem seus 50 e tantos anos possa parecer um "cara legal", no apego vaidoso de um nome e uma condição sócio-material corrompida, de forma a fazer com que uma pessoa dessas possa, com a distância temporal do seu crime, "esquecer" o terrível homicídio e tratá-lo como se fosse um acidente como quebrar um prato depois do almoço.

Melhor tivesse sido o feminicida ou um outro assassino morrerem entre os 55 e os 68 anos, ou talvez não muito tarde, se for além disso, e o sujeito reencarnar sob outro nome, sob uma vida surgida do zero, sem a preocupação de "limpar um nome sujo" diante da raiva e da irritação de uma parcela da sociedade e sem qualquer benefício real para um criminoso supostamente arrependido.

ATÉ FERNANDA YOUNG, FALECIDA, FALOU DOS VÍCIOS DOS BRASILEIROS

Mas o Brasil moralista, capaz de jogar fora a mobília nova e destruir a nova decoração que acabou de ser feita, não mexe com os entulhos acumulados nos porões mentais, com o mofo tóxico das paredes, com o lixo que precisa ser descartado mas é deixado guardado em um canto.

De que adianta os brasileiros se julgarem com o espírito nobre de aceitar, resignados, que pessoas de grande valor morram cedo ou no auge de suas missões, acreditando dotar de sentimentos de coragem e abnegação, se ficam irritados com uma simples notícia de que um assassino sofre de câncer.

Como ficaria a sociedade se, no lugar de um Marcelo Yuka (do verso "Também morre quem atira", da versão para "Hey Joe", de Billy Roberts e consagrada por Jimi Hendrix, e cuja letra original é direcionada a um hipotético feminicida, Joe), morresse o Marcelo Bauer? E só de imaginar Guilherme de Pádua morrendo antes dos 60 anos, como arriscou anunciar um vidente pouco após o assassinato de Daniella Perez, causa revolta nele e nos seus partidários.

O Brasil está muito mal resolvido nos valores morais e culturais. Não tem noção precisa do que é moderno e do que é retrógrado, possui um saudosismo doentio e um medo do futuro que faz com que este fosse escravo do passado. O Brasil tem internautas mais agressivos e fanáticos nas redes sociais, com um reacionarismo comparável ao de grupos neo-nazistas e do antigo Comando de Caça aos Comunistas que atuou durante a ditadura militar.

E ver que a própria Fernanda Young, pouco antes de morrer, prematuramente aos 49 anos, dando fim à sua brilhante carreira de dramaturga, intelectual, atriz e apresentadora, escreveu tais parágrafos no artigo final que será publicado amanhã, pelo O Globo, direcionados à mediocridade e estupidez reinantes no Brasil, é contundente:

"O cafona manda cimentar o quintal e ladrilhar o jardim. Quer todo mundo igual, cantando o hino. Gosta de frases de efeito e piadas de bicha. Chuta o cachorro, chicoteia o cavalo e mata passarinho. Despreza a ciência, porque ninguém pode ser mais sabido que ele. É rude na língua e flatulento por todos os seus orifícios. Recorre à religião para ser hipócrita e à brutalidade para ser respeitado.

A cafonice detesta a arte, pois não quer ter que entender nada. Odeia o diferente, pois não tem um pingo de originalidade em suas veias. Segura de si, acha que a psicologia não tem necessidade e que desculpa não se pede. Fala o que pensa, principalmente quando não pensa. Fura filas, canta pneus e passa sermões. A cafonice não tem vergonha na cara".

Por ironia, um dos seriados criados por Fernanda e seu marido Alexandre Machado, Os Normais, teve como tema a música "Doida Demais", do ídolo brega e depois feminicida Lindomar Castilho, um sujeito tão cafona que suas gravações soam como as de um cantor já falecido, em que pese o cantor ainda estar vivo, no ostracismo. Canções de artistas já falecidos, como Cazuza e Renato Russo, têm um frescor de vida e modernidade que o repertório de Lindomar não tem, que parecem terem sido gravadas por cantores que ainda estão entre nós.

Esse artigo envergonharia até o "intelectual de Facebook" que perde o tempo argumentando o que é impossível argumentar. E no próprio Espiritismo, que é reflexo desse país esquizofrênico em que vivemos, há tantos assim que vêm com a falácia pseudo-imparcial do tipo "até entendo suas críticas mas o problema é que às vezes você exagera nisso e naquilo, só que não é bem assim e a vida, com esses absurdos, seria melhor deixar tudo como está".

Essa relação indigesta, essa diarreia emocional que não entende o que é moderno e antiquado, é que faz os "espíritas" creditarem como suposto símbolo de modernidade, progressismo, futurismo e vanguardismo um sujeito retrógrado, que usou peruca e ternos cafonas, chamado Francisco Cândido Xavier e apelidado Chico Xavier, um sujeito de ideias medievais mas que foi promovido a "dono" do futuro dos brasileiros.

A adoração a Chico Xavier é uma coleção de leviandades e hipocrisias. Na Internet, se revelam que as suas supostas psicografias se comprovam uma grande farsa, porque todas as teses que apontam autenticidade ou possível veracidade são frágeis, carecem de fundamentos sólidos e argumentos consistentes, em que pese a obsessão dos partidários de Chico Xavier de ficarem sempre com a razão.

Alguém em sã consciência acreditaria, mesmo, que espíritos dos grandes poetas e escritores, de diferentes procedências, se reuniria atraído por um jovem caipira de uma cidade rural de Minas Gerais, para lançar, do além, obras inéditas com mensagens "relevantes"? Nenhuma relativização consegue sequer sugerir que Parnaso de Além-Túmulo possa ser considerada autêntica. Os brasileiros não entendem que semelhança não garante autenticidade: a finalidade do "falso" é justamente parecer o mais fiel possível ao "verdadeiro" para enganar as pessoas.

Chegamos ao cúmulo de permitir que, no caso de Chico Xavier e similares, se permita "acreditar ou não" nas identidades autorais atribuídas às psicografias, o que faz com que, em verdade, se ofenda as memórias dos falecidos, que não estão aí para reclamar e que, na prática, acabam se tornando propriedades intelectuais de uma minoria de oportunistas e farsantes autoproclamados "médiuns" (e isso inclui o "tão renomado" Chico, que fez horrores com Humberto de Campos, Olavo Bilac, Castro Alves, Auta de Souza, Meimei, Jair Presente e até Cornélio Pires!).

Mas num país em que a literatura fake de Chico Xavier é considerada "autêntica", o que permite que as pessoas aceitem fake news e transformem o sofrido Brasil num paraíso da pós-verdade, a ignorância humana torna-se virtude, e a esquizofrenia dos brasileiros, na sua terrível confusão mental (digna de buscar tratamento psiquiátrico sério), mistura burrice e inteligência, estupidez e lucidez, loucura e normalidade, num terrível engodo, numa lavagem de porco existencial.

É por isso que as pessoas, no Brasil, deveriam repensar seus valores. Será que as pessoas realmente são modernas ou são, em verdade, retrógradas? Temos realmente boas qualidades ou só queremos agradar aos outros? Só assumimos nossos erros como chantagem para evitar punições e no desespero de obter algum atenuante com a pretensa sinceridade e falsa autocrítica? O erro e o crime são aceitáveis conforme o status de cada pessoa?

Se o Brasil não resolver esse entulho mental que temos no inconsciente, nos instintos ocultos, se as neuroses humanas continuarem sendo dissimuladas e nossa hipocrisia interior for mantida com uma série de relativismos, continuaremos nesse pesadelo bolsonarista que, em verdade, reflete a hipocrisia não exclusiva dos bolsomínions, mas também presente em pessoas que se dizem "isentas", "lúcidas" e "imparciais" ou mesmo uma parcela de esquerdistas, progressistas, ateus, vanguardistas e modernistas.

É hora de resolvermos nossos entulhos mentais, para que criemos um Brasil com um ambiente astral propício para pessoas de grande valor ficarem mais tempo conosco, promovendo o progresso social, científico e cultural necessários para nosso avanço e aprimoração. Se não jogarmos nosso entulho fora, como a vaca da "parábola da vaquinha", permaneceremos na mediocridade viciada que já está nos tirando até a floresta amazônica. Perdendo nosso "pulmão" ecológico, continuaremos acreditando que "dá para viver com retrocessos"? Espera-se que não.

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