A onda de mau agouro que atinge Niterói nos últimos anos, que inclui incêndios em condomínios, assassinatos em plena luz do dia, deslizamentos de terras, e até mesmo preguiça em não avançar muito com projetos de urbanização.
Só para se ter uma ideia, enquanto muitas cidades em regiões metropolitanas situadas em beira de rodovias possuem mergulhões e rodovias internas ligando bairros vizinhos, há o problema antigo de que dois bairros, Rio do Ouro e Várzea das Moças, não possuem uma avenida própria ligando ambos.
Há um terreno ocioso, do qual não seria difícil governo estadual, prefeito de Niterói e DER (órgão que regula as estradas no Estado do Rio de Janeiro) negociarem a desapropriação e construírem nova avenida. Mas não. O descaso é tanto que estão esperando que o terreno seja tomado pela especulação imobiliária ou por milicianos, enquanto a RJ-106, rodovia estadual, acumula para si o que na Internet se chama de "avenida de bairro", atrapalhando completamente o tráfego.
Mas esse descaso não é público. A imprensa de Niterói se cala sobre esse problema. E, pior, a imprensa de redes sociais, supostamente "independente" e "mais dedicada ao interesse público", também se silencia quanto ao problema, enquanto pessoas que se deslocam de cidades distantes da Região dos Lagos precisam disputar tráfego com os veículos que transitam de Rio do Ouro, Várzea das Moças e até Baldeador, não raro perdendo tempo com isso. Quando há congestionamentos, a coisa piora.
Mas ninguém fala. Deve ser obsessão espiritual, subjugação, dizem os críticos do "espiritismo" brasileiro. Há um "centro espírita" por lá, Remanso Fraterno, que impede os dois bairros que dependem de rodovia para se comunicarem de obter algum progresso. Não há infraestrutura nos locais, as regiões são pobres, há muita violência no local, e de noite falta iluminação e o clima nas ruas é de medo.
Mas o niteroiense considerado "formador de opinião", que, quando manda mensagem nas redes sociais recebe resposta e até respaldo de mais de vinte pessoas, ele fica calado. Ele não vai para Cabo Frio, quando vai para as férias pega a Ponte Rio-Niterói, não sabe o longo caminho da RJ-106 que precisa ser cumprido com rapidez e não disputando pista com veículos que mudam até de faixa, se deslocando entre os dois bairros.
Niterói é uma cidade obsediada? Tivemos deslizamento de terra em Piratininga, tivemos a tragédia do Morro do Bumba, situado nas "costas" de um "centro espírita" do Fonseca, o Instituto Dr. March, em 2010. Tivemos serial killer de mulheres entre Itaipu e Piratininga, os milicianos entram fácil na cidade, um traficante internacional de armas passou a morar em Piratininga, a Av. Amaral Peixoto, no Centro, é uma das piores avenidas de Centro de cidade existentes, a urbanização da cidade não avança.
Pior: apesar da "pequena queda" em Índice de Desenvolvimento Humano, do quarto para o sétimo lugar, Niterói parece ter despencado para as últimas colocações. E a insegurança é tanta que já se cometem latrocínios e homicídios à luz do dia. A cidade virou terreno do medo, da violência, do descaso, e para piorar a chamada classe média fica esbanjando felicidade, achando que está vivendo num paraíso.
A decadência do Rio de Janeiro, a cidade vizinha, atinge níveis dantescos. O Grande Rio deixou de ser referência para o Brasil, tanto que o Sul Fluminense, de cidades como Vassouras, Paty do Alferes até Angra dos Reis e Paraty, preferem pautar sua vida urbana nas cidades paulistas ou mineiras, estando mais próximas de São José dos Campos e Juiz de Fora do que do Rio de Janeiro.
Mas Niterói atinge níveis ainda mais dantescos. Acidente de carro matando jovens na Estrada Francisco da Cruz Nunes - onde, por falta de passarela de pedestres, faz muitos andarilhos levarem até vinte minutos para se deslocar de um lado para outro na estrada - , incêndio em loja de artigos de festas, presença de menores assaltantes "fazendo plantão" em lojas e mercados, assaltos constantes em Icaraí, até mesmo durante a tarde, e problemas fáceis de resolver que ninguém resolve, como falhas na energia elétrica e no saneamento.
"AVENIDA CHICO XAVIER"
Na última quarta-feira, 02 de junho de 2021, houve dois incidentes à luz do dia. De manhã cedo, por volta das oito da manhã, um suposto assaltante foi alvo de tentativa de linchamento na altura da Rua Noronha Torrezão próxima à Rua Major Duque Estrada, em Santa Rosa. O local é de grande movimento de pessoas e situa-se em área de muitos estabelecimentos comerciais.
Mas o pior aconteceu por volta de 13h30, e, o que é mais grave, no Plaza Shopping, considerado um reduto da classe média niteroiense. Na praça de refeições do segundo andar, uma discussão de colegas de Enfermagem da Universidade Federal Fluminense, o jovem Matheus dos Santos Silva, de 21 anos, e Vitórya Melissa Mota, de 22 anos, terminou com ele assassinando a garota, a facadas, porque ela se recusava a se corresponder com a paixão platônica do rapaz.
O crime, gravado pela câmera interna do Plaza Shopping, é chocante. As pessoas, assustadas, fugiram. No vídeo aparece um idoso tentando sair discretamente, começando a ligar o celular. Matheus acabou sendo detido por seguranças do local e depois levado por policiais da 76º DP onde o feminicida está preso.
O entorno do Plaza não é lá uma região segura. A Praça do Rink já teve seu valor histórico antes, quando era um terminal de ônibus que, com seus problemas, tinha maiores atrativos como logradouro urbano. Hoje a região está decadente, tem um acesso para o Morro do Estado - região que nunca teve atenção do poder público para ser urbanizado e virar um bairro decente - e já houve assassinatos durante à tarde, um deles às 15h30.
Tanta energia ruim só pode ter explicações: "centros espíritas" que sempre "vibram" para ninguém melhorar de vida porque "vida melhor só no outro lado (o mundo espiritual)". Isso cria uma série de zonas de conforto que, diz a piada, Niterói realizou a união das Zonas Norte e Sul numa zona só, a Zona de Conforto. Uma cidade que tem dois bairros que dependem de rodovia estadual para se ligarem, atrapalhando o tráfego dos outros, só pode viver nesse clima espiritualmente obsessivo, nessa acomodação incurável que faz niteroienses se irritarem quando alguém lhes cobra para lutar por melhorias.
Mas o pior está no nome de uma avenida em Piratininga: Avenida da Ciclovia Chico Xavier. Sim, o nome do maior pé-frio da história do Brasil, que, por deturpar tanto o Espiritismo trouxe más energias, porque a desonestidade atrai vibrações altamente negativas, das quais nem mesmo musiquinhas bonitinhas e supostas ações de caridade conseguem afastar, antes reforçando ainda mais a atração das "criaturas das trevas", os espíritos inferiores.
Esse é um grande problema, a homenagem dada a alguém que não contribuiu em coisa alguma para o Brasil, quanto mais para Niterói. E quando Chico Xavier "colaborou" para Niterói, foi da forma bastante negativa e nociva.
No livro Cartas e Crônicas, de 1966, Chico Xavier, mais uma vez usurpando o nome de Humberto de Campos - o codinome "Irmão X" tinha uso externo, para evitar processos judiciais, mas dentro do "meio espírita" a usurpação do nome do falecido escritor maranhense continuava valendo - , fez um juízo de valor muitíssimo grave e extremamente ofensivo: acusou pessoas humildes que frequentaram um circo destruído por um incêndio de terem sido "romanos sanguinários" que viveram na Gália do século II da nossa era.
Chico Xavier passou pano em Dequinha, âpelido de Adilson Marcelino, que juntamente com seus capangas botaram fogo em várias partes da lona do Gran Circo Norte-Americano, em 17 de dezembro de 1961. Dequinha era funcionário do circo que armava sua estrutura, e discutiu com um dos donos do estabelecimento, de forma que foi demitido e, com isso, decidiu se vingar.
A atuação de Chico Xavier foi bastante deplorável para que, hoje, o pessoal passe pano em sua figura e fique que nem idiota nas redes sociais publicando memes do "médium", com aquelas "lindas frases" que de lindas não têm sequer uma vírgula, e isso quando não elogia os 400 e tantos livros horríveis que só possuem mistificação barata e frequentemente contrariam os ensinamentos espíritas originais. Aliás, quem foi que espalhou a ideia de que Chico Xavier "ajudou a divulgar a Doutrina Espírita"? Antes ele não divulgasse, porque aprendeu e transmitiu tudo errado.
E antes que os chiquistas esperneiem nas redes sociais com a sua choradeira de sempre, expliquemos:
1) Chico Xavier, oficialmente tido como "pessoa humilde" e "símbolo de simplicidade e amor", ofendeu pessoas humildes que assistiram a uma apresentação circense e, infelizmente, tiveram que enfrentar, de forma direta ou indireta, a tragédia, por causa de um crime cometido no local que provocou um incêndio que matou centenas, ou talvez milhares, de pessoas. Imagine um "homem humilde" agredindo e ofendendo os pobres com seu juízo de valor, chamando-os de "romanos sanguinários";
2) A acusação leviana, não bastasse ter sido feita sem o menor fundamento, baseado apenas num juízo de valor que Chico Xavier fez, motivado por um moralismo punitivista, atribuiu época longínqua, quase vinte séculos antes, o que significa uma completa falta de misericórdia do "bondoso médium" para com pessoas humildes, que ainda têm que aguentar a "lembrança" de uma acusação indevida e antiga, causando danos morais aos pobrezinhos;
3) Chico Xavier passou pano em Dequinha e seus comparsas, dando-lhes o atenuante dos seus crimes, atribuindo-os a "justiceiros morais" da dita "Lei de Causa e Efeito". Ou seja, eles apenas são vistos como "agentes para o pagamento de dívidas morais antigas" das vítimas (que no "espiritismo" brasileiro sempre são as culpadas), e os criminosos, embora "fossem pagar pelo que fizeram perante a Justiça de Deus", têm sua gravidade reduzida, porque, para o "espiritismo" brasileiro, todo homicídio é culposo, feito apenas para a vítima "pagar pelo que deve";
4) Cometendo falso testemunho, Chico Xavier ainda responsabilizou seu juízo de valor, pelo seu elevado grau de perversidade, a um escritor falecido três décadas antes, Humberto de Campos, que já não está mais vivo para reclamar. Neste sentido, o uso de nomes de mortos por Chico Xavier é um artifício para que as opiniões pessoais do suposto médium lhe sejam "despersonalizadas" para o bem e para o mal, seja para torná-las "pretensamente universais", seja para livrá-lo de culpa, quando as opiniões refletem pontos de vista bastante negativos;
5) Caso semelhante já rendeu processo judicial contra um suposto médium. O livro O Voo da Esperança, de Woyne Figner Sacchetin, de 2009, foi usado o nome de Alberto Santos Dumont para poupar o farsante, que é médico da cidade de São José do Rio Preto (SP), de ser acusado de perverso juízo de valor. Em relação à tragédia de um avião da TAM que em 2007 explodiu no Aeroporto de Congonhas, na cidade de São Paulo, matando 99 pessoas, Woyne acusou as vítimas de também terem sido "romanos sanguinários" da Gália do século II. Três famílias de mortos do acidente processaram Woyne por danos morais e o livro foi tirado da comercialização.
ESQUEÇAM!! CHICO XAVIER NUNCA FEZ CARIDADE!!!!
O mais grave é que, no caso do acidente da TAM, as vítimas eram pessoas de elite e, por isso, seus parentes tiveram dinheiro e iniciativa para processar judicialmente um charlatão religioso, por ter este causado danos morais.
No caso do incêndio no circo niteroiense, as vítimas eram pessoas pobres e sem escolaridade, portanto, sem a consciência do papel que poderiam exercer processando Chico Xavier por danos morais. Poderiam acionar a assistência jurídica gratuita e, se o tivessem feito, teriam botado o "bondoso médium" na cadeia, porque sendo um segundo crime do "médium", ele dificilmente ficaria solto, só se for com muitas habilidades de seus advogados, porque ele já cometeu um crime de ter usurpado o nome de Humberto de Campos, cometendo crime de falsidade ideológica.
Humberto de Campos, aliás, foi lesado pela segunda vez, porque sobre ele foi jogada a culpa de tão maligno juízo de valor, porque é fácil botar culpa nos mortos pelas opiniões pessoais ruins de gente viva. E esse crime de usurpar nomes de mortos por falsidade ideológica é ainda mais grave porque ele é condenado severamente pela Doutrina Espírita. Quem duvida precisa ler O Livro dos Médiuns e verá que Chico Xavier teria as orelhas sangrando mais do que cadáver esquartejado, de tanto puxão do nosso conhecido mestre de Lyon.
O episódio de Cartas e Crônicas, então, derruba qualquer atribuição de Chico Xavier como uma "pessoa caridosa, dedicada ao trabalho do bem". Mostra o lado perverso, maligno, macabro, do figurão que foi o maior deturpador do Espiritismo, que fez coisas mil vezes mais graves do que até mesmo os mais ambiciosos roustanguistas dos primórdios da Federação "Espírita" Brasileira.
Chico Xavier nunca fez caridade. Ele apenas se limitava a distribuir os donativos de outras pessoas e se promover às custas deles. Vivendo no conforto, queria se fazer seu o suor dos outros, sem que tenha feito esforço digno para tal pretensão.
A "caridade" serve apenas de carteirada para isentar Chico Xavier dos seus defeitos (muitos e da mais extrema gravidade, que num país menos ingênuo o classificaria de vigarista para baixo). E quando se usa a suposta caridade como carteirada, isso mostra que não houve caridade, porque os verdadeiros caridosos não ficam se alardeando por aí para se livrarem de culpa ou abafar críticas e acusações.
Imagine se um sujeito comete um assassinato e fica dizendo o todo "mas eu fiz caridade, mas eu fiz caridade", só porque doou 50 sacos de mantimentos para os pobres? Pois é. Ficam blindando Chico Xavier repetindo feito disco pulando que "pelo menos ele fez caridade, pelo menos ele fez caridade", uma falácia que, de tanto dita, já começa até a irritar de tão mentirosa.
Chico Xavier até fez o contrário. Ele nunca fez caridade e recusou ajudar o próximo. Suas ideias - e é ele quem escreve nos livros e fala em depoimentos, pouco importam o enfeite dos nomes de mortos porque as ideias são idênticas d vêm de sua mente - são baseadas na Teologia do Sofrimento, que pedem para o sofredor, o infeliz, aguentar todo tipo de desgraça, as piores que houverem.
Lembrando Cláudia Leitte nos Altas Horas, Chico Xavier dizia, com sua positividade tóxica, que "era só aceitar o sofrimento que o sofrimento vai embora". Falar é fácil. A perversidade sem limites do "médium" pedia para que ninguém gritasse de dor nem reclamasse, que aguentasse tudo em silêncio e se recolhesse, no momento de ócio, na prece. O problema é que Chico Xavier, adepto do trabalho servil e exaustivo e complacente com os abusos de patrões, patriarcas e outros hierarcas, não explicou como a pessoa que trabalha até altas horas da noite vai arrumar tempo para se recolher para orar.
Com tanta perversidade desse tipo, já se cogita retirar o nome de Chico Xavier da Avenida da Ciclovia em Niterói, que não tem aspectos de rodovia, sendo mais uma ociosa rua não-asfaltada, improvisada por areia e grama. Se ela já é um acesso decadente para ser chamado de "rua", quanto mais de "avenida". Num contexto de expansão da Região Oceânica de Niterói, essa "avenida" é um acinte, e acintoso é manter o nome de um religioso tão traiçoeiro, retrógrado e obscurantista, rigorosamente medieval.
Mas isso tem a ver com a emotividade tóxica que seguidores de Chico Xavier, que é o "Jair Bolsonaro do Cristianismo", sentem em favor do "médium", o que cria zonas de conforto que remetem à conformação com a miséria, com o sofrimento, com a violência. Daí que os seguidores de Chico Xavier preferem que suas casas peguem fogo com a família toda dentro do que ver o "médium" ser desmascarado de maneira severa, mesmo de acordo com o rigor da Lógica e da Razão. Os chiquistas são pessoas obsediadas por excelência.
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