MENSAGEM SIMPLÓRIA E INÚTIL DE CHICO XAVIER POSTADA NO PERFIL DA ATRIZ RITA GUEDES NO INSTAGRAM.
Fernanda Souza, Vanessa Gerbelli, Maria Paula Fidalgo, Beth Goulart, Paula Fernandes, Regiane Alves e, agora, Rita Guedes. Por que será que, de repente, surgiram atrizes bonitas, além de outras não-famosas que são médicas, advogadas, publicitárias e outras mulheres atraentes, exanltando o "espiritismo" brasileiro, principalmente a figura deplorável de Francisco Cândido Xavier?
A adesão recente, a atriz Rita Guedes - que, pelo jeito, não deve ter conhecido bem o muito externo da "bolha" brasileira, ao viver em Los Angeles por vários anos - , se expressa por uma frase boba e sem serventia de Chico Xavier, uma coisa idiota que nem precisa dizer: "Deixe algum sinal de alegria onde passe".
Se as pessoas não conhecerem o contexto desta frase, achará que é uma "coisa linda", uma mensagem "confortadora", um recado "animador" para o dia a dia. Mas quem conhece o lado oculto de Chico Xavier, por trás da imagem de "fada-madrinha" que o "médium" mantém no imaginário tolo das redes sociais, verá que essa frase é de uma hipocrisia gritante, pois Chico Xavier sempre pregou a defesa do sofrimento alheio, com base no ditado popular "pimenta nos olhos dos outros é refresco".
Para quem quer conhecer a síntese do pensamento de Chico Xavier, colocamos várias frases e depoimentos dos quais o "médium" mostra um reacionarismo não muito diferente de Jair Bolsonaro. São frases verídicas, ditas ou escritas pelo "médium", que são de arrepiar quem está acostumado a ver as frases dóceis e bobas como a que Rita Guedes publicou no Instagram e que mais parecem retiradas de um livro de auto-ajuda de ultimésima categoria.
Invenção? Nem de longe! Se pesquisarmos os livros de Chico Xavier, veremos ideias medievais, da Teologia do Sofrimento, aquela que faz apologia da desgraça humana. Esta corrente radical do Catolicismo da Idade Média é a doutrina do "quanto pior, melhor": você tem que aguentar o sofrimento em silêncio, sem queixumes, para que Deus lhe conceda as "bênçãos futuras".
Pouco importa se essas ideias são enfeitadas de nomes de mortos: Emmanuel, Humberto de Campos, André Luiz, Auta de Souza, Casimiro de Abreu, Meimei. Essas autorias espirituais são fake, mas mesmo que se considerasse elas autênticas, há a afirmação de que Chico Xavier concordava com todos eles, a ponto de muitos chiquistas se perderem ao reconhecer se essas frases são do "médium" ou se elas são dos "espíritos", preferindo considerar as duas coisas.
Desse modo, é muito fácil que o "bondoso" Chico Xavier venha pedir "alegria" para quem enfrentou desgraças pesadas na vida. E como é que tantas mocinhas bonitas agora recorrem a ele para "salvar a humanidade", e viraram garotas-propagandas desse farsante que transformou a Doutrina Espírita num pântano igrejeiro-medieval?
De repente, surgiu onda das "chiquetes", se baseando num coincidente e perigoso trocadilho para o termo espanhol "chicas" e o inglês "chicks", que, traduzidos para o português, querem dizer "garotas". E isso é uma isca para chamar os leigos para a deturpação espírita, para ler os livros fake e as "psicografias" que, contrariando a Codificação, não cansam de se enfeitar com nomes de prestígio para enganar as pessoas com mistificação barata.
Agora que as seitas "neopentecostais" estão se desidratando, as raposas do "movimento espírita" - tão ou mais ricas que Edir Macedo - começam a arregaçar as mangas, aproveitando também que valores "modernos" como a pretensa filantropia da retórica dos Big Techs - empresários da alta tecnologia, como Bill Gates, Mark Zuckerberg e Elon Musk, também supostamente caridosos e controladores de uma "nova" mídia e um "capitalismo social", ambos associados ao mesmo imaginário "espiritualista" de Chico Xavier - vão substituir a brutalidade do reacionarismo golpista pós-2016.
Chico Xavier é o "Jair Bolsonaro do Cristianismo", mas, diferente a ele, tem condições de esenvolver um discurso semelhante aos Big Techs com pretensos futurismo, humanismo e filantropia. E esse é o perigo, trocar um Jair Bolsonaro por um outro Jair Bolsonaro mais esperto, que evita o tom raivoso na sua retórica, embora tanto o "capitão messias" como o "médium cândido" sejam igualmente "tios do pavê" e tenham igual trânsito nas redes sociais, apesar das diferenças de abordagens.
Chico Xavier é uma figura tão deplorável que ele assediou Humberto de Campos Filho criando um evento religioso temperado com love bombing e Assistencialismo para dominá-lo e evitar novos processos judiciais relacionados ao pai dele. E o "misericordioso" Chico Xavier "lavou as mãos" diante da morte misteriosa e suspeita do sobrinho, Amauri Xavier Pena.
É triste ver mocinhas bonitas, que conquistaram sua fama na Rede Globo, desempenharem esse triste papel de garotas-propagandas de Chico Xavier. É fácil agir assim, porque elas são ricas, têm boa vida, não têm o sofrimento de quem trabalha 12 horas por dia para receber um salário incapaz de cobrir de uma vez a alimentação, as contas do mês e o teto para moradia.
Estes é que precisam sofrer em silêncio. Da mesma forma que os descendentes e sobreviventes das vítimas do incêndio no Gran Circo Norte-Americano, em Niterói, que foram acusados por Chico Xavier de terem sido "romanos sanguinários", carregando o trauma de terem sofrido a tragédia porque o "bondoso homem" lhes disse que "pagaram por merecer". Também têm que sofrer os amigos de Jair Presente que, não bastasse a dolorosa perda do amigo, ainda têm que aceitar supostas mensagens espirituais sem pé nem cabeça, não tendo o direito sequer de desconfiar.
Isso significa que, se alguém fizer um trote telefônico para alguém, extorquindo dinheiro e fingindo ser um parente sofredor, se esse traiçoeiro fosse Chico Xavier, todo mundo aceitaria tudo de bom grado e até agradeceria por tamanha cilada. É surreal toda essa adoração a Chico Xavier, o que mostra a que grau está a imbecilização cultural dos brasileiros. A vida nas "bolhas" das redes sociais está fazendo mal a muita gente, mesmo às mocinhas bonitas da televisão brasileira.
Comentários
Postar um comentário