VOLTARAM AS REPRESSÕES AO MOVIMENTO ESTUDANTIL, UM DOS FATOS DESSE PAÍS MARCADO PELO EGOÍSMO TRIUNFANTE.
O egoísmo voltou a todo vapor no Brasil. Desde maio passado, quando uma grande alianças de forças retrógradas levou ao poder o então vice-presidente da República, Michel Temer, e todo um projeto em prol da justiça social foi posto por água abaixo, em nome de um projeto político que beneficiará os mais ricos e poderosos.
A chamada "boa sociedade" está feliz, porque voltaram velhos paradigmas de "superioridade" dos quais tinham saudade, em muitos casos desde o fim da ditadura militar. A "superioridade" dos diplomas acadêmicos, do prestígio religioso, da fama, da riqueza, da velhice, do patriarcado, do poder político, todo um teatro da supremacia social que ainda deslumbra muitos.
É certo que essas forças retrógradas agiam desde os anos 90, e ainda durante o governo Lula se tornaram intensas. É só ver o cyberbullying nas redes sociais, ainda nos tempos do Orkut, em que grupos organizados humilhavam todo internauta que expressasse alguma discordância com valores estabelecidos pelo poder político, empresarial e midiático.
Essas pessoas, que pareciam estar a alguns passos da cadeia por causa de suas humilhações extremas, seus blogues ofensivos, suas zoeiras ao mesmo tempo risonhas e furiosas, seus comentários machistas e racistas cruéis, reencontraram hoje o caminho da impunidade plena, como se suas atrocidades voltassem a ser práticas socialmente aceitas.
Isso é horrível. Mas temos também um governo retrógrado como o de Michel Temer, cercado direta ou indiretamente por políticos denunciados por corrupção, como Romero Jucá, José Serra, Geddel Vieira Lima, Moreira Franco e Aécio Neves, mas que se mantém em alta reputação protegidos pela mítica dos velhos paradigmas de "competência administrativa", "capacidade técnica" e "isenção política".
Estão em andamento projetos horripilantes como a Escola Sem Partido, que irá reprimir e censurar professores e impedir o real aprendizado dos alunos, autorizados a permanecer em suas fantasias religiosas, mantidas até na plenitude da vida adulta e idosa, mas estão proibidos de analisar a realidade brasileira com imparcialidade, porque agora isto é visto como "doutrinação política".
Há a PEC 241, o terrível monstro que irá travar o desenvolvimento do país, com congelamento de investimentos públicos feito por um governo que faz de tudo para agradar aliados, aumentando salários do Judiciário e do Legislativo, despeja fortunas estatais para os grandes veículos de comunicação (como Globo e Abril) e, para aprovar a PEC do Teto, ou seja, a PEC da Morte (ou da Desencarnação?), realizou um jantar milionário para pedir apoio dos parlamentares.
Michel Temer quer entregar tudo para a iniciativa privada, da Educação ao Saneamento. E quer vender as reservas de petróleo e as empresas nacionais de construção civil para grupos estrangeiros, que não têm muito compromisso em investir no Brasil, pois o valor que os gringos investem volta para seus bolsos surpreendentemente multiplicado.
As pessoas ficam felizes. De repente o Brasil passou a viver o clima de sadomasoquismo social. Para os pobres e desafortunados, impõe-se sacrifícios além das capacidades e cobra-se esforços aquém de dificuldades que só crescem. Puro sadismo.
Em contrapartida, os confortados da fortuna material e dos privilégios nababescos são até mais socorridos e amparados. Enquanto isso, a classe média aceita até que as empresas brasileiras sejam vendidas para grupos estrangeiros, que os salários dos trabalhadores se reduzam e os gastos públicos diminuam, a pretexto de um suposto desenvolvimento econômico. Puro masoquismo.
E o que faz o "movimento espírita" com isso? Ah, eles, que falam tanto em bondade, amor e caridade, estão no lado dos egoístas. Palestrantes "espíritas" ganham prêmios e fazem turismo ao redor do planeta ao lado das elites, falando sobre "felicidades" em seminários em hotéis milionários, sendo condecorados juntando tesouros terrenos e tomados da ilusão de que à espera desses "espíritas" está o banquete eterno dos puros.
Enquanto isso, o que se vê são os mesmos textos "espíritas" fazendo apologia ao sofrimento, sempre pedindo para o sofredor suportar desgraças visando o prêmio das "bênçãos futuras", como se a vida terrena, com seu limitado prazo de validade, fosse um mero serviço militar.
Há até mesmo o tal "poeta alegre" que disse para abraçar o mal como se fosse uma mulher. E palestrantes "espíritas" apelando para abrir mão de desejos, necessidades, habilidades, tudo, fazendo com que, do indivíduo que lutou para desenvolver talentos e projetos de vida, nada sobrasse senão a sina de ser um instrumento para os abusos e as vaidades de seus pretensos superiores, para não dizer os algozes e encrenqueiros que aparecem no caminho.
E por que há tantos textos assim? É porque temos um governo totalmente retrógrado como o de Michel Temer, que seguramente pode ser considerado o pior de toda a história da República, dentro do pior de todos os contextos sociais e históricos de nosso país, em que as forças sociais mais retrógradas tentam recuperar seus privilégios e forçar o Brasil a ficar preso no passado, como numa areia movediça histórica.
Machistas, racistas, elitistas, privatistas, moralistas, mistificadores, rentistas, censores, entre tantos outros tipos retrógrados que parecem sentir raiva profunda do século XX, querem retomar o poder movido pela ilusão de suas reputações sociais, da suposta experiência profissional e vital, da suposta predestinação sócio-econômica, que lhes permite o egoísmo que estabelece um sentimento seletivo diante do destino de outras pessoas.
É gente que estabelece leitura seletiva e tendenciosa da Justiça social, condenando juridicamente políticos e ativistas de esquerda e inocentando direitistas corruptos. Gente capaz de festejar o falecimento de um músico de rock, mas se ofende quando se fala que um rico feminicida conjugal está com câncer. Que é capaz de expressar ideias racistas, machistas e homofóbicos na Internet, animados com seu anticomunismo que permite sonhar com novos holocaustos contra os humildes.
Ninguém cobra dos privilegiados e retrógrados qualquer concessão ou punição. É muito fácil dizer que a vítima é a culpada e que resta ao sofredor ter jogo de cintura para conviver com as graves limitações de sua vida.
Vivemos tempos egoístas. Quem quer demais, acaba recebendo mais e mais. E quem não tem precisa lutar demais só para ganhar uma micharia. Quem abusa muito não é prometido enquanto as pessoas simples têm que tomar cuidado para não serem presos por apenas darem bom dia a alguém.
A verdade é que se tem que dar um freio para esses egoístas que já tiveram seus privilégios sem limites em vários momentos de nossa história, como a República Velha e a ditadura militar. Principalmente agora, quando todo esse "espírito do tempo" que cerca o Brasil de Michel Temer quer derrubar as conquistas sociais obtidas com muito sacrifício ao longo dos anos. A chamada plutocracia precisa de uma boa lição de desilusões.
O egoísmo voltou a todo vapor no Brasil. Desde maio passado, quando uma grande alianças de forças retrógradas levou ao poder o então vice-presidente da República, Michel Temer, e todo um projeto em prol da justiça social foi posto por água abaixo, em nome de um projeto político que beneficiará os mais ricos e poderosos.
A chamada "boa sociedade" está feliz, porque voltaram velhos paradigmas de "superioridade" dos quais tinham saudade, em muitos casos desde o fim da ditadura militar. A "superioridade" dos diplomas acadêmicos, do prestígio religioso, da fama, da riqueza, da velhice, do patriarcado, do poder político, todo um teatro da supremacia social que ainda deslumbra muitos.
É certo que essas forças retrógradas agiam desde os anos 90, e ainda durante o governo Lula se tornaram intensas. É só ver o cyberbullying nas redes sociais, ainda nos tempos do Orkut, em que grupos organizados humilhavam todo internauta que expressasse alguma discordância com valores estabelecidos pelo poder político, empresarial e midiático.
Essas pessoas, que pareciam estar a alguns passos da cadeia por causa de suas humilhações extremas, seus blogues ofensivos, suas zoeiras ao mesmo tempo risonhas e furiosas, seus comentários machistas e racistas cruéis, reencontraram hoje o caminho da impunidade plena, como se suas atrocidades voltassem a ser práticas socialmente aceitas.
Isso é horrível. Mas temos também um governo retrógrado como o de Michel Temer, cercado direta ou indiretamente por políticos denunciados por corrupção, como Romero Jucá, José Serra, Geddel Vieira Lima, Moreira Franco e Aécio Neves, mas que se mantém em alta reputação protegidos pela mítica dos velhos paradigmas de "competência administrativa", "capacidade técnica" e "isenção política".
Estão em andamento projetos horripilantes como a Escola Sem Partido, que irá reprimir e censurar professores e impedir o real aprendizado dos alunos, autorizados a permanecer em suas fantasias religiosas, mantidas até na plenitude da vida adulta e idosa, mas estão proibidos de analisar a realidade brasileira com imparcialidade, porque agora isto é visto como "doutrinação política".
Há a PEC 241, o terrível monstro que irá travar o desenvolvimento do país, com congelamento de investimentos públicos feito por um governo que faz de tudo para agradar aliados, aumentando salários do Judiciário e do Legislativo, despeja fortunas estatais para os grandes veículos de comunicação (como Globo e Abril) e, para aprovar a PEC do Teto, ou seja, a PEC da Morte (ou da Desencarnação?), realizou um jantar milionário para pedir apoio dos parlamentares.
Michel Temer quer entregar tudo para a iniciativa privada, da Educação ao Saneamento. E quer vender as reservas de petróleo e as empresas nacionais de construção civil para grupos estrangeiros, que não têm muito compromisso em investir no Brasil, pois o valor que os gringos investem volta para seus bolsos surpreendentemente multiplicado.
As pessoas ficam felizes. De repente o Brasil passou a viver o clima de sadomasoquismo social. Para os pobres e desafortunados, impõe-se sacrifícios além das capacidades e cobra-se esforços aquém de dificuldades que só crescem. Puro sadismo.
Em contrapartida, os confortados da fortuna material e dos privilégios nababescos são até mais socorridos e amparados. Enquanto isso, a classe média aceita até que as empresas brasileiras sejam vendidas para grupos estrangeiros, que os salários dos trabalhadores se reduzam e os gastos públicos diminuam, a pretexto de um suposto desenvolvimento econômico. Puro masoquismo.
E o que faz o "movimento espírita" com isso? Ah, eles, que falam tanto em bondade, amor e caridade, estão no lado dos egoístas. Palestrantes "espíritas" ganham prêmios e fazem turismo ao redor do planeta ao lado das elites, falando sobre "felicidades" em seminários em hotéis milionários, sendo condecorados juntando tesouros terrenos e tomados da ilusão de que à espera desses "espíritas" está o banquete eterno dos puros.
Enquanto isso, o que se vê são os mesmos textos "espíritas" fazendo apologia ao sofrimento, sempre pedindo para o sofredor suportar desgraças visando o prêmio das "bênçãos futuras", como se a vida terrena, com seu limitado prazo de validade, fosse um mero serviço militar.
Há até mesmo o tal "poeta alegre" que disse para abraçar o mal como se fosse uma mulher. E palestrantes "espíritas" apelando para abrir mão de desejos, necessidades, habilidades, tudo, fazendo com que, do indivíduo que lutou para desenvolver talentos e projetos de vida, nada sobrasse senão a sina de ser um instrumento para os abusos e as vaidades de seus pretensos superiores, para não dizer os algozes e encrenqueiros que aparecem no caminho.
E por que há tantos textos assim? É porque temos um governo totalmente retrógrado como o de Michel Temer, que seguramente pode ser considerado o pior de toda a história da República, dentro do pior de todos os contextos sociais e históricos de nosso país, em que as forças sociais mais retrógradas tentam recuperar seus privilégios e forçar o Brasil a ficar preso no passado, como numa areia movediça histórica.
Machistas, racistas, elitistas, privatistas, moralistas, mistificadores, rentistas, censores, entre tantos outros tipos retrógrados que parecem sentir raiva profunda do século XX, querem retomar o poder movido pela ilusão de suas reputações sociais, da suposta experiência profissional e vital, da suposta predestinação sócio-econômica, que lhes permite o egoísmo que estabelece um sentimento seletivo diante do destino de outras pessoas.
É gente que estabelece leitura seletiva e tendenciosa da Justiça social, condenando juridicamente políticos e ativistas de esquerda e inocentando direitistas corruptos. Gente capaz de festejar o falecimento de um músico de rock, mas se ofende quando se fala que um rico feminicida conjugal está com câncer. Que é capaz de expressar ideias racistas, machistas e homofóbicos na Internet, animados com seu anticomunismo que permite sonhar com novos holocaustos contra os humildes.
Ninguém cobra dos privilegiados e retrógrados qualquer concessão ou punição. É muito fácil dizer que a vítima é a culpada e que resta ao sofredor ter jogo de cintura para conviver com as graves limitações de sua vida.
Vivemos tempos egoístas. Quem quer demais, acaba recebendo mais e mais. E quem não tem precisa lutar demais só para ganhar uma micharia. Quem abusa muito não é prometido enquanto as pessoas simples têm que tomar cuidado para não serem presos por apenas darem bom dia a alguém.
A verdade é que se tem que dar um freio para esses egoístas que já tiveram seus privilégios sem limites em vários momentos de nossa história, como a República Velha e a ditadura militar. Principalmente agora, quando todo esse "espírito do tempo" que cerca o Brasil de Michel Temer quer derrubar as conquistas sociais obtidas com muito sacrifício ao longo dos anos. A chamada plutocracia precisa de uma boa lição de desilusões.
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