PIOR É QUE ESSES LIVROS JÁ SÃO COLETÂNEAS QUE CANIBALIZARAM OS TERRÍVEIS 418 LIVROS ATRIBUÍDOS A FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER.
Chico Xavier causou um sério prejuízo para o Brasil. Sob todos os aspectos. Usurpou a Doutrina Espírita da qual não tinha o menor interesse em estudar e acabou se tornando o "dono" do sistema de ideias lançado por Allan Kardec.
Sob o pretexto de ajudar as famílias, se aproveitou das tragédias vividas por elas e, além de criar de sua mente mensagens falsamente atribuídas aos jovens mortos, ainda expôs os familiares à ostentação de seus dramas e tristezas, transformando a dor familiar em sensacionalismo.
Tudo o que Chico Xavier fez e que o pessoal acha o suprassumo da caridade plena é, na verdade, um monte de atitudes irresponsáveis que somente um país confuso como o Brasil define como "elevadas" e "puras".
Uma das piores atitudes de Chico Xavier foi lançar livros. Foram 418 livros fora outros que, após a morte do anti-médium mineiro, no dia em que Ricardo Teixeira estava feliz, canibalizam os conteúdos dos anteriores, criando uma "salada" de depoimentos e divagações temáticas de péssima qualidade.
Erros históricos grosseiros, conselhos moralistas retrógrados, mensagens tendenciosamente poéticas mesmo escritas em prosa e falsos recados de amor, criando uma indústria do supérfluo que deixa as pessoas viciadas em literatura água com açúcar.
Para piorar, há quem pense que isso é filosofia, sensação que remete não somente à mais pura ignorância dos leitores, mas também a preguiça dos mesmos em ler verdadeiros filósofos como Sócrates, Platão, Rousseau, Voltaire, Hegel, Weber e até o pessimista Nietzsche.
Isso porque o que Chico Xavier escreveu nunca tem a ver com filosofia, até pelo seu conservadorismo extremo, pelas mensagens confusas e pela pieguice que faz com que aqueles que tiveram a disposição de ler os verdadeiros filósofos saíssem enojados à primeira leitura dos livros do anti-médium.
Além disso, devemos levar em conta que Chico Xavier não teria escrito boa parte daqueles livros. E, de psicografia, a única possibilidade de acerto é em relação a Emmanuel, já que corresponde às caraterísticas do antigo padre jesuíta Manuel da Nóbrega, que tornou-se "mentor" (não seria obsessor?) de Xavier.
O resto, porém, veio da imaginação de Chico Xavier com parceiros como Antônio Wantuil de Freitas, ex-presidente da FEB e artífice do mito do "bondoso médium", ou de Waldo Vieira e outros. Esse negócio de Chico ter "recebido" mensagens de poetas, intelectuais, artistas e outras personalidades, famosas ou anônimas, do além, constituiu como um grande blefe.
Irma de Castro, a Meimei, tadinha, não escreveu uma linha dos livros que Chico Xavier lançou usando o nome dela. Ela era católica devota, mas não iria fazer esse religiosismo exacerbado da pena de Xavier, ainda mais que os textos têm muito mais a cara do anti-médium, comparados com as frases lançadas por ele em depoimentos e entrevistas.
Humberto de Campos, nem de longe, chegou perto de Chico Xavier. Foi delírio do mineiro, que disse ter sonhado com o ilustre escritor. Humberto não escreveu uma vírgula sequer, nem mesmo um espaço entre palavras, dos livros que Chico Xavier havia lançado usando o seu nome.
Pena que Humberto de Campos saiu de moda, por expressar mais a literatura do começo do século XX. Isso porque, se as pessoas lessem os livros que Humberto escreveu em vida, e comparassem com os que Chico Xavier lançou sob o nome do falecido acadêmico, verá, com certeza absoluta, que os estilos são completamente diferentes, em temáticas, narrativas, em tudo.
E André Luiz? Nunca passou de ficção. Um concorrente ruim de Buck Rogers e Flash Gordon, mais inofensivo e vestindo pijama branco, um médico que foi fanfarrão na Terra e, depois de uma passagem de oito anos numa zona cavernosa chamada umbral - que no filme Nosso Lar mais parece um grupo de teatro mambembe - , virou "espírito de luz" e foi "trabalhar", no plano espiritual, para "socorrer" as vítimas da Segunda Guerra Mundial.
André Luiz, pelo que se observa, teria surgido de uma adaptação não-assumida da obra de George Vale Owen, reverendo protestante inglês, que escreveu o livro "espiritualista" A Vida Além do Véu (Life Beyond the Veil), e, mais tarde, o personagem foi retrabalhado com as sugestões do adolescente Waldo Vieira que, depois, virou até co-autor e autor não-assumido da "série André Luiz".
Mas aí vieram as torcidas querendo inventar que André Luiz "existiu de verdade" e as apostas vieram, todas com alguma contradição, sobre quem ele teria sido: se Oswaldo Cruz, Carlos Chagas ou o médico e dirigente esportivo Faustino Esporel, muito pouco conhecido nos nossos dias.
Apesar da influência forte do Flamengo, com uma das maiores torcidas do país, Esporel é pouco badalado. Carlos Chagas leva a maior torcida, a ponto de um "centro espírita", na maior cara-de-pau, usar a foto dele como se fosse André Luiz.
Há muita fraude nos livros de Chico Xavier e, além disso, ele não escreveu uma vírgula em boa parte deles, já que ele, como popstar, tinha que receber pessoas, ir a homenagens, festas, dar entrevistas, não tinha tempo para lançar a média de quinze livros anuais que oficialmente se diz ter ele lançado em vida.
Alguém sabe como se faz um livro? Quanto tempo existe de escrita, revisão, correção etc? Tem gente que pensa que Chico Xavier é o Speed Racer da psicografia, mas a verdade é que, quando lhe faltava tempo para escrever ou verificar algum livro (ele confessou isso a Wantuil, certa vez), ghost writers entravam em ação para tentar imitar o estilo de Xavier.
Isso não lhe causava problema algum, até porque Chico Xavier tentava imitar os estilos de outros autores, embora sem muita sutileza. Em certos casos, nem imitava, porque o choroso e patético católico que se lê nos livros do "espírito Humberto de Campos" nem de longe lembram a prosa descontraída e fluente do saudoso autor maranhense.
Daí que a bibliografia de Chico Xavier, não bastassem erros históricos (como em Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho, cuja narrativa da História do Brasil copia dados dos mais toscos livros didáticos da época, algo grotesco demais para uma obra que se diz "reveladora"), os apelos moralistas retrógrados (aquele papo de "sofrer amando" e "orar em silêncio" é um porre), há os tais pastiches.
Como é que as pessoas vão perder tempo e dinheiro com obras dessas, se existem milhões e milhões de outros livros e outros autores com lições mais verdadeiras e edificantes, sem fazer pastiches, e sem dissimular moralismos e fraudes com palavrinhas dóceis que nem tem tanta serventia assim?
Gente, ninguém precisa dos livros de Chico Xavier. O que as pessoas precisam é criar e buscar suas próprias lições de vida, longe desse autor de pastiches literários e apelos moralistas retrógrados, que é o ícone de uma religião pseudo-vanguardista, o "espiritismo" brasileiro, que não passa da velha combinação entre Catolicismo e heresia medievais, que estão fora dos nossos tempos de hoje.
Chico Xavier causou um sério prejuízo para o Brasil. Sob todos os aspectos. Usurpou a Doutrina Espírita da qual não tinha o menor interesse em estudar e acabou se tornando o "dono" do sistema de ideias lançado por Allan Kardec.
Sob o pretexto de ajudar as famílias, se aproveitou das tragédias vividas por elas e, além de criar de sua mente mensagens falsamente atribuídas aos jovens mortos, ainda expôs os familiares à ostentação de seus dramas e tristezas, transformando a dor familiar em sensacionalismo.
Tudo o que Chico Xavier fez e que o pessoal acha o suprassumo da caridade plena é, na verdade, um monte de atitudes irresponsáveis que somente um país confuso como o Brasil define como "elevadas" e "puras".
Uma das piores atitudes de Chico Xavier foi lançar livros. Foram 418 livros fora outros que, após a morte do anti-médium mineiro, no dia em que Ricardo Teixeira estava feliz, canibalizam os conteúdos dos anteriores, criando uma "salada" de depoimentos e divagações temáticas de péssima qualidade.
Erros históricos grosseiros, conselhos moralistas retrógrados, mensagens tendenciosamente poéticas mesmo escritas em prosa e falsos recados de amor, criando uma indústria do supérfluo que deixa as pessoas viciadas em literatura água com açúcar.
Para piorar, há quem pense que isso é filosofia, sensação que remete não somente à mais pura ignorância dos leitores, mas também a preguiça dos mesmos em ler verdadeiros filósofos como Sócrates, Platão, Rousseau, Voltaire, Hegel, Weber e até o pessimista Nietzsche.
Isso porque o que Chico Xavier escreveu nunca tem a ver com filosofia, até pelo seu conservadorismo extremo, pelas mensagens confusas e pela pieguice que faz com que aqueles que tiveram a disposição de ler os verdadeiros filósofos saíssem enojados à primeira leitura dos livros do anti-médium.
Além disso, devemos levar em conta que Chico Xavier não teria escrito boa parte daqueles livros. E, de psicografia, a única possibilidade de acerto é em relação a Emmanuel, já que corresponde às caraterísticas do antigo padre jesuíta Manuel da Nóbrega, que tornou-se "mentor" (não seria obsessor?) de Xavier.
O resto, porém, veio da imaginação de Chico Xavier com parceiros como Antônio Wantuil de Freitas, ex-presidente da FEB e artífice do mito do "bondoso médium", ou de Waldo Vieira e outros. Esse negócio de Chico ter "recebido" mensagens de poetas, intelectuais, artistas e outras personalidades, famosas ou anônimas, do além, constituiu como um grande blefe.
Irma de Castro, a Meimei, tadinha, não escreveu uma linha dos livros que Chico Xavier lançou usando o nome dela. Ela era católica devota, mas não iria fazer esse religiosismo exacerbado da pena de Xavier, ainda mais que os textos têm muito mais a cara do anti-médium, comparados com as frases lançadas por ele em depoimentos e entrevistas.
Humberto de Campos, nem de longe, chegou perto de Chico Xavier. Foi delírio do mineiro, que disse ter sonhado com o ilustre escritor. Humberto não escreveu uma vírgula sequer, nem mesmo um espaço entre palavras, dos livros que Chico Xavier havia lançado usando o seu nome.
Pena que Humberto de Campos saiu de moda, por expressar mais a literatura do começo do século XX. Isso porque, se as pessoas lessem os livros que Humberto escreveu em vida, e comparassem com os que Chico Xavier lançou sob o nome do falecido acadêmico, verá, com certeza absoluta, que os estilos são completamente diferentes, em temáticas, narrativas, em tudo.
E André Luiz? Nunca passou de ficção. Um concorrente ruim de Buck Rogers e Flash Gordon, mais inofensivo e vestindo pijama branco, um médico que foi fanfarrão na Terra e, depois de uma passagem de oito anos numa zona cavernosa chamada umbral - que no filme Nosso Lar mais parece um grupo de teatro mambembe - , virou "espírito de luz" e foi "trabalhar", no plano espiritual, para "socorrer" as vítimas da Segunda Guerra Mundial.
André Luiz, pelo que se observa, teria surgido de uma adaptação não-assumida da obra de George Vale Owen, reverendo protestante inglês, que escreveu o livro "espiritualista" A Vida Além do Véu (Life Beyond the Veil), e, mais tarde, o personagem foi retrabalhado com as sugestões do adolescente Waldo Vieira que, depois, virou até co-autor e autor não-assumido da "série André Luiz".
Mas aí vieram as torcidas querendo inventar que André Luiz "existiu de verdade" e as apostas vieram, todas com alguma contradição, sobre quem ele teria sido: se Oswaldo Cruz, Carlos Chagas ou o médico e dirigente esportivo Faustino Esporel, muito pouco conhecido nos nossos dias.
Apesar da influência forte do Flamengo, com uma das maiores torcidas do país, Esporel é pouco badalado. Carlos Chagas leva a maior torcida, a ponto de um "centro espírita", na maior cara-de-pau, usar a foto dele como se fosse André Luiz.
Há muita fraude nos livros de Chico Xavier e, além disso, ele não escreveu uma vírgula em boa parte deles, já que ele, como popstar, tinha que receber pessoas, ir a homenagens, festas, dar entrevistas, não tinha tempo para lançar a média de quinze livros anuais que oficialmente se diz ter ele lançado em vida.
Alguém sabe como se faz um livro? Quanto tempo existe de escrita, revisão, correção etc? Tem gente que pensa que Chico Xavier é o Speed Racer da psicografia, mas a verdade é que, quando lhe faltava tempo para escrever ou verificar algum livro (ele confessou isso a Wantuil, certa vez), ghost writers entravam em ação para tentar imitar o estilo de Xavier.
Isso não lhe causava problema algum, até porque Chico Xavier tentava imitar os estilos de outros autores, embora sem muita sutileza. Em certos casos, nem imitava, porque o choroso e patético católico que se lê nos livros do "espírito Humberto de Campos" nem de longe lembram a prosa descontraída e fluente do saudoso autor maranhense.
Daí que a bibliografia de Chico Xavier, não bastassem erros históricos (como em Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho, cuja narrativa da História do Brasil copia dados dos mais toscos livros didáticos da época, algo grotesco demais para uma obra que se diz "reveladora"), os apelos moralistas retrógrados (aquele papo de "sofrer amando" e "orar em silêncio" é um porre), há os tais pastiches.
Como é que as pessoas vão perder tempo e dinheiro com obras dessas, se existem milhões e milhões de outros livros e outros autores com lições mais verdadeiras e edificantes, sem fazer pastiches, e sem dissimular moralismos e fraudes com palavrinhas dóceis que nem tem tanta serventia assim?
Gente, ninguém precisa dos livros de Chico Xavier. O que as pessoas precisam é criar e buscar suas próprias lições de vida, longe desse autor de pastiches literários e apelos moralistas retrógrados, que é o ícone de uma religião pseudo-vanguardista, o "espiritismo" brasileiro, que não passa da velha combinação entre Catolicismo e heresia medievais, que estão fora dos nossos tempos de hoje.
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