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Brasil vive a perigosa onda da positividade tóxica


Algo muito estranho acontece no Brasil. Mais do que a onda de calor excessivo das temperaturas em algumas capitais, temos a onda da positividade tóxica, um clima de euforia exagerada trazida pela propaganda festiva a que se reduziu o governo Lula dos dias atuais, um governo que, de repente, ficou aquém dos dois mandatos anteriores, que haviam sido admiravelmente esforçados.

Há, no Brasil, uma obsessão por uma felicidade excessivamente hedonista, em que o consumismo e as emoções baratas estão acima até mesmo da qualidade de vida e do sossego, pois "tranquilidade" é mergulhar direto numa happy hour sem fim.

O Brasil se transformou numa versão live action do Instagram e do Tik Tok. Pessoas passaram a rir histericamente feito doidas, dando altas gargalhadas ao ouvir piadas que nem são tão engraçadas assim. E a prioridade, na noite, é do pessoal que se diverte fazendo barulho, em vez das pessoas que precisam descansar para renovar as energias, depois de jornadas diárias de trabalho.

O próprio mercado de trabalho prioriza mais pessoas "divertidas", em vez de pessoas talentosas. Não se pode mais ser humano, ter emoções verdadeiras, raciocinar, ter senso crítico, manifestar visões objetivas dos fatos. De repente, o cenário político atual, comandado por um Lula que voltou muito estranho, atuando como um sindicalista pelego, fez com que a maioria da sociedade brasileira se transformasse numa multidão de animais em diversão frenética, em que a única imposição é a dos instintos.

O mal não foi criação de Jair Bolsonaro nem de Sérgio Moro. Sem dúvida alguma, os dois representam, sim, muito do que há de mais nefasto, hipócrita, nocivo e repugnante na vida brasileira e merecem a mais baixa reputação diante do julgamento da História. Mas, infelizmente, o cenário atual preocupa ao percebermos que a tal "sociedade do amor" não passa de uma grande farsa.

O Lula que amávamos deu lugar a uma pessoa inescrupulosa que só segue seus instintos e age de forma precipitada, sem dar ouvidos a conselhos, teimando em fazer atitudes estranhas à sua brilhante trajetória, como se fosse um líder sindical pelego, que deixa de ouvir os colegas trabalhadores para ouvir apenas o empresariado, o patronato, os poderosos. E isso pode tanto ser uma metáfora quanto uma expressão literal, pois Lula foi tratar de propostas trabalhistas com quem não deveria, o presidente dos EUA, Joe Biden, chefe da nação mais neoliberal e mais antiproletária do planeta.

E não se pode criticar isso nem os poucos progressos que tivemos. Não podemos chiar das quedas mixurucas dos preços das carnes, que estão longe de tirar o povo pobre da fila do osso. Não podemos reclamar do cenário musical deplorável, da promoção dos velhos ídolos bregas em pretensos "gênios da MPB" para animar a rodada de cerveja da burguesia culta que, só ela, acha a música brega genial, pois o povo pobre só escuta essas músicas terríveis porque não tem acesso a coisa melhor para ouvir.

Não se pode criticar que Lula viajou demais e abandonou os brasileiros. Não se pode criticar que a vizinhança passa a madrugada inteira contando piadas e rindo alto, mesmo numa véspera de uma segunda-feira de trabalho, e haja paciência para aguentar vizinhos arrogantes gargalhando à toa na alta madrugada, e quando essa turba volta a dormir, já é hora de acordar para tomar o café e ir ao trabalho.

A situação está tão estranha que artistas respeitados, como Renato Russo, Tom Jobim, Cazuza e João Gilberto, são hoje tão esculhambados quanto Jair Bolsonaro. Já Michael Sullivan, compositor de horríveis canções comerciais até a medula, acusado de bolar um plano de destruição da MPB, agora quer se relançar na carreira às custas dessa mesma MPB que ele sonhou ver destruída e extinta. Típica atitude da raposa que, depois de destruir o galinheiro e devorar as galinhas, se acha parte integrante desse ambiente.

Nessa positividade tóxica, os textos que mais expressam senso crítico são os que mais têm dificuldade para repercutir, enquanto danças tolas de Tik Tok já fizeram muita gente ficar rica com a monetização digital. E a desigualdade social segue em frente noutro contexto, desta vez com a fortuna da sorte voltada a quem se submete a uma diversão supérflua, fazendo com que os que mais ganham dinheiro são aqueles que não sabem o que gastar com ele e, por isso, preferem gastar com supérfluos: excesso de viagens e de criação de animais domésticos, bebedeira, festas todo fim de semana, carros do ano.

Na religião, é claro que a positividade tóxica encontra espaço amigo em seitas como o nosso famigerado "espiritismo". A obra de Chico Xavier é o suprassumo da positividade tóxica, da Teologia do Sofrimento que é o outro lado dessa festa obsessiva e cega. O "médium" odiava senso crítico, questionamento, análise, e defendia uma sociedade forçadamente feliz, o princípio máximo da positividade tóxica. Se você sofre adversidade, faça um esforço para fingir que está tudo bem em sua vida, mesmo estando na pior.

Quem não está no Carnaval permanente da cerveja, das risadas, do sexo animalizado, do misticismo vazio que ridiculariza a Ciência - lembrando que "conhecimento", para boa parte dos brasileiros, é um engodo que mistura misticismo, ocultismo e pseudociência - , terá que sofrer calado as adversidades sem fim que crescem e se acumulam na vida.

A ideia é esvaziar o cérebro e ir para a festa sem fim. Amanhecer publicando frases de Chico Xavier no Instagram e anoitecer começando uma jornada de bebedeira na madrugada, ao som da mais breguíssima música popularesca. 

É ver o Brasil como um Instagram ou um Tik Tok da vida real, ou, no caso de não fazer parte da festa da positividade tóxica, trabalhar essa toxicidade de outra forma, aceitando as adversidades sem fim, mesmo que seja para usar o próprio couro para pagar as contas do mês, enquanto os sonegadores de tudo ficam nadando em dinheiro e ganhando fácil em concursos públicos, loterias e entrevistas de emprego.

Isso é terrível. E o mais assustador é que essa sociedade ainda vive em grande megalomania, acreditando que o Brasil se tornará país desenvolvido de Primeiro Mundo porque Lula está na ONU ou em outra reunião de cúpula fazendo discursos aparentemente ovacionados - isso pelo ponto de vista brasileiro; os aplausos remetem mais ao que é dito, pouco importando a personalidade, pois, no caso de Lula, ele não é tão adorado e prestigiado quando se fala por aqui - , e não há quem faça essas pessoas mudarem de ideia.

A megalomania, o complexo de superioridade desses brasileiros é muito preocupante. Uma euforia cega, obsessiva, neurótica, que vai contra o que há de mais humano, como se, na falta de discernimento da sociedade que apoia Lula e obtém o protagonismo de hoje em dia, não há diferença entre Juscelino Kubitschek e Jair Bolsonaro, entre Renato Russo e Roger Moreira, entre o Pasquim e o Pânico da Pan.

Não se pode ser solteiro e viver com os pais depois dos 30 anos. Não se pode gostar de poesia de qualidade, não se pode ouvir música de qualidade, não se pode parar para pensar, enquanto se é obrigado a gostar de futebol, de cerveja, aceitar tudo numa boa, até mesmo o mais recente golpe financeiro que começa a ser divulgado, o dos "cursos 100% gratuitos", uma isca para atrair trouxas para os verdadeiros cursos que custam uma fortuna.

Neste contexto, é só aceitar tudo numa boa que a lacração na Internet é certa. Neste cenário de inúmeros cavalos de Troia que aparecem no Brasil de hoje, a ideia é tapar os ouvidos para os avisos das Cassandras que são canceladas sem dó e obrigadas a fazer pregação no deserto.

Com tudo isso, a positividade tóxica tornou-se um fenômeno bastante perigoso e assustador. A obsessão em ser feliz a ponto de se estar de acordo com tudo, em conformidade até com o que há de errado, e preferir levar a vida ao sabor do vento, pode parecer correto e soar como a chave para o sucesso no momento atual. Mas a História já mostrou que tais euforias não são mais do que vésperas de períodos piores que podem vir por aí, trazidos por algum pequeno escorrego histórico. Pesadelos geralmente começam como sonhos bons.


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