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Mostrando postagens de novembro, 2019

O maior discípulo de Chico Xavier é o ministro Paulo Guedes

Embora consideremos o governo Michel Temer como o "governo mais espírita do Brasil", com base nas diretrizes conservadoras do "espiritismo" brasileiro que exige mais sacrifícios e renúncias aos aflitos e culpabiliza as vítimas pelo sofrimento que lhes atingem, no governo Jair Bolsonaro temos um grande seguidor dos "ensinamentos" de Francisco Cândido Xavier. Sim, é isso mesmo. O ministro Paulo Guedes, que atuou entre os "Chicago Boys" da ditadura do general Augusto Pinochet - a menção a Chicago remete à Universidade de Chicago, onde os tecnocratas da ditadura chilena se formaram depois de estudar ideias ultraliberais da pesada - , é o maior discípulo de Chico Xavier. A "generosidade" de Paulo Guedes se encaixa com a do "médium": renunciar aos bens e aos benefícios para viver o mínimo possível. Aceitar os infortúnios em silêncio, sem queixumes. Trabalhar mais, ganhar menos, obedecer ao patronato, conforme reza a partilha

Por que o "espiritismo de esquerda" é tão ridículo e superficial?

A página "Espíritas à Esquerda" do Facebook  é, a princípio, muito bem intencionada, aparentemente voltada à defesa dos direitos humanos e o diálogo com a teoria espírita. No entanto, nota-se que seu conteúdo, no conjunto da obra, apresenta problemas. Isso porque é muito difícil "esquerdizar" o "espiritismo" brasileiro. Cria-se uma gororoba ideológica porque se ignora que a raiz do Espiritismo que é feito no Brasil é roustanguista. A história do "espiritismo" brasileiro se fundamentou nas ideias de Os Quatro Evangelhos  de Jean-Baptiste Roustaing, que forneceu subsídios para a "catolicização" da Doutrina Espírita. Ao longo dos tempos, o roustanguismo, antes explícito e entusiasmado, passou a ser mais enrustido. Apesar do nome Roustaing ter virado um palavrão entre os "espíritas", seu legado foi quase todo absorvido, com impressionante boa vontade, diante de dois artifícios que conseguiram mascarar Roustaing e botar o &qu

Livro sobre Lula investe em perigosa mistura de Religião e Esquerdismo

Num momento em que o restante da América do Sul reage ao golpismo político com o povo indo para as ruas e pressionando as autoridades conservadoras para renunciarem ao poder ou para recuar de medidas consideradas anti-populares, o Brasil prefere ficar na prece. Se isso partisse de setores das direitas que manipulam as classes populares, tudo bem, mas o que vemos é que eles partem, de forma surreal, de setores das esquerdas. Está sendo lançado o livro Lula e a Espiritualidade , organizado pelo jornalista do Brasil 247, Mauro Lopes, a partir de sua participação numa entrevista com o ex-presidente quando ele estava preso em Curitiba. O livro conta com 24 textos de diferentes personalidades religiosas. Dos chamados "espíritas", encontramos dois espíritas autênticos, Sérgio Aleixo e Dora Incontri, cujas ideias se aproximam mais do espiritismo francês. Por outro lado, há outros oscilantes, como Franklin Félix e Carla Pavão, que parecem se aproximar do "espiritismo"

A chatice dos "intelectuais de Internet"

É salutar que pessoas discordem disso ou daquilo, desde que suas ideias se somem a um debate. Mas não é isso que acontece na Internet. Frequentemente pessoas só discordam para "puxar o tapete", geralmente para relativizar tanto uma questão que o debate se torna esvaziado e o problema permanece na mesma coisa. Temos, na verdade, contestações de internautas que, salvo honrosas exceções, se subtraem a um debate. Os "intelectuais de Internet" estão sempre aí, patrulhando o estabelecido, sempre buscando proteger aquilo que está em evidência ou em moda, em vez de resolver um determinado problema. Vejo queixas na Internet de pessoas que são assim, que protegem tanto o estabelecido que elas se irritam mais quando alguém busca resolver um problema, porque isso lhes tira a estabilidade de sua rotina e tira a graça de reclamar do problema pelas costas. É sério: se alguém se encoraja a combater um problema, ele passa a ser alvo de humilhação por parte de internautas. Os

Esquerdistas que exaltam Chico Xavier estão bem de vida

NÃO, PREZADOS AMIGOS. NÃO FOI O CHICO XAVIER QUE MANDOU SOLTAR LULA OBSEDIANDO OS MINISTROS DO STF. O ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva foi solto, por uma mera coincidência de ter sido quatro dias após o lançamento do livro Lula e a Espiritualidade , organizado pelo jornalista do Brasil 247, Mauro Lopes, do programa Paz e Bem, o que sugere que foram as preces que deram fim à prisão do petista, motivada por acusações sem fundamento. Os "espíritas", então, logo se apressaram com seu pensamento desejoso. Acham que foi Francisco Cândido Xavier que tirou Lula da prisão. Eles veem em Chico Xavier aquela imagem de "fada-madrinha do mundo real", se esquecendo que ele sempre foi um reaça convicto, que expressou seu pavor ao petista - igualzinho como declarou Regina Duarte - e, se estivesse hoje vivo, seria o primeiro a pedir a manutenção da prisão de Lula, alegando "necessidade de expiação das faltas". A imagem que foi construída do "médium"

Comparação de textos conclui: feminicidas correm risco de doenças graves

FEMINICIDAS TÊM RISCO ELEVADO DE MORREREM DE MALES COMO CÂNCER NA PRÓSTATA E INFARTO (FOTO). Não existem dois machistas. Um machista inofensivo que fuma muito, bebe demais, dirige alcoolizado, recusa-se a fazer check-up , e que morre, e um machista feminicida que comete os mesmos vícios e não morre cedo, podendo até, no imaginário dos que veem WhatsApp demais na vida, virarem "musos fitness " e atuarem nas "redes sociais", mesmo idosos, com o apetite de garotões. Sabemos que a imprensa não noticia mortes de feminicidas. Temos, pelo menos, três feminicidas com idade de estarem já debaixo do caixão ou serem cremados, como Doca Street, Roberto Lobato e Pimenta Neves, mas eles, em tese, ainda não morreram. E o pior é que na Internet se prepara para o desapego a essas três figuras, mas a sociedade está com medo de vê-los mortos. A criançada tem maior facilidade de aceitar as mortes de seus pares, como meninos e meninas com câncer raro. O machista é um só. O machis

A ingenuidade do chamado "espiritismo à esquerda" no Brasil

FRANKLIN FÉLIX (E), AO LADO DE CONVIDADOS NO I ENCONTRO ESPÍRITAS À ESQUERDA, REALIZADO EM SALVADOR. Correntes do "movimento espírita" tidos como "de esquerda" realizaram, recentemente, em Salvador, o I Encontro Espíritas à Esquerda, na tentativa de iniciar um movimento tentando criar uma vertente "progressista" do mesmo "espiritismo" brasileiro de viés conservador e distanciado da essência original do Espiritismo francês. Infelizmente, o Espiritismo se transformou num engodo, numa grande lavagem de porco brasileira, uma "confraternização" do joio com o trigo, da raposa com as galinhas, dos lobos com os cordeiros. Uma confusão doutrinária, sem pé nem cabeça, onde valores moralistas conservadores se misturam a ideais de liberdade humana, mesclando filosofia oriental com obscurantismo medieval, misturando Paulo Freire com Escola Sem Partido. As pessoas ignoram que o Espiritismo, ao ser introduzido no Brasil, iniciou seu processo de

O silêncio e o medo das esquerdas em contestar Chico Xavier

As esquerdas "namastê", "havaianas", "hollywoodianas" etc e as esquerdas nem tão complacentes assim ficam com medo de contestar Francisco Cândido Xavier, permanecendo numa zona de silêncio absoluto, sem desmentir nem afirmar coisa alguma, mas dentro de uma postura um tanto chantagista, do tipo "pensem o que quiserem que eu fico quieto com minhas fantasias". Nunca um sujeito arrivista obteve tantos poderes quanto Chico Xavier, que, em termos de blindagem, foi o "PSDB que deu certo". A blindagem a respeito dele é tanta que seu quase xará Frank Abagnale Jr., o falsário estadunidense retratado no filme Prenda-me Se For Capaz (Catch Me If You Can) , de Steven Spielberg - ironicamente lançado no mesmo ano de 2002 do falecimento do "médium" - , parece um amador. Hoje Chico Xavier é quase uma fada-madrinha do mundo real, um "botão de emergência" para as pessoas medrosas e acovardadas, à esquerda e à direita, que, dian