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Mostrando postagens de outubro, 2016

Os egoístas tomaram o poder no Brasil. E os "espíritas", acreditem, estão no lado deles

VOLTARAM AS REPRESSÕES AO MOVIMENTO ESTUDANTIL, UM DOS FATOS DESSE PAÍS MARCADO PELO EGOÍSMO TRIUNFANTE. O egoísmo voltou a todo vapor no Brasil. Desde maio passado, quando uma grande alianças de forças retrógradas levou ao poder o então vice-presidente da República, Michel Temer, e todo um projeto em prol da justiça social foi posto por água abaixo, em nome de um projeto político que beneficiará os mais ricos e poderosos. A chamada "boa sociedade" está feliz, porque voltaram velhos paradigmas de "superioridade" dos quais tinham saudade, em muitos casos desde o fim da ditadura militar. A "superioridade" dos diplomas acadêmicos, do prestígio religioso, da fama, da riqueza, da velhice, do patriarcado, do poder político, todo um teatro da supremacia social que ainda deslumbra muitos. É certo que essas forças retrógradas agiam desde os anos 90, e ainda durante o governo Lula se tornaram intensas. É só ver o cyberbullying  nas redes sociais, ainda nos t

Prisão de Eduardo Cunha e o país imprevisível

O Rio de Janeiro teve que desfazer um de seus estragos. Permitiu a decadência política do deputado Eduardo Cunha, artífice do impeachment  da presidenta Dilma Rousseff, comandante das votações de 17 de Abril, mentor intelectual do governo de Michel Temer. Feito o trabalho, porém, Eduardo Cunha, até pelo robusto histórico de corrupção em mais de duas décadas de carreira pública, pôde ser descartado e seu ocaso político, embora feito com demora bastante suspeita, o fez ser afastado da presidência da Câmara dos Deputados, ser cassado do mandato parlamentar e, depois, ser preso. Nesse momento de jogadas políticas, a crise do Brasil só tende a se agravar. Do contrário dos "admiráveis espíritas", que chegaram a definir as histéricas (não é erro de digitação) passeatas anti-Dilma como "despertar da humanidade" e "início da regeneração", dizem com tamanha convicção, apesar de tais manifestações serem movidas por um ódio doentio. O país está imprevisível,

A outra violência dos torcedores do futebol carioca

Para começo de conversa, não somos contra o futebol. O futebol, em si, não é um mal, porque é uma diversão, um entretenimento, um lazer. Seu mal está na supervalorização que, em regiões metropolitanas como as do Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre, atinge um fanatismo em níveis preocupantes. No Rio de Janeiro, então, a coisa chega a ser tirânica. Em vez do igual direito de pessoas gostarem ou não de futebol, há o fanatismo a níveis intolerantes, com a relativa concessão de que patrões flamenguistas de empregados vascaínos, por exemplo, possam conviver harmoniosamente. O que preocupa o Rio de Janeiro, que sofre uma decadência nem sempre aceita pelos próprios cariocas - que acham as denúncias um exagero e só esperam um quiosque enferrujado em Copacabana cair e um tiroteio ocorrer nas proximidades para sentir que o mito da Cidade Maravilhosa realmente acabou - , é que o fanatismo pelo futebol é uma espécie de moeda corrente das relações sociais. Se você não for torcedor de q

PEC 241: uma proposta "espírita"?

Os deputados federais aprovaram, por 366 votos contra 111 negativos e 2 abstenções, a proposta de emenda constitucional que estabelece limites para os gastos públicos do Governo Federal, a chamada PEC do Teto, a PEC 241, uma das bandeiras do retrógrado governo do presidente Michel Temer, que conquistou o poder de maneira ilegítima e sem representação popular. Pouco importam os argumentos de que Temer chegou ao poder sob "legitimidade jurídica", "normalidade constitucional" e teve o "respaldo democrático" das urnas há poucos dias. Todo esse simulacro de legalidade e democracia se deu pela campanha, não obstante caluniosa, que a mídia e setores da Justiça fizeram contra a então presidenta Dilma Rousseff e seu antecessor Lula. Agora, do contrário que antes tivemos, políticas progressistas que pareciam se ampliar, hoje a catástrofe dos limites de gastos irá sucatear ainda mais a Educação e a Saúde, e fará com que os aposentados passem a viver de emprést

O apoio dos "espíritas" ao governo de Michel Temer e ao que vem por aí

Prestemos atenção no que escrevem as páginas "espíritas" na Internet e o que seus palestrantes dizem em seus "centros". Prestemos atenção nos seminários "espíritas", cujos temas sempre se voltam para a "felicidade" e a "esperança". Prestemos atenção nos apelos contra o suicídio e pela "aceitação" das dificuldades na vida. Se você é um cidadão médio, vai achar tudo isso natural. Vai achar que o "espiritismo" brasileiro age de maneira "saudável", contribuindo para um receituário moral de melhoria de vida, promovendo uma reeducação emocional - os gurus de auto-ajuda falavam em "inteligência emocional", uma moda nos anos 90 - e um convite ao desenvolvimento do otimismo e da qualidade de vida. Só que tudo isso tem um propósito. Preparar os sofredores para enfrentarem uma tsunami ultraliberal, com um projeto político que, por mais que prometa melhorias para os trabalhadores, irá impor "sacri